segunda-feira, 29 de julho de 2019

Exemplos e Jogos que trabalham Psicomotricidade



A psicomotricidade nas aulas de educação física pode auxiliar na aprendizagem escolar, contribuindo para um fenômeno cultural que consiste de ações psicomotoras exercidas sobre o ser humano de maneira a favorecer comportamentos e transformações.

É, sobretudo, visando a possibilidade de compreensão da importância de se inserir conhecimentos da Psicomotricidade nas aulas de educação física com o intuito de auxiliar na aprendizagem global dos alunos.

A psicomotricidade oportuna as crianças condições de desenvolver capacidades básicas, aumentando seu potencial motor, utilizando movimento para atingir aquisições mais elaboradas, com as intelectuais, ajudariam a sanar essas dificuldades.


Jogos e Atividades para Educação Física Escolar

Os jogos lúdicos exercem total influência na vida dos pequenos, principalmente no que diz respeito ao desenvolvimento infantil.

Veja alguns exemplos:


Pular corda com colegas
Os movimentos feitos durante essa brincadeira extremamente prazerosa é responsável por estimular a coordenação motora grossa. Como todos sabem, os braços, as pernas e os pés são os maiores beneficiados.

Amarelinha
A atividade promove o desenvolvimento dos movimentos e do raciocínio lógico da criança. A amarelinha é essencial na vida de um pequeno, mas é importante salientar que antes dos 5 anos o pequeno não tem ainda tanta firmeza nas pernas. É aconselhável, então, que somente crianças maiores brinquem.

Jogar bola
Nada mais válido que estimular a prática de jogos lúdicos que fazem parte da infância de muita gente. O ato de jogar bola tem total influência no desenvolvimento dos músculos e do corpo inteiro. Lembrando que qualquer brincadeira que envolva bola, não só o futebol.

Colorir
Toda criança adora colorir e esta atividade é muito importante para o desenvolvimento da coordenação motora e da percepção da criança com o espaço em que está inserida. Uma folha de papel e uma caixa de lápis de cor são ótimos componentes também para o estímulo a criatividade do pequeno.

Jogos lúdicos em plataformas digitais
Os smartphones, tablets e outras tantas ferramentas digitais são essenciais para o desenvolvimento do raciocínio lógico dos pequenos. Há diversos aplicativos voltados justamente para essas questões pedagógicas e, claro, para a psicomotricidade também.

Benefícios para a vida toda
Além de fazer bem para a psicomotricidade, tais atividades podem significar um ganho imensurável na vida de uma pessoa, pois elas desenvolvem também a interação social. Uma criança que pratica essas brincadeiras tende a fortalecer sua percepção das coisas que estão ao redor e ser mais feliz. Outro detalhe que vale a pena frisar é quanto à coordenação do corpo.

Quer ter  diversos jogos e atividades para serem desenvolvidas na Educação Física Escolar ou também para outros meios recreativos? Clique aqui e saiba mais!
Espero que você tenha gostado desse texto.

Conheça os Manuais para Professor de Educação Física
Tenha Exercícios em Vídeos para Aulas de Educação Física
Trabalhe com Educação Física
Segue no Instagram!
Receba nossos links no Telegram e no Whatsapp .

Cordas Navais no Treinamento Funcional




As cordas navais são grossas cerca de 5 centímetros de espessura e de 9 a 15 metros de comprimento, resistentes e pesadas, estão tornando-se cada vez mais comum nas academias, muito usada para exercícios funcionais, promete um alto índice de gasto calórico por meio de exercícios dinâmicos.

Trabalha principalmente os músculos superiores e o equilíbrio, são vários movimentos que podemos fazer com elas como: diagonais, altos, baixos, verticais, horizontais, agachamentos e ondulatórios.

Os benefícios são:

  • Agilidade;
  • Coordenação motora;
  • Equilíbrio corporal;
  • Melhora da capacidade cardiorrespiratória;
  • Alto gasto calórico;
  • Fortalece os músculos.

Exercício com corda:

Ondulação horizontal da corda naval

  • Em posição de agachamento, com os pés afastados na base do quadril e tronco, com os joelhos levemente flexionados e a coluna ereta, segure as extremidades da corda com ambas às mãos;
  • Faça movimentos de ondulação horizontal da corda. É preciso manter a posição corporal, o agachamento isométrico e a postura do tronco. Inicie o exercício ondulando a corda, no eixo horizontal, paralelo ao solo, com movimentos de balanço para fora e para dentro. A corda deve tocar o solo.
Conheça o curso Treinamento Funcional Online. É único curso que te prepara do começo ao fim. COMPLETO! Clique aqui e saiba mais!

Essa Metodologia, que o Curso de Treinamento Funcional Online traz, é consolidada, criada a partir da parceria entre o professor Keyner Luiz – Referência Nacional em Treinamento Funcional, com 14 anos de experiência – e a escola VOLL, maior empresa de Pilates e Metodologia do Movimento na América do Sul.
Espero que você tenha gostado desse texto.

Conheça os Manuais para Professor de Educação Física
Tenha Exercícios em Vídeos para Aulas de Educação Física
Trabalhe com Educação Física
Segue no Instagram!
Receba nossos links no Telegram e no Whatsapp .

Principais causas do refluxo na atividade física



É comum ouvir queixas de atletas de diversas modalidades sobre refluxo ao praticar esportes.  Podemos identificar muitas causas,porém a mais frequente é pela volta do conteúdo estomacal para o esôfago. Qualquer aumento da pressão abdominal, que ocorre durante a prática de alguns exercícios físicos, aumenta a pressão intra-gástrica (dentro do estômago) e, com isso, aumenta também o risco de ocorrência de refluxo.

Principais causas do refluxo na atividade física:

  • Mudança na concentração sanguínea: esta relaciona-se com exercícios físicos intensos, prolongados e que agitem o corpo, como treinos de corrida de maratonistas. Neste caso, o fluxo sanguíneo dos órgãos concentra-se na musculatura e pele, e a dor vem do redirecionamento do sangue.
  • Alimentação: é essencial um bom intervalo entre a alimentação e o começo do treinamento. Se tratando de refeições mais pesadas, o intervalo deve ser maior ainda. Além do tempo, alimentos ricos em proteínas e fibras, não gordurosos e ricos em probióticos são os mais indicados.
  • Ingestão de ar:  é recomendado evitar engolir ar durante os exercícios e desenvolver a respiração correta. A deglutição de ar incorreta acarreta em distensão abdominal, em outras palavras, na sensação de inchaço e produção de gases.

  • Compressão do estômago: Devido a intensidade e esforço, o esfíncter gastro esofágico pode sofrer pressão e permitir que o conteúdo acidificado do estômago suba ao esôfago, causando acidez, queimação, etc.  Exercícios deitados também influem no bolo alimentar que pode voltar. A compressão do estômago com a situação hipotética em que o atleta se alimenta e depois começa uma sessão de abdominais numa aula de crossfit. A compressão do estômago pode fazer o alimento voltar e pressionar o esfíncter.
Não existem limitações de exercícios físicos para pacientes com refluxo.
O tratamento do refluxo consiste em 3 modalidades: medidas comportamentais, farmacológicas e tratamento cirúrgico.

Entre as medidas comportamentais mais efetivas estão perda de peso (e nisso os exercícios podem contribuir), evitar deitar-se após as refeições e dormir com a cabeceira elevada.

Para melhorar o tratamento da doença procure um gastroenterologista ou um cirurgião do aparelho digestivo.
    Espero que você tenha gostado desse texto.

