quinta-feira, 29 de setembro de 2016

18 dicas para melhorar o treino de Basquete

  Boas memórias da aula de educação física diminuem o risco de sedentarismo |  Veja Saúde 
 
Treinadores, além de se preocuparem com o que vão ensinar, devem também se preocupar com o que os atletas irão aprender. Mais que a elaboração de treinos mirabolantes baseados em exercícios educativos modernos, devemos nos esmerar para fornecer aos aprendizes atividades que facilitem a aprendizagem. A justificativa para a redação deste texto é que a área da Aprendizagem Motora (AM) existe há mais de um século e, portanto, nada mais recomendável que se faça uma apropriação desse conhecimento secular, aplicando-o ao Basquetebol (B). 
 
Os conhecimentos acerca dos mecanismos de execução do movimento e sobre o processo pelo qual esse movimento é aperfeiçoado, resultando na aquisição de Habilidade Motora (HM), são informações específicas importantes para quem é responsável pelo processo de ensino-aprendizagem (treinador), bem como para quem é o foco desse processo (atleta).

HM pode ter dois significados, gesto técnico e grau de proficiência. Nos últimos campeonatos internacionais – Mundial de Basquetebol Masculino da Turquia (2010) e Jogos Olímpicos de Londres (2012) – vários jogadores excepcionais destacaram-se, mas certamente um dos que causa maior é o argentino Luis Scola (jogador da NBA), por seus arremessos precisos, rebotes seguros, passes perfeitos e marcação eficiente. De fato, ele desempenhou os fundamentos do Basquetebol (HM com significado de gesto técnico) com ações complexas e intencionais que envolveram mecanismos sensoriais, decisórios e efetores que, mediante o processo de aprendizagem, tornaram-se organizadas e coordenadas de tal forma a alcançar objetivos motores predeterminados com máxima certeza e mínimo gasto de energia (HM com significado de grau de proficiência). Quando nos referimos ao gesto técnico executado, estamos usando a expressão HM com sentido de padrão de movimento utilizado, ou seja, estamos nomeando os fundamentos; no nosso exemplo, arremessos precisos, rebotes seguros, passes perfeitos, marcação eficiente. Entretanto, quando nos referimos ao nível de execução, estamos usando a expressão HM com sentido de o quão bem a meta é alcançada; no nosso exemplo, arremessos precisos, rebotes seguros, passes perfeitos, marcação eficiente.

Tomando a expressão HM como gesto técnico, um critério de classificação merece ser destacado: a instabilidade do ambiente. No jogo de Basquetebol, as ações do jogo são executadas em um ambiente instável, dinâmico, que muda constantemente. Por isso, é preciso que jogadores de Basquetebol tenham boa capacidade de adaptação nas HMs específicas para ter sucesso. Por exemplo, é difícil prever o momento e o local de um arremesso ou quando e onde a bola irá depois de bater no aro. Além disso, há variação do número de marcadores de acordo com a situação do jogo, assim como existe a pressão de tempo para efetuar a última ação de ataque. Todavia, a única exceção a essa instabilidade ambiental no jogo é o arremesso de lance livre, em que o ambiente pode ser considerado estável, pois não há marcação e o local de execução do arremesso é sempre o mesmo. Esse princípio de instabilidade ambiental pode servir de base para a organização da prática dos fundamentos do Basquetebol.
Há uma vasta quantidade de pesquisas que estabelecem diretrizes para facilitar a aprendizagem de HMs. Com fundamentação nessas pesquisas, a seguir são apresentadas 18 diretrizes que podem ser aplicadas às sessões de treino/aula de Basquetebol.

O primeiro grupo de fatores que será abordado é a informação que o aprendiz recebe durante o processo, podendo ser prescritiva (antes ou durante a execução) e/ou descritiva (durante ou após a execução). O segundo grupo é relativo à organização da prática.

Em relação à informação prescritiva, as pesquisas em AM sugerem:

1) Estabelecer metas de desempenho ao longo do processo. Exemplo: definir o número de arremessos convertidos em uma série de execuções é uma estratégia motivadora de ensino-aprendizagem.
 
2) Trabalhar com metas atingíveis, realistas, desafiadoras e específicas. Exemplo: considerando a fase de AM do aprendiz, definir com dificuldade progressiva o número de arremessos que devem ser convertidos em uma série, de modo a motivá-lo para uma prática cada vez mais eficaz.
 
3) Propor metas específicas de curto prazo associadas a metas de longo prazo. Exemplo: definir o número de arremessos a serem convertidos na série de execuções atual e nas séries subseqüentes (semana e mês seguinte).
 
4) Espaçar as instruções verbais durante as primeiras tentativas de prática. Exemplo: nos primeiros treinos, ora fornecer, ora não fornecer instrução verbal sobre como um lance livre deve ser executado.
 
5) Respeitar a fase de AM do aprendiz para decidir sobre qual ponto da HM será fornecida a instrução verbal. Exemplo: em virtude da capacidade limitada de processamento de informação do ser humano, é preferível fornecer informação elementar sobre apenas um aspecto da HM para iniciantes no B. Exemplo: no drible, enfatizar o fato de se driblar sem olhar para a bola.
 
6) Fornecer instrução verbal em forma de dicas com linguagem objetiva, simples, clara e direta. Exemplo: no drible, fornecer dicas do tipo "não olhar a bola", "proteger a bola com a perna oposta à mão do drible" são mais fáceis de captar porque a instrução é limitada a um ou dois pontos importantes da HM.
 
7) Utilizar demonstração preferencialmente nas tentativas iniciais. Exemplo: para obtenção de uma imagem mental do fundamento, nos primeiros treinos, pessoalmente o professor ou técnico deve executar com freqüência os fundamentos mais complexos do B (jump ou bandeja). A demonstração não deve ser feita por um dos aprendizes para não expô-lo a possíveis erros perante o grupo. O uso de modelos reais, através de vídeos também pode ser uma estratégia interessante.
 
8) Demonstrar fazendo o aprendiz prestar atenção no ponto crucial da execução. Exemplo: assim como na instrução verbal, enfatizar ao aprendiz para que preste atenção em um ponto específico da demonstração (a posição dos pés em uma parada brusca que antecede um arremesso).
 
9) Conjugar simultaneamente demonstração à instrução verbal para aprendizes em fases intermediárias e avançadas de desenvolvimento e AM. Exemplo: demonstrar a bandeja fornecendo instrução verbal simultânea para adolescentes e adultos e para aprendizes que não estejam em fases iniciais de aprendizagem. Crianças e iniciantes podem ser sobrecarregadas com informação simultânea.
 
10) Manter o foco de atenção do aprendiz para fontes externas ao corpo. Quando o foco de atenção é dirigido para o corpo do aprendiz, há interferência prejudicial nos processos de controle motor. Exemplo: na execução da bandeja, pedir para o aprendiz prestar a atenção na cesta ou na bola, e não no próprio punho ou dedos.
No que tange à informação descritiva, as pesquisas em AM sugerem:
 
11) Fornecer feedback externo várias vezes, mas sem massacrar o aprendiz com informação a todo momento. Isso evitará que o aprendiz fique dependente do feedback do treinador. Exemplo: numa série de passes diversificados, depois de alguns passes mal executados fique calado para que o aprendiz tenha chance de desenvolver autonomia.
 
12) Estimular o aprendiz a detectar o erro por si próprio e a corrigir-se a si próprio. Exemplo: Depois de um passe executado sem sucesso, perguntar ao aprendiz o que ele fez de errado e qual seria a melhor forma de corrigir o erro; isso favorecerá o uso efetivo do feedback interno.
 
13) Oferecer feedback externo após as boas tentativas. Exemplo: depois de bandejas bem sucedidos, reforçar positivamente o que ocorreu, contribuindo para a motivação do aprendiz.
Quanto à organização da prática, as pesquisas em AM sugerem:
 
14) Preferir mais treinos curtos a menos treinos longos. A consolidação na memória das informações motoras adquiridas é favorecida com o espaçamento das sessões de prática. Exemplo: os treinos de B devem ser distribuídos em várias sessões semanais; concentrar um número reduzido de treinos longos em poucos dias prejudica a AM dos fundamentos.
 
15) Evitar a prática de um fundamento novo em estado de fadiga extrema. Exemplo: ao final de um treino técnico-tático exaustivo ou depois de uma série desgastante de repetições, os sistemas nervoso central e muscular estão estafados (o que dificulta a conexão entre eles), aumentando significativamente a chance de lesões com prática adicional. Uma exceção pode ser o treino de lances-livres, pois em situação de jogo, esse tipo de arremesso acontece muitas vezes nessas situações de grande stress físico e mental. Além disso, por suas características técnicas, o arremesso utilizado no lance-livre oferece pouca situação de risco aos praticantes.
 
16) Associar prática mental à prática física. Exemplo: a prática mental (ensaios mentais sem contração muscular observada) tem se mostrado uma aliada importante da prática física na AM, sendo recomendada no B por ocasião de uma lesão, à espera de uma execução em uma fila ou em um período de pausa de um exercício educativo.
 
17) Estruturar a prática com variações apenas em fases intermediárias e avançadas de AM. Os aprendizes necessitam formar estruturas sólidas de movimento, primeiro, para depois começar a variar a prática. Exemplo: manipular aspectos do ambiente (marcação individual, quadra coberta e descoberta, pouca e muita iluminação, barulho presente e ausente), do padrão de movimento (bandeja, com uma das mãos) ou de parâmetros do movimento (diferentes distâncias, direções e forças aplicadas nos arremessos e passes).
 
18) Fracionar a habilidade apenas quando a integração entre as partes não é forte. Exemplo: evitar a prática fracionada (em partes) da bandeja, pois há uma forte relação de dependência entre o drible, as passadas, o salto e o arremesso. O mesmo ocorre com os outros fundamentos do B. Prefira então a prática do todo.
Fonte
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Atividades Aquáticas na escola

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Mesmo em ambiente escolar parece que há uma tendência à inserção das atividades aquáticas como forma de viabilizar um processo educacional mais recorrente, com possibilidade de adquirir educação mediante a prática de atividades físicas em meio líquido.

