Personal trainer de quatro patas
Ruas congestionadas, motoristas a beira de um "ataque de nervos". Mesmo com toda essa situação caótica especialmente no início e final de um dia de trabalho, continuamos a utilizar o carro como um meio vital de transporte. Pegamos o carro para ir até a padaria na esquina, o elevador para subir um ou dois andares ou até enviamos um e-mail para o colega de trabalho em vez de andarmos até o fim do corredor.
Uma das consequências diretas desse comportamento cômodo e indolente é o sedentarismo. Aliás, você se acha sedentário?
Se a resposta foi sim, você precisa de um cachorro, um dos meios mais simples de alcançar a boa forma.
Causas do sedentarismo
Quantas vezes as pessoas ou você mesma já tentou vencer a síndrome do sofá, ou seja, começar a fazer algum exercício, desde uma caminhada num parque até entrar numa academia?
As taxas de desistência são altas: por exemplo, um estudo norte-americano avaliou por um ano mulheres que iniciaram um programa de atividade física. Ele identificou que 50% das mulheres que se propuseram a realizar exercícios vigorosos abandonaram o programa de exercícios em três meses. E todo mundo conhece o caso daquela bicicleta ergométrica que virou um cabide caro.
Um dado interessante é que a chamada auto-eficácia, isto é, a confiança de que você possui aptidão física para começar e o comprometimento emocional para continuar um programa de exercício, tem o seu nível mais baixo no dia seguinte ao início da atividade física.
Esse desânimo se deve principalmente à impossibilidade de sentir de imediato os efeitos agradáveis de mexer o corpo. O incentivo da família, de amigos ou de um parceiro de exercício é fundamental para que a pessoa continue a se exercitar em longo prazo.
Cão: amigo do homem e da boa forma
E quem pode assumir esse papel de incentivador fiel e devotado? Um personal trainer de quatro patas!
Um dos grandes poderes dos cachorros é combater diretamente o sedentarismo com alegria, diversão e descontração, ao contrário de uma massacrante disciplina de séries de exercícios em ambientes fechados.
Um estudo sobre atividade física concluiu que os donos de cães têm maior probabilidade de realizar três ou mais vezes exercícios vigorosos por semana. Caminhadas de 15 minutos no início da manhã e no final da tarde com o cachorro é o tipo de exercício moderado que corresponde ao indicado pela maioria dos cardiologistas.
E é fato que as pessoas que têm um cão passam mais tempo caminhando do que quem não tem cão. Basta ir a uma praça ou a um parque para confirmar que raramente os donos de cães são gordinhos.
Horácio, um labrador de coloração "chocolate", sabe identificar cada palavra-chave para o ato de passear, cada mudança de tom da voz do seu dono, conhece as dicas corporais do seu líder ou seus passos do outro lado da casa. Ele manifesta com muita personalidade sua vontade de dar uma voltinha e não aceita um não como resposta.O exemplo de Horácio ilustra que mais do que o assédio canino para obrigar o seu dono a levá-lo para passear, o convívio com animais de estimação aumenta a possibilidade de se ter, prazerosamente, um programa de exercícios.
No livro O Poder Curativo dos Bichos, o doutor Marty Becker fala que caminhar ao lado de um cachorro ou jogar bolinha ou um galhinho para ele significa movimentar o corpo em compasso com o de um animal que somente quer se divertir e fazer o seu dono feliz.
"Ele nos suplica para romper o ciclo de isolamento e inatividade para nos levar a conhecer o mundo novo, passear e conversar com os vizinhos e se sentir mais confiante e contente com o nosso eu físico e animal", explica Becker.
Por Cibele Fabichak
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