    Conheça os Manuais para Professor de Educação Física
    Tenha Exercícios em Vídeos para Aulas de Educação Física
    Trabalhe com Educação Física
    Segue no Instagram!
    Receba nossos links no Telegram e no Whatsapp .

    segunda-feira, 15 de julho de 2019

    Ajustes cardiovasculares ao esforço na atividade física




    A realização de qualquer exercício físico pressupõe o estabelecimento de uma situação de sobrecarga para o sistema cardiovascular. A atividade física traduz-se na existência de um aumento de substâncias nutritivas e no aumento do aporte de oxigênio necessário para os músculos ativos. Secundariamente, aumentam também os níveis de anidrido carbônico e de metabólitos, os quais precisam ser eliminados. Para responder a isso, é necessária uma série de ajustes no sistema cardiovascular e em sua inter-relação com os diferentes órgãos e sistemas do corpo.

     

    Frequência cardíaca

    O controle da frequência cardíaca (FC) durante o repouso e o exercício é um bom indicador do nível de intensidade em que o coração está trabalhando e é uma informação importante do estado de saúde de uma pessoa. O músculo cardíaco responderá diretamente à necessidade de oxigênio e de fluxo sanguíneo  do organismo em diferentes momentos da vida, tanto para realizar um exercício de determinado nível de intensidade como durante períodos de doença ou de necessidade externa, em que o organismo responde enviando fluxo sanguíneo  aos músculos e/ou órgãos que necessitem do aporte de sangue e de O2. A frequência cardíaca é parte importante de diferentes variáveis fisiológicas. Por exemplo, junto ao volume sistólico forma o débito cardíaco. A frequência cardíaca é também parte do duplo produto.

    Existe uma correlação linear entre o aumento do consumo máximo de O2 (VO2máx) durante o exercício e o aumento da frequência cardíaca. Nesse caso, com respeito ao percentual da FC máxima. A seguir, abordaremos a importância do controle da frequência cardíaca.

     

    Frequência cardíaca de repouso

    Considerações importantes:

    -A frequência cardíaca de repouso (FCR) é de 60 a 80 batimentos por minuto (bpm) em média. Em indivíduos sedentários e de meia-idade, ela pode superar 100 bpm. Esportistas em forma e de modalidades de resistência podem apresentar entre 28 e 40 bpm, pelo aumento do volume sistólico, a partir de uma hipertrofia ventricular esquerda de caráter fisiológico.

    -A FC normalmente diminui com a idade, tanto em repouso como durante exercícios submáximos e máximos (principalmente neste último, em consequência  do processo biológico do envelhecimento).

    Fatores como aumento de temperatura e altitude aumentam a FC de repouso.

    -Antes do exercício, a FC costuma aumentar acima dos valores normais, o que se denomina resposta antecipatória. Devido a isso, as verificações de FC de repouso prévias ao exercício devem ser desconsideradas. A verdadeira FC de repouso deve ser verificada nas primeiras horas da manhã, quando a pessoa levanta.

    -Se quando estivermos deitados nossa FC de repouso for de 50 bpm, quando estivermos sentados aumentará para 55 bpm e, quando estivermos de pé, para 60 bpm. A FC de repouso aumenta porque, quando nosso corpo passa de uma posição, deitado, para outra, de pé, o volume sistólico cai imediatamente. Isso se deve sobretudo ao efeito da gravidade, que faz com que o sangue se acumule nas pernas, reduzindo o volume de sangue que retorna para o coração. Isso, ao mesmo tempo, produz um aumento da FC de repouso, para manter o débito cardíaco de repouso.

    -Por fim, determinadas doenças e medicamentos podem aumentar ou diminuir a FC de repouso.

     

    Frequência cardíaca durante o exercício

    Algumas considerações que devemos lembrar:

    -Quando se inicia um exercício, a FC aumenta proporcionalmente à sua intensidade (de acordo com a capacidade física atual).

    -Existe uma correlação direta entre a intensidade da FCmáx e o VO2máx durante o exercício, embora próximo do VO2máx se perca a linearidade.

    -A frequência cardíaca máxima é muito importante para o planejamento do treinamento e seu controle, assim como para determinados testes de laboratório e de campo, tanto para esportistas como para a população em geral.

    -Segundo a fórmula da OMS-Karvonen, a FCmáx é 220 – idade (fórmula aplicada pela Organização Mundial de Saúde [OMS]). No entanto, isso é uma estimativa, e os valores individuais variam consideravelmente em relação a esses valores médios. Por exemplo, em uma pessoa com 40 anos de idade, a FCmáx seria estimada em 180 bpm. No entanto, segundo estudos realizados, dentre pessoas de 40 anos, 68% apresentam uma FCmáx entre 168 e 192 bpm e 95% entre 156 e 204 bpm. O próprio Karvonen possui outra fórmula para avaliar o VO2máx ou a FC de reserva: FCmáx – FCR. Ambas as fórmulas são importantes para conhecer o potencial cardiovascular, mas as duas possuem margem de erro. A partir desses resultados planeja-se o pulso de treinamento.

    -A fórmula da OMS é a mais utilizada na população (FCmáx = 220 – idade).

    -Perde-se 1 bpm por ano de vida.

    -Quando o ritmo de esforço se mantém constante, em níveis submáximos de exercício, a FC aumenta muito rapidamente, até estabilizar-se. O ponto de estabilização é conhecido como estável da FC e é o ritmo ideal do coração para satisfazer as exigências circulatórias a esse ritmo específico de esforço. Para cada incremento posterior de intensidade, a FC alcançará um novo valor dentro de um ou dois minutos.

    -Apesar disso, quanto mais intenso é o exercício, mais se demora para alcançar o estado estável.

    -Nesse princípio de cargas crescentes, utiliza-se um teste de laboratório para o diagnóstico da capacidade funcional.

    -Após seis meses de treinamento moderado a moderadointenso, a FC durante o exercício submáximo costuma diminuir cerca de 20 a 40 bpm. A FC submáxima de uma pessoa reduz-se proporcionalmente à quantidade de treinamento realizado.

    -O período de recuperação da FC diminui aumentando-se o treinamento de resistência; é uma variável considerada para avaliar o progresso do treinamento.

    -Wilmore e Costill (2000) referem que quando se passa da posição de pé, em relativo repouso, a caminhar, a FC pode aumentar de 60 para 90 bpm aproximadamente.

    -Fazendo jogging (trote) a um ritmo moderado de 140 bpm, pode-se chegar a 180 bpm ou mais se passamos a correr a uma grande velocidade. O débito cardíaco (DC) aumentará por duas causas: maior volume sistólico e maior FC durante o exercício, em virtude da demanda de fluxo sanguíneo  e O2 dos músculos que estão trabalhando.

    -Vários fatores afetam a FC durante o repouso e durante o exercício, como temperatura, umidade, horário do exercício, modificação de posição, ingestão de alimentos, etc. O uso de determinados medicamentos pode alterar a FC durante a prática de exercícios; por exemplo, os beta-bloqueadores diminuem a FC. Situações parecidas também ocorrem durante o repouso (ver Tabelas 2.2 e 2.3).

    -Fatores como as modificações de posição durante o exercício (posição ortostática – como ocorre durante a corrida –, ou sentado – como ocorre no ciclismo e durante a natação) afetam a frequência cardíaca em uma intensidade similar de trabalho (ver Tabela 2.7).

     

    Clique na imagem para ampliar

     

     

    Como podemos determinar a frequência cardíaca máxima prevista de uma pessoa e o pulso de treinamento?

     

    Tanto no esporte de rendimento como nos programas de saúde direcionados à população utilizamos diferentes fórmulas, como as seguintes:

     

    -FCmáx = 220 – idade (OMS-Karvonen)

    -FCmáx de reserva ou VO2máx = FCmáx – FC de repouso (Karvonen)

    -FCmáx = 208 – (0,7 × idade) (fórmula da Universidade do Colorado, EUA)

     

    A aplicação dessas fórmulas é abordada em outros capítulos, principalmente nos Capítulos 4 e 13.