Percebe-se constantemente o grande interesse dos pais por escolas que oferecem tais atividades, as quais podem ser relevantes para o processo de desenvolvimento físico e psicológico de suas crianças. Convém ressaltar que nesse contato criança-piscina, especialmente em séries iniciais, há a necessidade da criança se integrar harmoniosamente com o meio em que se encontra, a fim de evitar possíveis problemas com as propriedades e particularidades da água, tais como o afogamento e o medo dela resultante.

Pensando no aluno como ser humano único e singular e como ele é olhado por pais e professores, surge a necessidade de atentar para os problemas pelos quais passam algumas instituições educacionais, sobre a ênfase dada ao método e à técnica absoluta para alcançar os objetivos da aula, em detrimento da adoção de condutas e estratégias que valorizam o indivíduo como um todo e facilitam a aprendizagem, como por exemplo, as dinâmicas lúdicas.

E, independentemente da existência de conflitos internos, carências e potencialidades, o aluno é capaz de desenvolver-se e adaptar-se ao meio líquido de acordo com seus limites e ritmo próprio, rompendo barreiras e abrindo possibilidades de receber uma educação baseada na valorização do desenvolvimento global do ser humano, levando em consideração as estruturas física, emocional e intelectual da criança.

 Portanto, no meio líquido, como um espaço educativo, é vital o papel do professor nesse processo, o qual deve acontecer de forma gradual e evolutiva, sem atropelar as expectativas da criança. Assim, tende-se a criar um espaço pedagógico e inclusivo, no sentido de facilitar aos alunos a vivência de experiências perceptivas e sensíveis, bem como um ensino-aprendizagem cada vez mais recorrentes.


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quarta-feira, 28 de setembro de 2016

Aposte no alongamento dinâmico

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Quando se fala em alongamento, geralmente a primeira imagem que vem à cabeça é de algo relativamente sofrido – especialmente para os homens, que costumam ser menos flexíveis do que as mulheres. E a imagem que vem à mente é aquela que envolve segurar uma parte do corpo por cerca de 30 segundos, ou, no caso dos mais durões, se esticar o máximo que conseguir. Mas, há outras maneiras de alongar. Por isso, o alongamento dinâmico vem ganhando cada vez mais espaço entre os corredores.
Ele usa movimentos específicos para preparar o corpo para as passadas. O objetivo deste aquecimento ativo é aquecer, e não ganhar flexibilidade. Como o alongamento estático tem limites, a flexibilidade forçada diminui a rigidez do músculo, e quanto menos elástico o músculo está, mais energia é necessária para realizar os movimentos, fazendo com que o rendimento caia. Já o alongamento dinâmico traz melhores resultados quando associado a movimentos específicos do esporte, pois dessa forma são utilizados mais grupos musculares, o que potencializa o resultado do alongamento.
Os exercícios
Os cinco exercícios a seguir são boas pedidas para quem corre. O recomendado é fazer três séries de 10 repetições, com somente 10 segundos de descanso entre elas.
1. Pêndulo
Jogue uma das pernas para um lado e para o outro enquanto se equilibra em uma perna só. Se estiver sem equilíbrio, apoie-se com as mãos na parede ou em um cabo de vassoura que deve estar a sua frente.
2. Sentar em pé
Levante uma das pernas e flexione o joelho. Faça o movimento como se fosse sentar em uma cadeira.
3. V invertido
Fique na posição de V invertido com o pé direito atrás do tornozelo esquerdo. Com as pernas esticadas, leve o calcanhar da perna de apoio para baixo e para cima, alongando os músculos da perna.
4. Soldadinho
Mantendo sempre as costas eretas e o joelho esticado, caminhe levantando as pernas retas em direção a sua mão.
5. Avanço
Dê um passo à frente com uma das pernas, flexionando o joelho até que ele forme um ângulo de 90º com relação ao solo. Volte à posição inicial e repita o movimento com a outra perna, alternando-as até completar as 10 repetições.
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terça-feira, 27 de setembro de 2016

Falando mais sobre Motivação na Corrida


O que te leva a correr? Voc~e já fez essa pergunta inúmeras vezes, tenho certeza. Cada uma de nós tem respostas diferentes a essa pergunta, mas a motivação sempre está, de alguma forma, ligada ao prazer, ao divertimento e a recompensas (como perda de peso ou realização pessoal).

Li um texto no blog Correr por Prazer falando sobre motivação e acho que pode ajudar a entender o que te leva a correr e, claro, se houver falta de motivação, ajudar na busca da motivação novamente.

Temos dois tipos de motivação:


Auto-motivação

tem uma relação direta apenas com nós próprios, tendo a ver com fatores de saúde, de disposição, factores psicológicos e até alimentares. Uma das principais razões pela quais muitas pessoas começam a correr, é a vontade de perder peso. Não deixa de ser um bom motivo, mas há diversos factores que podem prejudicar este tipo de atitude. Dizem os estudiosos que é mais benéfico ter como objectivo treinar para fazer uma prova do que ficar “agarrado à balança”. Isto porque nos primeiros tempos se ganha massa muscular e o nosso peso aumenta, o que pode ser desencorajador. Por isso, se pretende perder peso, comece a treinar acompanhado, não ligue muito à balança e umas semanas depois já vai estar a treinar com muito mais prazer e uns meses depois talvez já se preocupe com a balança, mas pela preocupação de não perder mais peso.

Comece devagarinho e mentalize-se para sofrer um pouco e com força de vontade para correr no dia seguinte ou dois dias depois. Ao fim de algumas semanas, as endorfinas tratarão de o viciar nesta atividade.

Motivação externa


As pessoas com que você treina, o treinador, os locais de treino, as provas que você pretende realizar.

Uma das estratégias para se manter motivado, é não ter objetivos a muito longo prazo, outra é ter um grupo de pessoas com quem treinar e com as quais você se identifique, não precisam nem convém que sejam grandes atletas, o importante é que os objetivos do grupo sejam parecidos com os seus, mesmo que esses objetivos não sejam a corrida.

– Outra técnica que aconselho é registar os treinos e as provas que faz, de forma a ir acompanhando a sua evolução. Registe o tempo de corrida e se possível a distância. Sempre que aceder a esses dados, vai ver que vai ficar mais motivado, seja por ver que está a evoluir, seja por ver que se está a “baldar”.

– Corra em sítios diferentes. Pode ser monótono correr sempre no mesmo local. Mesmo sendo um local excepcional, isso pode não ser benéfico. Eu pessoalmente gosto de variar, mesmo que isso me obrigue a deslocar de casa para outros locais de treino. Ver novas paisagens, novas pessoas, novas perspectivas, distrai-nos e motiva-nos.

– Ouça música, caso isso lhe agrade. Eu não gosto. Gosto de ouvir a rua e os sons provenientes dos locais onde corro. Há pessoas que não dispensam música. Se é o seu caso, faça-o, mas cuidado com ao trânsito. Ouvir música em parques pode ser agradável e seguro, já na rua pode ser perigoso e são já alguns os casos de atropelamentos.

– Comprar equipamento é sempre um motivo para termos vontade para ir correr. Nem que seja um simples par de meias. Faça-o com a regularidade possível.

– Se está a fazer um plano de treino para alguma prova, anote sempre o que fez e o que falta fazer. É muito positivo analisar no inicio da semana os treinos que vai fazer e planear o mesmo consoante as suas outras atividades.


Se você está sentindo falta de motivação, tente adequar o seu cotidiano a essas dicas. Pode funcionar muito bem.

Até a proxima!
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Ginástica laboral será obrigatória no serviço público

 

A Comissão de Seguridade Social e Família aprovou no dia 5 de julho a proposta que obriga os órgãos e as entidades da administração pública federal (direta e indireta) a oferecerem, no próprio local de trabalho, atividades de ginástica laboral aos seus servidores.
O texto aprovado é o substitutivo do deputado Adelmo Carneiro Leão (PT-MG) ao Projeto de Lei 6083/09, do deputado Luiz Couto (PT-PB).
O relator retirou a previsão do projeto original de pausa de, no mínimo, dez minutos a cada quatro horas de trabalho para os exercícios para quem realiza esforço físico repetitivo.
O texto aprovado estabelece três fases para a ginástica laboral – preparatória, compensatória e de relaxamento – que deverão ser adaptadas a cada ambiente de trabalho.
"As argumentações que justificam a adoção da ginástica laboral, como as do projeto, estão respaldadas no adoecimento do servidor, e não na prevenção e na promoção da educação para a saúde, como preconizado pelos objetivos maiores da ginástica laboral", disse Leão.
Leão incluiu na proposta aprovada que a ginástica laboral deverá ser conduzida por profissionais das áreas de fisioterapia, terapia ocupacional ou educação física.
No trabalho
A proposta aprovada determina que as atividades de ginástica laboral sejam realizadas no local e no horário do trabalho, vedada a prorrogação da jornada de trabalho e posterior compensação do tempo de ginástica.
O texto original prevê que os períodos preenchidos pela ginástica serão contados como tempo efetivamente trabalhado. Dessa forma, a administração pública não poderá usar a participação na atividade como argumento para exigir, dos seus servidores, a prorrogação não remunerada da jornada de trabalho.
O projeto, que tramita em caráter conclusivo, ainda será analisado pela Comissão de Constituição e Justiça e de Cidadania. O texto foi aprovado pela Comissão de Trabalho, Administração e Serviço Público em junho de 2010
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segunda-feira, 26 de setembro de 2016

Atividade Física e Nutrição contra a Osteoporose


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A osteoporose como um comprometimento da força óssea que predispõe a aumento do risco de fratura, sendo essa força a integração entre a densidade mineral óssea e a qualidade óssea. A doença tem alto impacto social e econômico, com aumento da incidência nos últimos anos e alta mortalidade em decorrência das fraturas. Com o aumento da expectativa de vida, a osteoporose é uma doença cada vez mais diagnosticada em mulheres e homens de todo o mundo. A osteoporose é muito mais comum em mulheres, mas a Organização Mundial da Saúde (OMS) também considera sua presença em homens como um problema de Saúde Pública. É preocupante que a mortalidade em virtude da fratura osteoporótica é duas vezes maior em homens que em mulheres

A identificação precoce dos fatores de risco associados à baixa massa óssea e às fraturas é fundamental para o manuseio de pacientes de risco, especialmente para a introdução de estratégias efetivas de prevenção, diagnóstico e tratamento. E é por isso que a alimentação e a atividade física são importantes no tratamento desta patologia.

