terça-feira, 31 de julho de 2012

A importância do preparo emocional nas Olimpíadas.

Grande parte dos atletas que chegam às Olimpíadas competem praticamente no mesmo nível técnico. O que fará diferença entre a vitória ou a derrota? Muitos apostam no preparo emocional, como a psicóloga esportiva Carla Di Pierro, que atua no Comitê Olímpico Brasileiro com o Time Brasil.

Hoje, grande parte dos atletas que chegam às Olimpíadas competem praticamente no mesmo nível técnico. Com a maior facilidade de disseminação sobre informações científicas de ponta para melhora do rendimento esportivo, e o intercâmbio de atletas e treinadores entre os países, fica a pergunta: o que vai fazer diferença entre a conquista de uma medalha no peito ou não?

Muitos que acompanham o universo esportivo têm uma resposta na ponta da língua: o preparo emocional. "Diversos atletas confirmam a importância do preparo emocional nos momentos de pré-competição e durante a competição, pois eles relatam ficar ansiosos, desconcentrados e acabam não rendendo o que podiam, ou, às vezes, não chegam nem perto daquilo que alcançam nos treinos", diz a psicóloga esportiva Carla Di Pierro, que atua no Comitê Olímpico Brasileiro com o Time Brasil.  

A chamada pressão olímpica pode afetar até o mais bem treinado dos atletas. Vários deles já falaram publicamente sobre a sensação de deslumbramento ao entrar na vila olímpica e, de repente, cruzar pelos corredores com seus maiores ídolos esportivos, seja em sua modalidade ou em outras. "Isso pode gerar desconcentração ou insegurança. É um momento único e o ponto alto da carreira de qualquer atleta de ponta", afirma Carla, que há cinco anos desenvolve um trabalho com a maratonista Adriana Silva, representante brasileira nos Jogos em Londres.

Segundo Carla, o treinamento antes encarado apenas sob o ponto de vista físico é visto hoje como um conjunto de preparações, tanto a física como a mental. "A psicologia do esporte ainda carrega o estigma de lidar com 'casos-problemas', mas isso tem diminuido bastante, há uma compreensão maior para o objetivo do trabalho – que é o de potencializar e desenvolver habilidades psicológicas, cognitivas e comportamentais, como automotivação, gerenciamento de estresse, capacidade de solução mental e, claro, concentração e controle de ansiedade", ressalta Carla.

"Na década de 80 ainda não existiam estudos controlados que comprovassem a eficácia do trabalho da psicologia do esporte, mas foi na década seguinte que foram produzidos inúmeros estudos que deram credibilidade à área e, daí em diante, a presença de psicólogos do esporte nas equipes multidisciplinares que apoiam atletas tem sido cada vez maior", diz.

Nas Olimpíadas de Londres será possível observar vários casos em que o preparo emocional fez toda a diferença para subir ao pódio.

Fonte

Espero que você tenha gostado desse texto.

Conheça os Manuais para Professor de Educação Física
Tenha Exercícios em Vídeos para Aulas de Educação Física
Trabalhe com Educação Física
Segue no Instagram!
Receba nossos links no Telegram e no Whatsapp .

segunda-feira, 30 de julho de 2012

Nessa volta às aulas, estimule seu filho a participar da educação física


 
A prática de exercícios ajuda as crianças a aprimorarem seus movimentos

O volta ás aulas pode ser o momento ideal para motivar os estudantes a participarem das aulas de educação física. A disciplina, além de melhorar o condicionamento físico, pode ajudar os alunos no aprendizado e na socialização.

O professor e bacharel em Educação Física, Leonardo Valandro Pereira, explica que a disciplina tem um papel de destaque na Educação Infantil, pois nesse período a criança está em constante desenvolvimento e crescimento, necessitando de oportunidades para adaptar-se a essas mudanças, para se c
onhecer melhor, para brincar com seus limites, com seu corpo, aprimorando-se motoramente e fisiologicamente.