    De posse dessa informação, o médico com conhecimentos de fisiologia do exercício, o professor de educação física ou o técnico do esporte, entre outros profissionais da área, podem planejar de forma simples em que faixa do percentual de intensidade da FCmáx devem treinar seu atleta, cliente ou paciente para obter os resultados esperados, criando um nível inferior e outro superior de intensidade, controlado, nesse caso, pelos bpm, o que constitui, então, a banda ou faixa de pulso de treinamento.

     

    Clique na imagem para ampliar

     

    Em casos de doença, trabalha-se a partir da frequência de trabalho submáximo, e a fórmula que se utiliza para obtê-la é:

     

    FC submáxima= FC máxima x 0,85

     

    Em cardiologia e em medicina do esporte, utilizam-seas fórmulas de Vivacqua e Spagna para a reserva cronotrópica (RC) e o déficit cronotrópico (DF).

    RC = FCmáx – FC de repouso (também conhecida como FCmáx de reserva ou percentual de VO2máx, utilizado por Karnoven)

     

    DC = FCmáx prevista – FCmáx alcançada / FCmáx prevista

     

    Débito cardíaco: a capacidade funcional do sistema cardiovascular

    O débito cardíaco é o primeiro indicador da capacidade funcional da circulação para satisfazer as demandas da atividade física. Os dois fatores que determinam a capacidade do débito cardíaco são a frequência cardíaca e o volume sistólico (VS). A relação é:

     

    DC = FC x VS

     

    Dispõe-se de vários métodos, invasivos (como o método de Fick) e não-invasivos (como o método de reinalação), para medir o débito cardíaco. Cada um tem suas vantagens e desvantagens, sobretudo quando utilizados durante a prática de exercícios.

    A fórmula do método de Fick é esta:

     

        DC = VO2máx x 100 = mL/min / Diferença a-vO2

     

    Em condições de repouso, o organismo dispõe de aproximadamente 250 mL de VO2máx, os quais são utilizados durante um minuto em repouso para responder ao gastoenergético, e a diferença arteriovenosa durante esse tempo é de 5 mL de O2 por 100 mL de sangue. Assim, conforme a fórmula de Fick, teríamos um DC de 5.000 mL/min de sangue, ou seja, de 5 L/min.

     

    Débito cardíaco em condições de repouso e durante o exercício

    O DC aumenta proporcionalmente à intensidade do exercício, desde 5 L em condições de repouso a um máximo de 20 a 25 L/min em homens jovens e que realizam atividade física; em esportistas de elite o DC é maior, sendo mais evidente nos esportistas de resistência, que podem ter entre 35 e 40 L/min de sangue de DC. Essas diferenças devem-se inteiramente ao grande volume sistólico de indivíduos treinados, já que o exercício físico contínuo de características aeróbias produz hipertrofia fisiológica do ventrículo esquerdo, com aumento do volume sistólico, gerando um batimento mais forte.

    Em consequência  disso, aqueles que realizam exercícios aeróbios possuem um DC de repouso mais econômico, com menor FC do que pessoas sedentárias, uma vez que seu VS é maior (de 70 a 71 mL em indivíduos sedentários e de aproximadamente 100 mL em indivíduos treinados). Os valores médios do DC em condições de repouso são resumidos a seguir:

     

    Repouso

    –Débito cardíaco = frequência cardíaca x volume sistólico

    –Indivíduos sedentários: 4.970 mL/min = 70 bpm x 71 mL/batimento

    –Indivíduos treinados: 5.000 mL/min = 50 bpm x 100 mL/batimento

     

    Durante o exercício máximo, a diferença não é só de economia, mas também de quantidade e qualidade do DC. Ao possuir um VS maior, a pessoa treinada tem um DC maior diante de um esforço máximo. Em homens sedentários, o VS médio fica entre 103 e 113 mL de sangue por batimento, enquanto em pessoas treinadas pode ser entre 150 e 210 mL/batimento. Como exemplo, consideremos duas pessoas que realizam um esforço máximo de 195 bpm:

     

    Esforço máximo

    –Débito cardíaco = frequência cardíaca x volume sistólico

    –Indivíduos sedentários: 21.450 mL/min = 195 bpm x 110 mL/batimento

    –Indivíduos treinados: 34.950 mL/min = 195 bpm x 179 mL/batimento

     

    Devemos salientar que a eficiência do trabalho é muito diferente entre os exemplos que podemos apresentar, já que o que é um esforço máximo para um sedentário (por exemplo, correr 2 km em 13 minutos e 30 segundos) pode ser um esforço submáximo ou moderado (correr esses 2 km em 12 minutos e 45 segundos) para uma pessoa que realiza atividade física aeróbia de forma sistemática e pode ser um esforço leve para um esportista de alto rendimento (que percorra 2 km em 11 minutos e 20 segundos). Os mecanismos de recuperação da FC, do VS e, por conseguinte, do DC são mais rápidos em indivíduos treinados.

    Durante exercícios realizados em pé, o volume sistólico aumenta durante a transição do repouso ao exercício leve, com valores máximos que chegam a 45% do VO2máx. Depois desse ponto, o débito cardíaco intensifica-se conforme aumenta a frequência cardíaca. Os aumentos no volume sistólico em exercícios realizados em pé devem-se geralmente a um esvaziamento sistólico mais completo, em lugar de um maior enchimento dos ventrículos durante a diástole. A ejeção sistólica aumenta por meio dos hormônios simpáticos. O treinamento de fundo melhora a força miocárdica, que também contribui consideravelmente para a potência do batimento durante a sístole.

    A frequência cardíaca e o consumo de O2 estão relacionados de maneira linear, tanto em indivíduos treinados como em não-treinados, durante a maior parte do exercício. Com o treinamento de resistência, essa relação desloca-se significativamente para a direita, devido à melhora no volume sistólico cardíaco. Por conseguinte, a frequência cardíaca reduz-se consideravelmente, em nível de trabalho submáximo, nos indivíduos treinados em exercícios de resistência aeróbia.

    Na Tabela 2.4, observa-se o comportamento do volume sistólico em condições de repouso e durante o exercício em pessoas sedentárias, em pessoas ativas que treinam para melhorar o condicionamento cardiorrespiratório e em esportistas de alto rendimento de modalidades de resistência. Vê-se que o volume sistólico de repouso das pessoas ativas que treinam o condicionamento aeróbio ou cardiorrespiratório e o dos esportistas de resistência é praticamente igual ou superior ao volume sistólico dos sedentários durante o exercício. Se a pessoa tiver uma maior atividade de resistência aeróbia, terá um maior volume sistólico de repouso e durante o exercício.

     

    Clique na imagem para ampliar

     

    Após um treinamento de resistência cardiorrespiratória, o volume sistólico aumenta em repouso, assim como ao realizar exercícios de nível submáximo ou máximo de intensidade. Durante o treinamento aeróbio, ocorre um aumento do volume diastólico final, causado principalmente pelo aumento do volume plasmático.

    O ventrículo esquerdo é a câmara do coração mais modificada em resposta ao treinamento de resistência. As dimensões internas do ventrículo esquerdo aumentam sobretudo como resposta a um aumento no enchimento ventricular. Durante o treinamento de resistência cardiorrespiratória, a espessura da parede ventricular esquerda também aumenta, intensificando o potencial de força das contrações do ventrículo esquerdo.

    A lei de Frank Starling descreve que o fator principal no controle e no desenvolvimento do volume sistólico é o grau de estiramento dos ventrículos. Quando os ventrículos se estiram mais, eles se contraem com mais força. Por exemplo, se um grande volume de sangue entra na câmara quando os ventrículos se enchem durante a diástole, as paredes dos ventrículos se distenderão mais do que quando entra um volume menor de sangue. Com o objetivo de expulsar essa quantidade maior de sangue, os ventrículos devem reagir ao estiramento, contraindo-se com mais força.