A detecção precoce de fatores que favoreçam a prevenção e tratamento da osteoporose deve ser preocupação de profissionais de saúde. Faz-se necessário analisar a ingestão alimentar com o objetivo de detectar nutrientes essenciais à saúde óssea que estão em baixo consumo. Os ossos passam por um processo de remodelação contínua, e a ingesta adequada de nutrientes e substratos é necessária para apoiar essa fase. O cálcio dietético e a proteína são nutrientes ativos no metabolismo de ossos, como também são o fósforo e a vitamina D. Há outras vitaminas e outros elementos minerais necessários para os processos metabólicos de formação óssea, incluindo-se vitamina K, vitamina C, vitaminas do complexo B, magnésio, cobre, zinco, manganês, potássio, boro, silício.

Outros nutrientes, como ômega 3 e fibras, também são citados na prevenção e no tratamento da osteoporose. Reduzem a produção de citocinas pró-inflamatórias e produzem alta concentração de ácidos carboxílicos de cadeia curta, o que aumenta a acidez intestinal e a absorção de minerais

Além de tomar cuidado com a alimentação, a prática de atividade física, respeitando sempre as particularidades de cada pessoa, é indicada a fim de proporcionar uma melhor qualidade de vida aos pacientes com osteoporose.

A massa óssea é relacionada à ação da musculatura sobre o osso, portanto exercícios gravitacionais são mais efetivos. Autores destacam que os exercícios aeróbios de baixo impacto, como as caminhadas, excitam a formação osteoblástica e previnem a reabsorção; exercícios com pesos leves aumentam a massa muscular e a força dos músculos esqueléticos. A diminuição da força do quadríceps é um risco para ocorrência de fraturas do quadril, por exemplo.

Com ajuda daqui
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CONFEF se posiciona contra Medida Provisória de reforma do Ensino Médio

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O Conselho Federal de Educação Física se posiciona radicalmente contra a Medida Provisória apresentada nesta quinta-feira, 22/09, pelo Governo Michel Temer, que altera os parágrafos 1º, 2º, 3º e 7º do Art.26 da Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional (LDB).  Com a alteração, a disciplina de Educação Física que antes era prevista em todas as etapas da educação básica (infantil, fundamental e médio) passa a ser obrigatória apenas nos ensinos infantil e fundamental.
O CONFEF considera um contrassenso que no momento em que inúmeras pesquisas apontam o crescimento da obesidade e do sedentarismo infanto-juvenil, e sabendo que a atividade física é a medida mais eficaz para evitar esse mal, o Governo Federal proponha a retirada da Educação Física do Ensino Médio. Sobretudo por se tratar do país que acabou de atravessar a década de megaeventos esportivos, sediando recentemente os Jogos Olímpicos e Paralímpicos, onde ficou clara a importância da atividade física na manutenção da saúde e da formação cidadã.
Desta forma, o Conselho Federal de Educação Física se compromete a fazer todo o esforço possível junto ao Congresso Nacional a fim de rejeitar a medida. Contamos ainda com o apoio dos Profissionais de Educação Física e da sociedade em geral para trabalhar junto aos Deputados e Senadores dos seus respectivos estados a reprovação da proposta.
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quinta-feira, 22 de setembro de 2016

Você conhece o Rugby Subaquático?

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O nome do Rugby Subaquático já dá uma ideia de como o esporte funciona. É jogado numa piscina de 3,5 a 5 metros de profundidade, sendo que a sua largura e comprimento são semelhantes às piscinas utilizadas no polo aquático.

O jogo tem a duração de 30 minutos, divididos em dois tempos, de 15 minutos cada. No interior da piscina encontram-se 6 jogadores de cada lado, com mais 6 jogadores substitutos. É praticado por equipes mistas (homens e mulheres). Para diferenciar as equipes são utilizadas tocas de cores diferentes por cada uma delas – azuis e brancas. O objetivo deste jogo é colocar a bola no cesto da equipe adversária.
O rugby subaquático é jogado totalmente debaixo de água e a bola não pode atingir a superfície. Ela é preenchida com água salgada para que sua densidade seja maior que a da água da piscina e os atletas não podem subir com ela à superfície quando vão tomar ar.
Uma vez que a bola percorre cerca de 2 a 3 metros antes de ser parada pela resistência oferecida pela água, este desporto exige uma enorme tática e um excelente posicionamento dos jogadores. O jogador pode, também, usar diferentes habilidades e estratégias como a força, velocidade, mobilidade ou o baixo consumo de oxigênio.
E por que o nome rugby? Porque o contato físico é intenso, e a lógica de chegar com a bola ao outro lado da piscina é semelhante.
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Use o minivoleibol nas aulas de Educação Física

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O minivôlei é uma variação do voleibol para crianças de 7 a 14 anos, muito difundida e praticada na Europa, especialmente na Itália. Toda sua estrutura é adaptada para esta faixa etária, a fim de otimizar as condições físicas e motoras e a capacidade técnica das crianças. As atividades acontecem durante 60 minutos, em turmas com até 24 alunos, onde cada equipe possui 4 jogadores. Ninguém fica parado. Uma quadra regular de voleibol é transformada em três quadras de minivôlei e o jogo tem seu início.

Características do Jogo

O minivôlei é um jogo entre equipes de quatro jogadores que se revezam no saque, com rodízio a cada vantagem. É um jogo coletivo entre duas equipes num campo reduzido medindo 12m x 5m. A quadra é dividida por uma rede com uma altura variando de 2m a 2,10m e jogado com bola especialmente confeccionada para tal.

Objetivo do Jogo

O objetivo do jogo é que cada equipe envie a bola regularmente por cima da rede para a quadra oposta, com direito de tocar a bola por três vezes, cuidando para que a bola não caia no solo de sua própria quadra.
Tanto no voleibol como no minivôlei, uma sequência de jogadas iniciadas pelo saque denomina-se rally, que é o tempo em que a bola permanece em jogo. Utilização da quadra de voleibol ou espaço para práticas corporais, dividindo-a ao meio, paralelamente à linha lateral; passar um barbante preso na altura das traves do gol, alinhado de uma extensão a outra da quadra, sobre a demarcação simétrica da divisão anterior; o barbante representará a rede do jogo.
Desenvolvimento
a bola poderá ser manipulada utilizando todas as possibilidades de movimentos relacionados com a habilidade motora "volear", ou seja, o estudante não poderá segurá-la durante a disputa do ponto no jogo.

As demais regras do jogo poderão ser adaptadas do voleibol, considerando-se as devidas discussões prévias com os estudantes.

Professor(a), não se esqueça de refletir com os estudantes sobre o que foi feito durante a aula, busque ampliar o diálogo para contemplar a proposta deste trabalho e debater sobre o voleibol em seus aspectos mais amplos: cultural, social, político e econômico.

Explique aos estudantes que todos esses movimentos aprendidos podem ser ampliados. Para isso, é necessário variar as possibilidades, como fizeram com as bexigas, por exemplo. Lembre-os também de que em diversas situações sociais podemos impor nosso ritmo, nossa forma, nosso jeito para participar da vida coletiva, por isso, não devemos cair no erro de padronizar ou buscar modelos. Explique que podemos adaptar regras para podermos participar e até mesmo recriar outras formas de jogar e que, ao brincar, estamos desenvolvendo nossas aprendizagens, capacidades e habilidades de forma integral.

Sistema de pontos por rally

Os jogos se desenvolvem em dois (2) sets de 25 pontos cada um, na forma de tie-break (sem vantagem): cada ponto é conquistado a partir do saque até o primeiro erro de uma das duas equipes. Ganha um set a equipe que primeiro atingir 25 pontos com uma diferença mínima de dois pontos em relação à outra equipe.
O resultado do jogo é dado pela conquista de 2 dois sets. Em caso de empate, organiza-se um 3º set de 15 pontos, prevalecendo a diferença mínima de dois pontos para se ganhar o set.
Principais Características:
Prática esportiva (melhoramento das condições físicas, motoras e técnicas)
Diversão (caráter lúdico) 
Sociabilidade (esporte de equipe)

Primeiro, é necessário familiarizar a criança com a bola, a quadra e a rede, ensinando as posturas básicas e movimentação na quadra; segurando, arremessando e rolando diferentes tipos de bolas (vôlei, basquete, futebol), praticando diferentes tipos de pequenos jogos para desenvolver qualidades físicas, como velocidade, agilidade, força e reação.

No mini-voleibol todos os três jogadores são atacantes, levantadores e defensores, possibilitando dessa forma a experiência prática em várias funções, fugindo, assim, da especialização pôr funções precocemente.

São ensinados os primeiros princípios táticos, como formação inicial, movimentos de acordo com as situações de jogo, cooperação com o colega, observação do oponente e posicionamento na quadra. Contínuo desenvolvimento da preparação física básica, através de movimentos rápidos na direção da bola.

A proposta metodológica em si pode ser dividida em duas fases:

1º FASE - Introdução do saque tipo tênis e do ataque para melhoria do sistema ofensivo. Melhora da manchete para a recepção de saque e da defesa para melhoria do sistema defensivo. Introdução e prática freqüente do mini-voleibol 3x3, utilizando regras apropriadas, sistema básico e táticas de ataque e defesa.

2º FASE - Introdução do bloqueio e melhoria dos fundamentos e habilidades técnicas e táticas. Ensino de diferentes variações de ataque e melhoria do levantamento e das habilidades de defesa como: queda, rolamento e mergulho.

Formação da equipe e de sistemas básicos de ataque e defesa são introduzidos com a transição para o mini-voleibol 4x4.

A transição para o voleibol normal ocorre quando todos os elementos básicos estão disponíveis depois de aprendidas as três etapas iniciais do mini-voleibol.

