segunda-feira, 31 de março de 2014

Fisiologia para atividades na Academia

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Considerando que no contexto da sociedade atual, as pessoas têm cada vez menos tempo para o lazer, se alimentar corretamente e se relacionar, o exercício físico além de uma prática saudável, se tornam um excelente meio de aliviar as tensões do dia a dia. Com isso, as academias se tornaram uma opção interessante. As atividades em academias atendem a interesses e objetivos diversos, que vão desde a estética, exigida socialmente, à melhora do desempenho atlético e da saúde. Obviamente, esses objetivos podem ser alcançados através de outros exercícios e modalidades esportivas, dentro da própria academia.  

Os conhecimentos da fisiologia do exercício que fundamentam o planejamento das atividades de academias são imprescindíveis. A Fisiologia do Exercício, que aborda o funcionamento dos diversos sistemas fisiológicos durante diferentes tipos de atividades físicas e os princípios fisiológicos do treinamento, é extremamente importante para planejamento e condução de uma aula adequada, são eles: principio da sobrecarga, principio da individualidade biológica, principio da especificidade e principio da reversibilidade (McARDLE et al., 2007).

Antes de dar seqüência nos princípios fisiológicos, é de fundamental importância o entendimento do conceito CARGA dentro do treinamento esportivo. A CARGA é um conjunto de estímulos utilizados no treinamento esportivo suficientes para provocar alterações e adaptações no organismo do atleta, e/ ou aluno (WEINECK, 1999). Segundo este autor, a Carga é composta por diversos componentes: intensidade, duração, freqüência, volume e densidade. Qualquer variação nestes componentes caracteriza variação no treinamento, passando a ser um novo estimulo.

Voltando aos princípios fisiológicos, o princípio da sobrecarga nos diz que é necessário que haja um estímulo de treinamento acima do usual para que o aluno tenha alterações corporais que determinada atividade física pode fornecer (McARDLE et al., 2007). Considerando as atividades, as quais fornecem a possibilidade do ganho de massa muscular, que resulta no aumento de força, só será adquirida caso o programa de treinamento configure numa sobrecarga ao qual o aluno não esteja adaptado, sendo assim, será possível o ganho dos benefícios que esta atividade física nos fornece. Por outro lado, isso não ocorre de forma contínua, existe um limite entre presença de sobrecarga e ganhos fisiológicos resultantes da aplicação da sobrecarga, ou seja, tomando com base o exemplo anterior, não é contínuo o aumento de massa muscular proveniente da presença da sobrecarga. Caso isso fosse verdadeiro, as pessoas que praticam treinamento de força com o intuito de ganho de massa muscular verificariam um constante aumento no peso corporal ao longo dos anos (FLECK e KRAEMER, 1999).

Outro princípio fisiológico do treinamento que deve ser considerado na elaboração de um programa de treinamento físico é o princípio da especificidade. Segundo Weineck (1999), este princípio defende que estímulos específicos promovem adaptações especificas em sistemas específicos. Isso significa que os ganhos com o treinamento são diretamente relacionados com o que foi treinado, ou seja, só haverá melhora na velocidade de chute caso seja treinado esse movimento e em alta velocidade. Contudo, dentro do treinamento, pode ocorrer transferência, no qual ocorre pequena melhora em algo que não foi treinado diretamente, mas apresenta relação com o objetivo treinado.

Já o princípio da individualidade biológica fornece a informação de que até mesmo em relação ao treinamento físico, as pessoas são diferentes (McARDLE et al., 2007). Caso duas pessoas tenham o mesmo programa de treinamento, os mesmos hábitos de vida, mesma dieta alimentar, elas poderão ter diferentes respostas ao programa de treinamento físico realizado. Sendo assim, o mesmo programa realizado pelo indivíduo A, pode não ter o mesmo resultado no indivíduo B.

Para finalizar os Princípios Fisiológicos, temos também o princípio da reversibilidade, que diz que qualquer ganho obtido com o treinamento será perdido caso esse treinamento seja cessado (McARDLE et al., 2007). Algumas pessoas podem pensar que uma vez ocorrido o ganho de força com atividades de musculação, caso ela interrompa este treinamento, ela sempre manterá os níveis de força atingidos. Através do princípio da reversibilidade sabemos que isto não é verdade, ou seja, caso a sobrecarga contida no treinamento físico não seja suficiente para manter as adaptações conseguidas com o treinamento, a pessoa perderá gradativamente as adaptações adquiridas. No caso do exemplo citado, o nível de força atual regressará gradativamente para os níveis iniciais.

Uma vez seguidos todos os princípios do treinamento físico, acima citados, é possível assegurar que os conhecimentos fisiológicos relativos à intensidade, duração e freqüência das atividades de ginásticas realizadas para atingir determinado objetivo foram considerados, tais como: aspectos muscular, cardiovascular, hormonal, respiratório e metabólicos do exercício.

Fonte
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O Jump para um professor

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Usar o mini trampolim o início me chamou muito a atenção. Uma forma de treinar que me trouxesse liberdade, conforto e principalmente me fizesse sentir bem. Foi paixão á primeira vista. Por esse motivo é que as aulas de JUMP são sempre cheias, sucesso. Remetem ao lúdico e isso quer dizer que essa aula é quase uma brincadeira. Você já viu como as pessoas se manifestam quando se sentem felizes, ou mesmo, quando ganham um prêmio. Elas pulam! Portanto podemos dizer que o JUMP é sinônimo de felicidade.

Mais de 10 anos de sucesso e vejo que vai durar muitos e muitos anos. Aulas com movimentos simples, onde todos os praticantes são capazes de fazer e o mais importante: terminar a aula com a sensação de dever cumprido ou mesmo “quero mais”! Por outro lado não deixa de ser uma aula intensa, faz suar, faz com que o praticante treine de uma forma muito adequada, conhecendo e entendendo o seu corpo. Tem propriedades que são exclusivas das superfícies elásticas, absorvendo o impacto e deixando o exercício mais confortável. É uma aula muito procurada. Já que uma das premissas do treinamento funcional é resgatar e ou manter a funcionalidade do nosso corpo, porque então não usar o JUMP que é divertido e funciona? Bom, mas vamos falar de alguns benefícios das aulas de JUMP.

Inicialmente o JUMP estimula muito a drenagem linfática natural. O sistema linfático é o nosso “outro” sistema circulatório e está diretamente ligado a nossa saúde geral, pois quando estimulado acelera “a limpeza” do nosso organismo “jogando” todas as toxinas para fora e enviando para o nosso corpo, principalmente para o sangue, todos os bons nutrientes, lubrificando nossas articulações e deixando assim, os movimentos mais harmoniosos.

É uma excelente aula e que ajuda a amenisar e combater os efeitos da celulite. Por ser uma aula aeróbica tem grande influência no emagrecimento, na melhoria do condicionamento físico geral e funcional, e ainda melhora muito o tônus muscular trazendo assim maior resistência e disposição para as tarefas diárias. Vejo no JUMP o encontro de muitas “coisas”, motivação para frequentar as aulas na academia, para um treinamento harmonioso, organização corporal e que seus benefícios e resultados são duradouros.

Para o professor, entender os princípios que regem a organização de uma aula de JUMP é fundamental. Junto a isso ele tem a missão de apresentar a técnica, ensinar, treinar e principalmente cuidar do aluno que “se entrega” e “entrega” toda sua confiança na sua mão. Essa troca quando verdadeiramente é recíproca tem resultados valiosos. Pois é assim que tem que ser.

Edu Costa

 
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Kangoo Jump conquista mulherada pela eficiência


O Kangoo Jump está presente em mais de 18 países

O Kangoo Jump é uma modalidade de ginástica que surgiu na Suíça, e é notável pelo seu sistema de amortecimento patenteado IPS (Impact Protection System), que absorve até 80% do impacto que ocorre nas atividades físicas, protegendo as mais importantes articulações do corpo, como os joelhos, tornozelos, coluna e quadril.

Para os interessados em emagrecer, ele aparece como uma solução perfeita que já em cada aula geralmente são gastas 800 calorias. Ele é uma atividade completa para quem deseja perder peso, já para aqueles que querem ganhar músculos é importante que seja aliado à outra atividade, como, por exemplo, a musculação.

Os músculos mais trabalhados na atividade são abdômen, glúteos e quadríceps,com muita enfase nos glutes, facilitando o combate as celulites.

Os benefícios vão muito além da simples queima de gordura, com o Kangoo Jump também é possível melhorar o sistema cardiovascular, com um aumento da absorção de oxigênio de 12% a 18%; corrigir a postura e realinhar o corpo; aumentar a motivação, coordenação, equilíbrio e auxiliar no combate à depressão; e ainda aumentar a densidade óssea e melhorar o tônus muscular, promovendo definição dos músculos do abdome, coxas e glúteos.

