Treinar demais pode causar sérios problemas na saúde das mulheres
Você sabia que o aumento na intensidade dos treinos pode produzir uma síndrome chamada de ''Tríade da mulher atleta'', caracterizada pela falta de apetite, diminuição da menstruação e osteoporose
A tríade da atleta é uma síndrome que ocorre em adolescentes e mulheres fisicamente ativas. Os seus componentes inter-relacionados são distúrbios alimentares, amenorréia e osteoporose. A pressão à qual adolescentes e mulheres jovens são submetidas para atingir ou manter um peso corporal baixo está por trás dessa síndrome.
A "Tríade da Mulher Atleta", caracterizada por:
Os três componentes da tríade são:
1. Distúrbios alimentares. Os distúrbios alimentares englobam um amplo espectro de comportamentos alimentares deletérios e freqüentemente pouco eficientes utilizados na tentativa de reduzir o peso ou atingir uma aparência esbelta. Esses comportamentos anormais variam nos extremos de gravidade desde uma restrição da ingestão alimentar, passando pelo ciclo empanturrar-purgar até a anorexia nervosa e bulimia nervosa, na categoria DSM-IV5-10. Os distúrbios alimentares podem aumentar a morbidade a curto e longo prazos, reduzir o desempenho, provocar amenorréia e até mesmo aumentar a mortalidade
2. Amenorréia. A amenorréia primária (retardo da menarca) é a ausência de menstruação em uma menina de 16 anos com caracteres sexuais secundários15. A amenorréia secundária é a ausência de três ou mais ciclos menstruais consecutivos após a menarca.
A amenorréia associada com o exercício ou com anorexia nervosa é de origem hipotalâmica. A amenorréia hipotalâmica resulta em uma produção reduzida de hormônios ovarianos e hipoestrogenemia semelhantes à menopausa. Tanto a amenorréia hipotalâmica quanto a menopausa estão associadas com uma redução densidade mineral óssea.
3. Osteoporose. A osteoporose é uma doença caracterizada por uma massa óssea reduzida e uma deterioração da microarquitetura do tecido ósseo, o que leva a uma maior fragilidade esquelética e um maior risco de fraturas. Um painel de especialistas promovido pela Organização Mundial da Saúde estabeleceu os seguintes critérios diagnósticos:
a. Normal: densidade mineral óssea (DMO) que não esteja mais do que um Desvio Padrão (DP) abaixo da média de adultos jovens.
b. Osteopenia: DMO entre 1 e 2,5 DP abaixo da média de adultos jovens.
c. Osteoporose: DMO mais de 2,5 DP abaixo da média de adultos jovens.
d. Osteoporose grave: DMO mais de 2,5 DP abaixo da média de adultos jovens mais uma ou mais fraturas.
A principal causa de osteoporose pré-menopausa em mulheres ativas é uma redução da produção de hormônios ovarianos e hipoestrogenemia em consequência de uma amenorréia hipotalâmica
Uma verdadeira confusão se estabeleceu com as atletas, o que obrigou a inúmeros estudos orientar novas condutas preventivas e tratamento da Tríade para que não se desenvolvesse essa grave condição da saúde.
Algumas recomendações:
- Evitar excessos (superar os limites fisiológicos) por conta própria dos treinos
- Ter orientação fisiológica, nutricional e da medicina do esporte
A falta dessas regras mínimas é a causa dessa "doença" que prejudica, além da saúde,também a performance da mulher atleta ou esportista. Estudos mostram que irregularidades da menstruação são mais frequentes nas atletas e esportistas muito ativas, do que na população feminina em geral menos ativa ou sedentária.
Hoje, temos milhares de mulheres que adoram praticar atividade física e esportiva, sem dúvida uma escolha certa, mas que pode ser prejudicada pela vontade de "superar limites" nos treinamentos, seja em centros esportivos, academias, clubes, etc. A situação piora ainda mais pela arriscada moda da automedicação (muitas vezes de blogueiros ou pessoas sem formação profissional), certamente desnecessária e perigosa (pelo alto risco de complicações), como os temidos hormônios, o "GH" (hormônio de crescimento) e "DHEA" (precursor de testosterona), e outros como a campeã Sharapova, tenista russa, usava. Além de suplementos errados e inúteis que deveriam ser usados só com indicação médica ou de nutricionista.
Para a maioria das mulheres não profissionais fazer exercício físico é maravilhoso para melhorar a qualidade de vida. Um profissional de educação física é muito importante para saber o que deve ser feito (planilhas organizadas por quem entende). Se a mulher já tiver na menopausa, ou próxima dela, e se tiver dois ou mais fatores de risco como hipertensão arterial, tabagismo, obesidade, colesterol elevado e diabetes, faça uma consulta com um médico especializado para e prevenir dos riscos cardiovasculares.
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