quarta-feira, 30 de outubro de 2013

Atividade física em indivíduos acometidos por lesões degenerativas da coluna vertebral


http://www.austa.com.br/blog/wp-content/uploads/2016/08/atividade-fisica.jpg
Estudos epidemiológicos demonstram que cerca de 50% a 90% de indivíduos adultos apresentam quadros de dor na coluna vertebral em especial na região lombar (lombalgia) em algum momento de suas vidas, sendo a principal causa de incapacidade em sujeitos com menos de 45 anos de idade. As lesões degenerativas da coluna vertebral são uma disfunção de relevância socioeconômica, pois apresentam alto índice de incapacidade e morbidade em indivíduos economicamente ativos (ANDRADE et al., 2006).

Estudos que acompanham sujeitos com lombalgia durante seis meses a dois anos demonstraram que 40% a 44% apresentam cronificação da dor e que 1% a 3% requer tratamento operatório (IMAMURA et al., 2001).

As lesões degenerativas da coluna vertebral mais comumente diagnosticadas são hérnias discais, espondilolistese, estenose do canal raquidiano, instabilidades definidas, artrose, fraturas vertebrais, entre outras (ACSM, 2004; ACHOUR JÚNIOR, 2004; CAILLIET, 2001).

De acordo com Cecin et al. (2001), Cailliet (2001) e Natour (2004) a prática de exercícios físicos aeróbios, exercícios de alongamento e os de fortalecimento muscular são comprovadamente eficazes como forma terapêutica e de reabilitação física e funcional da coluna vertebral. As disfunções da coluna vertebral são responsáveis por alterações em sua estrutura e função, comumente associadas com quadro de dor predominantemente na região lombar (WAJCHEMBERG et al., 2002).

O profissional de educação física rotineiramente se depara no seu ambiente profissional com indivíduos com disfunções da coluna vertebral, necessitando dessa forma estar preparado para a prescrição de exercícios seguros e efetivos nesse público.

O presente artigo tem como objetivo descrever brevemente algumas das principais lesões degenerativas que acometem a coluna vertebral e expor uma abordagem física terapêutica adequada através da atividade física e do exercício.

Estrutura e função da coluna vertebral

A coluna vertebral de acordo com Knoplich (1982) e Rasch (1991) é composta por 33 vértebras dispostas de cima para baixo, sendo 7 cervicais (segmento cervical), 12 torácicas (segmento dorsal ou torácico), 5 lombares (segmento lombar), e junto à bacia 5 sacrais e 4 ou 5 coccígeas fundidas (segmento sacro-coccígeo). As vértebras são compostas por estruturas denominadas: corpo, pedículos, lâminas e apófises ou facetas articulares. Entre as vértebras situam-se os discos intervertebrais (24), cuja função principal é amortecer impactos. A coluna vertebral proporciona um eixo parcialmente rígido e parcialmente flexível para o corpo, sendo fundamental para a manutenção da postura, sustentação do peso corporal, locomoção e proteção da medula espinhal.

Dentro das estruturas ósseas da coluna passa a medula espinhal dentro do canal medular, a medula origina-se no cérebro e vai geralmente até a altura da primeira vértebra lombar. É da medula espinhal de onde partem os nervos que levam e trazem mensagens entre cérebro e o restante do organismo. Dos dois lados de cada vértebra, encontram-se os forâmens vertebrais, que formam um túnel por onde passam os nervos que saem da medula e se distribuem para o corpo (KNOPLICH, 1982; NATOUR et al., 2000).

Artrose e discartrose

A artrose é uma lesão degenerativa caracterizada pela destruição da cartilagem articular através de lesões erosivas, resultado do envelhecimento ou a traumas e pressões desproporcionais e contínuas que as articulações possam sofrer, independente da idade, podendo gerar dor e incapacidade ao indivíduo, dependendo do local e grau de comprometimento do local afetado. A artrose vertebral pode envolver articulações e discos intervertebrais, o quadro doloroso é acompanhado de rigidez, limitação de movimentos, crepitação e contraturas musculares. As manifestações clínicas podem ser agudas e crônicas, variando a abordagem terapêutica (MERCÚRIO, 1997; GOLDENBERG, 2004).

A artrose vertebral pode ser atrasada em sua evolução, ou estacionada pela regularidade de movimentos, mais também pode ser acelerada pelo sedentarismo. Porém, o excesso de exercício físico, ou o exercício físico realizado inadequadamente, pode originar um processo de artrose e até mesmo acelerar uma lesão degenerativa já instalada na coluna vertebral (NATOUR et al., 2000; ACSM, 2004).Segundo Quintanilha (2002 p. 51) "quanto mais mobilidade e flexibilidade tiver a superfície de contato articular, mais vitalidade, lubrificação e maior a durabilidade da capa de revestimento cartilaginosa".

A discartrose é um processo degenerativo que ocorre no disco intervertebral, em que este perde a capacidade de amortecimento pela redução na altura e pelo endurecimento das estruturas discais, causando dor no local afetado. O disco sofre alteração quando a sua estrutura fibroelástica sofre diversas rachaduras, resultado de traumas, posturas erradas e idade. O núcleo vai perdendo a sua constituição físico-química com o passar dos anos, e pode se alterar completamente, a esse conjunto de modificações damos o nome de discopatia, como essas alterações discais possuem características dos distúrbios produzidos pela artrose articular, a lesão discal é denominada também de discartrose (KNOPLICH, 1982; ABREU e SIMÕES, 2006).

Osteofitose e estenose vertebral

O aparecimento de calcificações de ligamentos e ossificações que crescem para dentro e para fora da estrutura da coluna, geralmente nas bordas das vértebras, e que as suas imagens nos exames de raio-x se assemelham a um bico-de-papagaio é denominada osteofitose. Nos casos em que essas manifestações diminuem o diâmetro do canal vertebral, podendo comprimir as estruturas nervosas e desencadear sinais e sintomas neurológicos, estamos diante de um quadro clínico conhecido como estenose do canal vertebral ou canal vertebral estreito (BANDY e SANDERS, 2003; NEGRELLI, 2006).

Espondilólise e espondilolistese

A espondilolistese pode ser definida resumidamente como uma deformidade em que uma vértebra desliza sobre a outra e provoca um desalinhamento da coluna. Essa lesão pode ocorrer por desgaste das articulações responsáveis pela sustentação, ou defeito na parte posterior da vértebra. Esse defeito na parte posterior da vértebra lombar é denominado espondilólise (STARKEY e RYAN, 2001; ABREU e SIMÕES, 2006).

Hérnia discal

O disco intervertebral é uma estrutura colocada entre duas vértebras, e possui uma área central gelatinosa denominada núcleo pulposo circundada por um anel fibroso, que mantém o núcleo no seu interior. Este núcleo atua como um amortecedor de cargas. A hérnia discal, surge quando o núcleo do disco migra do seu local no centro do disco para a periferia, geralmente posteriormente em direção ao canal vertebral, em que pode estar localizada a medula espinhal, ou as raízes nervosas, dependendo do segmento acometido (SANTOS, 2003; HENNEMANN e SCHUMACHER, 1994).

A hérnia de disco é uma das principais causas de dor na coluna, em especial na região lombar, pois esta região suporta maior peso corporal e ocorrem sobrecargas maiores. A hérnia de disco surge como resultado de repetidos microtraumas na coluna ou por um severo trauma, que com o tempo vão lesando as estruturas do disco intervertebral. O envelhecimento pode ser um fator de degeneração do disco fazendo com que o anel fibroso se rompa e permita o deslocamento do núcleo em direção ao canal vertebral (ROCHA, 2006; MERCÚRIO, 1997).

Atividade física, exercício e coluna vertebral

Apenas recentemente têm-se observado iniciativas quanto à aplicação de programas de exercícios físicos relacionados á promoção da saúde, sendo a grande maioria direcionada a combater agravos crônico-degenerativos de característica cardiovascular e metabólica, como doenças do coração e obesidade. Pouco esforço é despendido, ainda, em programas de atividade física relacionada à saúde, envolvendo o sistema osteomioarticular, tendo como exemplo a lombalgia (TOSCANO e EGYPTO, 2001, p. 132).

Referindo-se a importância dos exercícios físicos Cecin et al. (2001) e Rash (1991) afirmam que os exercícios aeróbios e os de fortalecimento da musculatura abdominal e paravertebral são comprovadamente eficazes, sendo que músculos abdominais fortes protegem a região lombar de diversas atividades perigosas.

De acordo com Rash (1991, p. 122) "o desequilíbrio entre a força da musculatura dorsal e da abdominal, pode criar, um desvio pélvico, alterando a curvatura lordótica e subseqüentemente sobrecarregando o disco vertebral".

A flexibilidade da cintura pélvica e escapular deverá incluir as musculaturas agonistas e antagonistas, sem impor estresse na coluna lombossacra e cervical durante o exercício. A flexibilidade limitada pode provocar dor, ou ser resultado da restrição de alongamento fisiológico devido à inatividade.

Após um episódio agudo, tenta-se recuperar a flexibilidade simultaneamente com um programa de fortalecimento muscular. Os alongamentos ativos e passivos repetidos são de grande valor para recuperar ou manter o alongamento fisiológico das fáscias, músculos, tendões, ligamentos e capsúlas das articulações sinoviais (CAILLIET, 2003; QUINTANILHA, 2002).

Os exercícios de flexão lombar geram uma elevada compressão mecânica nas estruturas da coluna principalmente no disco intervertebral, Cailliet (2001) relata que quando um sujeito de 70 Kg com peso de 20 Kg nas mãos, realiza uma flexão de tronco para frente em apenas 20 graus, a pressão intradiscal aumenta de 150 Kg para 210 Kg na posição ereta e para 275 Kg na posição sentada.

Os exercícios de extensão da coluna são terapêuticos em alguns casos, porém não devem ser realizados quando agravam os sintomas dolorosos, no caso de hérnias discais volumosas ou extrusas, estenose vertebral, espondilolistese, entre outras (CAILLIET, 2001).

Os exercícios isométricos são de grande valor para a coluna cervical, abdominal, glútea e paravertebral nas osteoartroses da coluna, sendo que a sobrecarga mecânica é pequena quando realizada corretamente, isso implica em não utilizar contrações máximas inicialmente. Na coluna lombar o trabalho muscular isométrico deve sempre ser complementado com um programa de fortalecimento isotônico, enfatizando paravertebrais e abdominais (BARROS FILHO, 1995; BASILE JÚNIOR, 1995).