    O trabalho sistemático de treinamento de resistência aeróbia ou de condicionamento cardiorrespiratório produz uma hipertrofia cardíaca esquerda com predomínio do ventrículo esquerdo, o que garante um coração mais forte e eficiente em condições de repouso e durante o exercício submáximo e máximo.

    O volume ou débito sistólico previsto pode ser calculado (Ellestad) por meio da seguinte fórmula indireta:

     

    Volume sistólico previsto em homens: VSp = 112 – (0,363 x idade) mL/min

    Volume sistólico previsto em mulheres: VSp = 74 – (0,172 x idade) mL/min

     

    O volume sistólico avaliado durante um teste de esforço é obtido, para ambos os sexos:

     

    VS = 1.000 x DC / FCmáx = mL/bpm

     

     

    Distribuição do débito cardíaco

    O sangue que flui para os diferentes tecidos do organismo é geralmente proporcional à atividade metabólica realizada em estado de repouso ou em atividade física. Problemas de saúde podem alterar o fluxo sanguíneo , em condições de repouso, para diferentes órgãos. O exercício físico modifica o volume de fluxo sanguíneo  no organismo, deslocando uma quantidade significativa de sangue para os músculos que trabalham.

    O fluxo sanguíneo  de 5 L, em condições de repouso, distribui-se em proporções aproximadas às ilustradas na Tabela 2.5. Cerca de um quinto do débito cardíaco dirige-se ao tecido muscular, ao passo que a maior parte do sangue irriga o baço, o fígado, o intestino, o trato gastrintestinal e o cérebro.

    O fluxo sanguíneo  durante o exercício possui uma distribuição diferente, dependendo de o exercício ser leve, moderado, intenso ou máximo (Tabela 2.6). Embora a irrigação sanguínea durante a atividade física varie consideravelmente segundo o tipo de exercício, sua intensidade e duração, o nível de condicionamento físico, o estado de saúde e a idade do indivíduo e as condições ambientais, a maior parte do débito cardíaco desvia-se para os músculos ativos.

    Em repouso, em torno de 4 a 7 mL de sangue são fornecidos a cada minuto para cada 100 g de músculo. Esse débito aumenta constantemente; com esforço máximo, o fluxo sanguíneo  muscular pode ser tão alto quanto 50 a 75 Ml por 100 g de tecido. Isso representa em torno de 85% do débito cardíaco total. Na Tabela 2.6, observamos as diferenças marcadas no fornecimento de sangue aos vários órgãos e o percentual que representam do débito cardíaco total nos diversos níveis de intensidade do exercício.

     

    Clique na imagem para ampliar

     

    Clique na imagem para ampliar

     

     

    Observamos como órgãos importantes, como o coração, aumentam gradualmente a quantidade de fluxo sanguíneo que necessitam e, ao mesmo tempo, mantêm constante o percentual (4%) durante os diferentes níveis de intensidade de exercício. Mesmo durante o repouso, podem aumentar de 4 a 5 vezes de condições de repouso ao exercício vigoroso. Já o cérebro aumenta apenas 50 mL de condições de repouso ao exercício leve, mantendo-se constante nos exercícios moderados e máximos.

    O débito cardíaco, ou volume cardíaco por minuto, pode ser previsto pelas seguintes fórmulas indiretas de Hossack:

     

    DC previsto (homens) = 26,5 – (0,17 × idade) L/min

    DC previsto (mulheres) = 15 – (0,071 × idade) L/min

     

    O débito cardíaco durante um teste de esforço cardiorrespiratório é avaliado de forma indireta por meio da seguinte fórmula de Hossack e colaboradores:

     

    DC previsto (homens) = (VO2máx/kg × peso kg × 0,0046) + 5,31 = L/min

    DC previsto (mulheres) = (VO2máx/kg × peso kg × 0,00407) + 4,72 = L/min

    DC cardiopatas = (VO2máx/kg × peso kg × 0,0046) + 3,10 = L/min

     

    O débito cardíaco informa quanto sangue abandona o coração a cada minuto, enquanto a diferença arteriovenosa de oxigênio (dif a-vO2) indica quanto oxigênio é extraído do sangue pelos tecidos. O produto desses dois fatores indica o ritmo de consumo de oxigênio (VO2), expresso na seguinte fórmula:

     

    VO2 = VS × FC × dif a-vO2

     

    Existe uma relação direta entre o exercício e o aumento do DC, porque este assegura o aumento de O2 durante o exercício.

    Na Tabela 2.7, observam-se, durante a prática de exercícios intensos, as alterações na FC, no VS e no DC de uma pessoa ativa, saudável e com bons indicadores de condicionamento cardiorrespiratório (não-esportista de rendimento). Tais alterações dependem da posição anatômica e do percentual de músculos usados na corrida, no ciclismo e na natação.

     

    Fluxo sanguíneo  e exercício

    O fluxo sanguíneo  aumenta durante o esforço, principalmente pelo exercício que desenvolve o condicionamento cardiorrespiratório, com um aumento do volume sistólico e do débito cardíaco. Esse aumento é devido a três fatores:

     

    -Maior capilarização

    -Maior abertura dos capilares existentes

    -Redistribuição mais efetiva do sangue

     

    Nas Tabelas 2.5 e 2.6, podem-se observar a distribuição e a redistribuição do fluxo sanguíneo  durante repouso e durante exercícios de intensidades leve, moderada e intensa.

     

    Pressão arterial e exercício

    A pressão sistólica (PAS) aumenta em proporção ao consumo de O2, ao débito cardíaco e à progressão do exercício, enquanto a pressão diastólica (PAD) permanece relativamente igual ou aumenta apenas levemente. Com a mesma carga relativa de trabalho, as pressões sistólicas são maiores quando o trabalho se realiza mais com os braços do que com as pernas, devido à menor massa muscular e à menor vascularização que existe nos membros superiores.

    Em pacientes hipertensos ou com predisposição, o estímulo do exercício escalonado, com o objetivo de levar à frequência cardíaca máxima durante um teste de esforço, pode produzir uma resposta hipertensiva tanto sistólica como diastólica, como ilustra a Tabela 2.8.

     

    Clique na imagem para ampliar

     

    Em pessoas treinadas em exercícios aeróbios com a finalidade de prevenir doenças ou recuperar a saúde, e sobretudo em esportistas de competição, principalmente nas modalidades de resistência, durante exercícios de grande intensidade, aumenta consideravelmente a pressão arterial diferencial, elevando a sistólica e diminuindo a diastólica e produzindo uma diminuição da resistência periférica geral com o propósito de levar um maior fluxo sanguíneo  e de O2 aos tecidos que trabalham (em especial aos músculos) de uma forma econômica e efetiva.

    Durante o exercício isométrico (estático), com pesos e com máquinas hidráulicas, as pressões sistólica e diastólica aumentam o estado hipertensivo, o que constitui um risco para o indivíduo hipertenso ou com outra doença cardiovascular.

    Como se sabe, a hipertensão arterial sistêmica (HAS) impõe uma carga crônica sobre a função cardíaca. O treinamento aeróbio (caminhada, trote, natação, ciclismo, etc.) regular, de forma individualizada e conservadora para cada paciente, produz melhora da hipertensão arterial, tanto em condições de repouso como no exercício submáximo. Devemos ser cuidadosos com os estágios graves e muito graves da HAS; apenas com acompanhamento médico a prática de exercícios físicos é indicada para esses indivíduos.

    Pacientes com hipertensão arterial leve podem realizar, sem exageros, exercícios de força, de caráter isotônico ou dinâmico (ver Capítulo 4), sempre sob prescrição médica e com pressão arterial normal.

     

    Devem-se observar as seguintes considerações:

    -Antes de mais nada, deve-se recordar que a pressão sistólica de repouso oscila entre 135 e 100 mmHg e que a diastólica ou mínima, entre 85 e 60 mmHg.Podem-se observar valores tensionais normais, principalmente no sexo feminino, entre 100 e 90 mmHg de sistólica e 60 mmHg de diastólica. Uma pressão normal típica é de 120/80 ou 110/70 mmHg, o que assegura uma pressão diferencial de 40 mmHg.