Segundo ele, não só na educação das crianças existe esta importância, ela perdura até o fim da idade escolar e também na vida adulta.

_ Nosso corpo foi feito para ser utilizado. Se não o utilizarmos, ele padece - diz Leonardo.

A importância da educação física e da prática de esportes não fica restrita à saúde do corpo. Leonardo explica que a disciplina atua no corpo e na mente dos estudantes. Ele fala que, no momento em que colocamos nosso corpo em ação, aprendemos diversas formas de controlá-lo ante as possibilidades, como fazer certo movimentos, com que velocidade, com que força. Não nascemos aprendendo a caminhar, engatinhas, correr, saltar, fazemos diversos processos mentais para aprender e manter esse controle.

_ Com a educação física, além de educarmos o corpo, educamos a nossa mente, a mantemos atenta,
atuando em pleno vapor. A educação recebida nessa disciplina pode ser refletida na conduta das pessoas, não só motoramente, mas também na posição perante dificuldades, na questão social geral do indivíduo. Além disso, ela traz vantagens educativas, que ajudam na socialização, no respeito às regras, na concentração, na tomada de decisões e na melhora da autoestima - afirma ele.

Existem alunos, que apesar de saberem dos benefícios dos exercícios, insistem em não participar da disciplina.  O professor de Educação Física fala que é incomum encontrar crianças e adolescentes que não gostem das aulas, mas existem casos. Se isso acontecer, o diálogo entre pais e alunos é essencial para que se descubram os motivos da falta de vontade para a prática de exercícios na escola.

No caso das crianças, é aconselhável investigar se elas estão com alguma dor ou desconforto, ou se sofreram uma experiência negativa, psicológico ou física, durante alguma atividade.

_ O que os pais podem fazer é tentar conversar com os filhos para ver o que está acontecendo, descobrir o porquê dessa resistência - fala Leonardo.

Para ele, a falta de incentivo da família pode colaborar para esse desinteresse pela Educação Física.

_ Quando somos pequenos, temos intermináveis brinquedos e aparatos motores, como andador, triciclo, bolinhas, brinquedos com formas táteis, entre outros. Por que, conforme vamos crescendo, não ganhamos mais estes brinquedos, apropriados às idades, claro, como bolas maiores, arcos, bambolês, corda, discos para jogar, ou blocos de montar? Acredito que isso está acontecendo porque muitos pais têm deixado de incentivar os filhos, até pela falta de tempo para poder brincar, se exercitar com eles. Se os pais querem que os filhos sejam ativos, devem dar o exemplo - exclama o professor.

Leonardo aponta ainda que o diálogo inicial sobre a resistência às atividades é fundamental, mas que alguns recursos, como quadras ou pátios espaçosos, pintados, com goleiras, redes, ou outros brinquedos atrativos, ajudam muito a despertar o interesse da criança.

Fonte: ClicRBS
Espero que você tenha gostado desse texto.

Conheça os Manuais para Professor de Educação Física
Tenha Exercícios em Vídeos para Aulas de Educação Física
Trabalhe com Educação Física
Segue no Instagram!
Receba nossos links no Telegram e no Whatsapp .

sexta-feira, 27 de julho de 2012

Características da infância


Quando vejo uma criança, ela me inspira dois sentimentos; ternura pelo que ela é, respeito pelo que poderá ser". Piaget.