As aulas tem duração de 45 minutos com 10 minutos voltados para exercícios abdominais, e são feitas três vezes por semana.

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Atividades intensas podem queimar calorias de forma rápida

Felipe Carvalho acredita que a atividade intensa faz bem não só ao corpo mas também à mente  (marcos vieira/em/d.a press)

Durante muitos anos, a musculação era a principal opção de quem queria entrar em forma. O grande problema, de acordo com quem já praticou a modalidade, é que, com o tempo, a série de exercícios vai perdendo a graça para quem precisa de motivação para se exercitar. E aí chegam as velhas desculpas para não malhar e sumir de vez das academias. Por isso, as atividades intensas que fazem suar, e muito, começam a ganhar cada vez mais adeptos. Por um lado, especialistas comemoram esse tipo de exercício, pois tendem a atrair mais público por mais tempo. Porém, ressaltam que a alta intensidade das atividades pode trazer danos e pedem cautela para quem pretende entrar nessa tropa.

Uma das mais conhecidas modalidades que exigem muito do praticante é o crossFit,. Considerada um esporte, a atividade tem a vantagem de trazer, todos os dias, um treino diferente.  É um treinamento que tem o espírito militar enraizado, já que foi baseado na preparação física de agentes das forças especiais americanas, marinheiros e SWAT.  O auge do treinamento é a chamada missão do dia, na qual o aluno tem um desafio a cumprir. Geralmente, em academia, o objetivo é condicionamento físico, agilidade e força. Não estamos focados na estética, tanto é que não há espelhos nas salas de treinamento.

Ninguém no inicio no crossfit pega no “pesado’. Os limites de cada um õ respeitados e as dificuldades são aumentadas. Em atividades de intensidade alta colocamos nossos corpos mais próximos de riscos, como lesões musculares, acidentes vasculares cerebrais (AVC) e arritmias. Por isso, é de extrema importância uma avaliação médica antes da prática. Não se faz um ‘Pede pra sair’ da noite para o dia. É preciso, primeiro, começar aos poucos até ir se acostumando.

Outras atividades que estão sendo bem requisitadas em academias são lutas como MMA, boxe e muay thai ajudam a queimar calorias e são treinos puxados. O boxe, por exemplo, é considerado um treinamento mais completo. Nas primeiras aulas o aluno sente um pouco. Mas depois se acostuma.

Considerado um esporte, a luta fortalece o corpo e tem uma alta queima calórica. A atividade aumenta a resistência e a capacidade cardiovascular, além de melhorar a flexibilidade e a coordenação motora. Quem pode fazer: qualquer pessoa. Porém, grávidas antes dos quatro meses não podem praticar a modalidade — e, depois disso, só com autorização do médico e seguindo um treino específico. Quem sofre de pressão alta também deve consultar um especialista e tomar cuidados especiais.

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sexta-feira, 28 de março de 2014

A importância do quadril para os corredores: lesões e fortalecimento

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O quadril, na verdade, é uma articulação formada pela união entre a pelve e o fêmur, o osso da coxa. Um estudo publicado este ano na revista Sports Health por pesquisadores da Universidade de Calgary, Canadá, culpa o quadril por boa parte das lesões nos joelhos e abaixo deles sofridas por corredores. A pesquisa diz que até problemas como a tendinite de Aquiles e dores na sola do pé têm muito mais a ver com a falta de fortalecimento da musculatura da bacia do que com quantos quilômetros o atleta corre.

Os músculos dessa região são responsáveis pela estabilização da perna durante a corrida. Se estão enfraquecidos ou ficam fatigados facilmente, há menos controle da perna e o risco de se machucar aumenta. Vários trabalhos já mostraram que mais de 70% dos corredores têm alguma lesão a cada ano e mais de 80% delas ocorrem abaixo do joelho.

 A falta de fortalecimento muscular na região da bacia aumenta a força sobre os joelhos e os pés quando o atleta está correndo. Depois de 4 a 6 semanas de musculação, 22 dos 24 corredores estudados aumentaram entre 35% a 51% a força do abdutor do quadril e disseram sentir menos dor. Isso mostra o quanto esse tipo de trabalho é importante não só para a reabilitação do atleta, mas para a redução do risco de lesões. Quer evitar dores nessa área? Faça 3 séries de 10 repetições cada de exercícios específicos para o quadril.

As mais comuns

A grande maioria das lesões que afetam a bacia são resultado de distensões musculares, como é o caso da tendinite do quadril. Uma pesquisa feita em julho no Brasil com corredores amadores re¬velou que as mulheres são as mais afetadas pelo problema: 10% delas afirmaram sofrer do mal, enquanto apenas 4% dos homens que correm regularmente disseram ter sido prejudicados por ele. As distensões afetam principalmente corredores de longa distância e aqueles que fazem muitas provas de intensidade alta, por exemplo, que incluem subidas. Diante da distensão, o atleta deve repousar o músculo afetado. Se continuar a movimentá-lo, pode agravar o problema e aumentar a dor. Não faça uso de bolsa de água quente. O ideal é aplicar gelo no local a cada duas horas, entre 20 e 30 min, por até 48 horas.

Conheça outros problemas que afetam a bacia do corredor

Bursite trocantérica: é causada pelo atrito repetido do músculo tensor da fáscia lata sobre o trocânter maior do fêmur, que corresponde a parte lateral da coxa, próxima à bacia. O fato de o músculo raspar (atritar) repetidas vezes contra o trocânter leva a uma inflamação que pode ser muito dolorosa. Mulheres são mais afetadas pelo problema devido à forma da pelve, mais larga que a dos homens. A bursite pode estar associada ou ser confundida com inflamações dos tendões e músculos dessa região, quadros conhecidos como tendinites. Quem está com bursite deve, em primeiro lugar, interromper os treinos, porque é a corrida, afinal, que gera o atrito. O tratamento também inclui uso de medicamentos. Para que o corredor não perca condicionamento físico, ele pode optar pela natação, ideal nesse caso. A bicicleta ergométrica não é indicada porque ela gera um atrito semelhante ao da corrida.

Pubalgia: essa dor no púbis, o osso que fica no final do músculo do abdômen e faz parte do quadril, é uma das grandes causas de afastamento dos treinos. Afeta principalmente maratonistas e corredores de aventura do sexo masculino. A bacia das mulheres se adapta melhor aos impactos desses esportes. A lesão pode ter diferentes causas: do uso de tênis ruins ao excesso de treinamento em pisos duros. Quanto mais tempo levar para o início do tratamento, mais demorada será a recuperação. Para os especialistas, a pubalgia é uma das lesões mais chatas, porque tem um diagnóstico complicado e tem tratamento difícil. Se não corrigida completamente, pode se tornar crônica e atrapalhar, e muito, a carreira do atleta.

Fratura por estresse: mais frequente em mulheres, afeta especialmente os corredores de longa distância. O grupo mais susceptível a essa fratura são os novatos que começam a aumentar a sua quilometragem, intensidade ou frequência do treino de forma abrupta. Geralmente ocorrem na cabeça do fêmur, a região mais frágil desse osso. Essa área é submetida a forças enormes durante a corrida. Após milhares de repetições desse movimento, o osso pode sofrer uma fissura. O principal sintoma é a dor.

Dicas
  • Alongue antes e depois dos treinos.
  • Utilize tênis adequados para o seu tipo de pisada.
  • O descanso é tão importante quanto os treinos. Dê a devida atenção a ele.
  • Respeite os seus limites. Pegar pesado nos treinos não significa que você chegará mais rápido.
  • Se sentir muita dor, coloque gelo e procure um especialista antes de voltar a correr.
  • Preste atenção à sua postura quando estiver correndo.

Exercícios que vão fortalecer o seu quadril

O professor e coordenador de musculação e corrida Cacau Almeida,preparou um treino para fortalecer essa região. Faça 3 séries de 12 a 15 repetições no início. Quando o exercício se tornar muito fácil, aumente a carga. Faça este treino em dias alternados.

1. AVANÇO ALTERNADO DUMBELLS
Em pé, faça uma flexão do quadril/joelho e projete um passo à frente. Com a coluna reta, faça força para voltar à posição inicial, estendendo o quadril e o joelho.

2. FLEXÃO DO QUADRIL NA POLIA BAIXA
Em posição de avanço, coloque uma tornozeleira no pé que está atrás e prenda na polia baixa. Flexione o quadril com a perna de apoio fazendo a flexão do joelho (movimento próximo do que se utiliza na corrida). Se não estiver treinando em uma academia, você pode usar caneleiras.

