segunda-feira, 30 de dezembro de 2019

Estudo: musculação pode controlar o diabetes




Uma pesquisa feita na Universidade Estadual de Campinas (Unicamp) mostrou que a prática de exercício físico de força, como a musculação, é capaz de reduzir a gordura acumulada no fígado e melhorar o controle da glicemia em indivíduos obesos e com diabetes em um curto período, mesmo antes que ocorra perda de peso significativa.

Por meio de experimentos com camundongos, cientistas do Laboratório de Biologia Molecular do Exercício (LaBMEx) da Unicamp observaram que 15 dias de treino moderado foram suficientes para modificar a expressão gênica no tecido hepático, favorecendo a "queima" dos lipídeos armazenados e contribuindo para o tratamento da doença hepática gordurosa não alcoólica. Como consequência, houve melhora na sinalização celular feita pela insulina no tecido e redução na síntese hepática de glicose.

Os resultados do estudo, apoiado pela Fapesp, foram publicados no Journal of Endocrinology. "Que a prática de atividade física ajuda a controlar doenças, todo mundo sabe. O que estamos investigando é por meio de quais mecanismos isso ocorre", disse Leandro Pereira de Moura, professor da Faculdade de Ciências Aplicadas da Unicamp e coordenador da investigação.

Como explicou Moura, o excesso de gordura no fígado causa uma inflamação local que torna as células hepáticas menos sensíveis à ação da insulina. Esse quadro pode progredir para cirrose e falência do órgão.

"Reduzir a gordura hepática é fundamental para auxiliar o controle do diabetes. Quando a sinalização feita pela insulina fica comprometida no tecido, o fígado – que deveria produzir glicose apenas em situação de jejum – passa a liberar essa substância na corrente sanguínea mesmo após o consumo de carboidratos, quando os níveis de insulina estão altos. E isso aumenta os níveis de glicose no sangue", disse Moura à Agência Fapesp.

Musculação para camundongos

Para investigar o efeito do exercício físico de força no fígado, experimentos foram feitos com três grupos de camundongos. O grupo controle recebeu ração padrão (com 4% de gordura) e permaneceu magro e sedentário. O segundo grupo foi alimentado com dieta hiperlipídica (35% de gordura) durante 14 semanas – tempo suficiente para os animais ficarem obesos e diabéticos – e também permaneceu sedentário. Já os animais do terceiro grupo receberam a alimentação hiperlipídica e, quando já estavam obesos e diabéticos, foram submetidos a um protocolo de exercício de força moderado ao longo de 15 dias.

O treino consistia em subir uma escada com uma carga presa na cauda. Diariamente, os animais foram induzidos a fazer 20 séries, com intervalo de 90 segundos entre elas. Segundo Moura, o intuito foi mimetizar uma sessão de musculação para seres humanos.

"Antes de começar o experimento, realizamos testes para determinar a carga máxima que cada animal conseguia suportar. Depois fizemos cálculos para aplicar nas sessões de exercício apenas 70% da carga máxima. Isso porque nosso grupo já mostrou que excessos no treinamento podem contribuir de maneira significativa para a instalação da doença hepática gordurosa não alcoólica. Quando não controlado, o exercício exaustivo pode ser mais prejudicial do que benéfico", ponderou Moura.

A opção pelo protocolo de curto prazo – somente 15 dias de treino – foi para comprovar que os benefícios observados estavam diretamente ligados ao exercício físico de força. Ou seja, não eram efeitos secundários à perda de peso corporal.

De fato, os pesquisadores observaram que os camundongos do grupo treinado ainda estavam obesos no final do protocolo. Porém, apresentavam valores normais de glicemia em jejum. Já os obesos sedentários permaneceram diabéticos até o término do experimento.


