Musculação ou ginástica localizada? Compare prós e contras
Muita gente que vai à academia com o objetivo de trabalhar a musculatura fica em dúvida entre participar de uma aula de ginástica localizada ou partir para um treino de musculação. Isso porque ambos têm como foco deixar o corpo mais tonificado e definido e, com o reforço da massa magra, aceleram o metabolismo e protegem os ligamentos e os tendões. O Terra conversou com especialistas na área para fazer um balanço entre os dois que pode ser usado como um fator decisivo na hora de optar por essa ou aquela modalidade.
Musculação
O aluno faz um treino personalizado criado pelo professor, que leva em consideração os seus objetivos e capacidades na hora de determinar fatores como exercícios, intensidade e intervalos. "E como o praticante malha sozinho, a modalidade permite que ele tenha mais autonomia", diz Cristine Avellar, personal trainer da Hypoxi Brasil, no Rio de Janeiro – hypoxi é um método desenvolvido por um expert em medicina esportiva austríaco que promete uma queima de gordura mais eficiente. Por essa razão, ela é uma boa escolha para quem não tem muito tempo disponível para praticar atividades físicas ou não consegue ir à academia sempre no mesmo horário.
"A musculação ainda permite que o trabalho seja leve, moderado ou intenso e realizado com uma variação maior de cargas", diz Iva Bittencourt, educadora física e personal trainer de São Paulo, especializada em fisiologia do exercício e treinamento de força. Outra vantagem é que ela isola um grupo muscular, fornece mais apoio durante a realização da atividade e permite que o indivíduo sue a camisa no seu ritmo. Esses detalhes garantem mais segurança, principalmente para quem não tem um nível de treinamento muito alto e acaba tendo dificuldade para realizar os movimentos com perfeição quando está usando um peso livre.
"Todas essas características fazem com que ela seja a mais indicada para quem tem algum problema físico, pois o professor pode acompanhá-lo de perto e dar mais suporte durante o treino", afirma Cristine Avellar. Em alguns casos, como quando há uma alteração postural ou dores articulares, o profissional pode lançar mão de exercícios que ainda ajudam a melhorar o quadro. E isso tudo também faz com que ela seja mais democrática, pois, como o treino é individualizado e mais seguro, pode ser feito por qualquer pessoa, inclusive os adolescentes, as grávidas e os idosos.
"A modalidade também leva vantagem no aumento de massa e da força muscular, principalmente a médio e longo prazo", diz Iva Bittencourt. E o seu treino pode ser feito de maneira segmentada, um dia trabalhando a parte inferior do corpo e, no seguinte, a superior, por exemplo, ao contrário da ginástica localizada que costuma exercitar todos os grupos musculares de uma vez só, fazendo com que o aluno tenha que aguardar pelo menos 24 horas antes de fazer a aula seguinte, para que os músculos se recuperem. Essa diferença faz com que a musculação proporcione resultados mais rápidos.
Mas se você faz parte da turma que costuma ter preguiça para se exercitar e se sente mais motivado quando coloca o corpo para se mexer em grupo, a musculação não é a melhor escolha, pois, nesse caso, o treino é mais solitário e monótono e exige um esforço maior do praticante para não faltar na academia.
Ginástica localizada
Quem é mais sociável e gosta de contar com o incentivo frequente do professor vai se dar melhor com essa modalidade. "Ela é muito mais motivacional e trabalha todos os grupos musculares de maneira bem dividida durante a aula", diz Cristine Avellar. Durante a prática a respiração e o trabalho cardiovascular são mais exigidos, pois o aluno realiza os movimentos de acordo com a batida da música, o que é outro fator estimulante. "A modalidade também proporciona um efeito mais eficiente contra a massa gorda, melhora a disposição, deixa o corpo mais definido, resistente e firme e reforça os tendões e ligamentos de uma maneira mais dinâmica", diz Iva Bittencourt.
De fato, o ritmo mais intenso da localizada a deixa mais dinâmica e proporciona uma queima de calorias mais alta do que a musculação convencional. Mas essa característica também oferece um risco, pois é preciso que a pessoa aprenda a respeitar os próprios limites e diminua a intensidade, o número de repetições ou o peso usado nos exercícios se perceber que não está conseguindo acompanhar a turma. E nem pense em persistir e acabar a série fazendo os movimentos de maneira errada ou com o corpo desalinhado, pois isso pode provocar lesões musculares e sobrecarregar as articulações.
Aproveitar a companhia dos amigos para colocar o papo em dia durante a malhação é outro erro muito visto nas salas de ginástica. O ideal é focar a atenção nos exercícios, principalmente porque eles são executados de maneira livre, sem o apoio oferecido pelas máquinas.
Outro detalhe relevante é que a localizada é padronizada, obrigando todos os alunos a fazer as mesmas séries. Por essa razão, quem tem algum problema de saúde ou está sentindo dor deve conversar com o professor antes da aula começar. O mesmo vale para quem não tem um bom preparo físico ou aderiu recentemente à modalidade, pois a execução dos movimentos exige um grau de habilidade maior e em salas muito cheias o profissional nem sempre consegue corrigi-la. Ou seja, se a sala estiver mais vazia, melhor.
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