3. EXTENSÃO DO QUADRIL NA POLIA MÉDIA
Com uma das pernas apoiadas no chão, mantenha a outra perna flexionada a 90° (o pé deve ficar na alça da polia). Estenda o joelho (movimento de força contrário ao exercício anterior), levando a perna para trás.

4. LEG PRESS NA MÁQUINA COM PLIOMETRIA
Apoie os pés e deixe que apenas as pernas façam o movimento de empurrar o aparelho com força. Quando estiver com as pernas quase estendidas, empurre com os pés, como se estivesse fazendo um salto. Volte à posição inicial bem devagar e repita o exercício.

5. ADUÇÃO NA CANELEIRA
Deite-se de lado e flexione a perna que está por cima. Com a outra perna, faça a adução do quadril sem deixar que o joelho estenda.

6. ABDUÇÃO NA CANELEIRA
Deite-se de lado e deixe a perna que está por cima fazer a abdução do quadril, mantendo o joelho flexionado. 7. AGACHAMENTO FIT BALL EM ISOMETRIA
Apoie a lombar no fit ball, mantendo a bola encostada na parede. Flexione os joelhos até formarem um ângulo de 90º e mantenha essa posição por 30s.

8. ELEVAÇÃO DO QUADRIL
Deite-se de barriga para cima e mantenha os joelhos flexionados e os pés afastados na largura do quadril. Coloque um peso (anilha, caneleiras...) sobre o quadril e eleve a pelve, contraindo bem os glúteos. Na volta, não deixe os glúteos tocarem o chão.

Com ajuda daqui
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quarta-feira, 26 de março de 2014

Mamães gestantes devem se exercitar

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A prática de exercícios físicos, com a devida orientação de um profissional de Educação Física, e realizada de forma segura, provoca diversos benefícios na saúde, no bem-estar e na qualidade de vida de um indivíduo, em todas as fases da vida. Mas, durante a gestação, algumas mamães deixam de lado o hábito de se exercitar por falta de apoio ou de programas específicos que as incentivem a continuar com a prática.

As gestantes que se exercitam podem usufruir de inúmeros benefícios, não somente para a saúde delas, mas também para os bebês. Durante a gestação, as mamães sofrem diversas alterações hormonais e posturais. Com os exercícios físicos, elas sentirão mais dispostas e ativas até o momento do parto, além de ajudá-las na recuperação pós-parto

No caso dos exercícios aquáticos, a prática melhora a circulação sanguínea da mãe e ainda ajuda na saúde do filho. As mães que praticam exercícios aquáticos também fazem com que o bebê receba uma quantidade maior de oxigênio e de nutrientes.

As modalidades mais recomendadas para a prática de atividades físicas, durante a gestação, são: hidroginástica, alongamento, ioga e natação. Os benefícios vão desde a manutenção da capacidade aeróbica, a controle de níveis de glicemia.

Como todo aluno, as gestantes também devem tomar cuidado para não exagerar nas atividades físicas. O principal cuidado que elas devem tomar é justamente à intensidade dos exercícios. Após a liberação da obstetra, a mãe deve manter uma atividade física moderada, sem impacto e sem riscos de queda, além de evitar a sobrecarga da coluna vertebral, causando frouxidão dos ligamentos e aumentando os riscos de lesões.

Portanto, mamães, exercitem-se, sempre prestando atenção no seu limite.
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3 exercícios de ombro para não se fazer na Musculação


O Ombro é uma das estrututras mais complexas do Corpo Humano. Tão complexo que a maioria dos autores identifica essa região do corpo como Complexo Articular do Ombro. Graças a essa região, podemos fazer movimentações com os braços e movimentações com o tronco, o que nos traz bastantes benefícios como carregamento de pesos e etc.

Porém, quando fazemos alguns movimentos errados, na maioria das vezes buscando a hipertrofia da musculatura, podemos sobrecarregar ligamentos e musculatura dessa região, podendo causar lesões. 

Por isso, separei exercícios dentro da musculação que não devem ser feitos, porque sobrecarregarão essas estruturas. Aqui estão cinco exercícios que você deveria largar como se fosse um hábito ruim para a saude.


desenvolvimento tras nuca 300x168 Os 5 Exercícios Proibidos Na Musculação

1. Desenvolvimento Por Trás da Nuca

O desenvolvimento por trás da nuca força o movimento no limite dos ligamentos do ombro, porque é feito com os ombros em uma abdução externa e horizontal máxima. Fazer um movimento no limite dos ligamentos não é o fim do mundo, mas a repetição em cima desse limite pode trazer lesões. Ligamentos dos ombros são instáveis, embre-se sempre disso.

Seguindo o mesmo padrão, não há dúvidas que o desenvolvimento por trás da nuca são ótimos para estimular o crescimento dos deltoides. Mas só porque um exercício é bom para um músculo, não quer dizer que ele seja bom para os seus ligamentos.

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2. Remada Em Pé

Esse movimento pode agravar, e muito, a Sindrome do Impacto do Ombro, que  ocorre quando o tendão do supra-espinal (no ombro)  acaba inflamando devido a pressão contínua contra o acrômio acima dele.

Assim como no desenvolvimento por trás da nuca, a remada em pé faz um ótimo trabalhado em estimular os músculos mediais do deltoide e a parte superior do trapézio.

Para aqueles que irão fazer a remada em pé de qualquer jeito, usem halteres, pois assim é possível aumentar a distância da pegada ao chegar na posição de cima do movimento. Isto é menos danoso às articulações do ombro comparado a remada em pé com barra.

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3. Encolhimento Girando Os Ombros

Girar o ombro durante o encolhimento serve apenas para uma coisa: mostrar para todos na academia que você não tem a mínima idéia do que está fazendo.

Girar os ombros para frente move a linha de força para o lado anterior e longe do trapézio, justamente o contrário do encolhimento de ombros que seria para construir massa muscular nos trapézios (a função primária dos trapézios é encolher ou elevar os ombros). Então faz sentido pensar que “encolher o ombro” constrói massa no trapézio.  Além do ato de girar os ombros durante o encolhimento não ajudar no exercício, pode ser maléfico.

Se você insiste em girar os ombros durante o encolhimento, pelo menos gire para trás. Dessa forma você pode dizer que o trapézio até está fazendo um pouco mais de trabalho. Não é tão efetivo como fazer o encolhimento corretamente, porém não é totalmente inútil como girar para frente.

Esses movimentos dentro da sala de musculação devem ser evitados para que o praticante não saia com uma lesão. Lembre-se que um bom profissional deve saber dosar o movimento e evitar, com o seu conhecimento, que os alunos se lesionem.

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quinta-feira, 20 de março de 2014

Fases da Reabilitação Cardiovascular


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O maior objetivo de um programa de reabilitação cardiovascular amplo é o alcance de uma condição de saúde ótima para cada paciente. Assim como a manutenção dessa condição não somente física e psicológica, mas também social, vocacional e econômica (MARQUES, 2004).

A reabilitação cardiovascular está, tradicionalmente, dividida em diversas fases, seqüenciadas como FASE I, FASE II e FASES III e IV (MARQUES, 2004).

Fase I

Inclui os exercícios para o paciente internado, que se inicia assim que as condições do paciente tenham sido estabilizadas. O médico responsável deve indicar o melhor momento para iniciar essa fase. Os pacientes são encorajados a movimentar seus membros inferiores e alimentar-se sozinhos com o objetivo de diminuir a estase venosa (MARQUES, 2004).

Exercícios de baixa intensidade durante a internação hospitalar tem-se mostrado seguros, praticáveis e benéficos, embora não seja observada nenhuma melhora na aptidão cardiovascular com atividades de baixa intensidade (FARDY e YANOWITZ e WILSON, 2004).

Antes de iniciar um nível mais elevado, o paciente é examinado, mensurando-se a freqüência cardíaca, a pressão arterial, realizando eletrocardiograma e avaliando as limitações músculo-articulares, tonteira, aparência e sintomas (MARQUES, 2004).

Os objetivos dessa fase incluem reduzir o tempo de permanência hospitalar e diminuir os problemas de descondicionamento associados com o repouso prolongado no leito, como atrofia muscular, hipotensão postural e deterioração circulatória geral (FARDY e YANOWITZ e WILSON, 2004).

Fase II

É um programa de exercícios supervisionado baseado em uma prescrição individualizada, especificando intensidade, duração, freqüência e estilo de atividade. O manuseio e as modificações do estilo de vida devem acompanhar a atividade física, sendo assim, um processo contínuo (MARQUES, 2004).