O aprendizado pela ludicidade vem trazendo vantagens para as crianças. Então, o minivolei é uma ótima opção para quem quer ensinar voleibol
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Fatores que melhoram a performance do nado Crawl

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A pesquisa que existe para que haja uma melhora técnica no nado de crawl não é recente. Há anos estuda-se uma forma de diminuir a resistência   e aumentar a velocidade do homem dentro d´água.

Ao longo desse tempo, o nado foi evoluindo. No início a respiração do nado crawl era frontal, sendo de extrema dificuldade na sua execução, na tentativa de evitar o rolamento de tronco. O primeiro nadador a demonstrar a eficácia da respiração lateral foi o Johnny Weismüller, sendo a expiração na água inicialmente feita pelo nariz, depois pela boca e pelo nariz e finalmente pela boca, apenas deixando que o ar escape pelo nariz, sem a preocupação de expeli-lo.

Para melhorar a performance alguns fatores são levados em consideração. Esses fatores são: posição do corpo, a ação dos braços, ação das pernas, a respiração e a coordenação geral.

Posição do corpo
A posição do corpo na água deve ser a mais paralela possível da linha da superfície, não esquecendo que a ação das pernas é realizada abaixo desse mesmo nível.

Um corpo bem posicionado pode reduzir consideravelmente a resistência frontal.

Ação dos braços

O trabalho dos braços no nado crawl pode ser dividido em 2 partes: a fase aérea e a fase aquática.

Fase aérea
É o momento de recuperação do nado, onde há o mínimo de gasto energético, com o cotovelo para cima, os dedos das mãos deslizam na água posicionando o braço na direção da entrada. A entrada da mão na água é realizada com a mesma estendida no prolongamento do braço, onde o polegar e o indicador cortam a água.

Fase aquática

Ocorre todo o trabalho de propulsão efetiva na água, com um maior dispêndio de energia. Depois da entrada na água, a mão desloca-se para baixo em um trajeto curvilíneo, mantendo o cotovelo alto. A puxada na água ocorre com uma alavanca potente, onde à medida que o braço caminha com a mão em direção ao eixo do corpo e para trás, o cotovelo procura manter-se alto, como um ponto fixo, indo este movimento até o máximo da flexão do cotovelo.

A partir daí, começa a empurrada que é a parte final da fase aquática, que ocorre com uma completa extensão do braço, com a palma da mão para cima.

Ação das pernas
O batimento de pernas origina-se no quadril, com movimentos alternados, onde há a flexão da perna na batida para baixo e extensão da outra perna na batida para cima. Fazendo uma comparação bem global, o batimento de pernas do crawl na posição horizontal assemelha-se com o andar de um adulto na posição vertical.

O batimento de pernas no crawl é responsável em até 20% pela propulsão do seu praticante, porém é ele que dá a estabilidade ao nado, em uma margem de 80 a 85%.
As pernas não devem sair da água, a flexão dos joelhos não deve ser exagerada e a força deve sempre ocorrer durante a extensão dos mesmos.

Respiração e a coordenação geral

A inspiração e a expiração devem ser relaxadas, girando a cabeça para o lado, como se o queixo encostasse no ombro.

Deve-se inspirar tão logo o braço começa a fase de recuperação, ou seja, a fase aérea e termina com a expiração durante a fase aquática.
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terça-feira, 20 de setembro de 2016

O bom preparo do professor de Musculação

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A musculação é uma das áreas mais estudadas da educação física. A cada dia, sai uma pesquisa nova sobre uma forma de ganhar massa muscular, perder gordura, gastar mais calorias, modalidades baseadas nos princípios da musculação, de fisiologia muscular.

A musculação pode ter muitas aplicações: preparação de atletas e esportistas em geral (que invariavelmente necessitam de massa muscular), modelagem do corpo tanto do homem quanto da mulher, reabilitação, e desenvolvimento de aptidão física. A competição em musculação caracteriza o culturismo (fisiculturismo em espanhol e body-building em inglês), uma modalidade desportiva solidamente estruturada internacionalmente.

Como a presença da musculação é enorme na vida do profissional que trabalha na academia, é preciso ele ter conteúdo atualizado para estudo. O Cd de Musculação dos Cds Universitários traz uma gama de artigos e matérias sobre musculação em academia, treinamento desportivo dentre outros.

O treinamento com pesos deve ser considerado a forma ideal e padrão de preparação física para todas as pessoas. Pelas suas qualidades, atende com segurança e eficiência às necessidades de condicionamento físico mesmo das pessoas mais debilitadas. Portanto, deveria ser uma tendência o crescimento da Musculação e o bom preparo do profissional é fundamental para isso.

Ate a próxima!
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segunda-feira, 19 de setembro de 2016

Alimentação na prática do exercício físico

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A atividade física é qualquer movimento corporal não programado que promove o gasto de energia, como passear com o cachorro, cortar a grama e lavar o carro. Já o exercício físico é a atividade física planejada que visa melhora na resistência física e habilidades motoras, como nadar ou correr. O interesse por estas mudanças no estilo de vida requer atenção: alterações nos hábitos alimentares e o início de uma atividade física programada devem ser acompanhados de perto por profissionais. Porém, devido à maior facilidade de troca de informações nas redes sociais, as dicas de nutrição e exercício físico são cada vez mais disseminadas na Internet, mas muitas vezes não são fornecidas por profissionais e podem não ter embasamento científico.

Diversos estudos mostram uma relação positiva entre a prática de exercício físico e a prevenção de diversas doenças, como doenças cardiovasculares e diabetes, já que o exercício é capaz de provocar uma melhora do perfil lipídico (aumento do HDL-c, diminuição do LDL-c e triglicérides) e da sensibilidade à insulina. Um estudo realizado por Gill e colaboradores na Inglaterra em 2006 com homens de 37 a 57 anos demonstrou diminuição do colesterol total, do LDL-c e do VLDL-c e aumento do HDL-c após uma única caminhada de baixa intensidade na esteira com duração de 90 minutos. Logo, a prática de exercícios é indicada para a manutenção da saúde e prevenção de agravos, e deve ser realizada da maneira correta e sob orientação profissional. Além disso, a atividade física não programada também é benéfica, visto que o simples fato de manter o corpo em movimento traz benefícios à saúde e, o melhor de tudo, envolve atividades que podem ser realizadas em ambientes abertos, mais acessíveis e com companhia, como parques, pistas de caminhada e até mesmo em casa. De acordo com a Estratégia Global em Alimentação Saudável, Atividade Física e Saúde da Organização Mundial da Saúde (OMS) de 2004, ao menos 30 minutos de atividade regular de intensidade moderada com uma frequência quase diária reduzem os riscos de doenças cardiovasculares, diabetes e alguns tipos de câncer.

Em alguns casos, a busca fissurada pela perda de peso ou melhora da aparência de um modo geral faz com que os adeptos à prática de exercícios físicos desconsiderem a importância de uma alimentação saudável e adequada, e este "detalhe" é deixado de lado ou não é realizado sob orientação profissional. Uma alimentação adequada e equilibrada está diretamente relacionada à prática de uma atividade ou exercício físico. Tendo em vista todo este contexto, este artigo tem por objetivo reunir informações sobre a alimentação no exercício. Vale ressaltar que as sugestões que trazemos aqui são voltadas para o público que pratica exercícios físicos para melhorar sua resistência física, sem fazer desta prática sua profissão ou principal atividade.

Sempre é necessário ter em mente o cuidado com uma boa alimentação em dois momentos: antes e depois do exercício. No entanto, uma alimentação saudável também é essencial nos demais períodos do dia, por meio do fracionamento das refeições, do consumo adequado de frutas, verduras e legumes e da baixa ingestão de alimentos ricos em gordura e açúcar.

Durante o exercício físico, é necessário que o nosso corpo tenha energia disponível, proveniente dos alimentos que ingerimos. Assim, cerca de uma hora antes do exercício, devemos realizar uma refeição que contenha principalmente alimentos fonte de carboidratos, que é o principal nutriente responsável por fornecer energia para o organismo. Os carboidratos estão presentes nos pães, cereais, massas, batata, mandioca etc. Quando possível, é preferível que esses alimentos sejam consumidos nas versões integrais (pão, arroz e cereais integrais), já que estes são capazes de fornecer energia por um período de tempo maior. Algumas opções para este momento são: uma banana com aveia, um sanduíche de pão integral com geleia ou uma tigela de cereal integral com uma fruta picada.

Logo após a atividade física, é importante que a energia gasta durante o exercício seja reposta. Sendo assim, nesse momento também devem estar presentes os alimentos fonte de carboidratos, neste caso, nas versões não integrais (pão branco, arroz branco, frutas, mel etc.), que nos fornecem energia mais rapidamente. Além disso, devemos também ingerir alimentos fonte de proteínas, como leite e iogurte desnatados e queijos magros, pois este nutriente é responsável pela recuperação e regeneração muscular. Algumas opções que combinam estes dois nutrientes são: vitamina de banana com leite desnatado, iogurte com fruta ou coalhada com mel.

Além da alimentação, a hidratação também é um ponto chave quando se fala em exercício. Para um bom rendimento, não podemos nos esquecer de ingerir água antes, durante e depois da atividade, pois quando nos exercitamos perdemos muito líquido através do suor. Mesmo quando não sentimos sede, o nosso corpo já pode estar precisando de água. Assim, a sede já é um dos sinais iniciais de desidratação. O maior gasto de energia durante o exercício aumenta a necessidade de nos hidratarmos, por isso não deixe de beber água neste momento!

Dessa forma, a prática do exercício físico aliada a uma alimentação saudável, ambas realizadas sob orientação, são medidas capazes de prevenir doenças e melhorar a qualidade de vida dos indivíduos. Manter o corpo em movimento também traz benefícios físicos, psicológicos e sociais, como o combate à depressão, melhora do humor, da autoestima e da coordenação motora. Uma alimentação adequada é fundamental para o bom rendimento do exercício, sendo que suplementos alimentares raramente são recomendados para desportistas (apenas para atletas). Uma boa hidratação também é essencial para repor a perda hídrica provocada pelo suor e prevenir danos ao organismo. Logo, se você deseja modificar seus hábitos alimentares e dar início a uma rotina de exercícios, procure por nutricionistas e educadores físicos para obter orientações de como realizar essas mudanças no seu estilo de vida de uma maneira correta e adequada.