Características ou particularidades da infância (Desenvolvimento)

    Aproximadamente aos 6 anos de idade já encontra-se 90% a 95% do desenvolvimento físico do cérebro, a coordenação motora e as habilidades desportivas múltiplas devem ser estimuladas neste período ao máximo, por meio de jogos e brincadeiras, exatamente pelo fato do cérebro estar pronto a receber um gama inimaginável de informações.
"Os jogos favoritos incluem correr para pegar outras crianças, esconder e achar, procurar objetos que estão faltando e jogos de adivinhação. Certas regras vão se tornando necessárias. Estão ligadas ao tipo de jogo e não a quem vence ou perde". Piaget
   As atividades de caráter psicológico e físico variadas, são o estímulo para produzirem caminhos mentais, e serem armazenadas as informações no cérebro. Estas informações serão exigidas no futuro em situações complexas do jogo facilitando a aprendizagem e caracterizando a prontidão motora esportiva. Devemos lembrar que as atividades para as crianças são completamente diversificadas e diferentes os objetivos, quando relacionadas às atividades físicas para os adultos, que comumente são atividades voltadas para a performance.
"As crianças tem estruturas mentais diferentes das dos adultos. Não são adultos em miniatura; elas tem seus próprios caminhos distintos, para determinar a realidade e ver o mundo". Piaget
   A condição física a ser atingida esta em momento ótimo, mas com óbvios limites de rendimento máximo; limite o qual não deverá ser exigido em treino, as atividades físicas devem possuir objetivo lúdico, educacional e não competitivo.
"A atividade esportiva precoce terá tanto melhores condições de se fazer educativa quanto mais próxima ficar do jogo e mais se afastar da rigidez do treinamento". Revista Sprint, ano IV (2)
   As atividades competitivas visam alto rendimento, possuem uma estrutura muito complexa para ser compreendida pela criança. Na realidade social momentânea do jogo competitivo esta a tarefa de vencer, e o fato de que sempre existe um perdedor, para a criança esta realidade é pouco aceita e freqüentemente desperta sentimento depressivo e provoca choro. Caso a criança seja intuitivamente competitiva esta deverá ser conduzida ao esporte competitivo, caso contrário não deve ser forçada a competir. Respeitar a condição natural humana é o principio para o equilíbrio interior e interpessoal.
"Perder pode provocar cenas, agressão e choro. Isto não significa que as crianças não possam tolerar não ser as primeiras na maioria de suas atividades, mas nos esportes e nos jogos elas necessitam de ajuda para aprender a perder esportivamente. Piaget
   Outro detalhe importante desta fase do crescimento infantil, relaciona-se à não uniformidade do crescimento corporal, observa-se um amadurecimento na seguinte ordem: pés e mãos, pernas e antebraços e por ultimo coxas e braços. Os jogos e brincadeiras desenvolvidos pelo professor, devem seguir o principio da maturação física da criança.
O metabolismo das crianças é muito elevado e em torno de 20% a 30% maior que do adulto gerando a necessidade de maior ingestão e balanceamento de nutrientes alimentares, assim como da regularidade na oferta de alimentos. As necessidades protéicas também são elevadas 2.5 gramas de proteína por kg de peso corporal dia.
O não treinamento da força é justificado pelo baixo nível de testosterona, pela baixa capacidade das fibras musculares utilizarem o metabolismo glicolítico ou anaeróbio (fibras brancas), em contra partida o metabolismo aeróbio ou oxidativo é mais elevado e predominante, justificando atividades de baixa intensidade e longo período de duração.
Dos 5 aos 7 anos (fase pré escolar) há um elevado instinto de movimento e vivência lúdica, uma grande curiosidade pelo desconhecido, afirmando a necessidade de experiências múltiplas motoras, as mesmas são intrínsecas e evidenciadas nos jogos.
"A competição em jogos e no trabalho virtualmente não significa nada para as crianças do estágio do pensamento intuitivo. Elas tem uma idéia muito limitada do significado de ganhar ou perder ou de superar os outros. Cada criança trabalha ou joga para si mesma, pelo prazer da atividade. Ela não joga contra os outros.
Piaget.
   A capacidade de concentração da criança é de aspecto médio a baixo, os jogos devem levar em consideração esta realidade, jogos longos e de raciocínio lógico devem ser introduzidos de maneira lenta e gradual aos grupos de crianças. Os jogos e as atividades que promovem o raciocínio intuitivo devem ser vivenciados ao máximo, visto que a criança esta em plena fase intuitiva, as deduções das crianças não podem ser menosprezadas, coibidas ou repreendidas pelos adultos.
Dos 7 aos 10 anos (idade escolar) há um despertar por atividades físicas esportivas, desenvolve-se naturalmente uma atitude otimista em relação aos jogos, assimilação rápida de conhecimentos e habilidades, mas há um baixo nível de fixação de movimentos, há neste período a preocupação por um gesto ótimo e os movimentos devem ser repetidos diversas vezes.
"Não deve haver uma preocupação determinante pela competição esportiva, que, quando existir deverá ser restrita ao ambiente escolar e, se possível sem espectadores, principalmente os pais". Pini