Os objetivos dessa fase incluem (FARDY e YANOWITZ e WILSON, 2004):

Melhorar a função cardiovascular, a capacidade física de trabalho, força, e flexibilidade;

Detectar arritmias e outras alterações durante o exercício que contra indiquem a atividade física;

Educar os pacientes quanto a atividade física;

Trabalhar com o paciente e seus familiares em um programa adequado de manuseio e modificações do estilo de vida;

Melhorar o perfil psicológico dos pacientes

Prova de esforço máximo limitada por sintoma

É uma avaliação eletrocardiograficamente monitorizada do consumo máximo de oxigênio de uma pessoa durante trabalho dinâmico (exercício), utilizando grandes grupos musculares. A prova começa com esforço submáximo, dá tempo para adaptações fisiológicas e aumenta progressivamente a carga de trabalho, até que sejam determinados pontos finais de fadiga individualmente determinados ou ocorram sinais ou sintomas limitantes (IRWIN e TECKLIN, 1994).

Segundo Kappert (1978), essa prova é talvez a avaliação mais definitiva para um paciente antes de entrar em um programa de reabilitação cardíaca. É utilizada na previsão da gravidade da doença. A prova fornece dados importantes na hora de prescrever o plano de reabilitação, porque fornece parte dos dados úteis para a decisão sobre a freqüência das atividades.
Intensidade

A intensidade do exercício prescrito tem base nos resultados do teste de esforço. Uma intensidade de treinamento adequada cai dentro de 60 a 80 por cento da absorção máxima de oxigênio pelo paciente, ou da capacidade de trabalho físico (ARAKAKI e MAGALHÃES, 1996).

Duração

As sessões de tratamento deverão ter duração total de aproximadamente uma hora e deverão ser realizadas três vezes por semana, em dias alternados (REGENGA, 2000).

Frequência

A frequência, em parte, é também dependente da intensidade e da duração. São recomendadas três a cinco sessões de exercícios (regularmente espaçadas) por semana. A prescrição do exercício é baseada em atividades físicas com gastos energéticos conhecidos que ficam dentro da capacidade do paciente, determinado pelo teste de esforço máximo (IRWIN e TECKLIN, 1994).

Etapas de tratamento

O programa de treinamento físico envolve três etapas, sendo uma de aquecimento, outra de treinamento e uma outra de desaquecimento. Deve-se fazer um registro diário do programa, das respostas de freqüência cardíaca e pressão arterial e dos sinais e sintomas apresentados durante as sessões de tratamento (REGENGA, 2000).

Após a chegada do paciente ao setor, deverão ser aferidos e registrados os valores pressóricos e de freqüência cardíaca antes da sessão de atendimento. Isso é necessário pois, a partir de um certo período, se pode traçar o perfil de cada paciente, o que permite modificar ou não o protocolo de tratamento previsto, caso percebida alguma alteração da freqüência cardíaca e pressão arterial anteriormente à sessão (REGENGA, 2000).

Aquecimento

Deverá ter duração de 5 a 10 min, sendo efetuados exercícios de alongamento, dinâmicos aeróbios e de coordenação, associados a exercícios respiratórios. Essa fase tem por objetivo preparar os sistemas musculoesquelético e cardiorrespiratório para a fase de condicionamento propriamente dito. No final, afere-se freqüência cardíaca do paciente (REGENGA, 2000).

Segundo Oliveira, et al (2002) o aquecimento tem como principais efeitos fisiológicos: promover o aumento da temperatura corporal, proporcionando um maior relaxamento do tecido colágeno, que é o principal componente do tecido conectivo muscular, diminuindo assim os riscos de lesão; diminuir as concentrações de lactato sangüíneo e aumentar o fluxo sangüíneo local, afim de oxigenar os músculos e também remover mais rápido os elementos catabólicos formados pelo metabolismo celular.

Condicionamento

Tem como objetivo exercitar o paciente a uma freqüência cardíaca programada a fim de obter efeito de treinamento. A intensidade do esforço deve ser aumentada gradualmente até o nível de treino programado. Os exercícios aeróbicos, rítmicos e dinâmicos são enfatizados e planejados de maneira a exercitar os grupos musculares das extremidades superiores e inferiores (MARQUES, 2004).

Essa etapa poderá ser composta por trotes, caminhadas ou outra modalidade de exercício físico em bicicleta e esteira ergométrica ou em outro tipo de equipamento que permita aferir freqüência cardíaca e pressão arterial sistêmica durante sua realização. A duração total varia até cerca de 40 min (REGENGA, 2000).

Desaquecimento e relaxamento

A atividade física deve ser mantida com baixa intensidade de esforço, mantendo em atividade particularmente os músculos mais trabalhados durante a sessão, para facilitar a remoção do ácido láctico (produto do metabolismo) desses músculos e beneficiar a circulação sistêmica através de um massageamento. Deve-se manter um débito cardíaco adequado através do aumento do retorno venoso pela ação de massageamento das veias através da contração e relaxamento muscular (MARQUES, 2004).

Quando exercícios intensos são subitamente interrompidos, principalmente se o indivíduo permanece de pé, há uma tendência do sangue em estasiar nos membros inferiores, resultando em uma diminuição do retorno venoso ao coração. Em conseqüência disso há elevação da freqüência cardíaca e aumento da demanda miocárdica de oxigênio. Hipotensão arterial, hipofluxo cerebral com cefaléia, tonteira ou desmaio também podem ocorrer como conseqüência (FARDY e YANOWITZ e WILSON, 2004).

Os exercícios de relaxamento podem ser realizados no final do desaquecimento, e reduzir a freqüência cardíaca, a pressão arterial e a incidência de arritmias cardíacas (MARQUES, 2004).

Se o paciente apresentar hipertensão arterial logo à chegada, deverão ser aplicados somente exercícios de relaxamento por um período de maior duração. Se o quadro persistir, ele deverá ser encaminhado ao médico antes da próxima sessão (REGENGA, 2000).

Fase III e IV

São programas a longo prazo que enfocam a aptidão física e manutenção do ganho funcional. Após o término bem sucedido da fase II, o paciente passa para a III, que pode ser realizada em casa, clínicas especializadas, programas comunitários ou em outro local com supervisão. Durante a fase III a prescrição de exercícios deve ser revista periodicamente, incorporando os ganhos obtidos (MARQUES, 2004).

Em contraste, a fase IV é geralmente considerada um programa de manutenção, quando a maioria dos parâmetros físicos e fisiológicos estão estagnados. Representa um compromisso com a prática regular de atividade física e controle do estilo de vida, construindo hábitos que necessitam ser levados para toda a vida. Esta fase é também apropriada para indivíduos sedentários sem doença cardíaca, cujo objetivo é melhorar a aptidão física e prevenir problemas de saúde associados à inatividade física. Para estes indivíduos, a fase IV destaca primeiro os ganhos funcionais, o condicionamento e a sua manutenção posteriormente (MARQUES, 2004).

As duas fases apresentam como objetivos (FARDY e YANOWITZ e WILSON, 2004):

Melhorar o condicionamento físico seguido de manutenção

Reduzir fatores de risco de doenças coronarianas

Aumentar a auto-estima e a confiança quando novas atividades são introduzidas e quando o paciente for adaptado progressivamente fora do ambiente de supervisão

Introduzir atividades seguras e diversificadas que possam ser realizadas pelos métodos usuais de aptidão e recreação

Melhorar o conhecimento da habilidade de auto monitorizar

Fonte
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Adaptações Cardiovasculares Induzidas pelos Exercícios Aeróbios




O SISTEMA DE TRANSPORTE DE OXIGÊNIO

A resistência cardiorrespiratória está intimamente relacionada à capacidade do organismo de liberar oxigênio suficiente para suprir as demandas dos tecidos ativos. O transporte e a liberação de oxigênio são funções importantes compartilhadas pelos sistemas cardiovascular e respiratório. Todos os componentes desses dois sistemas que estão relacionados com o transporte de oxigênio são denominados coletivamente como sistema de transporte de oxigênio.

O funcionamento do sistema de transporte de oxigênio é definido pela interação do débito cardíaco e a diferença arteriovenosa de oxigênio. O débito cardíaco nos informa quanto de sangue transportando oxigênio deixa o coração durante um minuto. A diferença arteriovenosa de oxigênio, que é a diferença entre o conteúdo de oxigênio do sangue arterial e o conteúdo de oxigênio do sangue venoso, nos informa quanto de oxigênio é extraído pelos tecidos. O produto desses valores, a equação de fick, nos informa a velocidade com que o oxigênio está sendo consumido pelos tecidos corporais.