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Estudo: Musculação pode prevenir câncer de intestino


Fazer exercícios aeróbicos — nadar, correr, pedalar— em intensidade moderada é uma estratégia reconhecida para diminuir o risco de câncer. Mas, conforme a ciência avança, a musculação também parece ganhar reconhecimento nessa área. A mais recente pesquisa sobre o tema mostra que levantar peso pode ajudar a evitar os tumores de cólon, uma parte do intestino.
O levantamento, feito pelo Instituto Nacional de Câncer dos Estados Unidos, avaliou mais de 200 mil aposentados do país que foram incluídos em um estudo maior, conduzido entre 1995 a 2005. Nesse período, eles responderam periodicamente a questionários com perguntas sobre dieta, saúde e estilo de vida.
Diante dessas informações, os especialistas analisaram a frequência dos dez tumores mais comuns nessa turma. E concluíram que, entre os homens que puxam ferro, o risco de manifestar câncer de cólon era quase 10% menor. Para as mulheres, a diferença não foi relevante do ponto de vista estatístico.
Treinamento de força x câncer
Os cientistas americanos destacam no artigo que há poucas evidências sobre os efeitos da musculação na prevenção dos tumores. Assim, não dá para cravar quais tumores ela protegeria e os motivos por trás disso.
No entanto, outras pesquisas exploraram esse elo. Exemplo: um estudo de 2017 da Universidade de Sidney (Austrália), feito com mais de 80 mil homens e mulheres, revelou que os praticantes de atividades de força simples, como flexões e abdominais, possuíam uma probabilidade 31% menor de morrer de câncer.
Para os autores, o achado sugere que exercícios de fortalecimento são tão importantes quanto os aeróbicos para evitar a doença.
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segunda-feira, 9 de dezembro de 2019

Existe um modelo de Plano de Aula de Educação Física ideal?





Eu já respondo logo na primeira frase do texto: não. Explicarei abaixo o porque não existe.
O plano de aula é um documento, geralmente de autoria do professor, utilizado para detalhar e orientar a prática pedagógica acerca de determinado tema ou objeto de conhecimento. Ele funciona como uma espécie de "roteiro" para as aulas, especificando recursos, conhecimentos prévios, atividades avaliativas e de fixação, competências e habilidades que deverão ser desenvolvidas pelos estudantes naquele momento.
Assim sendo, a elaboração de um plano varia de acordo com uma série de fatores que passam pelo planejamento curricular da escola, pelos hábitos e práticas do professor, pela configuração e ritmo das turmas – entre inúmeros outros.



O plano de aula é importante e necessário para:
• Sistematizar a prática pedagógica;
• Planejar e prever as situações em que se dará o processo de ensino e aprendizagem;
• Indicar as metodologias e preparar os materiais e recursos necessários;
• Organizar o cronograma das atividades que serão realizadas;
• Manter em mente os objetivos e resultados esperados dos alunos;
• Acompanhar e manter uma forma de registro da evolução da turma;
• Garantir que as práticas e o conteúdo lecionado estejam de acordo com as diretrizes nacionais e locais para a Educação Básica.

Geralmente, cada escola possui o seu template, que ajuda na elaboração dos planos de aula. Mas se você precisa construir um modelo de plano de aula do zero, procure otimizar a sua rotina produzindo um template com as informações básicas que ele deve conter para cada etapa de ensino. Dessa forma, fica mais fácil se organizar e acompanhar a evolução das turmas.


Quer ter Planos de Aulas diferenciados para a Aula de Educação Física? Vou te dar 3 dicas: 

101 Planos de Aulas para Educação Física Escolar - ANOS INICIAIS
40 Planos de aula para Educação Física Infantil
55 Planos de Aula - Educação Física - Ensino Fundamental 1º a 5º Série
 
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quarta-feira, 4 de dezembro de 2019

Como planejar exercícios físicos para Idosos?




A prescrição de exercício físico necessita de um conjunto de conhecimentos científicos e de normas elementares, fundamentais para que se obtenha um bom resultado. Quando se pretende realizar uma prescrição a este nível, deve-se esclarecer as suas indicações/objetivos para se evitarem más orientações, que podem induzir consequências nefastas para a saúde das pessoas. Não basta indicar que se deve fazer exercício, é necessário especificar os aspectos quantitativos e qualitativos do exercício físico, como se faz com qualquer outra medicação. Considera-se, mesmo, uma verdadeira prescrição, semelhante a outras terapêuticas, com as suas indicações e efeitos secundários