Desenvolvimento mental
O desenvolvimento mental humano é influenciado por quatro fatores inter-relacionados e abaixo enumerados:

1. Maturação: amadurecimento físico especialmente do sistema nervoso central.
2. Experiência: manipulação de objetos, movimentos corporais e pensamentos sobre os objetos concretos e processos de pensamentos que os envolvem.
3. Interação social-jogos, conversas e trabalho com outros indivíduos especialmente outras crianças.
4. Equilibração é o processo de reunir maturação, experiências e socialização de modo a construir e reconstruir estruturas mentais. Jean Piaget

Estágios do desenvolvimento

Estágio
Idade
Pensamento intuitivo
4 a 7 anos
Operações concretas
7 a 11 anos
Operações formais
11 a 15 anos

Iniciação esportiva
   Deverá possuir uma característica geral quando da passagem da criança pela fase pré-escolar (4 a 7 ) e escolar (7 a 10 anos de idade); a característica especializada deverá estar inserida no contexto do segundo ciclo escolar (12 a 15 anos de idade).
Pini
"Uma criança é sempre uma criança onde quer que possa estar. Mas uma criança só é criança por uma vez... E alguns dizem que se ela não for criança que é ajudada a crescer, então ela poderá não ser o adulto que poderia ter sido ... Flinchum

Adolescência
Características ou particularidades da Adolescência


Conceito:
"Período de transição entre a infância e a vida adulta, caracterizada por intensas modificações físicas, psicológicas e sociais".

"Período de mudanças fascinantes e ampliações de interesse onde ocorrem sensíveis transformações psíquicas e orgânicas". Gioia & Rodrigues
A adolescência pode ser dividida didaticamente para estudo da seguinte forma:
Pubescência
Vai dos 10 a 12anos e 12 a 14 anos
Puberdade
Vai dos 12 a 14 anos e 14 a 16 anos
Pós-puberdade
Vai dos 14 a 16 anos e 18 a 20 anos
Dos 10 aos 12 anos (Pubescência):
O crescimento anual é em torno de 10 cm, com um acompanhamento no peso corporal de 9.5 kg em média. Já na puberdade o crescimento anual decresce e fica entre 1cm e 2 cm ao ano, assim como o peso corporal situa-se em torno de 5kg. Na ultima fase do desenvolvimento caracteriza-se por atingir a estatura máxima do indivíduo.
Na Pubescência constata-se a melhor idade para a aprendizagem motora com melhorias nos níveis de força, rápida maturação morfológica e funcional, maturação labiríntica. A união destes elementos dá condições ao pleno desenvolvimento motor.

Dos 12 aos 15 anos (Puberdade):
Observamos uma grande variação no comportamento psicológico com uma grande instabilidade emocional, apesar do alto nível intelectual. Fisicamente encontramos um desenvolvimento caracterizado pelo aumento de peso corporal e estatura, esta fase vem acompanhada da incoordenação motora e por um desinteresse competitivo, apesar de estar na idade de treinabilidade altíssima.
Há uma grande necessidade de vivência em grupo, assim como, uma necessidade de auto realização no grupo ao qual o jovem esta inserido. O aumento brusco dos níveis de testosterona e irrupção da sexualidade são identificados.