     

    Clique na imagem para ampliar

     

     

    -A pressão (ou tensão) arterial sistólica aumenta, durante o exercício, proporcionalmente ao consumo de O2 e ao débito cardíaco, que aumenta durante o exercício progressivo. A pressão diastólica permanece relativamente igual, aumenta levemente ou diminui, dependendo do grau de atividade da pessoa, do estado de saúde e do tipo de exercício realizado.

    -Em esportistas submetidos a esforços máximos, pode-se obter 200 a 250 mmHg de PAS. Relataram-se 240 a 250 mmHg em esportistas de alto nível e saudáveis.

    -A atividade física sistemática melhora a qualidade da resposta da PAS e da PAD durante o exercício, elevando a pressão arterial diferencial.

    -Durante um exercício máximo progressivo, podemos encontrar em esportistas, sobretudo de modalidades de resistência, valores de 250 mmHg na sistólica e de 30 ou menos na diastólica, garantindo uma pressão arterial diferencial grande, para obter a eficiência do aumento do débito cardíaco com um maior fluxo de sangue e de oxigenação para os músculos.

    -Indivíduos sedentários e/ou com hipertensão arterial não respondem de forma fisiológica ao exercício aeróbio, com dificuldades na pressão arterial diastólica, que geralmente aumenta, diminuindo a pressão arterial diferencial, que torna o trabalho menos econômico.

    -Na hipertensão arterial leve ou moderada, a atividade física aeróbia sistemática diminui, em condições de repouso, uma média de 11 mmHg da PAS e de 8 mm da PAD, reduzindo, assim, a pressão média (ver Capítulo 6).

    -Um aumento de 15 mm na pressão arterial diastólica durante o exercício é considerado uma resposta anormal ao exercício, sobretudo em pessoas "aparentemente saudáveis".

    -A resposta ao trabalho de halterofilismo de grande intensidade e volume pode chegar até o valor patológico de PAS de 480 e de PAD 350 mm (480/350 mmHg), segundo refere Wilmore (2000), em pessoas hipertensas e que praticam halterofilismo ou fisiculturismo de forma intensa e perigosa.

    -O treinamento de força isotônico bem-realizado não gera problemas de saúde em pessoas saudáveis. É um método importante de exercícios para melhorar de forma notável o condicionamento musculoesquelético e também colabora com o condicionamento cardiorrespiratório (ver Capítulos 4 e 6).

    Veja no Capítulo 6 a classificação da pressão arterial e da hipertensão arterial segundo a Organização Mundial de Saúde.

    -A pressão diferencial é obtida subtraindo-se a pressão arterial diastólica da pressão arterial sistólica; por exemplo: se a PA de repouso for 120/80 mmHg, a pressão diferencial será 40; para uma PA de 220/30 durante o exercício de um atleta de esporte de resistência, em um teste de esforço máximo progressivo, a tensão ou pressão diferencial será de 190 mmHg.

    -A pressão ou tensão arterial média (PAM ou TAM; ver Capítulo 6) é obtida por meio da seguinte fórmula:

     

    PAM = PAS + (2 x PAD) / 3

     

    -Vivacqua e Spagna (Lamb, 1985) propuseram uma avaliação de parâmetros da pressão arterial com respeito à pressão arterial durante repouso (basal) e esforço, relacionada aos equivalentes metabólicos de tarefa (METs) alcançados durante o esforço, que se expressam em mmHg/MET. Essa avaliação é usada principalmente em cardiologia, mas também em medicina do esporte. As fórmulas são as seguintes:

     

    – Variação da pressão arterial sistólica (VAR PAS):

    VAR PAS = PAS máxima – PAS repouso / METs

     

    – Variação da pressão arterial diastólica (VAR PAD):

    VAR PAD = PAD máxima – PAD repouso / METs

     

    Lembrar que 1 MET equivale ao consumo metabólico de uma pessoa sentada e em condições de repouso (1 MET= 3,5 mL O2/kg/min).

    Para garantir que uma pessoa possa caminhar a um passo normal, necessita-se de 5 METs (17,5 mL de O2/kg/min). Esse tema é abordado nos Capítulos 4 e 6.

     

    Duplo produto

    O consumo de O2 pelo miocárdio e o fluxo miocárdico de sangue são diretamente proporcionais ao produto da frequência cardíaca e da pressão arterial sistólica, o que é definido como duplo produto (DP).

     

    DP = FC x PAS

     

    O DP é uma estimativa do trabalho do miocárdio e do VO2máx.

    Em cardiologia, utiliza-se o duplo produto para avaliar o risco cardiovascular ao esforço físico, tanto por aumento da FC quanto da PAS.

    O DP é utilizado para análise comparativa em um mesmo indivíduo, para avaliar a ação terapêutica de um medicamento e sua utilização ou não e para a prescrição de exercícios físicos e de procedimentos clínicos de cardiologia, como a evolução da revascularização miocárdica.

    Durante exercícios contínuos, a FC e a PAS aumentam paralelamente com a intensidade do esfoço, como ocorre nos testes máximos de ergonomia funcional.

    Nos esportistas, sobretudo das modalidades de resistência, e em pessoas ativas e saudáveis que realizam exercício de forma sistemática para melhorar o condicionamento cardiorrespiratório, o duplo produto diminui em condições de repouso. O DP é utilizado pelos cardiologistas e pelos médicos do esporte.

    Segundo Ellestad, obtemos o duplo produto (mmHg/ bpm) por meio das seguintes fórmulas:

     

    DPmáx previsto = 360 – (0,54 x idade) x 100

    DPmáx avaliado = PAS x FCmáx

     

    A partir da obtenção do DP, podemos saber de forma indireta o VO2máx do miocárdio (Hellesterns et al., in Lamb, 1985), que se expressa em unidade de mL x 100 g de ventrículo esquerdo, e o déficit funcional do ventrículo esquerdo (DFVE), que se expressa em porcentagem; ambos são muito utilizados em cardiologia, mediante as seguintes fórmulas:

     

    VO2máx do miocárdio = (DP x 0,0014) – 6,3 mL

    DFVE = 100 x DPmáx previsto – DPmáx alcançado  / DPmáx previsto

     

    Utilização de oxigênio pelo miocárdio

    Em repouso, cerca de 80% do oxigênio que flui pelas artérias coronárias é extraído pelo miocárdio. Essa extração de alto nível significa que as demandas elevadas de Opara o miocárdio, durante o exercício, só podem ser atendidas com um aumento proporcional da irrigação sanguínea coronariana. Durante esforço intenso, a quantidade de fluxo sanguíneo  coronariano aumenta cinco vezes para atender a demanda de O2 acima do nível de repouso.

    Como o miocárdio é um tecido essencialmente aeróbio, deve ter uma provisão contínua de O2. O impedimento do fluxo sanguíneo  coronariano causa dor anginosa e pode provocar um dano irreversível ao músculo cardíaco, como no infarto do miocárdio.

    Os principais substratos que geram energia no miocárdio são a glicose, os ácidos graxos e o ácido láctico. O percentual de utilização desses substratos dependerá da intensidade e da duração do exercício.

     

    Algumas considerações sobre variações hematológicas no exercício

    Durante a atividade física, ocorrem alterações hematológicas, dependendo do tipo de exercício, da duração, da intensidade, da temperatura ambiental, do grau de treinamento, do nível de hidratação, da postura, etc. Tais alterações podem modificar esses parâmetros.

    O treinamento bem-planejado permite modificações necessárias nas variações hematológicas, tanto com fins de alto rendimento como nos programas de saúde dirigidos à população. Essas modificações são menos bruscas pela adaptação ao exercício, como se verá a seguir.

