terça-feira, 14 de março de 2023

Como aplicar a Pliometria nos Esportes




Não é novidade para ninguém que a pliometria pode ser aplicada em diversos esportes que utilizam qualidades físicas como a velocidade e força explosiva. Em nadadores, os exercícios pliométricos são importantes para uma melhora da saída de bloco e na virada da natação, proporcionados por um ganho expressivo na força explosiva, dentro de um treinamento de 12 semanas, conjugado ao treino específico da modalidade (natação). O basquete vê na pliometria como um método para desenvolver força e explosão muscular em saltos verticais para facilitar várias movimentações da modalidade, como o rebote, a bandeja, o bloqueio, o arremesso.

Geralmente, na  primeira fase do treinamento de força seja feita uma adaptação do atleta, com ênfase no trabalho de resistência muscular. Já na segunda fase é trabalhada a força máxima, levando, então, ao treinamento de acordo com exigência de cada esporte.

No processo de desenvolvimento da capacidade de força são utilizados métodos específicos que tendem a aproximar-se da modalidade a ser trabalhada. O treinamento pliométrico aplica conhecimentos básicos de fisiologia muscular, aproveitando movimentos que provocam uma pré-inervação, utilizando o reflexo tendinoso e componentes elásticos do músculo. A pré-inervação desempenha um papel importante antes dos saltos, propiciando uma inervação ideal para atividade muscular subseqüente, modificando a elasticidade e a tensão muscular, responsável pela velocidade atingida após os pequenos saltos

O CAE ativa os reflexos que favorecem a velocidade de desenvolvimento da força, enquanto os componentes elásticos do músculo são usados como depósitos energéticos, permitindo uma mobilização mais fácil de energia cinética.

O nível de pré-inervação depende da altura dos saltos e atinge para saltos de 1,10m, 89,5% do nível de Contração Isométrica (CI), e para saltos de 0,5m, 57,3% do nível de CI, enquanto os pequenos saltos, 36,9% do nível de CI.

Na aterrissagem feita de uma altura pequena, a contração muscular apresenta uma baixa atividade e baixos resultados em função do treinamento devido à pequena altura do salto e o reduzido ângulo do joelho. Já em aterrissagem com um salto de grande altura, acima de 1m, e com ângulo de joelhos e tensão sobre os músculos, ocorre um aumento significativo de inervação em esportistas já treinados, como jogadores de basquete e voleibol.

No treinamento pliométrico, exercitam-se saltos de todos os tipos e em diversas combinações possíveis, podendo ser realizados saltos sobre caixa ou com obstáculos, sobre uma perna ou sobre duas pernas, em alturas e em distância, saltos em corridas, para frente, para traz, laterais, e outros. Os exercícios podem ser executados com diversos ângulos de flexão do joelho, 30°, 90°, 150°, etc., tendo sua eficácia diminuída ou aumentada, uma vez que músculos diferentes são usados em diferentes ângulos. A variação de cargas empregadas nos exercícios é uma valiosa ajuda para o aumento da força explosiva. 

Em meio às formas de treinamento pliométrico, há três exercícios, de salto, com fácil execução. O primeiro salto é chamado Squat-Jump (SJ), consiste em um salto vertical sem contra movimento prévio, realizado a partir de uma flexão de joelhos em 90°. No SJ são avaliadas três qualidades físicas: Força explosiva, capacidade de recrutamento e expressão elevada de fibras.

O segundo salto, Counter Moviment Jump (CMJ), é caracterizado por um movimento de flexão-extensão rápida de pernas com paradas mínimas entre as fases. Este se diferencia do SJ pelo fato de o CMJ aproveitar melhor a energia elástica gerada durante o CAE, o que faz com que a altura alcançada no CMJ seja, normalmente, maior que no SJ.

 Outro método aplicado em atletas é Drop Jump (DJ), que é o salto em altura. Este é realizado sobre uma plataforma de contato sem qualquer impulso sobre a mesma, para realizá-lo é necessário que se adiante uma perna e depois a outra. O resultado esperado após esta queda é que o indivíduo realize o maior impulso para que possa obter maior elevação possível logo após tocar o solo.

O efeito do treinamento pliométrico depende em grande parte da forma como é empregado. As formas intensivas de pliometria representam cargas extremas para o atleta, por esta razão devem ser oportunamente empregadas, guardando certa distância das competições.

Um ciclo de 3 semanas de pliometria intensiva requer 3 semanas para sua supercompensação, enquanto na sua forma mais intensiva, requer pelo menos 6 semanas de duração. Para não sobrecarregar o atleta e provocar uma redução do desempenho deste método de treinamento, devido à adaptação do atleta ao mesmo, os ciclos pliométricos intensivos devem ser empregados apenas uma vez por ano, planejados oportunamente antes das competições.