Texto retirado daqui

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Recuperação da "panturrilha" para corredores

Panturrilha, por que você não cresce? - ou será que cresce? Santibras

A panturrilha (ou tríceps sural) é um dos principais músculos propulsores e amortecedores do corpo durante a corrida. Por conta disso, é o tempo todo solicitada. O grupo muscular referido como panturrilha inclui diversos músculos, embora a maioria foque em apenas dois: o gastrocnêmio e o sóleo. A função principal destes músculos é atuar como flexores plantares, embora o gastrocnêmio também possua uma pequena atividade como flexor de joelhos.

O objetivo da reabilitação é que o retorno ao esporte ou à atividade aconteça o mais rápido e seguramente possível. Se o retorno for precoce, existe a possibilidade de piora da lesão, que poderia levar a um dano permanente.

Como cada indivíduo é diferente do outro, a velocidade de recuperação também é. Por isso, o retorno ao esporte será determinado pela recuperação dos músculos da panturrilha, não existindo um protocolo ou um tempo exato para que isto aconteça. Geralmente, quanto mais rápido o médico for consultado após a lesão, mais rápida será a recuperação.

• Possuir total alcance de movimento da perna lesionada, em comparação a não lesionada.

• Possuir total força da perna lesionada em comparação a não lesionada.

• Correr em linha reta, sem sentir dor ou mancar.

• Correr em linha reta, a toda velocidade sem mancar.

• Fazer viradas bruscas a 45º, inicialmente a meia velocidade e, posteriormente, a toda velocidade.

• Correr, desenhando no chão um 8 de 18 metros, inicialmente a meia velocidade e, posteriormente, a toda velocidade.

• Fazer viradas bruscas a 90º, inicialmente a meia velocidade e, posteriormente a toda velocidade.

• Correr, desenhando no chão um 8 de 9 metros, inicialmente a meia velocidade e, posteriormente, a toda velocidade.

• Pular com ambas as pernas e somente com o lado lesionado sem sentir dor.

Está no meio do treino e sentiu sua panturrilha pesar? Ou então acabou de dar aquela corrida e parece que sua panturrilha está dura como uma pedra ou dolorida? Não insista. Dê um repouso a essa região do corpo porque uma lesão vai te deixar fora da prática da corrida,

Até a próxima!
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sexta-feira, 16 de setembro de 2016

100 planos de aula + 100 atividades para Educação Física Escolar




O guia "100 planos de aula + 100 atividades para Educação Física Escolar" veio para dar variedade de atividades nas aulas de Educação Física Escolar. Baseado nos esportes mais ensinados na escola, a autora fez uma ampla pesquisa de atividades e juntou 100 planos de aulas e 100 atividades num único guia.

Os temas desse guia são:
  • Basquete
  • Handebol
  • Voleibol
  • Futebol
  • Natação
  • Futsal
  • Ginástica
  • Lutas
  • Atletismo
  • Recreação

Em cada tema, são 10 planos de aula e 10 atividades. O grande barato desse guia é que, com as atividades, você pode, com simples substituição, fazer dezenas de planos de aulas diferentes.

E tem mais!

BRINDE: Comprando esse guia, você ainda levará 10 atividades ritmadas e mais 5 atividades para se fazer em dias de chuva, em sala de aula.

Vai perder?  Apenas R$ 19,90

Clique no botão abaixo. Uma vez confirmado o pagamento, você receberá o guia em PDF no seu email em até 24h.

Qualquer dúvida sobre o Guia, é só enviar um email para muitoboa@gmail.com .




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quarta-feira, 14 de setembro de 2016

Uso da periodização no Spinning


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O Spinning é uma modalidade de ginástica em grupo que simula um treinamento de ciclismo, com o uso de bicicletas estacionárias, música e frequência cardíaca como ferramentas.

Dentre os benefícios do Spinning, a alta perda calórica é um deles. É possível queimar de 400 a 800 calorias, dependendo das características do praticante (sexo, idade, peso e condição física) e da intensidade da aula. Como é uma atividade intensa, promove a melhora a capacidade cardiovascular, melhoram o tônus das pernas e glúteos e traz diversão, especialmente devido à escolha das músicas.

Embora não seja comum em academias, algumas pessoas utilizam a periodização nos exercícios de Spinning.

Periodização é a programação das aulas. A periodização se divide em Macrociclo que é a visão do treinamento anual. Mesociclo relacionando a mês ou meses e Microciclo que são os treinos de alguns dias ou semana. Por exemplo, há sessões de "montanha", em que os alunos devem fazer bastante força para trabalhar os músculos das pernas; outras que priorizam a perda de gordura; e treinos intervalados, que são feitos para os alunos ganharem fôlego e melhorarem o condicionamento físico.

Veja 5 dicas para uma boa periodização no Spinning:

1. Aumento gradativo do tempo total de atividade em intensidade moderada sem ultrapassar a zona alvo, medida pelos batimentos cardíacos.

2. Treinos Intervalados podem ser usados com aumento gradativo da capacidade aeróbia e numa segunda fase a força.

3. É bom utilizar outras atividades (ginástica localizada ou musculação) dos grupos musculares mais utilizados e os não trabalhados tais como os do tronco e membros superiores.

4. Nas atividades extras, é legal prestar atenção nos grupos musculares que apresentem desequilíbrio de força em relação à lateralidade e os antagonistas. Problemas de joelho, por exemplo, podem ter origem em desequilíbrio de força nos músculos da coxa, vastos medial e lateral. Os posteriores de coxa se estiverem muito encurtados podem não permitir um bom desempenho na pedalada. Os adeptos do pedal ainda podem não se sentirem à vontade se algum dos grupos musculares que protegem a coluna lombar também estiverem fracos.

5. As aulas de alongamento são sempre muito bem vindas principalmente no período básico melhorando a flexibilidade e a capacidade de suportar as possíveis dores musculares tardia.

Se há alunos constantes nessa modalidade, vale a pena investir numa periodização. O ganho de condicionamento é constante e o spinning é uma ótima ferramenta para esse objetivo.

Boa sorte!
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segunda-feira, 12 de setembro de 2016

Erros comuns na técnica de corrida

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Nunca é tarde para iniciar os treinamentos coordenativos. Até mesmo pessoas que já corriam e apresentam alguns defeitos posturais de passada, movimentação dos braços e angulação do tronco conseguem melhoras significativas após algum tempo praticando educativos.

Veja alguns erros que podem ser detectados pelo professor na corrida:

- Atacar o solo,com toques dos pés chapados no chão, diminuindo a capacidade de amortecimento das articulações;
- Tocar o solo nas pontas dos pés o que pode levar a uma lesão no músculo tibial anterior;
    - Toque forte com os calcanhares, o que aumenta o impacto e desacelera a corrida;
    - Pouca flexão do quadril ou desalinho de uma perna em relação à outra, o que pode causar desequilíbrios no corpo todo;
   - Pouca flexão dos joelhos, o que diminui a amplitude das passadas, fazendo com que a mesma distância necessite de muito mais passadas para ser vencida e aumente o impacto repetitivo sobre as articulações;
   - Falta de coordenação entre braços e pernas, lembrando que os braços devem sempre estar a favor da movimentação, na amplitude e angulação correta para favorecer o deslocamento a frente e ajudar na economia de energia e eficiência dos movimentos;
   - Falta de fortalecimento da região abdominal, afinal o centro do corpo é o que rege todos os movimentos e um centro fraco com certeza vai prejudicar toda a corrida pela falta de estabilização central.
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A iniciação no atletismo para pessoas cegas e com baixa visão

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O atletismo é composto por atividades que permeiam as atividades diárias do indivíduo. Correr, saltar e lançar são práticas que estão inseridas dentro de nossos hábitos. No entanto, estas ações quando realizadas no atletismo apresentam-se de maneira especializada, cabendo a nós professores oferecer recursos para o aprendiz poder trilhar este caminho de aperfeiçoamento (Gallahue e Ozmun, 2000).

O atletismo para as pessoas com deficiência visual (cegos e com baixa visão) segue a mesma lógica do esporte convencional. No entanto suas regras são alteradas somente para possibilitar a participação das pessoas que não recebem ou recebem de maneira muito limitada as informações visuais.

O atletismo para deficientes visuais tem as seguintes provas: corridas de velocidade (100, 200 e 400 metros), corridas de meio fundo (800 e 1500 metros), corridas de fundo (5000 e 10000 metros), corridas de revezamento (4x100 e 4x400 metros), corridas de pedestrianismo (provas de rua e maratona), saltos (triplo, distância e altura), arremessos e lançamentos (peso, dardo, disco e martelo) e provas combinadas (pentatlon - disco, peso, 100, 1500 e distância).

As regras para as classes B1 e B2 são adaptadas pela Federação Internacional de Desportos para Cegos - IBSA e na classe B3 usa-se as mesmas regras da Federação Internacional das Associações de Atletismo - IAAF.

Devemos desenvolver uma proposta pedagógica para as pessoas com deficiências visuais onde a sustentação inclua a troca de significados. Capacidade deve substituir as palavras que normalmente agregamos ao termo deficiência, já que ao falarmos de deficiência, o que vem logo em nossa mente é impossibilidade, incapacidade e inadequação.

Devemos pensar que a pessoa tem, por exemplo, o olho como um problema estrutural ou fisiológico, o que o deixa incapacitado de enxergar com nitidez, mas por causa do problema no olho ele não é necessariamente deficiente em suas ações diárias, apenas o seu órgão visual é deficiente e trazendo sim uma incapacidade funcional na percepção visual e uma limitação nas ações diárias (OMS, 2001).

É preciso pensar o Homem como um ser que sofre influências diversas e complexas do meio (Gallahue e Ozmun, 2000). Esta lógica ajuda na construção de uma intervenção pedagógica baseada na diversidade. As respostas ocorrem de modo a sempre adequar o sujeito da melhor maneira na busca de sua autonomia seja ela biológica, psicológica, física ou social.


Pronto...