"Nas reações entre as pessoas, todo homem é um fim em si mesmo e não deve jamais ser convertido em meio para os fins de outro homem". Erich Fromm

Dos 15 aos 19 anos (Pós-puberdade):
Há uma harmonia das proporções corporais acompanhada da melhoria da coordenação motora e com óbvios reflexos sobre a plasticidade esportiva. Fixação da aprendizagem geral em limites ótimos, assim como encontra-se um pleno equilíbrio psíquico. Visualiza-se uma grande e aprimorada modelagem da personalidade e com um nível intelectual aumentado e ainda em desenvolvimento nesta fase.
Aumento mais expressivo sobre a força muscular, possivelmente provocada pela estabilidade e regularização hormonal e psíquica, culminando na treinabilidade máxima possível.
Final
    A grande preocupação dos profissionais envolvidos nas atividades esportivas de competição baseiam-se nos índices de violência; é um desafio mantê-los baixo ou sob controle. As competições entre adolescentes deve estar livre de qualquer estímulo de agressão contra o oponente.
Deve-se cultivar uma atmosfera de competição com estímulo ao companheirismo de equipe e as habilidades motoras e esportivas. O respeito à integridade do oponente nunca deve ser esquecido.
" O fato é que o esporte competitivo estimula uma grande carga de agressão". Erich Fromm
"O que produz, amiúde, agressão no âmbito do esporte é o caráter competitivo do evento, cultuado num clima social de competição e ampliado pela comercialização generalizada". Erich Fromm
"A alegria esta na luta, na tentativa, no sofrimento envolvido, não na vitória propriamente dita". Gandhi
"Não tenho nada de novo apenas o jeito de caminhar" Thiago de Melo
Espero que você tenha gostado desse texto.

Conheça os Manuais para Professor de Educação Física
Tenha Exercícios em Vídeos para Aulas de Educação Física
Trabalhe com Educação Física
Segue no Instagram!
Receba nossos links no Telegram e no Whatsapp .

Dicas para recuperar a boa forma após a gravidez



Após o nascimento de um filho, a mulher entra em uma batalha dupla. A primeira é para fazer o nenê ganhar peso. A segunda é para ela perder os quilos conquistados durante a gestação. Com a intenção de levar a gravidez da melhor maneira possível, muitas mulheres acabam cometendo enganos, que podem comprometer a sua boa forma futuramente. Às vezes, embaladas pela idéia de que deveriam "comer por dois" para garantir a boa nutrição do bebê, as gestantes ganham um peso excessivo, difícil de perder após o parto.

UOL Estilo consultou especialistas sobre o assunto para reunir dicas que ajudarão as mães a recuperarem sua silhueta mais facilmente, sem prejudicar a saúde do bebê.

Peso durante a gravidez
O aumento de peso médio recomendável durante a gestação é de 9 a 12 quilos. Mas, ao contrário do que muitos pensam, não é indicado ganhar um quilo por mês. O que a mulher engorda nos primeiros cinco meses de gravidez, será mais difícil de perder após o parto. Já os quilos que se somam do sexto ao nono mês são eliminados mais facilmente.

Alimentação da gestante
As mulheres que iniciam a gravidez já acima do peso podem fazer uma dieta restritiva até o quinto mês. A partir daí, o recomendável é seguir uma dieta que aumente o número de calorias, variando de 1800 a 2300 por dia, de forma que melhore a qualidade da alimentação. Ao invés de ingerir carboidratos e doces, a gestante deve priorizar principalmente as proteínas, ganhando assim energia, e não peso.