Naturalmente, a demanda de oxigênio dos tecidos ativos aumenta durante o exercício. A endurance depende da capacidade do sistema de transporte de oxigênio de liberar oxigênio suficiente a esses tecidos ativos para suprir suas demandas aumentadas. O treinamento de endurance desencadeia numerosas alterações nos componentes do sistema de transporte de oxigênio que permitem que ele funcione de forma mais eficiente.


ADAPTAÇÕES CARDIOVASCULARES AO TREINAMENTO

Em resposta ao treinamento, ocorrem várias adaptações cardiovasculares. Examinaremos as alterações dos seguintes parâmetros cardiovasculares:

Tamanho do coração: Em resposta ao aumento da demanda do trabalho, o peso e o volume do coração e, conseqüentemente, a espessura da parede e o tamanho da câmara do ventrículo esquerdo aumentam em decorrência do treinamento de endurance.

Hipertrofia Excêntrica

O músculo cardíaco, como o músculo esquelético, sofre hipertrofia como resultado do treinamento de endurance crônico. Durante algum tempo, a hipertrofia cardíaca induzida pelo exercício – denominada “coração de atleta” – causou grande preocupação, pois os especialistas acreditavam que o aumento do coração sempre refletia uma condição patológica. Felizmente, a hipertrófica cardíaca atualmente é reconhecida como uma adaptação normal ao treinamento de endurance crônico.

O ventrículo esquerdo, a câmara cardíaca que trabalha mais intensamente, sofre a maior alteração. Os ajustes estruturais são marcantes, podendo levar a aumentos de até 85% na massa do ventrículo esquerdo. Inicialmente, acreditou-se que a extensão e a localização das alterações do tamanho do coração dependessem do tipo de exercício realizado. Aqueles que defendiam esse ponto de vista justificavam que, durante o treinamento de força, o coração devia contrair contra uma pressão sangüínea elevada da circulação sistêmica, situação referida como pós-carga elevada. Para superar essa pós-carga elevada, foi postulado que o músculo cardíaco compensava aumentando de tamanho (espessura da parede) e, conseqüentemente, aumentando sua contratibilidade.

Essa argumentação continuava, sugerindo que no treinamento de endurance o enchimento ventricular esquerdo aumentava. Isso se daria em grande parte em decorrência do aumento do volume plasmático induzido pelo treinamento, o que aumentaria o volume diastólico final do ventrículo esquerdo (uma pré-carga aumentada). Foi postulado que o coração se adaptaria a isso mediante o aumento das dimensões internas do ventrículo esquerdo e, portanto, o aumento do tamanho da câmara.

Durante algum tempo, a maioria acreditou que um aumento do tamanho da câmara era a única alteração do ventrículo esquerdo causada pelo treinamento de endurance. Estudos verificaram que esse aumento realmente ocorre. No entanto, pesquisas mais recentes relevaram que a espessura da parede miocárdica também aumenta com o treinamento de endurance e não apenas com o treinamento de força. Utilizando ressonância magnética, Milliken, et al observaram que esquiadores de cross-coutry, ciclistas de endurance e corredores de longa distância altamente treinados e competitivos apresentavam massas ventriculares esquerdas maiores do que os indivíduos controles não-atléticos. Eles também observaram que a massa ventricular estava altamente correlacionada com o VO2máx ou potência aeróbia.

Volume de ejeção: Como resultado do treinamento de endurance, volume de ejeção apresenta um aumento global. O volume de ejeção de repouso é substancialmente maior após um programa de treinamento de endurance do que antes dele. O aumento induzido pelo treinamento também é observado durante o exercício submáximo e máximo padronizados.

O que produz o aumento do volume de ejeção com o treinamento?

Após o treinamento, o enchimento do ventrículo esquerdo durante a diástole é mais complexo do que num coração não-treinado. Como o volume plasmático aumenta com o treinamento, o que significa que há mais sangue disponível para entrar no ventrículo, produzindo um maior volume diastólico final.

A freqüência cardíaca de um coração treinado também é bem menor no repouso (cerca de 65% dos atletas de resistência aeróbia apresentam freqüência cardíaca menor que 50 bpm) e na mesma taxa absoluta de trabalho do que a de um coração não-treinado, permitindo um aumento no tempo de enchimento diastólico. A maior quantidade de sangue que entra no ventrículo aumenta a distensão das paredes ventriculares. Pelo mecanismo de Frank-Starling, isso resulta numa retração elástica mais forte.

O mecanismo de Frank-Starling afirma que o principal fator no controle do volume de ejeção é a magnitude da distensão ventricular. Quando o ventrículo se distende mais, ele se contrai com mais força. Por exemplo, se um volume maior de sangue entrar na câmara quando o ventrículo enche durante a diástole, as paredes ventriculares serão mais distendidas do que quando há uma entrada de um menor volume. Para ejetar maior quantidade de sangue, o ventrículo deve reagir a essa maior distensão contraindo mais fortemente.

A espessura das paredes posterior e septal do ventrículo esquerdo parece aumentar discretamente com o treinamento de endurance. A massa muscular ventricular aumentada pode produzir uma contração mais forte. Esse aumento da contratibilidade acarreta uma redução do volume sistólico final porque uma maior quantidade de sangue é forçada pra fora do coração como resultado de uma contração mais forte, deixando menos sangue no ventrículo esquerdo após a sístole.

A maior contratibilidade, juntamente com a maior retração elástica resultante do maior enchimento diastólico, aumenta a fração de ejeção do coração treinado. Uma maior quantidade de sangue entra no ventrículo esquerdo e uma maior porcentagem do sangue que entra é expulsa em cada contração; conseqüentemente, o volume de ejeção aumenta.

O volume de ejeção de repouso e durante o exercício não é meramente uma função do estado de treinamento do indivíduo. Ele também reflete o tamanho corporal. Pessoas maiores tipicamente apresentam volumes de ejeção maiores. É importante que isso seja lembrado ao se comparar os volumes de ejeção de pessoas diferentes.

Freqüência Cardíaca: Estudos que monitoram diretamente o consumo de oxigênio revelaram que a freqüência cardíaca, tanto no repouso quanto durante o exercício, é um bom indicador de quão intensamente o coração está trabalhando. Como o músculo ativo exige mais oxigênio do que o músculo em repouso, na é surpreendente que o consumo de oxigênio do coração e, portanto, a quantidade de trabalho que ele realiza estejam diretamente relacionados à freqüência cardíaca.

Freqüência Cardíaca de Repouso: Pode diminuir acentuadamente como resultado do treinamento de endurance. Se você for um indivíduo sedentário com uma freqüência cardíaca de repouso de 80 bpm, a sua freqüência cardíaca de repouso pode diminuir aproximadamente 1 bpm por semana, durante as primeiras semanas de treinamento. Portanto, após dez semanas de treinamento de endurance moderado, a sua freqüência cardíaca de repouso pode cair de 80 para 70 bpm. Os mecanismos reais responsáveis por essa diminuição não são totalmente conhecidos, mas parece que o treinamento aumenta a atividade parassimpática no coração e, ao mesmo tempo, diminui a atividade simpática.

O termo braquicardia é um termo clínico que indica uma freqüência cardíaca inferior a 60 bpm. Nos indivíduos não-treinados, a braquicardia geralmente é resultado da função cardíaca anormal ou de um coração doente. Por essa razão, é necessário que seja diferenciada a braquicardia induzida pelo exercício, a qual é uma resposta natural ao treinamento de endurance, da braquicardia patológica, a qual pode ser uma causa de séria preocupação.

Freqüência Cardíaca Submáxima: Durante o exercício submáximo, o maior condicionamento aeróbio resulta numa freqüência cardíaca proporcionalmente menor numa determinada taxa de trabalho. Após um programa de treinamento de endurance de intensidade moderada de seis meses, são comuns diminuições da freqüência cardíaca de 20 a 40 bpm na mesma taxa de trabalho submáximo padronizado.

Essas diminuições indicam que o coração se torna mais eficiente com o treinamento. Ao realizar suas funções necessárias, um coração condicionado realiza um trabalho menor do que um coração não-condicionado.

Freqüência Cardíaca Máxima: Tende a ser estável e em geral permanece relativamente inalterada após o treinamento de endurance. No entanto, vários estudos sugeriram que para indivíduos com freqüência cardíaca máxima superiores a 180 bpm, a freqüência cardíaca máxima poderia reduzir discretamente após treinamento. Além disso, atletas de endurance altamente condicionados tendem a apresentar valores menores da FCmáx do que indivíduos não-treinados da mesma idade, embora isso nem sempre seja o caso. Atletas com mais de sessenta anos de idade algumas vezes apresentam valores da FCmáx maiores do que pessoas não treinadas da mesma idade.