Dentre as vantagens do treinamento pliométrico, podemos citar a melhoria da coordenação intramuscular e ganho rápido de força em função da alta intensidade de carga (sem aumento da massa muscular ou peso), um considerável aumento de força em atletas já treinados em força rápida, sendo possível adequar o treinamento a qualquer nível ou idade através do aumento gradual dos estímulos. As desvantagens são: a alta carga psicofísica, o risco de lesões, pela má execução dos exercícios.

Em atletas com um nível de força intramuscular elevado, o aumento de força é menor, e a execução errada dos exercícios pode prejudicar a eficácia do treinamento.

 
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segunda-feira, 13 de março de 2023

Como a creatina age nos músculos

Creatina: nutricionista revela como o suplemento age nos músculos
 

A creatina é um dos suplementos mais recomendados pelos profissionais da nutrição. Isso porque ela é capaz de proporcionar incríveis benefícios para os músculos e todo o corpo. A nutricionista e educadora física Dani Borges confirma as vantagens da substância.

A creatina é um dos [suplementos] mais testados e mais estudados do mundo. Temos estudos que dizem que a creatina auxilia no ganho de massa, de forma direta ou indireta porque ela aumenta a força e a resistência muscular.

O alto número de estudos acerca da creatina tornou possível entender o impacto do suplemento nos rins. Foi verificado que o uso contínuo da creatina durante 5 anos não causaria nenhum tipo de prejuízo aos rins. Inclusive, alguns obstetras liberam o uso até durante a gravidez.

Quem acredita que a creatina causa retenção de líquido se engana. Segundo a profissional, isso não passa de uma falácia. Na verdade, o que a creatina faz é causar um inchaço intramuscular, o inchaço dentro do músculo. O que pode acontecer é que se a pessoa não estiver tomando a quantidade de água necessária e não estiver fazendo uma dieta adequada, ela pode sentir inchaço, mas não por causa do suplemento

Há duas maneiras de ingerir o suplemento sendo uma com o período de saturação, onde tomamos 5g de creatina quatro vezes ao dia por apenas 7 dias, e a partir do 8º dia tomamos apenas 5g uma vez ao dia. Com isso conseguimos que ela tenha efeito a partir do sétimo dia. Essa seria a vantagem da saturação

A outra maneira é tomar 5g uma vez ao dia, sem realizar a saturação, o que leva cerca de 14 a 20 dias para a creatina agir com efeito esperado. Esse suplemento se aloja 95% no músculo e 5% no cérebro. Quando chegamos na saturação quer dizer que ele atingiu a quantidade necessária dentro do músculo.

A creatina é um suplemento de efeito acumulativo e por isso deve ser ingerida diariamente, inclusive nos dias sem treino. Não é um pré ou pós treino e por isso, se fizer o uso, deve referir todos os dias.



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3 princípios do Funcional Kids




O conceito de Treinamento Funcional é bastante amplo. Na última década, o termo vem se popularizando trazendo a ideia de uma modalidade que trabalha o corpo de forma integrada, melhora a performance, evita lesões e possibilita uma atividade física mais motivadora para muitos.

Pode-se simplificar a definição de treinamento funcional como todo programa de exercícios que tem como objetivo resgatar a funcionalidade do corpo humano. Por exemplo, para atletas, o treinamento funcional caracteriza-se pela utilização e criação de movimentos que reproduzem os padrões de movimento, as fontes metabólicas e as capacidades motoras semelhantes a uma situação real de jogo ou competição.  Para um idoso, o simples fato de facilitar a realização de atividades diárias como sentar, levantar ou amarrar um calçado já seria um resgate de funcionalidade.

A criança não é um adulto em miniatura, então não trabalhamos força, resistência, flexibilidade, estabilidade e mobilidade da mesma maneira que com um adulto, os treinamento sempre tem como principal objetivo a diversão, a liberação de endorfina, o prazer em se exercitar, primeiramente para fazer com que a criança goste de atividade física, e claro, conforme a turma se desenvolve, são adicionados novos exercícios mais desafiadores, com mais competição e cooperação, de acordo com a idade de cada um!

Principais benefícios

  • Melhora a postura;
  • Manutenção e desenvolvimento da flexibilidade;
  • Crescimento e manutenção do peso adequado;
  • Melhora a interação social;
  • Aprendizado de novas habilidades;
  • Melhora na autoestima;
  • Aumento do foco e atenção;
  • Aumento da capacidade de aprendizagem.