A X Conferência Internacional de Classificação de Deficiências em 1993 apresenta duas classes dentro da deficiência visual: a cegueira e a baixa visão. Para definir as classes segue-se o seguinte critério: a cegueira é definida como acuidade visual inferior a 3/60 metros ou campo visual baixo no melhor olho de correção; a baixa visão corresponde a acuidade visual entre 3/18 e 6/60 no melhor olho e com a melhor correção (OMS, 2001).

Para a prática esportiva utiliza-se uma classificação separando as pessoas com cegueira e baixa visão (a classificação esportiva chama este último de deficientes visuais), em classes distintas. Esta classificação, respeita uma avaliação oftalmológica, realizada para que os atletas compitam dentro de classes, desenvolvendo, assim, o desporto de maneira mais igualitária conforme o grau de deficiência. A classificação esportiva é dividida em três grupos funcionais: B-1 é aquele considerado cego, podendo perceber ou não luminosidade, mas não conseguindo distinguir o formato de uma mão colocada a sua frente; B-2 aquele que possui resíduo visual, tendo um campo visual de até 5 graus e/ou acuidade visual de até 2/60 metros ou 20/400 pés; já o B-3 é aquele que tem campo visual variando de 5 à 20 graus e/ou acuidade visual entre 2/60 metros ou 20/400 pés à 6/60 metros ou 20/200 pés. Sendo que esta capacidade visual é aquela obtida no olho de melhor correção, após cirurgia e com o uso corretivo de lentes (IBSA, 1998).

Na formulação das idéias deste texto utilizaremos o termo cegueira para a pessoa que não tem recepção luminosa ou não consiga utilizar este recurso de maneira positiva no seu aprendizado; baixa visão será utilizada para aquela pessoa que recepciona informações visuais e mesmo com severas restrições, utiliza-a para o seu aprendizado. Adotamos, assim um conceito funcional da visão dentro do processo de aprendizado. Quando citarmos o termo deficiência visual este será usado englobando estas duas populações.

A pessoa com deficiência visual apresenta: locomoção insegura, com pouco controle e consciência corporal, problemas posturais e insegurança (Seaman & De Pauw, 1982) o que pode gerar comprometimento no equilíbrio (estático), coordenação, agilidade, controle corporal e postura (Adams et al., 1985). As estruturas prejudicadas pela deficiência visual, segundo Cobo, Rodrigues e Bueno (2003) são a recepção e interpretação de informações, aprendizagem de esquemas motores e por imitação, na auto-avaliação e controle das ações. O esporte pode ser uma ferramenta para minimizar estes problemas, esta prática oportuniza a experiência motora diferenciada, o que pode diminuir as defasagens apresentadas como perfil desta população. Sendo assim, vale reforçar que nosso estudo sobre esporte caminha junto com o desenvolvimento global das pessoas, o que justifica nossa intenção de utilizarmos certas terminologias além de uma proposta específica.



Vai...

A aprendizagem da pessoa com deficiência visual no atletismo deve respeitar a individualidade do aprendiz, partindo do conhecimento (Gallahe e Ozmun, 2000) e das incapacidades sensoriais do aluno (Cobo, Rodrigues e Bueno, 2003, Oliveira Filho e Almeida 2004).

A corrida - a pessoa vidente corre durante toda a infância e juventude, enquanto a pessoa cega normalmente apresenta um nível menor de estímulos nestas fases e por medo do desconhecido e, consequentemente, se machucar, ela não se arrisca sem ter o auxílio de um guia ou conhecer muito bem o meio que irá percorrer, o que reflete em menores oportunidades de ações e acarretará em um nível acentuado de sedentarismo (Jankowski & Evans 1981, Kobberling, Jankowski, Leger, 1991). Desta feita quanto menor for a visão, a capacidade aeróbica do sujeito consequentemente será menor (Makris, 1994).

O primeiro passo para uma aula de corrida é o reconhecimento do espaço, tanto para o aluno cego quanto para o de baixa visão. É fundamental conhecer as dimensões (largura e comprimento) do local, percebendo os obstáculos, se houverem, e reconhecendo referências que possam auxiliar na orientação espacial (sons, cheiros ou luz em determinados pontos). Assim é possível criar, o mapa mental do ambiente, diminuindo o medo do imprevisto. Toda vez que tiver alguma alteração do meio é muito importante que aluno saiba desta mudança.

Para correr, o aluno poderá estar acompanhado de um guia, que irá orientar o corredor em seu deslocamento. O guia poderá correr ao lado do aluno e ligado a este por uma corda entre as mãos, ou mão e braço ou ainda segurando na camisa do corredor cego. Nunca poderá puxar, empurrar ou lançar o atleta à frente, estas ações prejudicam o desenvolvimento motor do iniciante, exceto quando, durante o início da aprendizagem, tais ações são caracterizadas por um comando que traga proteção aos alunos. Com o aluno de baixa visão o guia pode correr, também, ao lado dando informações verbais, além da tátil.

Na construção do método pedagógico podemos usar informações táteis diretas e indiretas ou informações sonoras verbais ou sinaléticas (Almeida & Oliveira Filho, 2001).

Alguns exercícios que podem ser desenvolvidos baseados nestes dois referenciais:

Usar um corredor de cordas elásticas, ao longo de 20 metros, que irá possibilitar o direcionamento da corrida do aluno; ao esbarrar na corda ele irá perceber que deve reorientar sua direção. No começo esta estratégia que deverá estimular uma corrida segura será basicamente uma informação tátil direta e, após a incorporação deste exercício, o estímulo passa a acontecer essencialmente através de informação tátil indireta. Variações deste exercício podem ser, correr segurando a corda que estiver como ponto de referência e dando auxílio para a percepção de espaço a ser percorrido com uma das mãos ou usar duas cordas paralelas formando um corredor onde o aluno se deslocará dentro do mesmo e sem necessidade de segurar na corda, visto que as mesmas, estando mais ou menos na altura do quadril do aluno o protegerá para que este não saia do espaço previsto e seguro. Uma variação para o corredor de cordas é usar uma corda transversal e amarradas as duas, funcionando assim como "freio" onde, ao esbarrar nesta o aluno deve parar, uma vez que a mesma estará no final do percurso para indicar a sua finalização.

Um exemplo simples e utilizando auxilio sonoro, pode esr praticado a partir de 2 colunas, uma de frente para a outra e distantes mais ou menos 20 metros, onde o primeiro elemento de uma coluna chamará, através de uma informação auditiva sinalética (palmas, assobios, etc) ou auditiva verbal-explicativa (orientação de velocidade, direção, etc), o primeiro elemento da outra coluna para correr em sua direção e, este, ao chegar de seu deslocamento (corrida, saltitos, etc), posicionar-se-a no final da coluna a qual se dirigiu. Idem, em relação ao primeiro elemento da outra coluna, chamando intercaladamente, aluno da coluna a sua frente. No início da aprendizagem destes exercícios, para maior adaptação do espaço a ser percorrido, aconselha-se que o primeiro elemento de cada coluna seja um "guia" vidente, com função de chamar e orientar o deslocamento dos corredores. As variações serão dar instruções verbais de direção e velocidade, substituir os videntes por pessoas cegas (busca da autonomia), colocar elementos de complexidade motora nos deslocamentos (técnica de corrida, giros e saltos), aumentar o número de chamadores (quem bate palmas), colocar os chamadores em formações como quadrados e triângulos, realizar barulhos diferentes e em volumes diferentes.

Os exercícios que indicam maior eficiência para deslocamentos em corridas podem ser os mesmos encontrados nos livros e manuais de atletismo. Para adaptação dos deslocamentos pretendidos devemos incluir idéias de como se pensar nas informações a serem dadas dentro da lógica tátil ou sonora, fornecendo assim recursos que favoreçam o entendimento das pessoas cegas, e para as pessoas com baixa visão devemos ainda fornecer alguns recursos visual, com adaptações de cores em alto contraste, além dos estímulos sonoros e táteis.

"Dicas" de Regras básicas - os alunos cegos (B1) e o com baixa visão (B2) poderão ter o auxílio de um guia e este deverá respeitar a distância de no mínimo 5 cm e no máximo 50 cm entre atleta e guia; o atleta e o guia nas provas de velocidade deverão utilizar o bloco de partida.


Os arremessos e lançamentos

Ao planejar uma sessão de treino ou aula sobre arremessos o reconhecimento espacial do ambiente deverá ser observado já como um ítem para os "primeiros passos", neste caso para conhecer as distâncias, será fundamental para quem não tem o referencial visual.

Na programação inicial, o enfoque deve ser dado aos jogos e exercícios de equilíbrio, já que nosso principal mecanismo de equilíbrio é a visão. Sem ela, no caso da cegueira, o sistema vestibular e a propriocepção devem ser estimuladas para compensarem a ausência da visão (Bueno, 2003). Os arremessos e lançamentos são constantes processos de perda e retomada de equilíbrio, tanto estático quanto dinâmico. Jogos de luta onde se tenta desequilibrar o adversário ou a ginástica olímpica são bons exemplos de exercícios para se trabalhar exercícios de equilíbrio.

Para um bom desempenho esportivo, a orientação espacial, assim como o desenvolvimento de capacidade e habilidades físicas, tal como o equilíbrio, são essenciais, já que o aluno deverá realizar um lançamento de dardo sem ultrapassar o limite do setor de arremessos e em seguida deve sair deste sem o auxílio do guia e dominando a estabilidade do próprio corpo.

Os exercícios de orientação espacial e de lançamento serão direcionados pelas informações verbais explicativas e sinaléticas. Para isso, pode-se combinar diferentes informações em um mesmo exercício, pensando no nível de complexidade das informações e no repertório motor do indivíduo. Assim, quanto maior e bem direcionados forem os números de informações, maior será a possibilidade de desenvolvimento motor adequado frente as situações exigidas, pois o contrario pode indicar níveis baixos de adaptação do aluno frente as atividades solicitadas apresentando-se muito complexas e revelarem que uma informação sonora ou tátil utilizada de maneira inadequada terão pouco efeito naquele momento do aprendizado.