Interações Entre a Freqüência Cardíaca e o Volume de Ejeção: Durante o exercício, a freqüência cardíaca combina com o volume de ejeção para fornecer um débito cardíaco adequado para a taxa de trabalho que estiver sendo realizada. Nas taxas de trabalho máxima e submáxima, o corpo pode ajustar a freqüência cardíaca para prover a combinação ideal da freqüência cardíaca e do volume de ejeção para maximizar o débito cardíaco. Se a freqüência cardíaca for muito elevada, a diástole é reduzida e o volume de ejeção pode ser comprometido.

Entretanto, se a freqüência cardíaca diminuir, os ventrículos terão mais tempo pra encher. Talvez seja essa a razão pela qual os atletas de endurance altamente treinados tendem a apresentar valores da FCmáx mais baixos: o coração adaptou-se ao treinamento aumentando drasticamente o volume de ejeção e, portanto, valores mais baixos da FCmáx podem produzir um débito cardíaco ideal.

Todas as disciplinas possuem seus dilemas e este é um da fisiologia do exercício: o que ocorre primeiro – o volume de ejeção aumentado permite uma freqüência cardíaca menos ou uma freqüência cardíaca menor permite um maior volume de ejeção? Esta questão permanece sem resposta. Em qualquer evento, a combinação do volume de ejeção aumentado e da freqüência cardíaca diminuída é uma forma muito eficaz para que o coração satisfaça as demandas do corpo. O coração despende menos energia contraindo mais forte e menos freqüentemente em resposta ao treinamento do que se a freqüência de contração aumentasse. Alterações da freqüência cardíaca e do volume de ejeção em resposta ao treinamento ocorrem concomitantemente e compartilham um objetivo comum: permitir que o coração expulse a maior quantidade de sangue oxigenado com o menor gasto energético.

Recuperação da Freqüência Cardíaca: Quando o período de exercício termina, a freqüência cardíaca não retorna instantaneamente ao seu nível de repouso. Em vez disso, ela permanece elevada durante algum tempo, retornando lentamente à freqüência de repouso. O tempo necessário para que a freqüência cardíaca retorne a freqüência de repouso é denominado período de recuperação da freqüência cardíaca.

Após um período de treinamento, a freqüência cardíaca retorna ao seu nível de repouso muito mais rapidamente após o exercício do que antes do treinamento. Isso é verdadeiro após exercício submáximo padronizado assim como após o exercício máximo.

Como o período de recuperação da freqüência cardíaca é reduzido pelo treinamento de endurance, essa mensuração tem sido utilizada como um indicador do condicionamento cardiorrespiratório. Em geral, uma pessoa bem condicionada recupera-se mais rapidamente do que uma pessoa menos condicionada. No entanto, outros fatores além do nível de treinamento podem afetar o tempo de recuperação da freqüência cardíaca. Por exemplo, o exercício em ambientes quentes ou em altitudes elevadas pode prolongar a elevação da freqüência cardíaca. Algumas pessoas apresentam uma resposta mais forte do sistema nervoso simpático durante o exercício do que outras e isso também pode prolongar a elevação da freqüência cardíaca.

A curva da recuperação da freqüência cardíaca também é uma ferramenta excelente para acompanhar o progresso de um indivíduo durante um programa de treinamento. No entanto, por causa da possível influência de outros fatores, ela não deve ser utilizada para compara um indivíduo com um outro.

Débito Cardíaco: Quando em repouso ou durante o exercício submáximo com a mesma taxa de trabalho, o débito cardíaco na altera muito após o treinamento de endurance. No exercício com a mesma intensidade submáxima ou taxa metabólica (isto é, com uma taxa específica de consumo de oxigênio), o débito cardíaco pode apresentar uma leve diminuição. Isso poderia ser decorrente de uma maior extração de oxigênio pelos tecidos.

Contudo, o débito cardíaco aumenta consideravelmente nas taxas máximas de trabalho. Esse aumento é resultante principalmente do aumento do volume de ejeção máximo porque a FCmáx altera pouco, quando o faz. O débito cardíaco máximo varia de 14 a 20 l/min nas pessoas não-treinadas, de 25 a 35 l/min nas pessoas treinadas e é de 40 l/min ou mais em atletas de endurance grandes e altamente condicionados. Esses valores absolutos, entretanto, são muito influenciados pelo tamanho corporal.

Fluxo Sanguíneo: Músculos ativos necessitam de quantidades consideravelmente maiores de oxigênio e de nutrientes. Para suprir essas necessidades, uma maior quantidade de sangue deve ser levada a esses músculos durante o exercício. À medida que os músculos se tornam mais bem treinados, o sistema cardiovascular se adapta para aumentar o fluxo sangüíneo para eles. Quatro fatores são responsáveis por esse suprimento sangüíneo aos músculos que acompanha o treinamento: Aumento da capilarização dos músculos treinados; maior abertura dos capilares existentes nos músculos treinados; redistribuição sangüínea mais efetiva; aumento do volume sangüíneo.

Pressão Arterial: Durante os exercícios de endurance observa-se aumento da pressão arterial sistólica e manutenção ou redução da diastólica. Após o treinamento de endurance, a pressão arterial altera muito pouco durante o exercício submáximo padronizado ou nas taxas máximas de trabalho. No entanto, a pressão arterial de repouso geralmente diminui nas pessoas que se encontram no limite da hipertensão antes do treinamento. Essa redução ocorre tanto na pressão sistólica quanto diastólica. Os mecanismos responsáveis por essa redução são desconhecidos.

Além disso, quanto maior a massa muscular exercitada de forma dinâmica, maior é o aumento da freqüência cardíaca, mas menor é o aumento da pressão arterial.

Volume Sangüíneo: O treinamento de endurance faz aumentar o volume sangüíneo. Esse efeito é maior com o treinamento intenso. O volume sangüíneo aumentado é resultante principalmente de um aumento do volume plasmático sangüíneo, o qual, acredita-se, seja causado por dois mecanismos. Primeiro, o exercício aumenta a liberação do hormônio antidiurético e da aldosterona. Segundo, o exercício aumenta a quantidade de proteínas plasmáticas, especialmente da albumina. Sendo que as proteínas plasmáticas são a principal base da pressão osmótica do sangue.

Eritrócitos (hemácias): O número real de eritrócitos aumenta devido o treinamento de endurance, mas, se for comparada a relação entre o volume sangüíneo e o volume de eritrócitos, este último diminui. Alguns atletas de endurance altamente treinados, particularmente as atletas, tendem a apresentar valores do hematócrito e da hemoglobina similares aos dos indivíduos não-treinados.

Essa alteração da relação entre plasma e células resultante de um aumento da porção líquida reduz a viscosidade sangüínea. Por sua vez, essa pode facilitar o movimento do sangue através dos vasos sangüíneos, particularmente os capilares. Pesquisas demonstram que a menor viscosidade sangüínea aumenta a liberação de oxigênio à massa muscular ativa.

Volume Plasmático, Volume de Ejeção e VO2máx: Um aumento do volume plasmático é uma das alterações mais importantes que ocorrem com o treinamento de endurance. À medida que o volume plasmático aumenta, o volume sangüíneo também aumenta. Com isso, uma maior quantidade de sangue chega ao coração. Nas taxas máximas de trabalho, a FCmáx em geral permanece relativamente estável e, portanto, um aumento do volume de ejeção permite que o débito cardíaco máximo aumente. O aumento do débito cardíaco máximo torna disponível uma maior quantidade de oxigênio para os músculos ativos e, conseqüentemente, permite que o VO2máx aumente.

Vários relatos na literatura médica também mostram que o exercício físico aeróbio praticado regularmente eleva os níveis plasmáticos de HDL-c. Durante o processo de condicionamento físico também se observa a diminuição significativa nos níveis séricos de triglicerídeos. Há relatos também de leve, porém significativa redução nos níveis de colesterol plasmático.


RERERÊNCIAS:

 

AZEVEDO, LUCIENE FERREIRA ET AL. Características cardíacas e metabólicas de corredores de longa distância do ambulatório de cardiologia do esporte e exercício, de um hospital terciário. Arq. Bras. Cardiol. , São Paulo, v. 88, n. 1, 2007.

BERMUDES, AMBROSINA MARIA LIGNANI DE MIRANDA ET AL. Monitorização ambulatorial da pressão arterial em indivíduos normotensos submetidos a duas sessões únicas de exercícios: resistido e aeróbio. Arq. Bras. Cardiol. , São Paulo, v. 82, n. 1, 2004.

