Isometria nos exercícios para os idosos
O envelhecimento é um processo natural presente em todas as espécies. Na espécie humana, ocorre acompanhado de algumas perdas, como cognitivas, sociais, motoras e metabólicas que levam à diminuição da qualidade de vida desses idosos. Dentre essas perdas, a que mais afeta a funcionalidade, agravando o dia a dia do idoso, é a neuromotora, que em resposta ocorre à diminuição das fibras musculares, em consequência a diminuição da força muscular, por isso, a importância do treinamento de força para compensar esta perda. Idosos ativos têm cerca de 30% a menos de chance de serem acometidos por limitações funcionais moderadas ou severas.
Os músculos da coxa especificamente apresentam diminuição significativa de sua secção transversa nas pessoas idosas, em comparação com os indivíduos jovens, enquanto os músculos dos membros superiores se atrofiam em menor grau. Sugere-se que esta atrofia dos músculos dos membros inferiores ocorra em função de uma falta de uso, ou seja, que os adultos de idade avançada tem uma tendência de não treinar esses músculos com frequência.
A isometria tem sido inserida em muitos treinos como uma acompanhante perfeita para desenvolver e fortalecer a musculatura. A técnica consiste em usar os músculos do corpo contra um objeto imóvel ou manter o corpo em uma posição fixa por um determinado tempo. Neste treinamento estático, como também é conhecido, ocorre a ação muscular, mas nenhuma alteração no comprimento total do músculo, ou seja, você faz força, mas continua parado.
Programas baseados em isometria ou em contrações musculares de baixa velocidade tendem a um maior recrutamento das unidades motoras, contribuindo para um maior desempenho muscular, mas também para um maior acúmulo de metabólitos. Por outro lado, o ganho em potência muscular vem sendo associado a uma maior capacidade de realizar atividades funcionais, melhora da independência e da qualidade de vida dos idosos.
Apesar de ser esta uma suposição, deve-se lembrar que, em idosos, o maior déficit muscular ocorre nas fibras do tipo II. Dessa forma, com base nos resultados obtidos, pode-se afirmar que programas que promovam o ganho de potência muscular devem ser considerados para idosos no intuito de melhorar também o seu desempenho funcional. Apesar dos resultados promissores mais estudos com uma maior população e em graus angulares de isometria se tornam necessários para uma melhor compreensão da biodinâmica funcional nesta população.
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