A atividade física e a quimioterapia
A combinação de exercícios aeróbios e musculação pode elever a qualidade de vida e ajudar a superar o coquetel de sentimentos que a doença provoca, especialmente em mulheres com câncer de mama. O câncer de mama, hoje, é altamente curável. O processo exige tratamentos, mas a maior dificuldade das mulheres é lidar com a mastectomia e com os danos à saúde mental provocados pela retirada da mama. Perder a imagem corporal é consequência imediata e quase inevitável para a maioria das pacientes. Raiva, depressão e desânimo são sintomas recorrentes. Dentro deste cenário, o papel da musculação e do exercício aeróbio é resgatar a autoestima e o humor.
Durante a atividade física, o organismo libera beta endorfinas, enzimas que provocam a sensação de bem-estar, e citocina,substância que ajuda a combater processos inflamatórios. São essas reações fisiológicas do corpo, estimuladas pelo exercício, que contribuem para a qualidade de vida dos pacientes e melhoram a forma como eles encaram a doença.
O exercício aeróbio além de estimular a perda de calorias e ajudar no controle de peso, fundamental no tratamento da doença, oferece equilíbrio psicológico durante o processo. Reduz a ansiedade e trabalha o sentimento de raiva em relação ao problema.
A quimioterapia tende a provocar um déficit de massa óssea e muscular. O trabalho com carga e peso é, na visão do professor, preventivo. A musculação diminui o risco de fraturas por queda, melhora o equilíbrio e a força, o que se reflete diretamente na qualidade de vida dos pacientes.
Atividade física depois do câncer reduz a presença dessas substâncias, diminuindo, assim, o estímulo sobre a célula tumoral. O resultado é objetivo: a chance de desenvolver um novo tumor tende a ser menor.
Publicado em 24/4/15 e revisado em 09/07/18
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