Um exercício para arremesso de peso pode ser desenvolvido da seguinte maneira: o chamador irá posicionar o atleta no setor de arremesso, orientá-lo espacialmente (através de informações táteis e sonoras), colocá-lo próximo dos implementos e irá, após isto, colocar-se em frente do atleta batendo palmas para indicar a direção do arremesso, assim, no caso de um giro, o atleta saberá qual a direção correta de soltar o implemento. Uma boa dica é combinar um sinal antecipado, assim após ouvir o sinal, o atleta deverá realizar mais um ou dois passos e fazer o gesto de lançamento.

Os giros são elementos complexos na aprendizagem do atleta com deficiência visual, pois, com a ausência da visão o sistema vestibular será imprescindível no equilíbrio, lembrando que este funciona por movimentação e o giro em uma pessoa não treinada, irá atrapalhar na orientação da lateralidade no atleta.

Exercícios de corrida e de técnica, também, são fundamentais para estes alunos.

Não esquecer, entretanto, que, dependendo dos níveis motores e capacidades de se orientar no espaço do aluno, uma dica é, tomando como exemplo o arremesso de peso, desenvolver os exercícios de deslocamento (que acontece antes do giro), e/ou os exercícios de estabilidade (que acontecem antes ou logo após o arremesso), e/ou os exercícios de manipulação (que acontecem logo após o giro), isoladamente e depois conecta-los gradativamente.

"Dicas" de Regras básicas - o tempo para o lançamento ou arremesso é iniciado após a orientação espacial do atleta, atleta e guia são um só, qualquer um dos dois pode invalidar uma tentativa de arremesso e o guia pode orientar espacialmente o atleta a todo o momento.


Saltos

A fase de corrida nos saltos deve passar pelo mesmo processo pedagógico das corridas e arremessos (orientação espacial e dinâmica de deslocamento). As dificuldades mais comuns acontecem no treinamento para a "chamada" (passo que antecede o salto), enquanto que na fase aérea do salto, tais problema relacionados com o nível de aprendizagem são minimizados, pois a questão da orientação espacial não influi mais de maneira tão intensa, já que não se pode mudar a trajetória do deslocamento.

A chamada é um elemento de precisão que depende de refinamento técnico gerado pela repetição e entendimento do exercício. A distância para a chamada deve ser treinada e estabelecida nos treinos. Apesar da área de impulsão oficial no salto em distância e no triplo, para o B1 e B2, ser ampliada para 1x1,2 metro (salto real), o aluno precisa ter o referencial espacial muito bem estabelecido, já que o atleta tem que correr na direção certa e ainda acertar a distância da tábua. Independente da ajuda de um chamador, esta ação é de muita complexidade em sua execução.

Para o salto em distância o chamador (guia) deverá posicionar-se ao lado da área de impulsão e bater palmas para indicar a direção da corrida; quando o atleta se aproximar ele deverá dar um sinal que faltam 1 ou 2 passos para o salto. Pode-se usar um outro chamador (guia) atrás da caixa de areia dando as coordenadas de direção e, assim, o outro chamador que ficará ao lado da área de impulsão só irá indicar o momento da impulsão para o salto. Esta técnica, com dois chamadores, é muito útil no salto triplo, onde o atleta durante os três saltos tende a perder um pouco do senso de direção.

"Dicas" de Regras básicas - o atleta e guia são um competidor apenas, quando um comete uma irregularidade os dois são punidos. O atleta pode a qualquer momento solicitar a orientação espacial. No salto em altura, antes do salto, o atleta pode fazer o reconhecimento espacial da altura do sarrafo colocando a mão sobre ele e, caso o sarrafo caia, o atleta não será punido.


E o vencedor é...

Poderíamos abordar neste texto somente capacidades físicas e técnicas esportivas, mas isto ficaria aquém das necessidades básicas do atleta deficiente visual. O diferencial na intervenção junto a pessoas com deficiência visual é a construção de um sistema de informações eficaz e que possibilite a incorporação de hábitos e atitudes, que facilitem a orientação espacial. Ao construir um sistema de orientação eficiente, ensinar o atletismo fica mais fácil.

As capacidades físicas e técnicas terão uma melhora considerável e serão facilitadas em sua aprendizagem, quando trabalharmos no programa de treinamento a orientação espacial. No "mundo dos videntes" a precisão se dá pelo uso da visão. No "mundo do cego", isto se dá essencialmente isto se dá pela instrumentalização das informações passadas pelo chamador ou técnico.

E no mundo do atleta de baixa visão? A construção espacial dar-se-á pela integração das informações captadas pelo resíduo visual e pelas informações passadas pelos videntes.

Para tanto, o instrutor vidente deve transmitir as informações para uma pessoa que não enxerga ou enxerga de maneira muito limitada, tendo, assim se sustentar da lógica de entendimento do aluno, para transmitir-lhe a informação da maneira mais adequada possível.

O objetivo maior de uma proposta pedagógica é possibilitar ao aprendiz a condição de exercer sua cidadania, tendo capacidade de gerar autonomia e não ser exclusivamente dependente de outras pessoas em todas as suas ações. Poucos dos nossos alunos serão atletas de alta performance, mas todos poderão carregar pelo resto da vida a bagagem aprendida no esporte. Este é o papel de estudos que abordem questões relacionadas ao ensino-aprendizagem, assim buscamos trazer neste texto algumas questões pedagógicas ao professor e que deverão permear estas com valores e condições que favoreçam o aprendizado do seu aluno de maneira global.


Referências bibliográficas

ADAMS, R. C. et al.. Jogos, esportes e exercícios para deficientes físicos. 3. ed. São Paulo: Manole, 1985.

BUENO, S.T. Motricidade e Deficiência Visual. In Martim, M.B., BUENO, S.T. Deficiência Visual: Aspectos Psicoevolutivos e3 Educativos. São Paulo: Santos Livraria e Editora 2003

COBO, A.D., RODRIGUEZ, M. G. BUENO S.T. Aprendizagem e Deficiência visual. In Martim, M.B., BUENO, S.T. Deficiência Visual: Aspectos Psicoevolutivos e3 Educativos. São Paulo: Santos Livraria e Editora 2003

GALLAHUE, D.L. & OZMUN, J.C. Compreendendo o desenvolvimento Motor: Bebês, crianças, Adolescentes e Adultos. Phorte Editora: São Paulo, 2000

IBSA. Classification B-1, B-2 and B-3. Available from World Wide Web: http://www.ibsa.es/rules/rules.html acesso em 12 de novembro de 1998.

JANKOWSKI, L. W. & EVANS J.K. The exercise capacity of blind children Journal of Visual Impairment & Blindness, v. 75 , nº 6, p. 248 à 251 June 1981.

KOBBERLING, G., JANKOWSKI, L.W., LEGER, L. The relationship between aerobic capacity and physical activity in blind and sighted adolescents Journal of Visual Impairment & Blindness, v. 85, nº 9, p. 382 à 384 November 1991.

MAKRRIS, V. Perdida visual y rendimento de los atletas ciegos y sistema de classificacion visual de IBSA. Congresso Internacional de Baixa Visão Anais 1994.

OLIVEIRA FILHO, C.W.; ALMEIDA, G.J.J., A iniciação e o acompanhamento do atleta deficiente visual. IN: Sociedade Brasileira de Atividade Motora Adaptada, Temas em Educação Física Adaptada [S.L], SOBAMA, 2001

OMS, CIDDM 2: Classificación Internaccional del Funcionamento, la Discapacidad y la Salud. http://www.who.ch/icidh, consultado 01 de abril de 2001.

Retirado daqui
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sexta-feira, 9 de setembro de 2016

Atividade física para diabéticos e hipertensos requer atenção especial

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Fazer atividade física é uma ótima opção para quem precisa mudar de hábitos por causa da saúde. Pacientes com patologias como diabetes e hipertensão são indicados a fazer exercícios para controlar os problemas, mas encontrar o profissional de Educação Física apto a prescrever o treinamento ideal a esses pacientes pode não ser tão fácil quanto se espera.

22,7% dos brasileiros têm hipertensão

Dados do Ministério da Saúde divulgados em abril de 2012 indicam que a hipertensão arterial atinge 22,7% da população adulta brasileira, sendo que o diagnóstico em mulheres (25,4%) é mais comum do que entre homens (19,5%). No caso dos diabéticos, informações do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) de 2010 dizem há mais de 12 milhões de portadores da doença metabólica no país.

A hipertensão deve ser tratada com uso de medicamento contínuo – segundo prescrição médica – e complementar com a atividade física regular. Os exercícios devem ser realizados de forma ordenada a manter um intervalo entre séries e exercícios um pouco maior do que o convencional e não realizar sistemas de treinamento que trabalhem muito tempo a 100% da capacidade de cada indivíduo, uma vez que pode gerar risco de elevação acentuada da pressão arterial durante o exercício.

Como tratar a hipertensão

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Curso online de Atividade Física e Hipertensão

Antes,  preconizava-se que os exercícios de força eram contraindicados aos hipertensos, mas atualmente sabe-se que não é a modalidade, mas sim a intensidade da mesma que requer atenção. Quando você trabalha com intensidades menores, o exercício é indicado e, acoplado a ele, devem ser feitos exercícios aeróbios, os quais envolvem caminhada, ciclismo, natação e hidroginástica. É importante uma divisão de programa, que devem ter preferência, como por exemplo, três vezes por semana aeróbio e duas de força.

Os ganhos vindos pelos exercícios são inúmeros, como redução da pressão arterial, melhoras da condição cardíaca e da vascularização, redução e controle da glicemia, aumento da sensibilidade à insulina, emagrecimento etc. Vale ressaltar que o fortalecimento muscular também auxilia nessas variáveis, além de prevenir lesões, aumentar a massa muscular e, por consequência, aumentar o gasto energético.

O treinador deve medir a pressão arterial do aluno no início dos treinamentos. Se estiver com 180 mmhg de sistólica, é preciso suspender a sessão. É importante verificar as medidas de pressão pós-esforço, pois o exercício tende a realizar um efeito hipotensor.

A alimentação antes da atividade física é bastante importante para ambos os pacientes, além de evitar treinar em locais muito quentes e/ou pouco ventilados.