A deficiência dos músculos extensores de tronco, deve ser considerado na elaboração de programas de exercícios em sujeitos com dores lombares. Os músculos extensores do quadril desempenham um importante papel em auxiliar indiretamente os músculos eretores espinhais na estabilização da coluna lombar e na prevenção de dor nesse segmento vertebral (GONÇALES e BARBOSA, 2005).

A deambulação (caminhada) é uma ótima opção aeróbia, ela oferece pouco impacto, e nela ocorre uma leve torsão de tronco, girando-o gradualmente e estirando suavemente as fibras anulares do disco vertebral em grau fisiológico de alongamento, favorecendo a nutrição e rigidez do disco, não esquecendo também do grande valor do ponto de vista metabólico e cardiovascular (NEGRELLI, 2005; CAILLIET, 2003).

Segundo Cailliet (2001, p. 251) "o exercício físico como forma terapêutica é altamente desejável e realístico para a restauração da área afetada, essa afirmativa implica que o exercício é dirigido principalmente para a deficiência funcional do trauma. O exercício físico é uma forma poderosa para recuperar a força, a resistência, a flexibilidade, além da mobilidade".

Situações patológicas nas quais os efeitos benéficos dos exercícios resistidos têm sido documentados e incluem: artoses, osteoartrites crônicas, tendinites crônicas, discopatias em geral (degeneração discal e hérnias de disco) dores posturais, entre outras doenças metabólicas, cardiovasculares e músculo-esqueléticas. Os exercícios resistidos são seguros desde que bem orientados, pois a posição corporal, as cargas e as amplitudes podem ser adequadamente adaptadas em função de qualquer limitação (SANTARÉM, 2006).

Um importante fator de proteção à coluna é a prática dos exercícios resistidos associados a alongamentos específicos. A prática da musculação torna a pessoa mais forte, mais à probabilidade de lesões na sua prática existem, portanto, a seleção dos exercícios, o volume e intensidade destes exercícios podem, se não prescritos adequadamente, contribuir para desordens da coluna (TOSCANO e EGYPTO, 2001).

Evidentemente, os exercícios resistidos deverão ser indicados pelo médico responsável e conduzido por profissional de saúde habilitado e especializado, em ambiente adequado (SANTARÉM, 2006; BARROS FILHO e BASILE JÚNIOR, 1995; NEGRELLI, 2006).

De acordo com Santos (2006); Greve e Amatuzzi (1999), os exercícios de fortalecimento de tronco, membros superiores e inferiores são fundamentais para dar suporte ao corpo e aumento da resistência à fadiga, com o objetivo de minimizar as sobrecargas na coluna vertebral.

Quando existe uma condição crônica afetando a estrutura músculo-esquelética, a falta de exercícios pode piorá-la. Os exercícios ou posições corporais que provoquem dor devem ser evitados ou substituídos por outros, realizando as atividades propostas progressivamente, respeitando sempre o limite da dor e a evolução de cada indivíduo. Apesar de evidências mostrando que indivíduos ativos apresentam um menor risco de sofrer uma lesão e dor na coluna, o fato de realizar uma atividade física no cotidiano não implica fator de proteção para a coluna vertebral, devendo-se atentar, quanto ao tipo de exercício, nível de atividade, carga de trabalho e postura corporal (TOSCANO e EGYPTO, 2001).

É importante orientar o indivíduo sobre aspectos ligados a percepção postural, fazendo com que o indivíduo adote também uma mecânica corporal mais adequada no seu dia-a-dia minimizando sobrecargas na coluna. Os benefícios das atividades físicas são de real valor, no entanto se houver recorrência de enfermidade, os exercícios deverão ser descontinuados e reiniciados somente quando houver remissão dos sintomas.

Conclusão

As afecções da coluna vertebral atingem proporções epidêmicas e preocupantes na sociedade, destacando as lesões da coluna lombar. A atividade física representa um papel de grande relevância na recuperação física estrutural e funcional em indivíduos acometidos por lesões degenerativas da coluna vertebral. Os objetivos primários referentes ao exercício nessa população consistem em restaurar a amplitude movimentos sem dor, restauração da força muscular localizada e periférica (membros superiores e inferiores), resistência e coordenação neuromuscular e retorno às atividades normais. A modalidade de exercício físico, assim como a freqüência e intensidade com o qual o mesmo é praticado podem ser determinantes para o desenvolvimento ou agravamento de lesões da coluna vertebral. Concluímos que as atividades físicas aeróbias, de fortalecimento muscular e de flexibilidade são componentes essenciais e comprovadamente eficazes no programa físico de indivíduos com lesões degenerativas da coluna vertebral, quando prescritos e realizados adequadamente.

AUTOR: Sérgio Luis Peixoto Souza Junior

Espero que você tenha gostado desse texto.

Conheça os Manuais para Professor de Educação Física
Tenha Exercícios em Vídeos para Aulas de Educação Física
Trabalhe com Educação Física
Segue no Instagram!
Receba nossos links no Telegram e no Whatsapp .

terça-feira, 29 de outubro de 2013

Treino em circuito poupa tempo e rende o dobro


A falta de tempo para se exercitar é uma desculpa comum nos dias de hoje. E que cola, principalmente se você nunca teve o hábito de praticar um esporte ou frequentar a academia. Se você faz o tipo, precisa experimentar o treino do tipo circuito. Trata-se de uma mistura entre aparelhos de musculação e exercícios aeróbicos.

O número de aparelhos (aqui chamados de estações) utilizados varia de acordo com a combinação usada pelo professor e com os seus objetivos de treino. A coincidência, no entanto, vai agradar: basta menos de um minuto em cada estação para alcançar resultados.

Step, cama elástica, halteres, corda, saco de boxe, caneleira, colchonete, bastão, power rubber e fitbal estão entre as opções possíveis em um circuito. O treino completo não passa de 30 minutos, mas os benefícios estendem-se por muito mais. 

Bom para poupar tempo - Getty Images

Bom para poupar tempo

O treinamento em circuito é ideal para quem não tem muito tempo. O circuit training é uma forma de treinamento que possibilita um gasto alto de calorias em um curto espaço de tempo. Isso acontece porque a intensidade dos exercícios é alta, não há intervalo para descanso.

Combina exercícios aeróbicos e neuromusculares - Getty Images

Combina exercícios aeróbicos e neuromusculares

Além de trabalhar todas as regiões do corpo, o circuito também permite que sejam feitos dois tipos de exercícios: os aeróbicos e os neuromusculares (anaeróbicos). Os circuitos são eficientes porque essa é a melhor combinação para queimar calorias tanto durante o exercício quanto depois dele. Isso acontece porque, para recuperar as microlesões causadas pelo exercício neuromuscular, o corpo acaba gastando calorias enquanto você repousa. É também neste processo que a massa muscular aumenta.  

Treino mesmo em condições climáticas desfavoráveis - Getty Images

Treino mesmo em condições climáticas desfavoráveis

Quem nunca usou a velha desculpa do mau tempo para não se exercitar? Mas ela não cabe quando o assunto é o treino em circuito. Geralmente, circuitos são feitos em locais cobertos, não deixando espaço para desculpas em dias de chuva, frio ou calor demais.  

Sem espera para usar um aparelho - Getty Images

Sem espera para usar um aparelho

Um incômodo comum em academias, principalmente nas menores, é ter que esperar para usar determinado aparelho. Por contar com várias estações, a rotatividade entre os aparelhos no treinamento em circuito é muito grande - cada pessoa fica, em média, 55 segundos por aparelho. Assim, não é preciso ficar esperando para se exercitar.  

Traz resultados em curto prazo - Getty Images

Traz resultados em curto prazo

Se o objetivo for emagrecer e ganhar tônus muscular, o circuito promete trazer resultados rápidos. Isso acontece porque esse tipo de treinamento mantém a frequência cardíaca mais elevada, o que acelera o emagrecimento durante o exercício. Além disso, essa modalidade trabalha o corpo todo com um risco reduzido de lesões e pode ser feito todos os dias. Dependendo da disciplina do aluno, é possível perder até 600 calorias por aula e os resultados começam a aparecer em 45 dias, em média. 

É altamente motivador - Getty Images

É altamente motivador

Uma das palavras-chave deste treinamento é o dinamismo, o que traz mais motivação para o aluno. Além de ser muito dinâmico e rápido, o circuito promove a interação entre aluno e o professor, formando um ciclo de amizades.

Dificulta a monotonia - Getty Images Dificulta a monotonia

Treinar em circuito significa ter ao seu dispor uma série que não deixa a monotonia se instalar. Isso porque tem como variar a ordem dos exercícios, incluir ou retirar modalidades, aumentar a intensidade ou a frequencia de repetições. As variações são inúmeras, tanto no treino muscular quanto no cardiovascular.
Espero que você tenha gostado desse texto.

Conheça os Manuais para Professor de Educação Física
Tenha Exercícios em Vídeos para Aulas de Educação Física
Trabalhe com Educação Física
Segue no Instagram!
Receba nossos links no Telegram e no Whatsapp .

sexta-feira, 25 de outubro de 2013

A avaliação na Educação Física Escolar


    "Quem nunca pecou que atire a primeira pedra". Foi assim que a bíblia questionou a avaliação. Qualquer forma de julgamento tem os seus limites, o que permite certo grau de subjetividade. Se o processo avaliativo gera uma opinião incerta devido à subjetividade da questão discutida, essa opinião perde sua consistência e a avaliação fica sem sentido.

    Até cerca de 10 anos atrás a educação física escolar tinha como principal enfoque de avaliação o desenvolvimento motor e melhora de performance, o que era mensurado por meio de métodos de avaliações quantitativas. Já nos dias de hoje, a educação física escolar objetiva englobar, além do desenvolvimento motor, também o desenvolvimento social, afetivo e psicomotor. Surge então um novo instrumento de inferência da relação ensino-aprendizagem, a avaliação qualitativa.

    A avaliação quantitativa, instrumento da educação física escolar militarista clássica, ressaltava a influência política e autoritária da época na escola. A avaliação exercia o propósito de instrumento de "aprovação" ou "reprovação", classificando o aluno em "bom" ou "ruim" e reforçando esses valores já impostos pela sociedade. O autoritarismo da época também era refletido pela avaliação, usada pelo professor para o controle da ordem e da disciplina dos alunos.

    Os novos objetivos da educação física escolar exigem um método mais amplo de avaliação, que tenta sobrepor as questões políticas e autoritárias e ressaltar a real função da avaliação, "diagnosticar qual a posição do aluno em determinado momento em relação aos objetivos fixados e por que tem ou não dificuldades de progredir" (SOUSA, 1993, p.148). Portanto, se a proposta é diagnosticar a posição do aluno em determinado momento em relação aos objetivos fixados, a avaliação serve como instrumento de revisão do planejamento, o que significa revisar os conteúdos, a metodologia e a prática do docente.

