terça-feira, 19 de outubro de 2021

Síndrome da Pedrada para Corredores



A contração brusca e intensa do músculo tríceps sural pode de gerar uma ruptura de suas fibras. Geralmente é causada durante uma corrida (como ao atravessar a rua). Esta lesão caracteriza-se por dor súbita localizada na parte posterior da perna, de intensidade variável, seguida de hematoma. Pode ocorrer também um estalido audível. Devido a estas características, alguns pacientes relatam que a sensação no momento da lesão é como se tivessem sido atingidos por uma pedra.

A história clínica e marcada por dor súbita localizada na panturrilha, de grande intensidade, algumas vezes acompanhada de um estalido audível. O corredor leva um susto e acredita ter recebido uma pedrada na região da panturrilha, daí o nome de "síndrome da pedrada".

No atletismo, os tiros de corrida figuram entre as situações esportivas em que esta lesão mais acontece. este fato pode ocorrer tanto durante a aceleração, quanto na desaceleração e geralmente ocorre durante as contrações musculares excêntricas, caracterizadas pelo alongamento gradativo das fibras musculares em decorrência do torque muscular ser de magnitude inferior à resistência imposta.

A tensão gerada durante a contração excêntrica é muito maior do que na contração concêntrica, o que predispõe o músculo ao aparecimento de lesões.

O grau de ruptura muscular pode variar de leve, apresentando sintomas de pequena intensidade, a moderado, fazendo o indivíduo mancar. Em casos graves, a ruptura muscular pode mesmo incapacitar a pessoa de andar. Às vezes, especialmente entre idosos e pessoas na meia-idade, os sintomas podem ser confundidos com um episódio de Trombose Venosa Profunda (TVP)

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Tão importante quanto os alongamentos e fortalecimentos que irão reequilibrar a musculatura são os exercícios de propriocepção que levam informações ao cérebro e otimizam a função motora. Eles melhoram as reações da articulação quando há mudanças de direção, velocidade e terreno, favorecendo a biomecânica correta da corrida e evitando lesões. Eles devem ser orientados pelo fisioterapeuta, de forma gradual e introduzidos na fase correta do tratamento.

O retorno à corrida deve ser gradual, acompanhado dos exercícios para alongar e fortalecer os músculos da panturrilha, até que força, resistência, flexibilidade e amplitude de movimento estejam adequadas (quando comparados ao lado não lesionado). Dessa forma o tendão estará preparado para exercer sua função plenamente e receber as tensões transferidas a ele durante a corrida.


Espero que você tenha gostado desse texto.

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