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Cadeia Muscular e a Educação Física


É bem comum observar encurtamento de determinados grupos musculares em indivíduos que realizam programas de treinamento físicos baseados exclusivamente na realização de exercícios concêntrico contra-resistido.
Professores de Educação Física tem uma grande dificuldade em conscientizar os indivíduos que frequentam academias de ginástica, com o objetivo de hipertrofiar determinados grupos musculares, de que é necessário realizar simultaneamente um programa adequado de alongamento muscular, para os alunos o alongamento seria uma perda de tempo e poderia também prejudicar a obtenção da hipertrofia tão desejada ou competir com ela, o que mostram os resultados é exatamente o oposto, embora estimule a síntese protéica na fibra muscular e leve à hipertrofia, o treinamento contra-resistido não impede o encurtamento do músculo, pois é executado predominantemente em posição encurtada. Os exercícios de alongamento, de preferência os isométricos excêntricos, além de ativar também a síntese protéica, estimulam a adição de sarcômeros em série impedindo o encurtamento do músculo.
Quando falamos em cadeias musculares estamos falando de um método terapêutico de correção postural que considera o sistema muscular de forma integrada, organizando os músculos em cadeias musculares.
Se acontecer um encurtamento ou tensão em algum músculo isso pode acarretar um desequilíbrio na postura do indivíduo. Nenhum músculo se move sozinho. Sempre que um deles se contrai gera movimento e acomodação em outros músculos formando um conjunto.
O que segura o nosso corpo em pé é a cadeia dos músculos estáticos. Os músculos que compõem esta cadeia possuem maior quantidade de tecido conjuntivo e um tônus mais elevado, pois exercem uma função antigravitacional, exigindo uma contração parcial constante. São músculos que tendem a ser mais tensos, hipertônicos, encurtados e menos flexíveis, e são os mais atingidos nos casos de patologias.

Quando os músculos estáticos encurtam-se demasiadamente, podem ocorrer desvios ósseos e compressões das articulações. Quando um músculo de uma cadeia muscular é afetado, todos os outros músculos da mesma cadeia são afetados.

Para os nossos principais movimentos, utilizamos a cadeia dos músculos dinâmicos. Estes músculos têm uma quantidade menor de tecido conjuntivo e tônus muscular mais baixo, por esta razão, podem tornar-se extremamente flácidos e hipotônicos. Um exemplo clássico disso são os músculos abdominais de pessoas sedentárias.

Músculos locais: Multífidios, diafragma, transverso abdominal (TA) e assoalho pélvico. Esses músculos formam o cilindro da estabilidade, por isso, devem estar sempre contraídos durante os exercícios de pilates;

Músculos Globais: Cadeia longitudinal - é formado pelo eretor espinhal, ligamento sacrotuberoso, bíceps femoral e fibular;

Cadeia Oblíqua anterior: é formada pelo oblíquo interno, adutor e oblíquo externo contralateral;

Cadeia Oblíqua posterior:
formada pelo latíssimo do dorso, glúteo máximo contralateral;

Cadeia lateral: tensor da fáscia lata, glúteo médio e mínimo, adutores contralaterais.

Nossos grupos musculares são, na maior parte, pluriarticulares, ou seja, passam por mais de uma articulação, e sobem uns nos outros, constituindo assim as cadeias musculares. Como exemplo, podemos falar assim: numa fila de pessoas de mãos dadas, se uma delas tropeça, seu desequilíbrio se transmitirá às outras. Da mesma forma, qualquer tração efetuada em uma extremidade de uma cadeia muscular se traduz imediatamente por uma compensação em um ponto qualquer da cadeia.


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