Apps ajudam a estimular prática esportiva, mas não substituem especialistas
Eles contam calorias, teor de gordura, auxiliam a memorizar séries de exercícios e até explicam quais movimentos ajudam a perder mais peso. Centenas de aplicativos gratuitos de atividades esportivas são oferecidos aos usuários de tablets e smartphones em vários idiomas. O "personal trainer virtual" não substitui o profissional da área e que, basear-se apenas na tecnologia para os exercícios pode oferecer riscos à saúde.
Os aplicativos não medem, por exemplo, níveis de força e de flexibilidade, além da postura corporal. Por isso, a possibilidade de erro é muito grande. A prática incorreta dos exercícios pode ocasionar lesões musculares e de articulações.
A ferramenta pode induzir a pessoa a fazer uma atividade inadequada e, com isso, ter uma lesão. Pequenas correções de postura, ângulos articulares e regulagem da intensidade de carga no exercício são fundamentais para um treino correto e, consequentemente, para a saúde.
O uso dos aplicativos para estimular o início da prática esportiva e eliminar o sedentarismo é válido. Mas os resultados a longo prazo só aparecem com acompanhamento profissional. Qualquer ferramenta que estimule é bem-vinda. Só que ele (aplicativo) tem um limite. A pessoa pode até ter um resultado imediato, mas com o passar do tempo vai querer melhorar sua aptidão física e não vai conseguir sem orientação profissional, que é sempre muito mais completa.
Para os iniciantes na prática esportiva, Adriano Loureiro indica atividades com baixo impacto para evitar contusões. "No começo, deve-se tomar muito cuidado com o impacto do exercício. A caminhada, o ciclismo, a hidroginástica ou a natação são esportes que trabalham bem os movimentos e são de baixo impacto", diz o educador físico.
Antes de iniciar qualquer atividade física, é indispensável passar por orientação médica para verificar se as condições de saúde permitem a prática de exercícios. Até mesmo os treinamentos moderados podem oferecer riscos a quem é portador de doenças cardiovasculares ou sofre de hipertensão e diabetes, por exemplo.
A avaliação deve ser sempre realizada por um médico, visto que cada caso precisa ser individualizado levando-se em conta os fatores de risco de cada um. Pessoas portadoras de certos tipos de arritmias, como as 'ventriculares', têm risco de parada cardíaca e de morte súbita durante o esforço.
No caso dos obesos, segundo o cardiologista, o exercício deve ser realizado de forma progressiva. Ele indica a caminhada ao ar livre ou na esteira para pessoas acima do peso que pretendem iniciar a prática de exercícios. Para os fumantes, o médico disse que não há restrições. Os fumantes não têm restrições para atividade física desde que bem avaliados bioquímica e fisicamente. Isto serve também para os obesos que, após avaliação médica, devem iniciar a atividade de forma progressiva para adaptar o físico ao sistema cardiovascular.
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