    Apesar da especificidade que o processo avaliativo tem buscado, ainda paira no ar a subjetividade das questões que são inferidas qualitativamente. O professor pode julgar seu processo avaliativo perfeito, porém esse processo avaliativo não passa de uma mera inferência sobre o processo de ensino-aprendizagem.

2.     A evolução histórica do processo avaliativo da educação física escolar

2.1.     Tendência clássica de avaliação

    Na década de 30 surgem no Brasil as primeiras instituições formadoras de professores de educação física, com caráter militarista, que priorizava o condicionamento físico e a disciplina. Esse enfoque no condicionamento físico possibilitava a aplicação de uma avaliação que seguia uma tendência fundamentada em medidas e que privilegiava os comportamentos humanos observáveis passíveis de mensuração (avaliação clássica), ou seja, uma "verificação quantitativa da extensão de conteúdos assimilados pelos alunos" (SOUZA e VOTRE, 1993, pg.122).

    Conforme a evolução da educação física escolar, surgem novas exigências e, consequentemente, novos objetivos, dentre eles o desenvolvimento motor e a esportivização (performance). Para tanto, a avaliação quantitativa ainda supria as necessidades do processo avaliativo, no que Libâneo (citado por SOUZA e VOTRE, 1993) denominou de tendência liberal tradicional e tendência liberal tecnicista.

2.2.     Tendência humanista-reformista de avaliação

    Na década de setenta surge a tendência humanista-reformista de avaliação, resultante de uma crítica à esportivização priorizada até então nas aulas de educação física escolar. Nessa nova tendência a principal preocupação passa a ser os aspectos internos ao indivíduo e a formação do ser humano integral. Para tanto, novos enfoques são considerados, como o psicológico, o afetivo, o social e o desenvolvimento cognitivo e crítico. Tais aspectos não podem mais ser mensurados quantitativamente. Cresce a necessidade de outro instrumento de inferência da relação ensino-aprendizagem, e a avaliação qualitativa ganha força.

2.3.     Relação entre métodos avaliativos nas aulas de educação física escolar

    Para entendermos melhor a distinção entre esses dois métodos avaliativos, podemos citar D´antola (1981, p.6), que afirma que

    para as avaliações quantitativas, é mais fácil estabelecer padrões, porque elas são baseadas em dados numéricos que permitem uma valoração mais objetiva. As avaliações qualitativas dependem geralmente de dados descritivos, para os quais o estabelecimento de normas e padrões é quase sempre discutível.

    A educação física atual valoriza, além de seus novos enfoques (social, crítico-cognitivo, psicológico, afetivo), também seus enfoques clássicos (desenvolvimento motor e desenvolvimento das habilidades e capacidades físicas) e, por meio dessa união, preconiza-se a formação de um ser integral. Surgindo essa união dos novos enfoques com os enfoques clássicos, ou seja, aspectos mensuráveis e não mensuráveis, surge, consequentemente, a união de métodos avaliativos (quantitativo e qualitativo).

3.     Subjetividade do processo avaliativo: medida ou simples inferência?

3.1.     Processo avaliativo quantitativo

    Bradfield e Moredock (citados por D´ANTOLA, 1981, p.6) definem "medida" como "processo que consiste em atribuir símbolos à dimensões de fenômenos, com o objetivo de caracterizar a posição do fenômeno com a máxima precisão possível". A princípio, a medida é um importante instrumento de coleta de dados para a avaliação quantitativa. Porém, fatores externos ao processo avaliativo, intrínsecos (dor de dente, dificuldade de executar tarefas sob pressão) e extrínsecos (pai no hospital, briga com a namorada), podem interferir de forma a modificar a performance (movimento observável) do aluno, o que poderá refletir no resultado final da avaliação.

    Mensurar a distância de um salto, por exemplo, é uma tarefa fácil quando se tem o instrumento da medida. O que fica comprometido pelos fatores extrínsecos e intrínsecos não é a medida em si, pois a medida é sempre exata, mas a performance do aluno naquele momento. Por essa razão, para que o processo avaliativo quantitativo não acabe se tornando subjetivo, é que a avaliação deve ser um processo contínuo, e não a mensuração em um momento distinto. A avaliação desenvolvida de forma contínua também é importante para o professor, na medida em que lhe fornece parâmetros para observar se seus objetivos, conteúdos e metodologia de ensino estão sendo adequados para a população em questão.

    Por outro lado, a sociedade nos impõe cobranças a todo instante, que devem ser respondidas independentemente de fatores intrínsecos ou extrínsecos, o que torna a avaliação de um distinto momento também importante. Desta forma, talvez a união entre a avaliação contínua e a avaliação em um momento distinto seja a forma mais adequada para se realizar o sistema avaliativo quantitativo no processo ensino-aprendizagem.

3.2.     Processo avaliativo qualitativo

    Se o processo avaliativo quantitativo, um sistema que tem como instrumento de suporte a medida (instrumento de coleta de dados exatos), pode ser considerado subjetivo, o que podemos concluir então sobre um processo avaliativo que tem como instrumento de suporte a observação, subjetiva em sua essência?

    No processo avaliativo qualitativo o que observamos é a variação de qualidades desenvolvidas pelos alunos a partir das atividades propostas pelo docente. Almed (citado por DEMO, 1991), entende que "na qualidade não vale o maior, mas o melhor; não o extenso, mas o intenso; não o violento, mas o envolvente; não a pressão, mas a impregnação. Qualidade é estilo cultural, mais que tecnológico; artístico, mais que produtivo; lúdico, mais que eficiente; sábio, mais que científico". Demo (1991) completa afirmando que "por isso, não pode ser medido quantitativamente, como não se pode medir a intensidade da felicidade".

    Com base nessa afirmação de Demo podemos concluir que inferir mudanças comportamentais é muito difícil, partindo do princípio que podemos observar a evolução de uma qualidade, porém não podemos mensurá-la.

    A falta de instrumentalização desse processo avaliativo, ou seja, a falta de parâmetros comparativos, acarreta sérios problemas para o professor de educação física. Essa falta de instrumento de suporte para a avaliação na educação física escolar (critério de avaliação), principalmente devido à falta de um objeto de estudo específico na área, caracteriza a atual tendência do processo avaliativo na escola.

    Essa problemática da inferência avaliativa a partir da mera observação pode ser minimizada por meio de um método muito sugestivo da avaliação qualitativa, a auto avaliação. Como cita Demo (1991, p. 30), "assim, a avaliação qualitativa não é uma iniciativa externa, de fora para dentro. Só é factível, em profundidade, como forma de auto-expressão".

    O que se pretende é propor esse método ao aluno afim de deixá-lo expor sua própria percepção dos aspectos afetivos, psicológicos, sociais e cognitivos desenvolvidos por meio das atividades propostas pelo professor. Como sugere Souza e Votre (1993, p. 127), "essa tendência avaliativa privilegia as mudanças qualitativas ocorridas no interior de cada indivíduo. Ela promove, como uma possível inovação, a efetiva participação do aluno no momento avaliativo." Esse instrumento de suporte avaliativo (auto avaliação) não resolve definitivamente o problema da carência de parâmetros comparativos, e exige uma metodologia específica para coleta desses dados.

    O professor não pode simplesmente sugerir ao aluno que se auto avalie perante questões subjetivas e complexas tais como as que pretendemos avaliar, pois essa formalidade poderia influenciar na resposta do aluno induzindo-o a uma resposta que agrade ao professor. Por essa razão, esse processo exige uma metodologia própria, de caráter informal, para que o aluno responda de forma espontânea, fornecendo ao professor informações mais precisas para a inferência avaliativa sobre os conteúdos e objetivos almejados.

    Uma metodologia de caráter informal para a coleta desse tipo de dados, sugerida por Demo (1991), é a integração íntima entre professor e aluno a fim de tornar simples práticas como a conversa e a convivência mais natural. Essa integração mais íntima é dificultada justamente pela relação professor-aluno, que deve ser desmistificada por meio da maior participação do professor de educação física na comunidade escolar, para que ele possa inclusive participar da política dessa comunidade, buscando uma possível identificação ideológica.

4.     Avaliação e sua utilização política nas aulas de educação física

    Podemos afirmar que nas relações interpessoais comunicativas existem valores pré dispostos que acarretam posições políticas persuasivas. A relação professor-aluno não foge dessa realidade. Desde seu início no âmbito nacional, a educação física carrega os valores herdados de seus primeiros adeptos, a escola militar. A disciplina e o autoritarismo eram valores marcantes atribuídos a uma sociedade acrítica, dominada por essa política controladora. Conforme a educação física escolar evoluiu, esses valores foram questionados e criticados, porém resquícios desses valores são facilmente observados nas aulas de educação física até os dias atuais, principalmente quando se trata de avaliação.

    O professor se esconde atrás dos conceitos avaliativos (aprovação e reprovação) para exigir de seus alunos a disciplina, ou seja, usa a avaliação de forma autoritária exatamente como nas antigas tendências clássicas da educação física. Dessa forma a avaliação torna-se uma arma do professor para impor suas condutas normalmente indiscutíveis e, portanto, autoritárias.

    A autora Sousa (1993, p. 146) levanta outro interessante aspecto político ressaltado no processo avaliativo quando cita que "a avaliação do rendimento escolar, principalmente no ensino público, como parte de uma ação política que visa a discriminar, através do processo educativo, aqueles que a sociedade já mantém discriminados sócio-econômica e culturalmente". Por meio do processo avaliativo o professor promove uma classificação dos alunos em "bons" ou "ruins", desta forma acentuando conceitos previamente estabelecidos pela sociedade.

    Entendendo a política simplesmente como uma união de conceitos do indivíduo, todo o processo ensino-aprendizagem é influenciado pela política de cada professor. Desta forma, durante todo o processo avaliativo o professor tende a esperar um padrão de respostas condizentes à suas visões políticas, ou seja, respostas coerentes com sua percepção sobre os diversos assuntos trabalhados nas aulas de educação física. Ao fornecer um estímulo ao aluno, o professor já tem previamente definido um padrão de respostas esperadas e uma resposta que fuja desse padrão é então considerada inadequada e, conseqüentemente, errada. Desta maneira, o professor não só defende a sua política como também impõe essa política ao aluno.

    Entendendo a utilização do processo avaliativo como um ato político entendemos também que trazer esse processo de volta a suas reais funções, que é a de situar o aluno em relação aos objetivos fixados no planejamento, é também um ato político "porque fortalece o aluno e os professores a se auto constituírem como sujeitos morais e políticos" (SOUSA, 1993, p.148).