Qualquer exercício físico deve ser regular, portanto deve-se praticar um exercício físico de forma contínua e sistemática. Qualquer programa de exercício físico deve permitir uma progressão lenta, com um aumento gradual da duração, da frequência e da intensidade. Cada sessão deve iniciar-se por um período de aquecimento proporcional à sua duração e terminar com um período de arrefecimento.
Um planejamento de exercícios pode incluir desde as atividades mais comuns como caminhadas orientadas, alongamentos, exercícios de força, mas também pode ser personalizado, se tornando mais eficaz para esses indivíduos que estão chegando ou chegaram à terceira idade. Assim, podemos incluir exercícios de agilidade, reação, equilíbrio, coordenação motora geral, coordenação motora fina, além de exercícios para memória.
A personalização do exercício físico engloba vários itens: sexo, idade, passado desportivo, gostos, tempo livre, horários preferenciais, grau de solicitação energética da atividade profissional e doméstica, objetivos e motivação de cada um, antecedentes pessoais, os problemas médicos atuais e a medicação habitual. Deve, ainda, ter-se em consideração as capacidades específicas de cada pessoa (resistência aeróbia, resistência anaeróbia, velocidade, força, coordenação neuromuscular e flexibilidade)
Para quem é profissional, não pode deixar de conhecer o Curso Prescrição do Exercício para Idosos baseado em Evidências Científicas. Clique aqui e saiba mais sobre como se aperfeiçoar nesse assunto! 
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Caracterização do mini-vôlei e aplicação em crianças



O voleibol exige uma vasta gama de reflexos motores e raciocínio rápido para formar uma jogada, tais como destreza, habilidade e esforço físico, já que é necessário ter velocidade e força. Tudo isso pode ser desenvolvido antes dos 14 anos, adaptando o esporte para a faixa etária a ser trabalhada.

O mini-voleibol é um método simples e adaptado às necessidades das crianças de 08 a 14 anos, para a aprendizagem do voleibol, jogado por duas equipes compostas por menos de 6 jogadores em cada time, resultante de reflexões didáticas onde as ações complexas se reduzem a situações de jogos simplificadas, correspondentes ao estado de desenvolvimento dos jogadores

Caracterização do mini-vôlei

    Dentre os mini-jogos, o mini-vôlei ou voleibol para crianças deriva do jogo de voleibol, onde as ações complexas se reduzem a situações de jogo simplificadas, como quantidade de jogadores, largura da quadra, altura da rede e material de jogo (GOTSCH, 1983). É um jogo completo, que flui livremente, exprimindo gestos naturais para crianças entre 9 a 13 anos. Além disso, é apropriado para iniciantes mais velhos que ainda não estejam preparados para o jogo normal, como tido de recreação e como treinamento para jogadores mais adiantados.

    Os requisitos de aprendizagem específicos para o mini-voleibol se adquirem mediante jogos de movimento e exercícios em forma de jogo, cuja estrutura e condições de jogo o principiante já conhece. Os jogos de movimentos e as formas de jogo são modificados sob pontos de vista didáticos, para introduzir o principiante à ação do jogo específico de voleibol (GOTSCH, 1983).

    Em um jogo normal de vôlei (6x6), o número de vezes que a criança toca a bola durante o jogo não é suficiente para o desenvolvimento motor desejável. Esta desvantagem é suprida pelo mini-vôlei, no qual o jogador toca a bola muitas vezes, percorrendo distâncias menores, e logicamente mais adequadas para seu grau de desenvolvimento (BAACK, 1972).

Fases do mini-vôlei

    O mini voleibol é dividido em 4 ou 5 fases (GOTSCH, 1983; PROJETOS, 2000), em que cada uma delas apresenta uma habilidade específica do voleibol que deve ser bem trabalhada para se passar à fase seguinte.

Base para o mini-vôlei - 1x1

    Nesta fase a criança familiariza-se com a bola, a quadra, a rede, ensinando as posturas básicas e movimentação na quadra; segurando, arremessando, lançando e rolando diferentes tipos de bolas (plástico, borracha, futebol, vôlei, futebol, etc.), praticando diferentes tipos de pequenos jogos para desenvolver qualidades físicas como velocidade, agilidade, força e reação (SANTOS, 1999).

    Nesta etapa o jogo é preferencialmente 1x1. A bola deve ser apanhada e arremessada por sobre a rede. "Bola sobre a rede" é o jogo ou exercício mais importante para a introdução do voleibol. É melhor realizar estes jogos introdutórios com uma bola de basquete ou medicine ball mais leve, porque são maiores e mais pesadas do que a bola oficial (BAACKE, 1975).