Atividade física durante a gravidez
Aquelas que já praticam alguma atividade podem continuar durante a gestação, basta apenas diminuir o ritmo. As sedentárias não devem fazer exercícios durante as primeiras doze semanas, mas depois deste período é importante adotar uma atividade. A prática de exercícios durante a gravidez não só contribui para a boa forma no pós-parto como também diminui a incidência de depressão, hipertensão e diabetes. A atividade física pode ser praticada durante toda a gestação, até o último dia, desde que a mulher se sinta confortável. Exercícios aeróbicos de baixo impacto, como caminhadas, e atividades aquáticas, como hidroginástica, melhoram o condicionamento físico e evitam o ganho excessivo de peso. Exercícios de alongamento ajudam a evitar dores na região lombar, que costumam acontecer durante a gestação.

Perda de peso após o parto
A mulher que engordou dentro do limite recomendável durante a gestação costuma perder de 70 a 80% do peso adquirido na gravidez no primeiro mês após o parto. O organismo como um todo volta ao normal completamente após oito meses. No entanto, algumas alterações como a flacidez e o excesso de pele na região abdominal podem se manter, principalmente nas mulheres que ganharam mais peso durante a gestação.

Amamentação
O ato de amamentar contribui bastante para a perda de peso. A sucção feita pelo bebê ajuda a mulher a produzir um hormônio chamado oxitocina. Ele contribui para que o útero volte ao tamanho normal. A amamentação também ajuda a queimar a gordura extra armazenada para a produção do leite materno.

Parto normal ou cesárea
O tipo de parto escolhido não interfere na perda de peso posterior. Ambos tem vantagens e desvantagens. O parto normal permite que a mulher retome suas atividades mais rapidamente, em cerca de 30 dias, no entanto, ele causa uma maior perda de sangue, que faz a paciente se sentir mais fraca após o nascimento do bebê. Na cesárea, o sangramento é menor, por outro lado, não deixa de ser uma cirurgia, e a mulher leva cerca de 60 dias para ser liberada totalmente a retomar suas atividades.

Cardápio no pós-parto
Não é possível adotar uma dieta restritiva nos primeiros 15 dias para uma perda de peso mais acelerada antes de estabelecer uma rotina de quanto o bebê está mamando e da evolução do seu ganho de peso. Com o nascimento do bebê e o início da amamentação, o gasto calórico é maior do que na gestação, com uma queima calórica em média 30% maior. Muitas mães passam a se sentir mais fracas. Por isso, nesta fase é recomendável uma dieta de 2500 a 2800 calorias diárias, focada em proteínas, como carne, leite e derivados. A proteína é fundamental para a construção de novos tecidos. Os carboidratos complexos, como frutas e cereais, devem ser consumidos, pois fornecem energia e são fontes de fibras importantes para o funcionamento intestinal. Bebidas alcoólicas, condimentos e chocolate devem ser evitados porque, através da amamentação, podem gerar alergias e gases no bebê. Café e bebidas à base de cola também devem ser evitadas, pois inibem a absorção do ferro ingerido, encontrado principalmente em verduras de cor verde escura, feijão e carnes, importantes na dieta. As frutas ricas em vitamina C colaboram para a absorção do ferro. Caso o ganho de peso tenha sido excessivo, uma dieta individualizada deverá ser insituída, considerando as necessidades de cada mãe.

Atividade física
Após trinta dias é possível retomar atividades que trabalhem a parte aeróbica, mas com baixo impacto, evitando, por exemplo, corridas, para não causar problemas nas articulações. Os exercícios feitos na água são indicados, pois amenizam este impacto. Outras boas escolhas são a musculação, o alongamento e a yoga. O ideal é uma regularidade de, pelo menos, três vezes por semana, ficando sempre atenta a dores ou algum sintoma que indique excessos. Não é recomendável fazer nada que libere muita endorfina durante os primeiros 60 dias, pois a substância passa para o bebê na amamentação, tornando-o mais estimulado, e atrapalhando o sono. Muito exercício também pode reduzir a quantidade de leite.
Espero que você tenha gostado desse texto.

Conheça os Manuais para Professor de Educação Física
Tenha Exercícios em Vídeos para Aulas de Educação Física
Trabalhe com Educação Física
Segue no Instagram!
Receba nossos links no Telegram e no Whatsapp .