BESTETTI, REINALDO BULGARELLI; SANTOS, JOSÉ ERNESTO DOS. Influência do exercício físico aeróbico na prevenção da doença coronariana. Rev. Saúde Pública , São Paulo, v. 18, n. 4, 1984.

BRUM, PATRICIA CHAKUR ET AL. Adaptações agudas e crônicas do exercício físico no sistema cardiovascular. Rev. Paul. Educ. Fís., São Paulo, v. 18, 2004.

COSTILL, DAVID L.; WILMORE, JACK H. Fisiologia do esporte e do exercício.
2º ed. São Paulo: Manole, 2002.

OLIVEIRA, EDILAMAR M.; KRIEGER, JOSÉ EDUARDO. Hipertrofia cardíaca e treinamento físico, aspectos moleculares. Rev Hipertensão, Rio de Janeiro, v. 5, n. 2, 2002

Por: Hugo R. Garcia Quinteiro
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terça-feira, 18 de março de 2014

Atividade física em excesso causa acúmulo de radicais livres


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Radicais livres são frações de moléculas, fragmentos, que resultam de todo o processo da produção de energia pelo tecido muscular. Eles são extremamente instáveis e sua ativação causa lesão do tecido muscular. 

Embora o metabolismo exigido na produção de energia para atividade física termine na formação desses radicais, além de outras moléculas, somente o excesso de exercícios, atividade física intensa e prolongada, faz com que o seu acúmulo seja prejudicial à saúde. Excluindo carências nutricionais e doenças, basta que a atividade física seja de intensidade moderada em seu volume semanal para prevenir o problema. 
A atividade física intensa consiste em um consumo máximo de oxigênio e é algo extenuante. Envolve realizar um treino por um período maior do que aquele com o qual estava habituada. Outras características são fazer um treino mais extenuante do que o normal e realiza-lo mais de três vezes por semana. 
No entanto, se por qualquer razão você for obrigado a se submeter a um treinamento intenso, esteja preparado para os efeitos nocivos como consequências do acúmulo desses radicais que vão desde dor devido ao processo inflamatório que se estabelece até grandes destruições de tecido muscular. 
Entre os fatores que desencadeiam a lesão muscular pelo efeito nocivo dos radicais livres, o estresse mecânico vinculado ao excesso, é um dos mais relevantes, principalmente se resultado de exercícios musculares excêntricos. Tratam-se daqueles que vão além da capacidade do músculo de produzir energia e assim ele realiza um movimento contrário a sua ação. Um exemplo disso é o cotovelo que se abre para fora quando a pessoa carrega muito peso. 
Como consequência, há fadiga e perda de força que é maior do que a produzida pelos trabalhos concêntricos, movimento a favor da contração do músculo, embora estes em excesso possam trazer efeito semelhante. 
É fácil perceber que a persistência da alta intensidade dos exercícios de maneira continuada e prolongada leva a danos ao tecido muscular. Estes danos podem ser permanentes e se agravam com a perda natural da força e resistência ocorrida com o passar dos anos. 
Outro ponto principal a ser esclarecido é a ação do oxigênio, ou da falta dele. A atividade física intensa e prolongada impede o adequado aporte de oxigênio, mais uma causa de estresse na produção de energia pelo músculo. Este fenômeno leva a uma menor produção de antioxidantes como as vitaminas A, E, C e de elementos como o zinco e magnésio, essenciais no bloqueio da indesejada ação dos radicais livres.
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segunda-feira, 17 de março de 2014

O jeito certo de trabalhar o folclore


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Quando chega o mês de agosto, muitos professores tiram os livros sobre folclore da estante, pesquisam na internet e preparam algumas aulas sobre o tema para apresentá-lo aos alunos. Trabalhar o assunto apenas em agosto se tornou uma tradição no ensino brasileiro.

Esse é um primeiro problema na abordagem do tema - mas nem de longe é o único. Outro equívoco é resumir o folclore às lendas e cantigas de roda, algo raso e redutor. Quem disse que tem que se trabalhar com isso só em agosto?

Uma primeira providência essencial diz respeito à compreensão da noção de folclore. Em sua origem inglesa, informa o dicionário Houaiss, a palavra folclore significa o ato de ensinar (lore) um conjunto de costumes, lendas e manifestações artísticas do povo (folk) preservados pela tradição oral. Essa definição é um tanto redutora se levarmos em consideração o fato de que toda manifestação cultural é influenciada pelo contexto de quem a produz e que esse contexto, por sua vez, está em constante mudança. Sendo assim, o conceito de folclore é muito mais dinâmico do que parece: envolve diversas vertentes da cultura popular (música, dança, relatos orais etc.) e continua sendo produzido até hoje. É impossível abordar o assunto sem considerar os elementos que fazem parte do cotidiano dos estudantes.

Ensinar ao aluno que os elementos de sua própria cultura fazem parte do folclore brasileiro é um dos maiores desafios enfrentados por professores ao tratar do tema. Quando chegam à escola, as crianças trazem com elas os elementos culturais que estão mais próximo delas. Por isso, explicar a elas que essa "cultura caseira" faz parte da noção de folclore funciona melhor do que simplesmente apresentar lendas e mitos sem contextualizá-los. "Tal atitude faz os alunos considerarem como folclore elementos que estão distantes deles, dos quais não participam. Isso pode provocar um desinteresse geral.

Estimular os estudantes a pesquisar sobre suas próprias comunidades e até mesmo hábitos familiares pode ser um ótimo ponto de partida para o ensino da noção de folclore. A criança só pode entender a diversidade se perceber que faz parte disso", diz Ikeda. Uma forma eficiente de trazer essas questões para a sala de aula é contar que o conjunto desses costumes determina os aspectos culturais de um povo.

Tendo isso em mente, fica clara a inadequação de tratar o tema apenas em agosto. Desenvolver projetos que trabalhem aspectos da cultura brasileira no decorrer de todo o ano letivo é fundamental. Em vez de abordar os elementos da cultura apenas no mês de agosto por mera convenção, é mais coerente adaptar os currículos das escolas de acordo com as manifestações culturais regionais.

A abordagem por etapas de ensino

Educação Infantil
 
Para aproximar o folclore da realidade dos alunos na Educação Infantil, os educadores podem inserir nos planos de aula brincadeiras e cantigas de roda (como ponto de partida e não como abordagem exclusiva). Além de estimular o movimento, algo fundamental nessa etária, elas ajudam as crianças a desenvolver a fala. Batucar e dançar ritmos regionais, por exemplo, faz os pequenos entrarem em contato com manifestações artísticas locais, que são expressões de sua cultura.

Ensino Fundamental 1
 
A partir do 1º ano, já é possível contar com a ajuda dos alunos para levantar diversos elementos do folclore, sem perder de vista que um ensino eficiente requer planejamento, avaliação inicial e contínua e uma sequência lógica que leve à construção do conhecimento. Não faz muito sentido para um aluno do Sudeste brasileiro, por exemplo, entrar em contato com mitos e lendas da Amazônia se ele ainda não conseguiu entender a noção de folclore. É com base no levantamento de exemplos de situações mais próximas da realidade dos estudantes que o professor consegue perceber quando eles estão prontos conhecer os aspectos que fazem parte da cultura de outras regiões do país - que ele não pratica, mas que podem ser melhor entendidos por meio dessa análise que parte dos elementos mais conhecidos e segue para outros mais distantes. Para um aluno pernambucano, por exemplo, entender as origens do carnaval de Olinda e aprender mais sobre os festejos locais pode ajudar na identificação de diferenças e semelhanças na celebração da festa no restante do Brasil.

Ensino Fundamental 2
 
Com a separação das disciplinas nessa etapa de ensino, o folclore geralmente passa a ser tratado apenas nas aulas de Arte. "As manifestações culturais são muito mais complexas e envolvem outros aspectos que ultrapassam a noção de Arte", afirma Teca. "Por isso, devem ser trabalhadas em várias disciplinas que compõem o currículo regular das instituições de ensino". Para compreender o porquê a capoeira foi incorporada à cultura brasileira é preciso ensinar aos alunos que o Brasil foi um país escravocrata e que o jogo era praticado por negros africanos trazidos ao Brasil para serem explorados. Muitos desses homens permaneceram aqui após sua libertação, se espalharam pelas capitais do país e ensinaram aos brasileiros como o esporte era praticado. Neste simples exemplo, temos quatro disciplinas envolvidas: História, Geografia, Educação Física e Arte. A mesma regra vale para a maioria dos conteúdos ensinados em sala de aula.