5.     Considerações finais

    O processo de ensino e aprendizagem tem por finalidade e essência formar seres humanos íntegros. Nesse sentido, o processo avaliativo deve favorecer a expressão do aluno, para que ele possa transformar o meio que vive e construir seu destino. Para tanto, o professor deve favorecer a autonomia e a reflexão do aluno para que ele seja um ser pensante e crítico, não sendo simplesmente um mero coadjuvante na construção da sociedade na qual faz parte.

Referências bibliográficas

D´ANTOLA, A. R. M. A Observação na Avaliação Escolar. 2ed. São Paulo: Loyola, 1981.

DEMO, P. Avaliação Qualitativa. 3° ed. São Paulo: Cortez, 1991.

SOUSA, C. P. Avaliação do Rendimento Escolar. 2° ed. Campinas: Papirus, 1993.

SOUZA, N. M. P.; VOTRE, S. J. Ensino e Avaliação em Educação Física. In: Sebastião Josué Votre. (Org.). Ensino e Avaliação em Educação Física. 1a. ed. São Paulo: Ibrasa, 1993, p. 121-149.

Cae Rodrigues -
cae_jah@hotmail.com


Espero que você tenha gostado desse texto.

Conheça os Manuais para Professor de Educação Física
Tenha Exercícios em Vídeos para Aulas de Educação Física
Trabalhe com Educação Física
Segue no Instagram!
Receba nossos links no Telegram e no Whatsapp .

quarta-feira, 23 de outubro de 2013

Circuito de praia virou mania no Rio de Janeiro

Circuito de praia - Pão de Açúcar (Foto: Luiz Cláudio Amaral / Globoesporte.com)

Não é a toa que o treinamento funcional  está tomando conta da paisagem do Rio de Janeiro nas praias. São cones, bambolês, hastes, elásticos e outros objetos espalhados pelas areias, utilizados por pessoas que se movimentam por eles em círculos, ziguezagues ou pulando. Toda essa correria faz parte do circuito de praia, atividade física que virou mania na orla carioca e opção para aqueles que não gostam dos ambientes fechados das academias.

A proposta é dar aos alunos uma atividade diferenciada a cada dia, com muito trabalho aeróbico combinado com exercícios de treinamento funcional e resistência muscular, complementado com a parte de alongamento ao final do treino. A atividade na areia traz o benefício do fortalecimento muscular e articular, além de um gasto calórico maior do que outras atividades. O circuito também ajuda na coordenação, equilíbrio, força e agilidade através de exercícios que são sempre variados de acordo com o plano de aula do dia.

Se for pensar nos benefícios, muita gente preferefazer uma atividade física tendo contato com a areia, sob o sol, vendo céu e o mar do que num ambiente fechado. Sem contar que, geralmente, o exercício é bem puxado e bem assessorado, já que se tem um acompanhamento dos professores mais personalizado.

Apesar de agir em músculos que não são exigidos na movimentação em pisos planos e gerar menos impacto sobre eles, o treino na areia pode provocar lesões, como entorses no tornozelo e joelho, e não deve ser realizado em terrenos inclinados. Sob a supervisão correta, esse exercício também é indicado para os praticantes de corrida de rua e aventura. O circuito, por ser desenvolvido com diversos exercícios, permite o trabalho de musculaturas auxiliares, o que normalmente não acontece para quem corre somente no asfalto ou grama. Há o trabalho de deslocamentos laterais, saltos, ziguezagues, pequenos "sprints" e corridas de costas que promovem um reforço muscular que beneficia o corredor.

Já imaginou ganhar mais preparo físico e refrescar a mente olhando para esse cenário, com o Pão de Açúcar ao fundo?

O verão está chegando e essa atividade, com certeza está em alta!


Espero que você tenha gostado desse texto.

Conheça os Manuais para Professor de Educação Física
Tenha Exercícios em Vídeos para Aulas de Educação Física
Trabalhe com Educação Física
Segue no Instagram!
Receba nossos links no Telegram e no Whatsapp .

terça-feira, 22 de outubro de 2013

Musculação ou ginástica localizada? Compare prós e contras


Para quem prefere alas em grupo e precisa de estímulo, a ginástica localizada pode ser a melhor opção Foto: Getty Images 

Muita gente que vai à academia com o objetivo de trabalhar a musculatura fica em dúvida entre participar de uma aula de ginástica localizada ou partir para um treino de musculação. Isso porque ambos têm como foco deixar o corpo mais tonificado e definido e, com o reforço da massa magra, aceleram o metabolismo e protegem os ligamentos e os tendões. O Terra conversou com especialistas na área para fazer um balanço entre os dois que pode ser usado como um fator decisivo na hora de optar por essa ou aquela modalidade.  

Musculação
O aluno faz um treino personalizado criado pelo professor, que leva em consideração os seus objetivos e capacidades na hora de determinar fatores como exercícios, intensidade e intervalos. "E como o praticante malha sozinho, a modalidade permite que ele tenha mais autonomia", diz Cristine Avellar, personal trainer da Hypoxi Brasil, no Rio de Janeiro – hypoxi é um método desenvolvido por um expert em medicina esportiva austríaco que promete uma queima de gordura mais eficiente. Por essa razão, ela é uma boa escolha para quem não tem muito tempo disponível para praticar atividades físicas ou não consegue ir à academia sempre no mesmo horário.   

"A musculação ainda permite que o trabalho seja leve, moderado ou intenso e realizado com uma variação maior de cargas", diz Iva Bittencourt, educadora física e personal trainer de São Paulo, especializada em fisiologia do exercício e treinamento de força. Outra vantagem é que ela isola um grupo muscular, fornece mais apoio durante a realização da atividade e permite que o indivíduo sue a camisa no seu ritmo. Esses detalhes garantem mais segurança, principalmente para quem não tem um nível de treinamento muito alto e acaba tendo dificuldade para realizar os movimentos com perfeição quando está usando um peso livre.

Os exercícios escalados sob medida é um dos motivos positivos da musculação Foto: Getty Images 

"Todas essas características fazem com que ela seja a mais indicada para quem tem algum problema físico, pois o professor pode acompanhá-lo de perto e dar mais suporte durante o treino", afirma Cristine Avellar. Em alguns casos, como quando há uma alteração postural ou dores articulares, o profissional pode lançar mão de exercícios que ainda ajudam a melhorar o quadro. E isso tudo também faz com que ela seja mais democrática, pois, como o treino é individualizado e mais seguro, pode ser feito por qualquer pessoa, inclusive os adolescentes, as grávidas e os idosos.


"A modalidade também leva vantagem no aumento de massa e da força muscular, principalmente a médio e longo prazo", diz Iva Bittencourt. E o seu treino pode ser feito de maneira segmentada, um dia trabalhando a parte inferior do corpo e, no seguinte, a superior, por exemplo, ao contrário da ginástica localizada que costuma exercitar todos os grupos musculares de uma vez só, fazendo com que o aluno tenha que aguardar pelo menos 24 horas antes de fazer a aula seguinte, para que os músculos se recuperem. Essa diferença faz com que a musculação proporcione resultados mais rápidos. 

Mas se você faz parte da turma que costuma ter preguiça para se exercitar e se sente mais motivado quando coloca o corpo para se mexer em grupo, a musculação não é a melhor escolha, pois, nesse caso, o treino é mais solitário e monótono e exige um esforço maior do praticante para não faltar na academia.

Ginástica localizada
Quem é mais sociável e gosta de contar com o incentivo frequente do professor vai se dar melhor com essa modalidade. "Ela é muito mais motivacional e trabalha todos os grupos musculares de maneira bem dividida durante a aula", diz Cristine Avellar. Durante a prática a respiração e o trabalho cardiovascular são mais exigidos, pois o aluno realiza os movimentos de acordo com a batida da música, o que é outro fator estimulante. "A modalidade também proporciona um efeito mais eficiente contra a massa gorda, melhora a disposição, deixa o corpo mais definido, resistente e firme e reforça os tendões e ligamentos de uma maneira mais dinâmica", diz Iva Bittencourt. 

De fato, o ritmo mais intenso da localizada a deixa mais dinâmica e proporciona uma queima de calorias mais alta do que a musculação convencional. Mas essa característica também oferece um risco, pois é preciso que a pessoa aprenda a respeitar os próprios limites e diminua a intensidade, o número de repetições ou o peso usado nos exercícios se perceber que não está conseguindo acompanhar a turma. E nem pense em persistir e acabar a série fazendo os movimentos de maneira errada ou com o corpo desalinhado, pois isso pode provocar lesões musculares e sobrecarregar as articulações.

Aproveitar a companhia dos amigos para colocar o papo em dia durante a malhação é outro erro muito visto nas salas de ginástica. O ideal é focar a atenção nos exercícios, principalmente porque eles são executados de maneira livre, sem o apoio oferecido pelas máquinas.  

Outro detalhe relevante é que a localizada é padronizada, obrigando todos os alunos a fazer as mesmas séries. Por essa razão, quem tem algum problema de saúde ou está sentindo dor deve conversar com o professor antes da aula começar. O mesmo vale para quem não tem um bom preparo físico ou aderiu recentemente à modalidade, pois a execução dos movimentos exige um grau de habilidade maior e em salas muito cheias o profissional nem sempre consegue corrigi-la. Ou seja, se a sala estiver mais vazia, melhor.


Espero que você tenha gostado desse texto.

Conheça os Manuais para Professor de Educação Física
Tenha Exercícios em Vídeos para Aulas de Educação Física
Trabalhe com Educação Física
Segue no Instagram!
Receba nossos links no Telegram e no Whatsapp .

TRX e seus benefícios


A história do TRX começou com Randy Hetrick, um integrante da marinha americana. Ele serviu durante 13 anos e, por isso, passou muito tempo confinado em armazéns, navios e submarinos, mas não permanecia um período grande no mesmo lugar. Por esta razão, Hetrick e seus companheiros tinham dificuldade para praticar atividades físicas. Foi então que ele teve a ideia de usar tiras de paraquedas, borrachas de barcos e outros materiais que tinha à disposição para criar um aparelho que possibilitasse uma grande gama de exercícios com o objetivo de melhorar o condicionamento físico e a capacidade muscular e que pudesse ser deslocado para qualquer lugar. Assim nasceu o TRX, que proporcionou resultados tão animadores que o mariner pediu baixa da marinha e voltou para os Estados Unidos, onde começou a estudar e aprimorar o acessório, que hoje é composto por tiras de nylon ligadas a um gancho e manoplas, semelhantes àquelas encontradas em aparelhos de musculação.