Além da aprendizagem de movimentos, podemos destacar como princípios do treinamento funcional:

 a) o trabalho e integração das diferentes capacidades físicas (coordenação, equilíbrio, força, flexibilidade, potência, resistência aeróbia, velocidade e agilidade);

b) o desenvolvimento dos músculos estabilizadores, também conhecidos como core;

c) a aplicabilidade ou transferência do movimento, que nada mais é do que aplicar os movimentos aprendidos em atividades do dia-a-dia.

Quer trabalhar com Funcional Kids e ter opções para suas aulas? O ebook Trabalhe com Funcional Kids traz absolutamente todos os aspectos para o (a) professor(a) saber qual exercício usar em cada faixa etária, potencializando resultados.  Saiba mais clicando aqui.

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sábado, 4 de março de 2023

Tipos de Periodização na Musculação



A periodização de treino é fundamental para ter resultados e melhorar a performance em qualquer atividade física, inclusive a musculação.

Os ciclos da periodização estão divididos em macrociclo, mesociclo e microciclo, veja a seguir as características de cada um desses momentos.

Macrociclo -  é divido em três etapas: preparatória, competitiva e transitória, cada uma dessas etapas são compostas por períodos de treinamento menores, chamados de mesociclos.

Mesociclo -Tem duração de duas a seis semanas, com objetivos bem definidos e específicos. Contém cinco fases: preparatória geral preparatória especial, treinamento pré-competitivo imediato e transitório.

No mesociclo, os treinos são organizados com base em cada etapa, com o objetivo desenvolver habilidades mais gerais até técnicas avançadas.

Microciclo - é a menor unidade e dura de uma a quatro semanas. A união de todos os microciclos dão origem aos mesociclos.

Para trabalharmos com estímulos dentro das sessões de treinamentos, temos os modelos de periodização, que é a forma como as cargas serão colocadas nos ciclos de treinamento. Veja como  funcionam.

1) Modelo clássico

Proposto na década de 50 pelo russo Matveev e ainda é bastante usado. Ele é baseado em três fases:

Preparatório - atleta busca sua melhor forma física com um treinamento mais geral, focado em ganhos de força, resistência e agilidade, e do treino específico, em que são trabalhadas características do esporte escolhido.

Competição - há aumento da intensidade e volume dos treinos e atinge seu auge, buscando a estabilização para a competição.

Transição - existe um período de recuperação em que o atleta diminui a intensidade e a quantidade dos treinos.

2) Modelo modular

Nesse modelo, a ênfase maior é no treino específico voltado para o objetivo do aluno, seja esporte ou resultados na academia.

Ele vai trabalhar pontos fundamentais para um bom desempenho no esporte, entretanto, deixa de trabalhar outras habilidades, como força e agilidade, por exemplo.

3) Modelo pendular

Proposto por Arosiev e Kalinin, em 1971, como uma adaptação ao de Matveev. mas não existe divisão em três fases, mas, sim, em diversos microciclos. Com isso, há revezamento entre preparação geral e específica, o que garante uma boa condição o ano todo.

Quando termina o macrociclo, o atleta há um aumento no volume dos treinos específicos enquanto o treinamento geral diminui. Apesar das diversas habilidades técnicas serem trabalhadas, há o risco de estabilização dos resultados.

4) Modelo de periodização em blocos

É uma visão crítica ao modelo clássico. No modelo de periodização por blocos, além das habilidades gerais, são estimuladas a técnica e a tática do atleta.

No entanto, não há blocos isolados, eles trabalham as habilidades paralelamente a outras. Primeiro, as competências físicas são priorizadas, em seguida, as habilidades competitivas e, por último, são as competições em que todas as habilidades devem ser reforçadas.

Apesar de ser uma proposta ampla, corre-se o risco de o atleta não conseguir desenvolver satisfatoriamente todas as competências.

5) Modelo ondulatório

Nesse último modelo, são utilizadas diversas formas de estímulos. Há alteração na carga e na intensidade constantemente, afetando diretamente o tipo de exercício. O modelo ondulatório é bastante utilizado em treinos de musculação, pois o atleta apresenta ganhos de forma rápida.



Para Hipertrofia

Na hipertrofia, é necessário organizar vários elementos e iniciar pelo período básico de periodização, nessa fase o macrociclo pode durar de dois a quatro meses e o objetivo é criar resistência geral, flexibilidade, força, coordenação motora, além de desenvolver outras habilidades!

Nesse momento de preparação, é criada a base para estímulos mais intensos, assim como a verificação dos pontos fracos para a melhora dos resultados.

Aprender a trabalhar com vários aspectos da Musculação te fará um profissional mais reconhecido.

Como toda modalidade, a musculação tem caminhos para fazer o seu aluno ter melhor resultado. o ebook Trabalhe com Musculação esse ebook traz conteúdo para o estudante e profissional de Educação Física trabalhar com Musculação com eficiência e segurança. Clique aqui para saber mais!
 

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