quinta-feira, 22 de outubro de 2020

Lesões no pé mais frequentes nos corredores



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Você, corredor ou treinador de corredor, já fez a pergunta do título deste post muitas vezes. Mas já sabe quais são as lesões mais frequentes nos corredores?

É sabido que o movimentos dos pés para a corrida é bem diferente do movimento para caminhada. Entre elas, está o tempo que o pé toca o solo: na corrida é de 0.2 s enquanto que no passo normal é de 0.6 s. Essa diminuição do tempo de apoio do pé no chão é uma característica forte da corrida e motivo pelo qual a corrida se transforma numa sucessão de saltos, inclusive com o pé não tocando no chão.

As diferenças registradas entre a corrida e a caminhada resultam na maior possibilidade do corredor sofrer uma lesão no pé ou no calcanhar. Mais abaixo, farei uma descrição das lesões mais habituais e em que partes dos pés as lesões tendem a aparecer.

As três partes do pé que são afetadas durante a corrida são o talo, o tornozelo e o dorso/antepé. Quando damos uma pisada, nosso peso recai sobre o talo e o tornozelo, que são encarregados de absorver o impacto contra o solo para impulsionar rapidamente para extremidade inferior para fazer a passada. O modo que absorvemos esse impacto influirá na estabilidade e na boa progressão da marcha/corrida.

A primeira fase da pisada, com o objetivo de evitar lesões, é fundamental uma boa elasticidade e força do sistema talo-plantar.  As patologias das lesões mais frequentes nessa região são as fascites plantar e tendinopatia de aquiles.

A segunda fase, apoiamos a planta do pé para que o corpo vá adiante. Durante a corrida, as forças exercidas pelo pé no solo chegam a triplicar o peso corporal. Por isso, as articulações que amortecem e estabilizam são mais importantes nesta fase que as articulações de movimento. Uma alteração nessas articulações como artrose, por exemplo, implica numa má adaptação a um terreno irregular que vai trazer uma sensação de instabilidade e dor na planta do pé.

Para finalizar as fases da pisada, quando o pé sai do solo com o dedos sendo a ultima estrutura a tocá-lo, no momento que o nosso corpo avança com a outra perna. Essa fase dependerá da mobilidade, estabilidade e potencia das articulações metatarso-falangianas desde o primeiro ao quinto dedo. As patologias mais frequentes que essa fase pode produzir é na planta do pé, neuroma de morton e metatarsalgias.

Os benefícios físicos e psicológicos da corrida são comprovados cientificamente. Os pés dos corredores devem estar bem cuidados, hidratados e é recomendado massagem com cremes especiais que favorecem e melhoram a circulação. O movimento do pé e do tornozelo favorece o equilíbrio das articulações, estimulando a circulação local e venosa, evitando edemas e acúmulos de líquidos na região inferior do corpo. 

O contato do pé do corredor com o solo estimula a propriocepção, o equilíbrio e a capacidade de adaptar a terrenos irregulares. Geralmente, os corredores tem estruturas inferiores fortes, potentes e estáveis.

É importante sempre lembrar que qualquer sintoma de dor nessa região, é necessário procurar um especialista médico.

Até a próxima! 

Publicada em 17/03/17 e revisado em 22/10/20


Espero que você tenha gostado desse texto.

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