     

    Hemoconcentração e hemodiluição

    A hemoconcentração refere-se ao aumento progressivo dos componentes intravasculares devido à perda contínua de líquido plasmático da corrente sanguínea. A hemodiluição é o contrário, o conteúdo vascular aumenta graças a um ganho resultante de líquido proveniente do espaço intersticial. Os elementos figurados e os solutos diluem-se.

    O trânsito de líquidos pelos tecidos depende do equilíbrio entre pressões hidrostáticas e coloidosmóticas capilares e teciduais. Assim, a tendência à hemodiluição ou à hemoconcentração depende de vários fatores específicos:

     

    - Quanto maior a temperatura ambiental maior será a tendência à hemoconcentração, devido, logicamente, à eliminação de suor.

    - Gravidade e duração: a magnitude da hemoconcentração costuma ser propocional ao exercício intenso e prolongado. Durante trabalho intenso e curto, também a observamos.

    - A postura de execução pode condicionar a resposta. Um exercício em posição ortostática facilita a hemoconcentração, porque predomina a filtração no leito capilar da parte inferior do corpo.

    - O estado de hidratação pode influir qualitativa e quantitativamente nas respostas do volume intravascular ao exercício. Comprovou-se que reposições líquidas durante o esforço podem atenuar a hemoconcentração gerada no treinamento e na competição.

     

    Capacidade de transporte de oxigênio pelo sangue

    É um fator determinante da capacidade física e tem como base a concentração de hemoglobinas (Hb), o número de hemácias circulantes e a eficácia de suas funções. O exercício físico gera aumentos na concentração de hemoglobina, no hematócrito e na contagem de eritrócitos no sangue periférico, por:

     

    - Desidratação.

    - Catecolaminas, que provocam contrações de reservatórios sanguíneo s como o baço ou o fígado, capazes de liberar certa quantidade de eritrócitos para a circulação.

    - Duração do exercício (em exercícios prolongados, observou-se redução nos parâmetros hematológicos, por causas que serão explicadas posteriormente).

     

    Índices hematológicos

    Os estudos realizados nos índices de volume corpuscular médio (VCM), hemoglobina corpuscular média (HCM) e concentração hemoglobínica corpuscular média (CHCM) mostram resultados contraditórios. Esforços curtos até o esgotamento parecem não modificar a concentração, e exercícios muito prolongados levam à desidratação do eritrócito, para compensar a hiperosmolaridade plasmática, razão pela qual se podem observar VCM diminuído e CHCM aumentada.

     

    Anemia esportiva

    A anemia esportiva ocorre com mais frequência nos esportes de resistência, principalmente no atletismo de fundo e na natação, devido ao treinamento prolongado e intenso em determinadas etapas. As causas são as seguintes:

     

    - Expansão plasmática pós-treinamento

    - Aumento da hemólise durante esforço

    - Hemorragias digestivas e urinárias repetidas em algumas ocasiões (seu efeito principal é por efeito mecânico)

    - Alterações na eritropoese

     

    Considera-se anemia esportiva valores próximos à anemia clínica:

     

    - Hb < 12 g/100 mL de sangue nas mulheres

    -  Hb < 14 g/mL nos homens

     

    No treinamento adequado com bons mecanismos de recuperação, inclusive uma alimentação balanceada, evitase consideravelmente a anemia.

     

    Eritropoese

    O exercício é um importante regulador do sistema eritrocitário, ajudando a eliminar os eritrócitos mais velhos e alterados e estimulando a produção e o rejuvenescimento dos elementos circulantes. Após o exercício e o treinamento, ocorre um aumento da eritropoese, já que aumenta, no sangue periférico, o número de eritrócitos jovens e de reticulócitos. As catecolaminas têm um efeito liberador de reticulócitos sobre a medula óssea, e as modificações de pressão nesta, pelas contrações musculares, ajudam na sua liberação.

    A eritropoetina é um hormônio sintetizado nos rins, o qual regula a proliferação dos eritrócitos e cujo aumento se atribui a vários fatores:

     

    - Hipoxia tecidual (principalmente renal). Há esportes treinados em uma altura média de 2.000 a 2.500 m, para estimular a eritropoese.

    - Presença de diferentes hormônios: catecolaminas, T3, T4, costicosteroides, androgenona, etc.

    - Hipoglicemia pós-exercício.

     - Aparecimento de produtos da hemólise.

     

    Efeitos do treinamento no sistema eritrocitário

    Os esportistas de elite, submetidos a fortes treinamentos com uma adequada recuperação das cargas, de forma geral, apresentam valores iguais ou mais baixos do que os da população normal, provavelmente devido a uma adaptação de seu volume plasmático, expandido até cerca de 20% (hemodiluição).

    Isso melhora consideravelmente as condições físicas do sangue em sua circulação pelos vasos, eleva a capacidade de resistência ante o esgotamento e melhora a eficiência da sudorese. Também pode aumentar a produção de elementos figurados, que é proporcionalmente menor do que a expansão do volume plasmático. Essa expansão depende, a princípio, da atividade da aldosterona, hormônio que facilita a retenção de água, e mantém-se posteriormente por maior síntese de albumina, a qual aumenta a pressão coloidosmótica do plasma e manifesta-se também por uma conservação da água a longo prazo.

    A prática de exercícios, por meio do desenvolvimento do condicionamento físico cardiorrespiratório (aeróbio), apresenta também esse benefício.

     

    Sistema leucocitário

    Ocorre um grande aumento de glóbulos brancos após a realização de exercícios. Durante exercícios intensos e de curta duração, observa-se elevação dos linfócitos. Em exercícios prolongados, ocorre aumento dos neutrófilos. Essa leucocitose é atribuída aos seguintes fatores:

     

    - Mobilização de leucócitos, que, em condições normais, se encontram marginados na parede vascular. Em última instância, a adrenalina seria a responsável por essa desmarginação. É muito marcada em atletas de maratona.

    - Hemoconcentração generalizada.

    - Resposta inflamatória a uma lesão tecidual local. Os impactos repetidos e a tensão muscular elevada podem provocar uma neutrofilia, que é a responsável pela leucocitose nos maratonistas.

    - A acidose também foi implicada na produção de leucócitos e na mobilização de plaquetas. Dessa forma, exercícios com menor nível de acidose parecem provocar menores leucocitoses.

     

    Plaquetas

    O treinamento de alta intensidade e de curta duração pode aumentar as plaquetas. O exercício moderado e prolongado não parece modificá-las.


    Saiba mais sobre o Curso de Fisiologia do Treinamento Funcional


    Espero que você tenha gostado desse texto.

    Conheça os Manuais para Professor de Educação Física
    Tenha Exercícios em Vídeos para Aulas de Educação Física
    Trabalhe com Educação Física
    Segue no Instagram!
    Receba nossos links no Telegram e no Whatsapp .

    Como ocorre a Hipertrofia Muscular



    Hipertrofia é o aumento do volume de células, portanto chamamos de hipertrofia muscular o processo de aumento de volume das células musculares.
    O aumento da massa muscular ocorre como consequência do treinamento, assim como a demanda proteica. A ingestão proteica deve ser obtida por uma dieta normal e variada, sendo a suplementação uma forma prática e segura de adequar sua ingestão de boa qualidade e a biodisponibilidade de aminoácidos, para as necessidades aumentadas de um atleta em treinamento e competição. O horário e tipo de suplementação vai depender da fase de treinamento, intensidade e duração, para recuperação muscular.
    Falando um pouco sobre fibras musculares, elas se diferenciam em tipo 1 e tipo 2. As fibras do tipo 1, ou fibras vermelhas, têm característica de contração lenta e utilizam e dependem de oxigênio como forma de energia, sendo recrutadas em atividades leves a moderadas. As fibras do tipo 2, ou brancas, têm característica de contração rápida, sem necessidade da presença de oxigênio, porém com boa capacidade de geração de força, mas fadigam mais rápido.