A capacidade cardiorrespiratória também sai ganhando e os músculos do core, localizados no abdômen, no quadril e na lombar, são especialmente exigidos para equilibrar e estabilizar o corpo. O gasto calórico também é alto - em meia hora ele varia entre 300 e 700 calorias. 

O aparelho pode ser usado por pessoas de todas as idades e com qualquer nível de preparo físico – de iniciantes a atletas de elite -, pois a intensidade do exercício é controlada pelo ângulo de inclinação do corpo. Isso também evita que o praticante acabe usando mais peso do que consegue, correndo o risco de se machucar, o que pode acontecer em um treino de musculação sem os devidos cuidados. Outra vantagem do método é que ele é classificado como um treinamento funcional, o que significa que, ao invés de isolar apenas um músculo, trabalha o corpo como um todo, o tempo todo.

Outro diferencial é que ele possibilita que o praticante mude a angulação das partes do corpo durante os movimentos, como a abertura do braços, o que não é permitido nos exercícios de força feitos nos aparelhos convencionais. Com isso a atividade pode ser realizada de acordo com as necessidades do cotidiano do praticante. Se a pessoa precisa se abaixar constantemente, por exemplo, pode reforçar os músculos exigidos nesse caso, simulando esse movimento durante o treino. 

 Foto: Getty Images

Não é preciso estar matriculado em uma academia para aproveitar todos os benefícios do TRX. Ele pode ser facilmente transportado e exige apenas um pequeno espaço à sua volta para a realização dos movimentos. O aparelho pode ser fixado em vários lugares dentro de casa ou em um parque ou uma praça, por exemplo. Porém, é indicado que a pessoa conheça o método antes de começar a se exercitar, o que pode ser feito em aulas ou com a ajuda de um personal trainer.
Espero que você tenha gostado desse texto.

Conheça os Manuais para Professor de Educação Física
Tenha Exercícios em Vídeos para Aulas de Educação Física
Trabalhe com Educação Física
Segue no Instagram!
Receba nossos links no Telegram e no Whatsapp .

segunda-feira, 21 de outubro de 2013

Você sabe o que é FitDeck?




Após medir seu peso pela última vez, você se preocupou com os quilinhos a mais e resolveu fazer exercícios.

E se, em vez de malhar em alguma academia, você simplesmente comprasse uns cartõezinhos que ensinam como se exercitar?

A ideia pode parecer absurda, mas nem todo mundo pensa assim. Tanto é que o inventor dessa proposta emplacou um grande sucesso nos Estados Unidos.

Inventadas por Phil Black, as chamadas FitDeck são pequenas cartolinas que trazem desenhos e dicas instrutivas no verso.

Ao preço de US$ 19, se tornaram mania e renderam um faturamento anual superior a US$ 4,7 milhões.
Espero que você tenha gostado desse texto.

Conheça os Manuais para Professor de Educação Física
Tenha Exercícios em Vídeos para Aulas de Educação Física
Trabalhe com Educação Física
Segue no Instagram!
Receba nossos links no Telegram e no Whatsapp .

Dicas para se fazer atividade física no calor

Corrida Horário de Verão (Foto: Getty Images)

Os dias bonitos e ensolarados dão ânimo extra para levantar da cama mais cedo e sair para praticar atividades físicas ao ar livre. O verão convida para as atividades físicas e esportivas, sejam terrestres ou aquáticas. O calor excessivo, os abusos alimentares e de bebidas com os exageros esportivos podem causar problemas médicos, mesmo em pessoas saudáveis. A prática esportiva de lazer sempre é bem-vinda, desde que realizada de forma correta, sem sacrificar o organismo. Desde o surfe até o futebol entre amigos, deve haver regras preventivas, como a de evitar os horários de maior agressividade do sol e uma boa hidratação.

Os exercícios praticados na praia exigem mais do organismo, pelo maior grau de dificuldade que o exercício na areia proporciona. A intensidade dos movimentos sendo mais elevada provoca maior esforço físico do esportista. Esse grande desgaste de energia num clima mais quente terá como consequência maior perda de líquidos, necessitando de uma hidratação abundante e constante.

Veja algumas dicas para que o sol não te matrate e a atividade física seja bem praticada:

1 - Consumir líquidos não alcoólicos abundantemente;
2 - Usar protetor solar no corpo e rosto a cada 2hs;
3 - Usar boné, óculos e viseiras para a proteção dos olhos e da cabeça;
4 - Usar roupas leves;
5 - Ingerir alimentos leves, frutas, água de coco, lanches naturais;
6 - Atividades esportivas, em média por 45 minutos, antes das 10hs e depois das 17hs;
7 - Realizar as atividades de forma moderada e respeitar os limites do organismo.

Espero que você tenha gostado desse texto.

Conheça os Manuais para Professor de Educação Física
Tenha Exercícios em Vídeos para Aulas de Educação Física
Trabalhe com Educação Física
Segue no Instagram!
Receba nossos links no Telegram e no Whatsapp .

quinta-feira, 17 de outubro de 2013

Educação Física X Empreendedorismo: Como essa fórmula funciona?


O primeiro contato das pessoas com um profissional de educação física normalmente é feito dentro de um clube, escolas ou academia, mas a atividade dele vai muito além disso. Para se dar bem na área, ele precisa possuir atitudes empreendedoras, deixando de lado a imagem única de educador.

Este é o caso de Allan Adamm (21), estudante do último ano de Educação Física da FMU (Faculdades Metropolitanas Unidas). Prestes a completar o ciclo acadêmico, ele há tempos pensa no futuro de sua carreira.

Trabalhando como uma espécie de auxiliar de professores de educação física em um clube da capital de São Paulo, o jovem já vem colocando em prática os ensinamentos acumulados nas aulas de empreendedorismo esportivo ministradas na faculdade.

Em seu leque de oportunidades para adiante, estão, por exemplo, projetos baseados nos dois mais importantes eventos que estão por vir, a Copa do Mundo de Futebol, em 2014, e a Olimpíada, em 2016.

"Tenho um projeto sobre estatísticas no futebol. Quero aproveitar a Copa para colocar no ar um site com informações sobre desempenho dos atletas, chutes ao gol, dribles, enfim, desmistificar a arte desse esporte", revela Adamm.

Mercado

Segundo ele, as oportunidades voltadas à profissão geralmente são encontradas em academias e clubes. Mais de 50% dos colegas de sala, observa o estudante, estão estagiando nessas duas modalidades.

A solução de Adamm, contudo, antes de lançar o site direcionado aos eventos esportivos que começam daqui a quatro anos, será a migração para a área de saúde com foco em práticas esportivas. Entusiasta das questões relacionadas ao bem-estar e vida, o estudante não vê a hora de ingressar no seu segmento específico preferido: a reabilitação cardíaca e o combate às doenças crônicas.

"A minha expectativa é de que eventos de grande porte facilitem o ingresso do profissional em diversas áreas, como a da saúde. Espero que o Brasil mostre a competência do educador físico em passar atividades e conceitos de bem-estar ao ser humano".

Na prática, espera-se que a Copa e a Olimpíada deixem um saldo positivo no País. Muito se fala em centros de excelência esportiva e clínicas especializadas na saúde do atleta que serão construídos.

Os profissionais devem aproveitar a oportunidade para chamar a atenção para o ramo. Haverá legados sociais muito importantes, que resultarão no aumento de academias, assim como na empregabilidade para o profissional de educação física, afirma o presidente do Confef (Conselho Federal de Educação Física), Jorge Steinhilber.

Aquecimento

Um princípio básico para atuar nessa área é ter o diploma de educador em mãos. Feito isso, indica Steinhilber, o profissional deverá procurar cursos de especialização e capacitação, nunca esquecendo das oportunidades que aparecerão ao longo do percurso.

"Não espere a Copa do Mundo ou os jogos olímpicos começarem. As oportunidades estarão antes e depois desses eventos", finaliza o presidente do Confef.


Espero que você tenha gostado desse texto.

Conheça os Manuais para Professor de Educação Física
Tenha Exercícios em Vídeos para Aulas de Educação Física
Trabalhe com Educação Física
Segue no Instagram!
Receba nossos links no Telegram e no Whatsapp .

quarta-feira, 16 de outubro de 2013

A importância do Esporte

http://www.gazetaesportiva.net/blogs/joaoricardocozac/files/2013/09/Artigo-189-A-import%C3%A2ncia-da-pr%C3%A1tica-esportiva.jpg

Dá-se o nome de esporte às atividades físicas realizadas por pessoas que se submetem a regulamentos e participam de competições. A prática de esportes beneficia grandiosamente as pessoas e até mesmo a sociedade, pois reduz a probabilidade de aparecimento de doenças, contribui para a formação física e psíquica além de desenvolver e melhorar tais formações.

Na adolescência, as pessoas são influenciadas pelo consumismo, problemas psicológicos, hábitos prejudiciais e outros que também influenciam as demais faixas etárias, gerando conflitos internos que desviam valores e aprendizagens antes obtidos. É neste processo que o esporte mostra sua grande contribuição à sociedade. 

Cada esporte possui suas particularidades que envolvem as pessoas e as fazem optar por qual praticar. Os esportes influenciam no desenvolvimento saudável dessas e os distanciam da mentalidade distorcida que hoje se prega no mundo, e ainda faz com que as pessoas se distanciem da criminalidade que está presente em todos os locais de forma bastante organizada e sedutora. Existem inúmeras instituições sem fins lucrativos que criam centros de esportes em áreas de baixa renda a fim de focar a atenção dos jovens e adolescentes e ainda distanciá-los da marginalidade e das criminalidades existentes no mundo. O crime organizado existe como organização estruturada e presente em todos os lugares, como sentinelas buscando novas vidas, o esporte tem a importante e difícil missão de mostrar que nem sempre o caminho mais fácil é o correto.

É comum que se ouça falar do esporte como uma atividade importante no desenvolvimento infantil. As escolas incorporam a atividade física através de jogos, gincanas, olimpíadas e aulas de educação física. Desde a mais tenra idade, é visível o envolvimento da criança com a atividade corporal, com brincadeiras de pega-pega, com bola, na praia brincando com as ondas, e na areia. Vale lembrar aos pais que a infância é o período mais adequado para o início de atitudes saudáveis, pois a criança está aberta para a aprendizagem de novos conceitos. Assim é fundamental que as pessoas que cercam essa criança tenham hábitos saudáveis de alimentação e atividade física, pois são os modelos no processo de formação.

Assim, de nada adianta colocar a criança para iniciar um esporte, se o exemplo em casa é o oposto. A criança segue modelos, em especial aqueles que vêm de casa, portanto, dê um bom exemplo para seu filho, praticando atividades físicas e tendo hábitos saudáveis de vida, com moderação e bom senso.

Espero que você tenha gostado desse texto.