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Introdução ao mini-vôlei - 2x2

    Passada a fase de domínio da bola, a criança já pode começar a preparar-se para o toque, a manchete e o saque por baixo, permitindo um jogo de voleibol simples: 2x2. O principal objetivo é atacar e lançar a bola sobre a rede (GOTSCH, 1983). São ensinados os princípios de formação inicial, movimentos de acordo com as situações de jogo, cooperação com o colega, observação do oponente e posicionamento na quadra, bem como contínuo desenvolvimento de preparação física básica, através de movimentos rápidos na direção da bola, saltos e deslocamentos de diferentes formas (SANTOS, 1999).

Jogo básico de mini-vôlei - 3x3 sem regras

    O objetivo do trabalho nesta fase é a aquisição dos gestos técnicos básicos: toque, manchete, saque por baixo, ataque em toque, bem como, estimular situações que são exigidas no voleibol. Buscar a melhora da manchete para a recepção do saque e para uma possível situação de defesa. Na preparação física, introdução dos saltos com corda, velocidade de reação, agilidade e flexibilidade, para favorecer o processo de aprendizagem do ataque e do bloqueio (SANTOS, 1999). Nesta fase o jogo já pode ser 3x3, atacando e lançando a bola, mas sem se preocupar com as regras (GOTSCH, 1983), o senso de coletividade é a principal meta (PROJETOS, 2000).

Baby-voleibol - 3x3 com regras

    Nesta fase introduz-se o ataque sem salto e o ataque com salto. Ensinam-se diferentes variações de ataque e melhora de levantamento e das habilidades de defesa com queda, com contínua preparação física, com desenvolvimento da resistência (SANTOS, 1999).

    Devem-se fazer exercícios especiais para o treino da recepção, passe, ataque e saque por baixo, assim como para o descolamento e salto, receber e arremessar (BAACKE, 1975). Neste estágio, o jogo é 3x3 com a utilização das regras adaptadas ao mini-vôlei (GOTSCH, 1983).

Mini-voleibol - 4x4

    Introdução do bloqueio e da defesa, melhora dos fundamentos e habilidades técnicas e táticas. Aperfeiçoamento em todos os fundamentos, novas variações. Na preparação física, continuação da preparação física geral e o aperfeiçoamento de todas as habilidades relativas aos fundamentos (SANTOS, 1999).

    Devem-se fazer exercícios básicos de tática, como passe e primeiro ataque; passe, recuperação da bola e contra-ataque; cobertura das jogadas e dos espaços vazios; jogos-treino 4x4 em quadras de dimensões menores (BAACKE, 1975) e regras adaptadas (GOTSCH, 1983). Após esta etapa tem-se então o jogo normal 6x6.

O mini vôlei tem como principal metodologia o aprendizado, que deve se dar conforme o decorrer do jogo e as suas manifestações. Assim, o treinador observa e corrige os movimentos das crianças e explica os seus fundamentos.

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Referencias:

BAACKE, H. Mini volleyball: regras para crianças de 09 a 12 anos. In: CONFEDERAÇÃO Brasileira de Voleibol. Manual do Treinador. Brasília: Secretaria de Educação Física e Desportos; Subsecretaria de Desportos. 1975.

GOTSCH, W. Minivoleibol. Argentina: Editorial Stadium, 1983.

PROJETOS. Cursos e palestras para... 2. A experiência italiana (Gianfranco Briani). Introdução natural... a organização do mini-vôlei. Os programas podem ... Disponível em: www.urbi.com.br/users/pimentel/projeto.htm. Acesso em: 12 jul. 2000.
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Jogos e Brincadeiras no desenvolvimento infantil


A brincadeira é o exercício físico mais completo de todos e é através dela que agregamos valores e virtudes à nossa vida.

A falta de valorização do brincar contribuiu para a realidade que vivemos hoje: as brincadeiras estão entrando em extinção. Brincar, porém, é um momento "sagrado".
Brincadeiras de roda, com elástico, pião, bolinha de gude, amarelinha, siga o mestre, estátua, dança das cadeiras. Todo mundo carrega de sua infância um repertório de brincadeiras que costumava fazer em casa ou na hora do recreio. O educador tem que acessar a criança que existe nele. Essa reconexão é o primeiro movimento para olhar a brincadeira como eixo estruturante da aprendizagem, para observar e entender como as crianças pensam.