    O aumento  do volume muscular acontece após o treino, onde o corpo se recupera dos danos e aumenta o número de sarcômeros, aumentando o diâmetro das fibras e, consequentemente, o músculo como um todo.

    A sobrecarga da musculação gera processos fisiológicos a serem comentados a seguir.
    Durante os exercícios, as proteínas contráteis do músculo sofrem microtraumas após o levantamento de pesos repetidamente, desencadeando processos fisiológicos para regenerar e ocorrer a síntese proteica. Durante e/ou após o treino, ocorre liberação de hormônios como insulina, hormônio do crescimento e testosterona, que auxiliarão no processo de reconstrução muscular.

    Após uma cascata de liberação de hormônios e enzimas, ocorre a ativação de células-satélite. As células são células-tronco muscular , que após o micro-trauma dos sarcômeros, acabam dividindo-se, migrando e fundindo às fibras musculares, contribuindo assim para a regeneração e/ou crescimento do tecido muscular.

    Portanto, os treinos de resistência até a fadiga ou próximo dela, são capazes de aumentar a síntese de proteínas musculares, causando a hipertrofia muscular.

    Se o seu objetivo é crescer ou simplesmente ter uma definição corporal legal, o ganho de massa é etapa fundamental do processo e, para isso, você precisa entender como esse ganho acontece.
    Entre mecanismos físicos e hormonais, basicamente o que é necessário para gerar hipertrofia são microlesões nas células musculares. Essas lesões serão reparadas durante o descanso, mas não só isso: seu organismo vai aumentar o tecido danificado, para que ele possa aguentar os estímulos a que foi submetido anteriormente.

    A fim de causar essas microlesões, é essencial saber como são divididas as fases de um exercício e qual a importância delas.

    Fase concêntrica e fase excêntrica: o que são?

    Os exercícios são divididos em duas fases: na concêntrica, há o movimento propriamente dito; na excêntrica, há o retorno à posição inicial.
    • No agachamento: o movimento de agachar compõe a fase concêntrica, enquanto o levantar compõe a fase excêntrica;
    • No supino reto: trazer a barra até o peito compõe a fase concêntrica; levantá-lo compõe a excêntrica.

    Outra forma interessante de identificar a fase concêntrica e a fase excêntrica é lembrar que na primeira há aproximação das articulações; na segunda, o afastamento.
    E qual a importância de saber dessas fases?

    É importante entender pois são esses tipos de movimento que geram microlesões celulares. Nada de fazer o exercício de qualquer jeito: rompa as fibras musculares realizando esses movimentos devagar.
    Agora que você já sabe como são divididas as fases de um exercício e como deve realizar os movimentos, veja mais algumas dicas matadoras para gerar a desejada hipertrofia muscular.
    Há diversas formas de realizar um treinamento para hipertrofia muscular. Algumas variáveis que podemos citar  que influenciam no ganho de força e hipertrofia são intensidade, volume, amplitude de movimento e velocidade.

    Em geral, um ponto de dúvida comum de alunos é em relação ao volume de treino de hipertrofia muscular, que tradicionalmente são recomendados um número de séries e repetições padrão por exercício, como 3×10, 4×8, etc. Existe um número mínimo de séries por grupamento muscular para ocorrerem os microtraumas necessários para hipertrofia significativa, porém isso irá depender da intensidade do treino. Além do número de séries, o número de repetições é outro ponto que vem sendo estudado, e o que mais tem se recomendado são número de 6 a 12 repetições por série, porém alguns estudos têm mostrado que menores números de repetições ou maiores também apresentam bons resultados de hipertrofia muscular.

    DICA BOA: 
    Curso online TREINAMENTO DE HIPERTROFIA - MÉTODOS INTENSIVOS do Prof. Dr. Paulo Gentil. Clique aqui!

    O mesmo é autor dos best sellers “Bases Científicas do Treinamento de Hipertrofia” e “Emagrecimento: Quebrando Mitos e Mudando Paradigmas”. 

    São aulas 100% em video, onde fizemos questão de manter todas as características do curso presencial, com parte teórica e muita prática.
    Espero que você tenha gostado desse texto.

    Conheça os Manuais para Professor de Educação Física
    Tenha Exercícios em Vídeos para Aulas de Educação Física
    Trabalhe com Educação Física
    Segue no Instagram!
    Receba nossos links no Telegram e no Whatsapp .

    segunda-feira, 8 de julho de 2019

    Importância da Fisiologia para o Treinamento Funcional



    O treinamento funcional é um método de treinamento relativamente novo na esfera da preparação física. Ele embasado por princípios científicos procura desenvolver movimentos e não apenas cadeias musculares.

    Através de movimentações multiplanares (variadas direções) e multiarticulares com ação preponderante da propriocepção (órgãos existentes na musculatura, articulações, tendões e ligamentos que permitem ao Sistema Nervoso Central verificar informações sobre postura e equilíbrio) permitem este tipo de treinamento buscar seu enfoque. Ele é composto por movimentos que podem ser divididos em duas classes que são chamadas de: cadeia fechada e cadeia aberta.

    Os exercícios de cadeia fechada são aqueles que visam trabalhar músculos estabilizadores primários, pois envolve maior número de articulações devido às extremidades (geralmente pés e mãos) estarem fixas, exigindo apenas uma considerável resistência, favorecendo maior aplicação de força, quase sempre este são realizados nos aparelhos das academias. Já os exercícios de cadeia aberta por não terem as extremidades fixas, favorecem os trabalhos de equilíbrio e postura, além da flexibilidade e ganhos de mobilidade de articulações e ligamentos.

    A preparação física e a metodologia do treinamento possuem diversos princípios biológicos que norteiam seus objetivos e meios a serem aplicados. Entre um dos mais importantes está o princípio biológico da especificidade, que diz que quanto maior a proximidade da realidade da ação ou atividade ao movimento exigido mais ganhos terá o atleta ou aluno. Este princípio dá a este treinamento a base de todo seu desenvolvimento, possibilitando ganhos de valências e ações motoras através de transferências positivas entre as várias movimentações presentes.

    Neste tipo de treinamento podemos desenvolver ao máximo todas as valências ou capacidades físicas de forma abrangente e global, podendo em um único movimento ou exercício realizar o estímulo de duas ou mais capacidades que procuramos naquele momento desenvolver. Podemos usar como exemplo a realização de um agachamento sobre um disco de propriocepção. Se desenvolvêssemos o trabalho convencional de agachamento, realizaríamos ele de forma livre ou na barra guiada e trabalharíamos de forma predominante a valência força. Já com a aplicação do treinamento funcional, no caso da propriocepção podemos além da força trabalhar equilíbrio, músculos mais internos que não seriam desenvolvidos, além de favorecer ganhos de flexibilidade de tornozelos e joelhos.

    Antes que pensar em como montar o treinamento ideal para o seu aluno, ou buscar as diferenças entre realizar diferentes tipos de treinamento aeróbio, precisamos entender a fundo como o corpo funciona. Não é possível periodizar um treinamento de corrida, visando um objetivo, se não entendermos sobre as rotas metabólicas.

    Não temos como pensar em força muscular se não conhecemos as estruturas e como ocorre as diferentes adaptações nos músculos. Um dos primeiros princípios que regem nosso corpo e é essencial para o entendimento do seu funcionamento é a Lei do menor Esforço. Ou seja, nosso corpo busca sempre realizar alguma tarefa da forma mais econômica possível.

    Nosso corpo é composto por muitos sistemas diferentes que se unem durante a realização de exercícios. Precisamos estudar as características e limitação de cada sistema para poder prescrever os exercícios de forma correta.