Conheça os Manuais para Professor de Educação Física
Tenha Exercícios em Vídeos para Aulas de Educação Física
Trabalhe com Educação Física
Segue no Instagram!
Receba nossos links no Telegram e no Whatsapp .

segunda-feira, 14 de outubro de 2013

6 exercícios que substituem os abdominais para barriga chapada


 Por muito tempo acreditou-se que os famosos abdominais, realizados no chão com repetidas elevações do tronco, eram a única maneira de conquistar a barriga chapada. No entanto, outros exercícios, realizados sem foco exclusivo na região abdominal, mas também com outras partes do corpo, têm se mostrado igualmente eficientes no fortalecimento desses músculos, com a vantagem de fortalecer outros músculos, como os dos braços e das pernas.

"Os exercícios abdominais clássicos não se tornam dispensáveis diante dos novos exercícios para fortalecimento do abdômen", explica o educador físico Victor Valente, da academia Runner. "O fato é que muitos tipos de abdominais, quando comparados a exercícios que gerem grande instabilidade do tronco, como a prancha, podem ativar menos a musculatura e não trazer o resultado esperado".

O benefício acontece, principalmente, pela dificuldade de equilíbrio que o exercício gera, exigindo dos músculos abdominais contrações intensas para que o tronco se mantenha estável e compense o efeito da gravidade. Pronto para experimentar? A seguir, confira quais são os melhores substitutos do abdominal e como praticá-los.Prancha frontal - foto: Getty Images

Prancha frontal

"As pranchas são ótimos exercícios para o fortalecimento abdominal, pois quem a pratica deve manter seus músculos abdominais contraídos o tempo todo para sustentar o quadril fora do chão", explica Victor Valente. Além dos músculos abdominais mais superficiais, como reto abdominal e oblíquos, as pranchas ativam também músculos mais profundos, como o transverso do abdômen, e os músculos da coluna responsáveis por manter a estabilidade da coluna lombar e assim prevenir lesões.

Como fazer: a prancha frontal é feita com os cotovelos flexionados e os antebraços apoiados no chão, assim como os pés. O quadril deve ser elevado até o nível dos ombros e deve ser mantido nesta posição por um determinado tempo. O tempo é determinado de acordo com o condicionamento físico de cada um. Inicialmente é feito um teste para determinar esse tempo, que varia entre 30 segundos até o tempo máximo que cada pessoa aguentar.

Turbine o exercício: "Os praticantes em nível avançado podem colocar uma base instável, como uma bola ou uma prancha de equilíbrio como apoio das pernas (embaixo das canelas), durante os movimentos de pranchas, são ótimas estratégias para intensificar o treino e aumentar a ativação do abdômen garantindo um bom fortalecimento de toda a musculatura", recomenda Victor Valente.

Atenção: é importante manter o corpo alinhado durante esse exercício, caso contrário os músculos lombares acabam exercendo a função do abdômen. Sustente de forma equilibrada e correta o quadril e lembre-se de contrair o abdômen o tempo todo.

 Prancha lateral - foto: Getty Images

Prancha lateral

"Os exercícios de prancha lateral funcionam da mesma maneira que a prancha frontal, mas nesse caso o fortalecimento tem ênfase nos músculos oblíquos (mais laterais) e no músculo quadrado lombar, que fica localizado na parte posterior do abdômen", explica o educador físico Victor Valente. Eles são os mais ativados nessa posição para manter o tronco estável.

Como fazer: posicione-se lateralmente no solo com o cotovelo de um dos braços flexionado e o antebraço apoiado no chão, as pernas estendidas, apoiadas no chão - a perna contrária ao braço apoiado no chão deve estar ligeiramente a frente. O quadril deve ser elevado e assim mantido na mesma linha do ombro. O braço que fica solto pode ficar alongado ou apoiado junto ao corpo. O tempo mínimo de execução é de 30 segundos e o que limita o tempo máximo é a exaustão de cada pessoa.

Turbine o exercício: quanto menor a distância entre os pés, mais difícil se torna o exercício. Assim como na prancha frontal, é possível utilizar superfícies instáveis, como uma prancha de equilíbrio ou um bosu, uma espécie de meia bola que possui base plana e topo arredondado. Essa intensificação do exercício deve ser feita somente por quem já realiza o exercício normal com facilidade.

Agachamento com pulo (burpee) - foto: Getty Images

Agachamento com pulo (burpee)

"Este exercício é muito usado na modalidade Cross Fit e tem como objetivo não só fortalecer o abdômen, mas também os braços e as pernas, e ainda proporcionar uma elevação considerável da frequência cardíaca", explica Victor Valente. Ou seja, este amplo exercício une queima calórica e fortalecimento muscular. Neste caso, o fortalecimento do abdômen é resultado da necessidade de estabilizar o tronco principalmente durante a flexão de braço e o agachamento.

Como fazer: o Burpee inclui três exercícios: a flexão de braços, o agachamento e um salto, nesta sequência. Inicia-se o movimento realizando uma flexão de braço até encostar o peito no chão, em seguida flexiona-se o quadril na posição do agachamento e executa- se um salto. Em geral o número de séries varia de quatro (iniciante) a oito (avançado) e o número de repetições em cada uma delas de oito (iniciante) a quinze (avançado).

Atenção: o burpee deve ser feito com segurança, dentro dos limites individuais. Faça o exercício no tempo que conseguir e o número de repetições que for possível.

 Agachamento comum - foto: Getty Images

Agachamento comum

"O objetivo primário do agachamento comum é o fortalecimento dos glúteos e da musculatura extensora da coxa", explica o educador físico Ricardo Burgatti, coordenador da academia K2. "Porém, como durante o movimento ocorre uma flexão no quadril junto à flexão do joelho, a manutenção da coluna em uma posição neutra é muito importante e para isso o abdômen tem que estar firme e fortalecido".

Como fazer: deixe os pés afastados na linha dos ombros. A postura precisa estar ereta e você deve olhar sempre para frente. Faça um agachamento na amplitude máxima do movimento (como se você fosse se sentar em uma cadeira), mas sem tirar os calcanhares do chão e mantendo o abdômen contraído. Volte à posição inicial, expirando o ar ao realizar esse movimento. Comece com três séries de quinze repetições.

Turbine o exercício: o exercício fica mais intenso com o uso de halteres, que devem ser carregados nas costas, mas só por quem já está no nível avançado do exercício.

Atenção: jamais deixe o seu joelho ultrapassar a linha das pontas dos pés. Ao acrescentar pesos e objetos nos membros superiores, cuidado com a carga usada para não sobrecarregar demais a coluna. Se o objeto for pesado a ponto de fazer você arredondar as costas, curvando-a para frente, é melhor diminuir a carga.

Ponte - foto: Getty Images

Ponte

"No exercício de ponte, o tronco fica instável e se faz necessária a contração dos músculos abdominais, responsáveis por estabelecer a coluna e o quadril", explica Victor Valente. A barriga é a responsável pela sustentação do movimento de forma equilibrada.

Como fazer: deitado de barriga para cima, com os joelhos flexionados, os pés no chão e as mãos ao longo do corpo, inicie uma elevação do quadril partindo o movimento da lombar até apoiar o peso do corpo sobre as escápulas (na parte alta das costas), em seguida retorne a coluna até a posição inicial. Inicie a prática com três séries de quinze repetições.

Turbine o exercício: para quem a versão simples já ficou fácil, é possível deixar o exercício um pouco mais difícil, coloque uma caneleira de meio ou um quilo sobre o abdômen.

Exercício físico - foto: Getty Images

Flexão lateral de tronco

A flexão lateral de coluna tem como foco específico o fortalecimento dos músculos oblíquos do abdômen (mais laterais) e também do quadrado lombar. É muito importante realizar esse movimento de forma adequada para não lesionar a coluna.

Como fazer: de pé, com o corpo alinhado, flexione o tronco para o lado. Comece com três séries de 15 repetições. No início, faça apenas um trabalho sem nenhuma resistência, utilizando apenas o peso do próprio corpo. "Só isso já fortalece o abdômen e ajuda na aprendizagem do movimento", explica Victor Valente. Em seguida aumente as repetições ou o tempo de permanência na posição curvada para o lado, isso eleva a intensidade do exercício.

Turbine o exercício: use pequenos pesos nas mãos. "O uso de pesos aumenta a intensidade dos exercícios abdominais, mas devem ser utilizados de forma progressiva", explica o educador físico Victor Valente. Comece por pesos mais leves, de meio ou um quilo, e aumente de meio em meio quilo quando sentir que o peso está leve.

Respiração - foto: Getty Images

Toda atenção na respiração

A respiração é muito importante para o fortalecimento do abdômen. Isso porque os músculos abdominais se fixam às últimas costelas, ou seja, são parte da caixa torácica. Com o movimento adequado da caixa torácica durante a respiração no momento do exercício físico, a ativação dessa musculatura é mais efetiva e consistente. "O ideal é sempre expirar, soltar o ar, durante o movimento para aumentar a pressão dentro do abdômen, e inspirar (puxar o ar) toda vez que o corpo estiver voltando desse movimento", explica Victor Valente. "Esse aumento de pressão leva à contração de mais músculos responsáveis pela estabilização da coluna durante o movimento".

Durante os exercícios em que não há um grande movimento, como as pranchas frontal e lateral, a respiração deve ser calma, com inspiração pelo nariz e expiração pela boca. O ideal é que a respiração seja feita com o abdômen, que deve se expandir, e não com o tórax. Quanto à frequência, obedeça à solicitação do seu corpo e respire quantas vezes julgar necessário.


Espero que você tenha gostado desse texto.

Conheça os Manuais para Professor de Educação Física
Tenha Exercícios em Vídeos para Aulas de Educação Física
Trabalhe com Educação Física
Segue no Instagram!
Receba nossos links no Telegram e no Whatsapp .

quarta-feira, 9 de outubro de 2013

Exercícios complexos exigem treino para não acabar em lesões

http://portalsalutefisio.com.br/uploads/img4e739dfdb86a7.png

Que atividade física é importante e faz bem, todo mundo sabe. No entanto, para adquirir ainda mais benefícios, é preciso buscar exercícios mais completos, que trabalhem todo o corpo e desenvolvam a resistência aeróbia e anaeróbia, o equilíbrio, a força e a potência muscular e a flexibilidade.

Os exercícios funcionais, por exemplo, têm movimentos mais complexos e, por isso, o risco de lesões é muito maior. É preciso prestar muita atenção na hora de realizar os movimentos de exercícios complexos para evitar danos às articulações, principalmente dos ombros, quadris, coluna e joelhos. Em alguns casos,  até se consegue levantar determinado peso, mas se for uma carga muito grande, ela pode não conseguir executar o movimento com perfeição e acaba se machucando.