A mudança no ensino do folclore deve ser feita por meio de uma revisão no currículo de cada escola. Para isso, professores e coordenação tem papel importante: afinal, a escola tem uma função importante na legitimação das representações culturais. Por isso, promover a aproximação junto a grupos de teatro, música ou de dança que ficam no bairro em que a instituição está, por exemplo, pode ajudar os alunos a se sentir sujeitos atuantes da cultura local. Professores e coordenadores pedagógicos precisam reconhecer os alunos como participantes da cultura, que têm muito a contribuir para a construção da aprendizagem
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segunda-feira, 10 de março de 2014

A prática da musculação no tratamento da osteoporose


O nosso esqueleto possui três funções básicas, são elas: proteção das vísceras e medula óssea, sustentação do corpo, e função metabólica. Nele é encontrado o maior reservatório de íons de cálcio (Ca), fósforo (P) e magnésio (Mg), que são necessários para a homeostasia mineral, ou seja, para o seu equilíbrio mineral. É nos ossos que os músculos se inserem, e funcionam como alavancas para os movimentos. Eles têm em sua constituição básica alguns componentes, como: a água, o fosfato de cálcio, o carbonato de cálcio e o colágeno.

O termo osteoporose significa “ossos porosos”, assim essa doença se constitui na fragilidade dos ossos, tornando-os, portanto, mais suscetíveis a fraturas. Existem vários fatores que contribuem para o surgimento da osteoporose, o sedentarismo é um deles, uma vez que a prática de exercícios físicos ajuda na mineralização do tecido ósseo, consequentemente evitando e retardando a perda de densidade óssea. Afeta, prioritariamente, as mulheres com mais de 50 anos, e é observada sua incidência em mulheres brancas. Dessa forma, podemos notar que o sexo e a raça do indivíduo podem ser fatores que contribuem para o desenvolvimento da osteoporose. Os últimos estudos estimam que aproximadamente 10 milhões de pessoas sofram de osteoporose no Brasil, dado apontado pelo Ministério da Saúde no ano de 2012.

A osteoporose divide-se em quatro estágios, o primeiro inicia-se entre 30 e 40 anos, porém não há nada que indique o início da doença e nem pode ser diagnosticada através de exames. Nesses casos, a melhor indicação é a prevenção, e a pessoa deverá levar em consideração os fatores de risco em que se enquadra, como por exemplo: o histórico familiar da doença, o sedentarismo e o tabagismo. O segundo tem início entre 35 e 55 anos, onde já é possível detectar a patologia em exames como o de raios-X, por meio deles é observado à perda de pelo menos 30% da densidade óssea. No terceiro estágio a detecção da patologia é considerada mais fácil, onde é constatada através da ocorrência de entorses ou fraturas provenientes de pequenas quedas. No quarto e último estágio, é comum a presença de deformidades na estrutura da coluna, onde normalmente surgem às dores crônicas, esse estágio é bem marcado, inclusive, pelo desalinhamento das vértebras da coluna, o que acaba por comprometer a postura do indivíduo.

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Essa doença pode ser classificada em dois tipos: a tipo I pós-menopausa, e a tipo II senil. No tipo I ou pós-menopausa, é encontrada em mulheres nos primeiros dez anos pós-menopausa, e é marcada por deformidades fisiológicas devido à diminuição da produção de estrógeno (hormônio feminino). Neste primeiro tipo, ocorre uma perda significativa de massa óssea correspondente a 5 a 10% de perda ao ano. Já o tipo II, denominado de senil, é possível notar a perda natural da estrutura da massa óssea, falta de cálcio e diminuição dos níveis de vitamina D, isso ocorre devido à ausência de atividade física regular, bem como a exposição ao sol e o baixo consumo de vitamina, comprometido por causa de um consumo alimentar inadequado.

Para o tratamento de todo o quadro ora apresentado, temos a musculação, que vem a ser uma boa proposta de treinamento para pessoas com essa patologia, sendo o treinamento de força o mais benéfico, devido as suas características predominantes como: execução dos movimentos de forma segura, de modo a não prejudicar a postura durante o exercício; intervalo de descanso considerável entre os exercícios, e o aumento da densidade óssea, consequentemente melhorando o quadro de osteoporose. Já os exercícios realizados na água, como a natação e a hidroginástica não são tão eficazes no tratamento da osteoporose, pelo fato dessas modalidades não terem impacto, portanto não estimulam a formação ou remodelação óssea, sendo assim, essas atividades devem ser realizadas para outros fins. Para a melhoria da osteoporose é necessária a prática de atividades que sofram a ação da gravidade, de preferência as que têm variedade de movimentos e fortaleçam as musculaturas, que sejam agradáveis e seguras ao praticante. Qualquer que seja a escolha do aluno é fundamental, sempre, que seja realizada com o acompanhamento de um profissional da área.

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quinta-feira, 6 de março de 2014

Sabendo mais sobre a Apnéia

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É a suspensão involuntária da respiração. A forma involuntária é como, por exemplo, a apnéia do sono, isto é, um distúrbio no qual a pessoa pára de respirar com freqüência quando está dormindo. Existe uma prática recreativa chamada mergulho livre em apnéia, na qual o mergulhador retém o ar nos pulmões durante toda a imersão, ou seja, há a suspensão voluntária da respiração com o objetivo de manter o fôlego durante o mergulho.

História do Mergulho Livre em Apnéia

Dentre as diversas técnicas existentes de mergulho a do mergulho livre em apnéia é a mais antiga. Teve origem na tentativa do homem de encontrar tesouros e alimentos. A apnéia tem várias passagens pela história, dentre as quais se destaca a da Grécia Antiga; os apneístas gregos ficaram conhecidos por terem feito parte de explorações militares em 500 a.C., quando realizaram uma fuga, pelo mar, da prisão no navio do rei persa Xerxes I, e soltaram todos os navios persas ancorados, enquanto os guardas pensavam que os gregos haviam se afogado.
As competições da apnéia tiveram início quatro anos após o final da Segunda Guerra Mundial, com o capitão da força aérea italiana, o ítalo-húngaro Raimondo Bucher, desceu 30 metros em apnéia, fazendo a utilização de máscara, snorkel e barbatanas, ele deixou um bilhete na marca para a comprovação. Desde então, a competição da apnéia vem evoluindo, contando com grandes apneístas. A marca recorde da apnéia vem sendo atingida constantemente.

Tipos de Mergulho

• Mergulho de Lazer; nesse tipo de mergulho é necessário equipamentos como snorkel, máscara nadadeira, cilindro, colete, regulador e cinto de lastro. A pessoa pode descer até 18 metros de profundidade, porém o praticante deve passar por um treinamento de 30 horas.

• Mergulho Profissional; nessa modalidade são necessários equipamentos específicos, pois exige um maior grau de dificuldade.

• Mergulho em apnéia; onde o praticante apenas mantém o ar em seus pulmões durante a imersão sem o uso de aparelhos.
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terça-feira, 4 de março de 2014

Pilates é excelente para quem sofre do mal de Alzheimer


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O Mal de Alzheimer é uma doença degenerativa incurável, felizmente atualmente existem muitos tratamentos que podem ser aplicados para a melhora dos sintomas ou mesmo retardar alguns deles, como é o caso do Pilates, os exercícios ajudam e muito os portadores deste mal.
 
 Normalmente a doença atinge não só o cérebro, mas também a parte muscular, trazendo rigidez aos músculos causando a perda das coordenações motoras finas e grossas. O Pilates por ser um exercício sem impacto, trabalha os idosos com esse mal e melhora a musculatura, já que se trabalha o alongamento e o fortalecimento dos músculos.

Na parte mental, o Pilates alcança o desenvolvimento da memoria através das repetições dos exercícios, respiração e concentração na atividade.

A doença é dolorosa para todos os envolvidos. A família adoece junto com o ente querido, Priscila propõe que todos os envolvidos façam pilates porque infelizmente essa doença traz a perda da memória. Seria interessante que a família pudesse estar junto com o idoso para acompanhar o trabalho realizado e fazer parte das atividades de forma mais presente. 
 
É emocionante, a família comprovar a evolução no alongamento e fortalecimento dos músculos no trabalho com o Core (centro de força) e coordenação motora. O desenvolvimento é um processo contínuo.

Dominar a avaliação no Pilates vai trazer uma maior eficiência no planejamento do trabalho do profissional.

Um guia que traz o passo a passo de uma boa avaliação no Pilates, tanto no solo (mat pilates), quanto nos aparelhos. Com ele, você vai aprender a saber o nível de capacidade do aluno, descobrir suas dificuldades e o que precisa trabalhar para chegar ao objetivo mais rápido e entregar o melhor resultado possível. Clique aqui e saiba mais
 
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