Atividade física para diabéticos é essencial

No caso dos diabéticos, as atividades aeróbias também devem ter uma carga maior e a prática deve ser realizada todos os dias da semana. É preciso controlar também a glicemia do atleta antes, durante (a cada 40 minutos) e ao final da prática esportiva. Monteiro indica que o profissional de Educação Física deva ainda organizar as cargas de trabalho (intensidade), de acordo com o ajuste glicêmico, ou seja, "se baixar muito, reduz a intensidade ou o tempo do treinamento".

Cardiopatas e diabéticos podem ser atletas

Um cardiopata e um diabético podem vir a treinar no âmbito competitivo, desde que estejam devidamente preparados e orientados para tal objetivo. Há casos em que o treinamento voltado para a saúde deve ser a prioridade, já que no rendimento, são inevitáveis cargas maiores e se o paciente já era atleta, ele deve e pode continuar com a supervisão criteriosa. É preciso um acompanhamento multidisciplinar minucioso, com profissional de Educação Física, médico, psicólogo, nutricionista e fisiologista para evitar riscos e mesmo para realizar um acompanhamento constante que ajude o indivíduo a conseguir controlar sua patologia.

Os diabéticos devem evitar os esportes de contato, à medida que podem potencializar inflamações e a doença traz dificuldades no processo de cicatrização.

As duas patologias são extremamente perigosas e letais para a saúde caso sejam deixadas em segundo plano e ambas têm particularidades e dificuldades, mas a equipe multidisciplinar trabalhando de forma integrada, com troca de informações e conhecimento leva a um ganho imenso ao paciente.

Anamnese é essencial antes de começar a praticar atividade física

Antes de começar a treinar um paciente com diabetes ou hipertensão, o profissional de Educação Física precisa checar seu atestado médico, comprovando que está apto à pratica de exercícios, e fazer uma anamnese completa, verificando a condição cardiorrespiratória, IMC, porcentual de gordura, qualidade de vida etc, sempre com reavaliações frequentes (semestrais).

Também é fundamental saber em quais momentos o aluno não deve treinar: para hipertensão, quando a sistólica estiver na casa dos 180 mmhg e, no caso do diabetes, quando a glicemia estiver em 300 mg/dl ou abaixo de 120 mg/dl.

Os diabéticos  devem aferir a glicemia antes do exercício e aumentar a ingestão de carboidratos pré e pós-treinamento, se necessário. Diabéticos crônicos, com complicações como retinopatia, nefropatia ou neuropatia têm outros pontos essenciais a serem observados antes e após os treinos.

Abaixo, a tabela de controle da glicemia a ser conferida pelos profissionais de Educação Física:

Até 80 mg/dl – não realizar exercício
80-100 mg/dl – ingerir carboidratos e verificar novamente a glicemia
100-250 mg/dl – realizar exercício normalmente
Acima de 250 mg/dl – não realizar exercício.
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10 aulas de dança para mexer o corpo e queimar calorias



Não é novidade que dançar diverte. Então, porque não incorporar a dança na prática diária de atividade física?

Com aulas de dança (de todos os ritmos!) você queima calorias e se diverte muito!

Abaixo tem 10 exemplos dessas danças:


Zumba e SH´BAM

Zumba e SH´BAM

As aulas coreografadas ao som de música latina e hip hop, como Zumba e SH´BAM, conquistam cada vez mais adeptas. Com passos fáceis e clima que lembra as sessões de aeróbica dos anos 1980, as aulas coletivas são pura animação e diversão. Você ganha mais fôlego e até 400 calorias a menos em uma aula.

Balé fitness

Balé fitness

A aula de balé fitness, combina a tradicional modalidade com pilates e exercícios posturais. Ela ajuda a fortalecer os músculos, melhora o equilíbrio e a coordenação, corrige a postura e é uma delícia. A sessão é dividida em exercícios na barra, no solo e em passos em diagonais e, para finalizar com chave de ouro, todas as alunas fazem uma coreografia.

Street dance


Street dance

Embaladas ao som de hip hop, rap, funk e soul, as coreografias utilizam passos como pequenos chutes, giros, movimentos laterais de tronco e de ombros - todos precisos e bem marcados. Em 30 minutos de aula, você perde 175 calorias. O estilo ganhou visibilidade nos videoclipes de Michael Jackson e hoje faz sucesso nas academias de dança e também nas performances da diva Beyoncé.

Stiletto dance

Stiletto dance

Que tal experimentar uma dança que mescla sensualidade e energia? Essa é a proposta do stiletto dance. O estilo, que foi inspirado nas divas da música POP americana, aposta no salto alto, ritmos quentes e em movimentos superfemininos. A grande promessa? Ganhar pernas torneadas e perder de 400 a 600 calorias em 1 hora de aula.

Urban salsa
Urban salsa

Imagine essa mistura: o ritmo quente da salsa com os movimentos do street dance. Ficou animada? Esses são os princípios da urban salsa. Essa é uma modalidade super nova, e mais utilizada por professores de Street Dance. Ela trabalha o corpo como um todo, com maior ênfase no quadril e nas pernas, por carregar características da salsa. A música também é um diferencial, uma vez que mistura a batida do street com o ritmo da salsa

Samba de gafieira


Samba de gafieira

Que tal uma modalidade para o casal dançar bem juntinho? O repertório é variado: dá para dançar com diversos tipos de músicas, de Maria Rita a Noel Rosa. Os movimentos de pernas são intensos e, para não desequilibrar, você precisa contrair bem o abdômen. Você só precisa de 30 minutos para eliminar 236 calorias. No começo, há muitos giros e passos puladinhos, mas com o tempo você vai adquirindo um suingue próprio e incorporando a ginga e a alegria do malandro carioca típico da década de 1930.

Dança do ventre


Dança do ventre

Para quem deseja uma dança sensual, que trabalha flexibilidade e condicionamento físico, essa é a escolha perfeita. Essa dança de origem egípcia tem movimentos sinuosos que são ótimos para acentuar a cintura. Em 30 minutos de aula, você perde 175 calorias. A cantora Shakira é uma das adeptas do estilo e desenhou suas curvas ao ritmo de muita música árabe.

Forró universitário


Forró universitário

É um forro mais calmo, bom para dançar juntinho e as letras das músicas são românticas. É recomendado pelos professores como a porta de entrada para a dança de salão porque mesmo quem não tem a menor noção consegue acompanhar as aulas. São dois para lá e dois para cá, um ou outro rodopio e muito dengo. Com apenas 30 minutos de exercícios, você elimina 236 calorias.

Axé


Axé

Você curte os sucessos de Ivete Sangalo, Banda Eva e Claudinha Leitte? Então, pode se entregar para os passos do axé e se preparar para queimar muitas calorias. O gênero musical surgiu em 1980, durante o Carnaval de Salvador, na Bahia, e desde então vários sucessos são lançados o ano todo. As coreografias são inspiradas nas letras das músicas, treinam coordenação, equilíbrio, agilidade, memória e trabalham todas as partes do corpo.

Zouk


Zouk

Nascido nas ilhas do Caribe, esse ritmo é uma espécie de lambada moderna, mas com passos não tão frenéticos. Os movimentos - mais lentos e sensuais - são cheios de giros e cambrês (passos em que o moço lança você para baixo e a segura, com uma das mãos, pelas costas). Exige bastante molejo e dá para você abusar daquelas jogadas sexy de cabelo.
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quinta-feira, 8 de setembro de 2016

Segredos ocultos revelados sobre Hipertrofia





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Hipertrofia muscular é o aumento do diâmetro do músculo. E como ele ocorre? De duas maneiras: por meio do desenvolvimento das células do músculo e, claro, com a tensão que você provoca executando exercícios.

Veja 4 coisas que vão te ajudar na Hipertrofia Muscular:


1. Proteína

Proteínas irão te ajudar muito na hipertrofia muscular, de preferência as de origem animal.

A quantidade correta de proteína é fundamental para que consiga manter as 3 funções.

É recomendado a ingestão de 2g de proteína para cada quilo, o ideal é você consumir proteínas em todas as refeições que fizer.

Também é bom antes e depois do treino e antes de dormir.

2. Carboidratos

São ótimas fontes de energia, quando pensamos em ganhar massa muscular eles são essenciais.

Podem ser divididos em simples e complexos, os primeiros são digeridos e absorvidos rapidamente, produzindo aumento instantâneo da glicose no sangue.

Os complexos são digeridos e absorvidos lentamente, com um aumento gradual da glicemia.

Coma carboidratos de qualidade como arroz integral, batata doce e aveia sem glúten, esqueça os refinados.

Se você treina e consome eles antes dos treinos não há do que se preocupar, você irá queimar todos eles.

3. Gorduras Boas

Por mais incrível que possa parecer precisamos de gordura em nosso organismo, pois ela dá energia e cria reservas, além de ajudar na absorção de vitaminas.

Seu corpo queima rapidamente os carboidratos e depois disso ele vai buscar energia nas gorduras.

Então é necessário que tenha algo no organismo para ele buscar. Um número bom para a sua dieta é de 0,8g por quilo.

Mas são gorduras boas como nozes, castanhas, pasta de amendoim integral, etc.

E não se esqueça que em algumas carnes e nos ovos já tem um pouco de gorduras boas também .

4. Troca De Treino Para Hipertrofia Muscular

Ficar mudando toda hora de treino sem estratégia não vai te dar mais massa muscular.

O ideal é treinar em períodos, treine por 8 semanas o seu treino, depois de uma semana de descanso e depois mude o treino.

Essa troca é muito importante para hipertrofia muscular porque vai dar estímulos diferentes para os músculos, e isso vai fazer você ganhar mais massa.



DICA BOA:

Curso online TREINAMENTO DE HIPERTROFIA - MÉTODOS INTENSIVOS do Prof. Dr. Paulo Gentil. Clique aqui!

O mesmo é autor dos best sellers “Bases Científicas do Treinamento de Hipertrofia” e “Emagrecimento: Quebrando Mitos e Mudando Paradigmas”.

São aulas 100% em video, onde fizemos questão de manter todas as características do curso presencial, com parte teórica e muita prática.
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