Por isso, é importante começar progressivamente nessas atividades e para conseguir fazer um exercício complexo, é necessário muito treino para melhorar a coordenação motora e muscular e também o equilíbrio. Esses requisitos são essenciais para quem quer praticar os exercícios funcionais de maneira correta, sem sobrecarregar o corpo.

Vale lembrar, porém, que não são só os funcionais que trazem todos esses benefícios. Diversificar a atividade física, inclusive, é um meio de adquirir cada vez mais ganhos cardiovasculares, respiratórios e musculares.

Para quem não tem a possibilidade de realizar nenhuma atividades mais especifica, segue abaixo dicas de alguns exercícios que também estimulam diferentes músculos do corpo e trabalham o equilíbrio, a coordenação motora e a consciência corporal:

1. Com uma escovinha de bebê ou de dentes, por exemplo, escove a musculatura do rosto e do corpo para estimular as fibras musculares e suavizar linhas de expressão e a tensão.

2. Utilize bolinhas irregulares que são encontradas em lojas de material esportivo e quicam em direções inesperadas. Como essas bolinhas nunca voltam para a pessoa, o exercício exige que ela se desloque rapidamente em diversos planos e no espaço. Com isso, esses movimentos, além de serem divertidos, estimulam o reflexo, aumentam a agilidade e despertam o sistema motor.

3. Para aliviar a articulação do ombro, segure uma laranja com uma mão esticada e, com a outra, segure o ombro. Com a mão esticada, faça o movimento do "8".

4. Coloque um livro no chão, suba em cima dele apenas com a ponta dos pés e mantenha o equilíbrio olhando sempre à frente.

Espero que você tenha gostado desse texto.

Conheça os Manuais para Professor de Educação Física
Tenha Exercícios em Vídeos para Aulas de Educação Física
Trabalhe com Educação Física
Segue no Instagram!
Receba nossos links no Telegram e no Whatsapp .

terça-feira, 8 de outubro de 2013

Areas da Psicologia na Educação Física


As áreas de atuação da Psicologia do Esporte são: no esporte de alto rendimento, nas práticas de tempo livre, nos projetos sociais, na iniciação esportiva e  na reabilitação.

Esporte de rendimento.


A Psicologia do Esporte nos esportes de rendimento com certeza é a área mais divulgada e conhecida, tanto do ponto de vista acadêmico, quanto do ponto de vista prático.

O trabalho desenvolvido pelo psicólogo nessa área pode contribuir para atletas, técnicos, demais integrantes da comissão técnica e para os dirigentes esportivos.

 As estratégias utilizadas visam o desenvolvimento da performance atlética em modalidades individuais e também nos esportes coletivos, como por exemplo:  na redução de ansiedade e estresse,  no autocontrole, na melhora da autoconfiança, na intensificação da concentração, no treinamento de atenção, na motivação, entre outros aspectos.  Nos esportes coletivos, além dos exemplos citados, podemos trabalhar no desenvolvimento do grupo, na coesão da equipe, na solução de conflitos, na transição na/da carreira,  no uso eficaz do tempo de treinamento e descanso, na transferência de desempenho dos treinos para as competições, entre outros.

Práticas de tempo livre.

O papel do psicólogo do esporte nesse contexto visa, auxiliar as pessoas que fazem exercícios físicos buscando melhorar a qualidade de vida até as pessoas que competem de maneira amadora.

O objetivo da psicologia do esporte nesse contexto é de promoção e prevenção da saúde facilitanto os processos de adesão e aderência as atividades físicas, seja, em um indíviduo que inicia uma aula numa academia, parque, clube ou assessoria esportiva até o executivo que nas horas vagas pratica triatlon como uma equipe, por exemplo.

Esse é o maior "nicho" de trabalho do psicólogo do esporte, é onde há maior demanda de pessoas e pouca intervenção  prática e acadêmica.

Projeto social.

Nesse contexto o psicólogo do esporte visa trabalhar a prática de esporte para o desenvolvimento humano e para o complemento da educação.

Tem como objetivo promover a inclusão social através de estrategias pedagógicas que pretendem desenvolver o lazer e a aquisição de hábitos e práticas esportivas saudáveis que possam ser incorporadas em sua formação como cidadão.

É uma das áreas em que o psicólogo do esporte têm se inserido no mercado de trabalho, já que muitas iniciativas do terceiro setor  e de ongs estão sendo criadas com o foco voltado para a educação pelo esporte.

Iniciação esportiva.

Consiste em auxiliar juntamente com outros profissionais no desenvolvimento de métodos  adequados para crianças e jovens que iniciam nas atividades físicas e esportivas em clubes ou instituições, respeitando sua fase de desenvolvimento físico e psicológico.

Esporte escolar.

Ainda pouco desenvolvido no Brasil, visa colaborar com as instituições escolares em todas as suas etapas, desde a ensino básico até o ensino superior. Sendo, em nível competitivo, recreativo e lúdico.

Reabilitação.

A Psicologia do Esporte na reabilitação possui duas frentes de intervenções. A primeira visa reabilitar o atleta ou o praticante de esporte lesionado. Geralmente a lesão não traz consigo somente sofrimento e dor física, possui um componente emocional e psicológico de grande repercussão. O trabalho é em equipe com médicos e fisioterapeutas para amenizar o sofrimento emocional e suas possíveis consequencias psicológicas.

O segundo tipo de intervenção consiste na reabitação atráves do esporte, ou seja, desde auxiliar na reintegração social e inclusão de deficientes fisicos e mentais em programas de praticas esportivas exaltando seu efeito terapêutico e lúdico, até trabalhar com pessoas que necessitam da atividade física como prescrição médica para promoção e prevenção da saúde e para melhorar o estilo de vida. Nesse grupo temos os obesos, os cardíopatas, os diabéticos entre outros.

Fonte
Espero que você tenha gostado desse texto.

Conheça os Manuais para Professor de Educação Física
Tenha Exercícios em Vídeos para Aulas de Educação Física
Trabalhe com Educação Física
Segue no Instagram!
Receba nossos links no Telegram e no Whatsapp .

segunda-feira, 7 de outubro de 2013

A importância do fortalecimento dos músculos abdominais


Muito se fala da importância do fortalecimento dos músculos abdominais, mas você sabe o que realmente isso significa?

Dieta seca-barriga: – 5 centímetros de cintura em um mês | BOA FORMA

Os músculos abdominais fazem parte do tronco (ântero-lateral) e incluem o reto abdominal, os oblíquos externos, oblíquos internos e transverso abdominal. O reto abdominal também é conhecido por "tanquinho". Os outros três são encontrados na parte mais lateral do abdômen, sendo o transverso abdominal o mais profundo. Esses músculos são de grande importância para a manutenção da postura correta, para a estabilização da coluna lombar e para o controle do corpo. São os músculos abdominais ( reto abdominal, os oblíquos interno e externo do abdômen e o transverso do abdômen ) os responsáveis pela sustentação das vísceras, de forma que estas se mantenham o mais próximo da coluna ( nosso centro gravitacional).

A boa postura é aquela que ajusta nosso sistema músculo-esquelético (ossos e músculos) da melhor forma possível, mantendo o equilíbrio e distribuindo o esforço das atividades, não sobrecarregando nenhuma das partes do corpo.  

Quando há flacidez muscular abdominal, os órgãos se projetam frontalmente ( vide imagem abaixo ) modificando o centro de gravidade corporal. Com conseqüente sobrecarga na coluna torácica e lombar.

O fortalecimento dos músculos que compõem o abdômen fornece estabilidade para as paredes anterior, laterais e posteriores do tronco, evitando a sobrecarga da região lombar. Estudos recentes nos mostram a eficiência no fortalecimento da região abdominal, favorecendo a flexão e extensão do tronco durante as atividades de vida diária e diminuindo os impactos sobre a coluna vertebral. Sendo assim, os benefícios vão muito além da estética, garantindo mais estabilidade e equilíbrio corporal e influenciando positivamente inclusive na correção da respiração torácica e abdominal.

Sobrepeso tem conseqüências tanto fisiológicas como afeta diretamente as estruturas de sustentação do corpo, responsáveis por vencer a gravidade.

Resultando em:

desvios de coluna
sobrecarga na musculatura paravertebral ( costas ) favorecendo o aparecimento de desconforto contínuo
encurtamento nos múculos antigravitacionais por sobrecarga

Devemos lembrar também que a coluna é umas das estruturas formadoras do CORE*, sendo assim, a sua estabilização influenciará até nos segmentos mais distais do corpo, como os nossos membros superiores e inferiores, nos seus movimentos e posicionamentos. Concluindo, o fortalecimento adequado dos músculos abdominais favorece a biomecânica correta de todo o corpo durante a prática de qualquer atividade física.
Espero que você tenha gostado desse texto.

Conheça os Manuais para Professor de Educação Física
Tenha Exercícios em Vídeos para Aulas de Educação Física
Trabalhe com Educação Física
Segue no Instagram!
Receba nossos links no Telegram e no Whatsapp .

sexta-feira, 4 de outubro de 2013

Estudo: Exercício pode ser tão bom quanto remédio para coração



Um estudo realizado por cientistas nos Estados Unidos e na Grã-Bretanha afirma que exercícios físicos podem ser tão eficientes no combate a doenças cardíacas quanto remédios.

O trabalho foi publicado na revista científica British Medical Journal. Os cientistas analisaram centenas de testes que envolveram 340 mil pacientes na busca de uma comparação entre o efeito de exercícios físicos e medicamentos.

As atividades físicas obtiveram resultados semelhantes aos dos medicamentos para doenças cardíacas. A exceção foram os remédios chamados diuréticos. Estes tiveram melhores resultados do que a atividade física no combate a doenças cardíacas.

No caso de derrames, os exercícios tiveram eficácia ainda superior a dos remédios, segundo os pesquisadores.

Especialistas alertam que isso não significa que as pessoas devem abandonar o uso de remédios, em prol de exercícios. Eles recomendam que ambos sejam usados ao mesmo tempo no tratamento de doenças.

Aumento de receitas

Na Grã-Bretanha, estudos mostram que os adultos não estão se exercitando o suficiente. Apenas um terço da população na Inglaterra acata a recomendação médica de fazer duas horas e meia de exercícios de intensidade moderada por semana — como caminhada rápida e bicicleta.

No entanto, o uso de remédios com receita médica está aumentando. Em 2000, a média de receitas médicas por pessoa na Inglaterra era de 11,2. Dez anos depois, a média subiu para 17,7.

