Liberação Miofascial e Flexibilidade
O declínio da força muscular e dos níveis de flexibilidade vão gradativamente dificultando a realização de diversas tarefas do quotidiano, muitas vezes levando à perda precoce da autonomia. Os mesmos autores ainda relatam que níveis elevados de flexibilidade podem desproteger as articulações, causando lesões como a luxação. Desta forma faz-se necessário investigar a influência da libertação miofascial sobre a flexibilidade de praticante de exercício físico.
O músculo esquelético tem como unidade estrutural a fibra muscular, que são células alongadas, formada de miofibrilas envolvidas por uma membrana chamada sarcolema. O filamento de actina, miosina, titina e nebulina são fatores essenciais para formação dos sarcômeros, que consiste a miofibrila. As fibras musculares são envolvidas por um tecido conjuntivo chamado de endomísio, denominados de fascículos por serem organizados em feixes e envolvidos por uma bainha conhecido como perimísio. O músculo como um todo se compõe de vários fascículos sendo envolvido pelo epimísio, que se associa a fáscia.
O encurtamento ou retração de um músculo atribui-se a uma pequena diminuição do comprimento de uma unidade muscular, permanecendo saudável, resultando assim na limitação da amplitude de movimento.
A fáscia é um tecido conjuntivo resistente, formando membranas fibrosas separando os músculos entre si e os revestem, sendo o mais profundo do corpo. Entre suas funções de mobilidade e elasticidade, a fáscia permite o deslizar de uma estrutura sobre a outra. O sistema fascial é um mecanismo histológico, fisiológico e biomecânico protetor a resposta de um trauma. Quando há perda da flexibilidade, é formada uma fonte de tensão no restante do corpo. O colagéno torna-se denso e fibroso e a elastina perde a sua invulnerabilidade. Com o tempo, isso pode levar a má biomecânica muscular, desalinhamento estrutural, diminuição da tensão, resistência, amplitude articular e coordenação motora.
A Liberação Miofascial (LM) é uma técnica realizada com mobilizações manuais sobre o tecido mole, facilita, entretanto, o estiramento na fáscia restrita. A pressão constante é aplicada sobre o tecido individualmente, após a manipulação entre 90-120 segundos, o tecido sofre alterações histológicas de comprimento, devido à plasticidade do tecido conjuntivo, permitindo a primeira versão a ser recuperada. A restauração de comprimento gera adaptações aos estímulos mecânicos da técnica, levando assim à quebra do espasmo muscular, ao aumento da circulação local, a diminuição da dor e aumento de ADM, aumentando a flexibilidade.
A flexibilidade desempenha papel importante na manutenção da saúde, assim como no desempenho físico. A falta de flexibilidade ao longo da vida pode permitir instalação lenta e progressiva de encurtamentos musculares, o que limitará a amplitude de movimento das articulações, o que vai ocasionar má postura, dores lombares, hérnia de disco, entre outros problemas, bem como ainda interferir no andamento normal da vida ao reduzir a capacidade de trabalho e levar ao envelhecimento sem qualidade.
Assim sendo, a ação da técnica de liberação miofascial é uma ferramenta facilitadora no incremento do arco de movimento para a função da articulação, seja ela qual for.
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