Ao instituir jogos e brincadeiras, as crianças manipulam e exploram os objetos, comunicam-se, desenvolvem suas múltiplas linguagens, organizam seus pensamentos, descobrem regras, tomam decisões, compreendem limites e desenvolvem a socialização e a integração com o grupo. E todo esse aprendizado prepara as crianças para o futuro, onde terão de enfrentar desafios semelhantes àqueles vistos nas brincadeiras.

Atividades como jogos, com recursos ou não (tabuleiro ou apenas verbalizados), porém que possuem regras podem desenvolver estes aspectos na criança, a mesma passará a conhecer limites e subordinar-se a regras. E compreenderá que ao longo de seu desenvolvimento irá se deparar constantemente com regras, aos quais deverá seguir, tanto em aspectos sociais, e em ambientes diversificados como escola, família e no trabalho. Uma vez que também o lúdico auxilia a criança no decorrer do seu desenvolvimento favorece as crianças e jovens que jogam em grupos, a aprenderem a respeitar as pessoas, a colaborarem com elas, a receberem ajuda, a tentar compreendê-las, é a função comunitária.

Podemos analisar a importância das brincadeiras e dos jogos, vale destacar também a relevância do brinquedo. Os brinquedos vão realizar sonhos, desmistificar fantasias ou simplesmente estimular a criança a brincar livremente. Pois com estes instrumentos, uma boneca pode virar uma bailarina, uma modelo, uma noiva, uma super – heroína, filinha e/ou princesa. E um carrinho pode magicamente se transformar em uma nave espacial, um avião, um monstro e entre outros. Estes instrumentos assume para a criança um significado e após a fase adulta, ao revê-los poderá recorda-se das aventuras que foram experienciadas apenas por ela e por aquele brinquedo, que levará consigo por toda a vida.

Por meio dos jogos, pode se criar uma série de situações que envolvam equilíbrio e outros desafios corporais para crianças com uso de objetos, de obstáculos e alvos. Combinados entre si, os jogos podem garantir situações significativas de aprendizagem, favorecendo o desenvolvimento cognitivo e social da criança. Em grupo, os jogos também podem contribuir para desenvolver a solidariedade e a cooperação.
Tenha atividades para Brincadeiras escolares. Nesse guia, são 39 brincadeiras comentadas e com variações. Clique aqui!
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HIIT para portadores de diabetes




A diabetes é uma doença que se caracteriza por uma deficiência absoluta (tipo I) ou relativa (tipo II) de insulina que resulta em hiperglicemia. O mesmo diz que o tipo II ocorre mais tardiamente e está associado à obesidade. Os sintomas podem ser semelhantes às da diabetes tipo I, mas geralmente são menos acentuadas. Como resultado, a doença pode ser diagnosticada vários anos após o início, uma vez que já surgiram complicações.

O Diabetes Mellitus tipo II (DM2) é a forma presente em 90% a 95% dos casos e caracteriza-se por defeito na ação e secreção da insulina. A maioria dos pacientes com essa forma apresenta sobrepeso ou obesidade, sendo necessário o controle da composição corporal como forma de prevenção

O exercício físico adequado e nutrição fazem a aliança perfeita para prevenir o diabetes, obesidade e outras possíveis doenças. De acordo com Oliveira & Vencio (2014) no tratamento do diabetes podemos destacar que o exercício físico é um importante aliado, atuando sobre o controle glicêmico e sobre outros fatores de comorbidade, como a hipertensão e a dislipidemia, e reduzindo o risco cardiovascular. Em termos gerais, a glicemia após o período de jejum (8 horas) deve apresentar valor menor que 100mg/dl para caracterizar normalidade, maior ou igual a 126 mg/dl aponta diabetes. O teste pode ser feito por aparelhos portáteis, ou em laboratórios, ambos através do sangue. Já a obesidade pode ser verificada pelo índice de massa corporal (IMC) usando a formula IMC= massa corporal/Altura2.

O treinamento intervalado de alta intensidade ou high interval trainning (HIIT) tem ganhando grande visibilidade. Esses métodos intervalados consistem numa série de estímulos (esforços submáximos) entremeados de intervalos que propiciem uma recuperação parcial (incompleta). O HIIT envolve rajadas de atividades seguidas por um curto período de repouso ou recuperação. No contexto atual da sociedade quando o treinamento intervalado de alta intensidade é comparado ao contínuo em relação ao tempo disponível para treinamento parece ser claro que não há como não preferir o método que traz resultados com seções menores, além de outras vantagens do HIIT. Há protocolos com duração de 4 minutos, contabilizando momentos pausados e ativos, como o Tabata.