O levantamento atual foi feito com base em estudos anteriores. Trabalharam na pesquisa cientistas da London School of Economics, Harvard Pilgrim Health Care Institute e Stanford University School of Medicine.

Para a especialista Amy Thompson, da Associação Cardíaca da Grã-Bretanha, é sabido que os exercícios físicos trazem benefícios à saúde, mas ela ressalta que não há provas definitivas para comprovar a tese de que as atividades podem ser mais eficazes do que remédios em tratamentos.

— Remédios são uma parte importantíssima do tratamento de condições cardíacas, e pessoas com receitas médicas devem continuar tomando seus medicamentos.

Espero que você tenha gostado desse texto.

Conheça os Manuais para Professor de Educação Física
Tenha Exercícios em Vídeos para Aulas de Educação Física
Trabalhe com Educação Física
Segue no Instagram!
Receba nossos links no Telegram e no Whatsapp .

quinta-feira, 3 de outubro de 2013

Korfebol vira alternativa educacional no Brasil


Esporte holandês, mas que no Brasil tem regras adaptadas e educacionais que já figurou nas Olimpíadas, é usado por professores de educação física como estímulo ao trabalho em equipe

Times mistos, onde homens e mulheres jogam lado a lado, mostram a coletividade que marca o Korfebol brasileiro
Criado na Holanda, o Korfebol se desenvolve no Brasil como Esporte Educacional, parecendo muitas vezes “uma mistura de handebol com basquete” – o esporte pelo mundo é pouco conhecido, mas já reúne um bom número de entusiastas no Brasil. Devido a características peculiares que estimulam o jogo coletivo e a inclusão social (equipes mistas, toques limitados e não existência de contato físico), inclusive sendo praticado em presídios pelo “Projeto Vida”

Coletividade é a palavra-chave
As próprias regras básicas do Korfebol dão a ele potencial de uso em escolas. São oito jogadores por time (quatro homens e quatro mulheres) que tentam fazer cestas passando a bola por um aro, e não há embate corporal entre os jogadores.

De acordo com o presidente da Associação Brasileira de Korfebol (ABRAKO), Prof Marcelo Bepi Soares, a modalidade é pautada pelo aspecto coletivo. “Não tem contato físico, é um esporte que prioriza a estratégia e o trabalho em equipe”, afirma Soares. Por isso, o Korfebol tem os ingredientes certos para ser utilizado também em ONGs, presídios e comunidades carentes.

O foco na estratégia (os toques que um jogador pode dar na bola são limitados) dá espaço para que diversos tipos físicos e pessoas que normalmente não se interessariam por esportes possam praticar o Korfebol com muita emoção e motivação.

Nas escolas

Professores de educação física enxergam nele uma porta para a formação de cidadãos de bem. Nas aulas, a modalidade agrega valores. “O esporte promove a paz, respeito entre os gêneros, inclusão, direitos iguais, saúde, raciocínio lógico”, ressalta Soares.

A premissa do “saber perder” é um dos benefícios do Korfebol. Segundo o professor Felipe Gonçalves, fazer o atleta lidar com a adversidade é essencial para torná-lo alguém melhor. “Propicia diversas vivências motoras, situações de jogo, o perder e ganhar e a união entre os jogadores, fatores de extrema importância para o desenvolvimento humano nos aspectos físicos, mentais e sociais”, conta Gonçalves.

No Brasil, o esporte tenta se estruturar aproveitando o caráter transformador que pode proporcionar aos praticantes. “Agora estamos organizando um circuito de palestras, cursos, seminários workshops para diversas áreas, como Assistência Social, Psicologia, Terapia Ocupacional e Pedagogia

O objetivo é diferente da Europa, lá o esporte é de rendimento. Aqui o principal é utiliza-lo para educação e mudança social”, completa o comandante da ABRAKO, que realiza projetos de divulgação do Korfebol em escolas, universidades, projetos sociais e até em presídios.

Sobre o Autor do Texto:

MARCELO BEPI SOARES - CREF 023246-G/RJ
EMAIL: abrakobrasil@gmail.com
Tel (21) 83157072
Blog: www.korfeblog.blogspot.com
Twitter: @Korfebol

Mini Currículo; Marcelo Bepi Soares, Professor de Educação Física, Licenciado em Educação Física pela (UCB – Universidade Castelo Branco) e Pós graduado em Educação Física Escolar (UGF- Universidade Gama Filho), divulgador e difusor do Korfebol Brasileiro, pela ABRAKO (Associação Brasileira de Korfebol) desde 1998. Tendo concedido diversas entrevistas para a mídia brasileira, como: Esporte Espetacular, Sportv, Canal Futura, Ana Maria Braga, Jornal Nacional, Programa Hoje em dia, entre outros, sempre com a modalidade KORFEBOL – O jogo dos Gêneros. Atuando também no projeto vida no sistema prisional no Rio de Janeiro. Trabalhou em projetos sociais como Mediador e com o Korfebol como atividade colaborativa. Experiência de 13 anos com a modalidade através de cursos, palestras, oficinas e workshops sobre KORFEBOL
Espero que você tenha gostado desse texto.

Conheça os Manuais para Professor de Educação Física
Tenha Exercícios em Vídeos para Aulas de Educação Física
Trabalhe com Educação Física
Segue no Instagram!
Receba nossos links no Telegram e no Whatsapp .

terça-feira, 1 de outubro de 2013

Pilates e os benefícios de usar acessórios


Resultado de imagem para pilates

O Pilates esta em alta. Tanto que já não é raro conhecer uma pessoa que tenha praticado Pilates.

Mas o que muitos não sabem é exatamente o que é Pilates e quais são os benefícios reais que ele traz para o corpo. Por isso preparamos um artigo detalhado nele vamos explicar melhor porque está todo mundo querendo se tornar adepto!

Os exercícios de Pilates fazem tão bem à saúde que são indicados por médicos para diversos tipos de tratamentos, como lesões físicas (tratamento junto à fisioterapia), fadiga,  problemas na coluna (dor), depressão, e até às pessoas que já tiveram câncer.

O Pilates também proporciona melhora da postura através do fortalecimento muscular, melhora do alongamento e flexibilidade além de flexibilidade, elasticidade e mobilidade.

O Pilares tem o objetivo fortalecer os músculos, equilibrando o corpo e a mente.Se você pensa que só musculação deixa o corpo definido, está enganado. Pilates também!  E o melhor de tudo: mesmo para iniciantes, os resultados são visíveis em pouco tempo.

O Pilates realizado no solo

È feito com acessórios, como bola, elásticos etc. Os exercícios no solo exigem mais do aluno, por envolverem mais força dos que os realizados com aparelhos. É muito importante que os exercícios sejam feitos acompanhados de um profissional, que pode avaliar os limites de cada um.
Confira alguns exemplos de como os acessórios ajudam no Pilates solo:
 
Bola
 
Utilizada em vários exercícios do método, a bola é uma poderosa aliada para intensificar e focar a prática de Pilates nos pontos mais necessitados do corpo. Vale a pena!

Beneficios do Pilates com Bola:
  • Certifique-se de que a superfície onde você vai praticar os exercícios esteja limpa e sem objetos que possam perfurar a bola.
  • Não faça as atividades em um local onde haja móveis e objetos que possam machucar caso você se desequilibre.
  • Apesar de existir um modelo padrão (feita de uma borracha ultra-resistentes que suporta pesos de mais de 300kg), você pode encontrar vários tamanhos e fabricantes de bolas, então, verifique antes se ela é condizente com seu peso e altura.
Bosu 
 
No pilates o Bosu é utilizado como uma plataforma multifuncional permite a combinação dos exercícios com outros equipamentos, incrementando seu treinamento, proporcionando uma nova modalidade de exercícios funcionais, treinando a capacidade muscular do aluno.


Os benefícios do Pilates BOSU:
  • Melhora da coordenação, equilíbrio e da função neuromuscular, desde a reabilitação até a melhora funcional esportiva.
  • Exige grande esforço muscular, que resulta na melhora da postura e dos movimentos funcionais.
  • Cria uma nova visão de consciência corporal, posicionamento do corpo, alinhando a postura com movimentos seguros.
  • Exige integração entre corpo e mente o que é um principio fundamental na pratica do método pilates.
Toning Ball
 
Toning Balls são pequenas bolinhas de um material emborrachado preenchidas com areia.Geralmente utilizamos esse acessório nas mãos, o tamanho delas é próprio para isso, e basicamente cria estabilidade e feedback de sensações para a articulação dos ombros e músculos envolvidos nessa articulação.

Benefícios do Pilates Toning Ball:
  • Por trabalhar mais a capacidade muscular, aumenta a resistência.
  • Define a musculatura mais rapidamente.
  • Alonga e da mais flexibilidade  a exercícios que outras formas de Pilates não consegue.
Rolo
 
O método busca readequar a postura corporal através do alinhamento da coluna vertebral, suavizando curvas excessivas através de exercícios de estabilização e mobilidade da coluna em todos os planos. O crescimento axial ativo também é importante na execução de todos os exercícios, onde ganha-se espaço entre as vértebras, o qual reduz o risco de patologias.

Benefícios do Pilates Rolo:
  • Alivia dores cronicas.
  • Trabalha o realinhamento da postura e integra o tronco, a
  • cintura escapular e a pélvis.
  • Aumentanda a flexibilidade dos músculos e a amplitude dos movimentos das articulações.
Barrel ou Barril
 
Atua no relaxamento e tonificação muscular. É um dos menores aparelhos do Pilates, com degraus dispostos em um espaldar com meia lua fixa à frente. Permite a realização de exercícios de força e alongamento e ajuda a melhorar a respiração, desenvolver os braços e pernas, trabalhar a coluna para corrigir a postura e os movimentos, diminuir coxas grossas e massagear a parte inferior das costas.

Benefícios do Pilates Barrel ou Barril:
  • Redução de edema e melhoria da celulite.
  • Redução de dores.
  • Auxilia na redução da gordura corporal.
Dominar a avaliação no Pilates vai trazer uma maior eficiência no planejamento do trabalho do profissional.

Um guia que traz o passo a passo de uma boa avaliação no Pilates, tanto no solo (mat pilates), quanto nos aparelhos. Com ele, você vai aprender a saber o nível de capacidade do aluno, descobrir suas dificuldades e o que precisa trabalhar para chegar ao objetivo mais rápido e entregar o melhor resultado possível. Clique aqui e saiba mais

 

 

Espero que você tenha gostado desse texto.

Conheça os Manuais para Professor de Educação Física
Tenha Exercícios em Vídeos para Aulas de Educação Física
Trabalhe com Educação Física
Segue no Instagram!
Receba nossos links no Telegram e no Whatsapp .