    Além disso, sabendo os parâmetros que indicam a capacidade de cada sistema podemos então criar uma relação com os sistemas de produção de energia e entender de onde vem os números de repetições, intervalos e séries que devemos escolher para nossos alunos.

    DICA BOA PARA PROFISSIONAIS:

    Curso dedicado a abordar temas da Fisiologia do Exercício de forma simples e direta, correlacionando a teoria com a prática do cotidiano do Prof. Educação Física. Clique aqui
    Espero que você tenha gostado desse texto.

    Conheça os Manuais para Professor de Educação Física
    Tenha Exercícios em Vídeos para Aulas de Educação Física
    Trabalhe com Educação Física
    Segue no Instagram!
    Receba nossos links no Telegram e no Whatsapp .

    quinta-feira, 4 de julho de 2019

    Treinamento de Hipertrofia - Curso com Dr. Paulo Gentil


    Curso cujo objetivo é apresentar uma abordagem cientificamente embasada para prescrição de treinamentos com o objetivo de aumentar a massa muscular em alunos avançados, com o foco em estudantes e professores com conhecimentos e vivência na área.

    No curso, é realizada uma análise crítica de práticas comuns, e apresentação das evidências científicas que embasam as novas recomendações, com ajuste dos métodos comumente usados para que se tornem mais eficientes e apresentação de novos métodos.

    O curso intercala exposição teórica dos métodos constantes no livre "Bases científicas do treinamento de hipertrofia" com demonstração prática seguida da divisão dos alunos em pequenos grupos para vivência orientada pelo professor, dando-os oportunidade de executar e ensinar os métodos.

    Indispensável aos Prof. de Educação Física que desejam se atualizar com as práticas de treinamento em hipertrofia.




    Conteúdo:
    * Estímulos metabólicos e tensionais
    * Revisão sobre controle de variáveis, com enfoque em divisão de grupamentos musculares, relação entre estímulo e recuperação e volume de treinos.
    * Teoria e prática dos métodos (pirâmides, seis-vinte, oclusão vascular, pico de contração, repetições parciais pós-fadiga, set 21, pausa-descanso, drop-set, super-set, potenciação pós-tetânica, super-lento, repetições forçadas, repetições roubadas, fadiga excêntrica, pré-exaustão, bi-set, série holística..)

    E MAIS...

    Vamos dar de bônus um curso exclusivo sobre Eficiência e Segurança nos Exercícios em Membros Inferiores, além de aulas do Prof. Paulo Gentil em Simpósios internacionais de Treinamento de Força.

    É SÉRIO... Vc vai levar:

    • Curso de Treinamento de Hipertrofia de R$ 234,00;
    • Curso Exercícios em MMII de R$ 140,00;
    • + Aulas Simpósios.

    Não perca a chance de ter esse ótimo material, com conteúdo excelente!

    Clique na imagem abaixo e tenha todas as informações!

    https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEg_mkfe2BtsCcCw9iyzkqeFwMJUealWteemugNxqBN4bCnCNcj5tisuVOjZ6-eGtdVIiDiT1G-3R44c2DAq_KamC4V1SevFVNn7BtNH2W1L0CjuKPURvwccYu9puWjHduXNzc1ywVQ66DP0/s1600/inscreva-se-no-curso.jpg

    Mais informações sobre o Produto:


    Qualquer dúvida, é só mandar um email para queroconteudo@gmail.com
    Acesse outros produtos desta mesma categoria.
    Espero que você tenha gostado desse texto.

    Conheça os Manuais para Professor de Educação Física
    Tenha Exercícios em Vídeos para Aulas de Educação Física
    Trabalhe com Educação Física
    Segue no Instagram!
    Receba nossos links no Telegram e no Whatsapp .

    Biomecânica da Corrida



    O curso análise biomecânica da corrida foi construído com base na literatura mais atualizada e na experiência clínica desenvolvida ao longo de 10 anos de trabalho com esses atletas.

    Ao longo desse tempo desenvolvi uma forma sistemática e replicável para analisar os corredores e identificar disfunções que comprometem o desempenho ou resultam em lesões.

    O objetivo do curso é capacitar os Fisioterapeutas e Educadores Físicos a identificarem e interpretarem padrões estáticos e dinâmicos que influenciam na performance e saúde do corredor.



    O PROGRAMA
    1. INTRODUÇÃO
         1. Aspectos demográficos da corrida de rua e o mercado no Brasil
         2. Razões para avaliar um corredor
         3. Anamnese docorredor
         4. Estações da análise biomecânica da corrida
    2. LESÕES EM CORREDORES
         1. Fatores de risco de lesão em corredores
         2. Lesões em corredores
         3. Respostas inerciais
         4. Lesões mais comuns
    3. ESTAÇÃO 1 – ASPECTOS POSTURAIS
         1. Apoios e arcos plantares
         2. Controle do retropé
         3. Disfunções posturais dos pés
         4. Aspectos posturais dos joelhos
         5. Aspectos posturais da pelve e quadril
    4. ESTAÇÃO 2 - BAROPODOMETRIA ESTÁTICA E DINÂMICA
         1. Princípios da Baropodometria
         2. Distribuição das pressões plantares
         3. Tipos de pés
         4. Baropodometria dinâmica
         5. Preenchimento dos dados
         6. Funções do software
    5. ESTAÇÃO 3 - TESTES FUNCIONAIS
         1. Mobilidade
         2. Estabilidade
         3. Padrão funcional
         4. Interpretação dos resultados
         5. Apresentação da prática
    6. ESTAÇÃO 4 - BIOMECÂNICA DA CORRIDA
         1. Fases da corrida
         2. Estudo sobre a pronação
         3. Medição da pronação
         4. Entrada no solo
         5. Corrida descalço
         6. Joelho na corrida
         7. Pelve e quadril na corrida
    7. ROTINA DE AVALIAÇÃO
         1. Apresentação da rotina
         2. Apresentação da ficha de avaliação
         3. O laboratório
    8. BÔNUS 1 – EXERCÍCIOS CORRETIVOS
         1. Exercícios corretivos
         2. Pirâmide do desempenho
         3. Prática dos exercícios corretivos
    9. BÔNUS 2 - TÊNIS DE CORRIDA
         1. Tecnologia dos tênis de corrida
         2. Classificação  e indicação dos tênis de corrida
         3. Guia do tênis

    Ao final do curso os profissionais estarão capacitados a diagnosticarem o padrão funcional de postura e movimento, o mecanismo de corrida, determinar o planejamento terapêutico ou de ajustes no treino funcional e a indicar os modelos de tênis adequados a cada perfil de corredor.

    No curso de análise biomecânica da corrida online você terá diversas vantagens sobre o curso presencial. Veja algumas:
    1. No curso online você terá mais conteúdo que no presencial;
    2. Você poderá estudar no seu tempo, no seu ritmo;
    3. Você não precisará se deslocar para outra cidade com custos altos;
    4. Você não precisará perder seu fim de semana para assistir as aulas e se aprimorar;

    Não perca a chance de ter esse ótimo material, com conteúdo excelente!

    Clique na imagem abaixo e tenha todas as informações!

    https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEg_mkfe2BtsCcCw9iyzkqeFwMJUealWteemugNxqBN4bCnCNcj5tisuVOjZ6-eGtdVIiDiT1G-3R44c2DAq_KamC4V1SevFVNn7BtNH2W1L0CjuKPURvwccYu9puWjHduXNzc1ywVQ66DP0/s1600/inscreva-se-no-curso.jpg

    Mais informações sobre o Produto:


    Qualquer dúvida, é só mandar um email para queroconteudo@gmail.com
    Acesse outros produtos desta mesma categoria.
    Espero que você tenha gostado desse texto.

    Conheça os Manuais para Professor de Educação Física
    Tenha Exercícios em Vídeos para Aulas de Educação Física
    Trabalhe com Educação Física
    Segue no Instagram!
    Receba nossos links no Telegram e no Whatsapp .