Protocolos de HIIT:

Protoloco 1 – Tabata:

8x (20seg : 10seg)
São 8 séries com 20 segundos de estímulo e 10 segundos de intervalo.

Protocolo 2 – Timmons:

3x (20seg : 2min)
São 3 séries com 20 segundos de estímulo e 2 minutos de intervalo.

Protocolo 3 – Trapp adaptado:

20x (24seg : 36seg)
São 20 séries com 24 segundos de estímulo e 46 segundos de intervalo.

Protocolo 4 – Gibala:

10x (60seg : 60seg)
São 10 séries com 60 segundos de estímulo e 60 segundos de intervalo.

Protocolo 5 – Trapp:

60x (8seg : 12seg)
São 60 séries com 8 segundos de estímulo e 12 segundos de intervalo.

Protocolo 6 – Wisloff:

4x (4min : 3min)
São 4 séries com 4 minutos de estímulo e 3 minutos de intervalo.

Portanto, o  HIIT deve ser utilizado em diabéticos tipo 2 com base na literatura atual visto que traz benefícios a pessoas com a doença. O profissional de educação física deve ter bom senso na prescrição do programa de exercícios e respeitar as individualidades. Estudos posteriores de maior duração poderão reforçar isto.

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HIIT no Emagrecimento de Mulheres e Homens



O sobrepeso e obesidade vêm aumentando a cada década, o exercício físico juntamente com a reeducação alimentar, vem sendo utilizado como principal ferramenta para mudar a composição corporal. Uma das principais dificuldades de muitos indivíduos é a disponibilidade de tempo, dificultando a prática. E um dos métodos que vem sendo proposto e ganhando espaço pela sua eficiência na perda de gordura corporal em um período menor de estímulo que o treinamento aeróbio continuo é o treinamento intervalado de alta intensidade (HIIT), na sigla em inglês para Higth Intensity Intermittent Training.

Boutcher (2011) diz que o aumento marcante na epinefrina e na norepinefrina durante os treinos HIIT pode ser um catalisador para melhorar a perda de gordura. Ambos estes hormônios do tipo 'correr ou lutar' (também conhecidos como adrenalina e noradrenalina) conduzem a lipólise – quebra de gordura – e são em grande parte responsáveis pela liberação da gordura das reservas de gordura subcutânea e intramuscular para uso como combustível durante o exercício.

Receptores β-adrenérgicos especializados em células de gordura são conhecidos por ativar a lipólise (Boutcher 2011). Curiosamente, receptores β-adrenérgico foram encontrados com mais frequência na gordura abdominal profunda (também chamada de gordura visceral, pois envolve os órgãos internos do corpo) do que na gordura subcutânea. Boutcher afirma que o HIIT pode assim ter o potencial de reduzir especificamente as reservas de gordura abdominal, que são identificadas como depósitos de gordura insalubres no corpo humano.

Kessler, Sisson & Short (2012) dizem que mudanças notáveis no peso corporal/percentual de gordura corporal exigem pelo menos 12 semanas de HIIT. No entanto, a avaliação dos resultados do HIIT específicos para os clientes é um pouco especulativa, pois a mudança na composição corporal das pessoas depende de um programa de gerenciamento de peso com um mix ideal de exercício, ingestão dietética e mudanças de comportamento.

Os efeitos do HIIT na gordura visceral e na perda de gordura subcutânea são encorajadores. E o impacto que o HIIT tem na redução da pressão arterial sistólica e diastólica (quando elevada) e na melhoria do colesterol HDL é promissor. A evidência foi analisada e parece que HIIT é campeão de efeitos benéficos na saúde metabólica!

Referencia:

Boutcher, S.H. 2011. High-intensity intermittent exercise and fat loss. Journal of Obesity, doi: 10.1155/2011/868305.

Kessler, H.S., Sisson, S.B., & Short, K.R. 2012. The potential for high-intensity interval training to reduce cardiometabolic disease risk. Sports Medicine, 42 (6), 489–509.

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