Plano de aula: dança aeróbica - local dance



Objetivo: Condicionamento cardiovascular;
Duração: 45 min
Material: Sala de ginástica e colchonete;
Faixa Etária: acima de 13 anos
Aproveitamento: Localizada

Parte Prática:
Aquecimento:
Marcha estacionária.
Marcha estacionária alongando os braços acima da cabeça inspirando e abaixar expirando.
Toque lateral de pernas elevando os braços na lateral e abaixando-os.
Marcha estacionária elevando os dois braços à frente do corpo e acima da cabeça.
Marcha estacionária socando os braços embaixo.
Marcha estacionária.

Bloco I
Deslocar para frente marchando em 4 tempos e segurar 4 tempos no lugar com passo afastado.
Voltar para trás marchando.
Pisar à frente com a perna D fazendo um contratempo, repetir o movimento 8x e executar o mesmo com a E.
Idem em 4 tempos para cada lado.
Idem em 2 tempos para cada lado.
Pisar à frente com a perna D, virar de costas e pisar atrás com a perna E.
Combinar os 3 movimentos.

Bloco II
Saltitar 4 tempos no lugar e deslocar 4 tempos para trás executando o movimento de polichinelo.
Voltar para frente marchando.
Combinar os dois movimentos.
Combinar os dois blocos.

Parte Localizada:
Deitadas na lateral pernas unidas, joelhos fletidos, elevar e abaixar a perna que está em cima. Executar 4 séries de 8 tempos.
Repetir o mesmo exercício elevando a perna em 2 tempos e abaixando-a em 2 tempos. Executar 4 séries de 8 tempos.
Idem com o outro lado.
Num colchonete deitadas em decúbito dorsal com as pernas afastadas e joelhos fletidos, braços estendidos na lateral do corpo elevar o tronco executando abdominal. Executar 4 séries de 8 tempos.
Com as pernas afastadas e joelhos flexionados mãos apoiadas atrás da nuca, elevar o tronco na lateral D subindo em 2 tempos e descendo em 2 tempos.
Idem para o lado oposto.

Relaxamento:
Deitadas no colchonete, elevar os braços atrás da cabeça e alongar com os dedos entrelaçados.
Abraçar os dois joelhos e soltar as pernas para um dos lados.
Idem para o outro lado.
Sentar devagar elevando os braços acima da cabeça e alongando bem as costas.
Cruzar as duas pernas e elevar os dois braços inspirando e abaixá-los expirando.
Levantar bem devagar e soltar os ombros para trás.

COMENTÁRIOS: Utilizar músicas com 140bpms /min para o aquecimento para os blocos e para a parte localizada. Para o relaxamento utilizar uma música mais lenta no estilo Kenny G, ou Mariah Carey.
Clube Recreativo Higienópolis , 33 anos,
helenlu@bol.com.br
Catanduva , SP ,Brasil
Espero que você tenha gostado desse texto.

Conheça os Manuais para Professor de Educação Física
Tenha Exercícios em Vídeos para Aulas de Educação Física
Trabalhe com Educação Física
Segue no Instagram!
Receba nossos links no Telegram e no Whatsapp .

Vídeo: circuito com 10 exercícios diferentes


A utilização de circuitos, com exercícios diferentes a cada tempo pré-estabelecido, ajuda os alunos a trabalharem o corpo todo num período de tempo.

Assim, o professor pode priorizar grupamentos musculares diferentes numa mesma região corporal com economia de tempo e sem fadigar uma musculatura só.

Vamos ao vídeo:

Espero que você tenha gostado desse texto.

Conheça os Manuais para Professor de Educação Física
Tenha Exercícios em Vídeos para Aulas de Educação Física
Trabalhe com Educação Física
Segue no Instagram!
Receba nossos links no Telegram e no Whatsapp .

quarta-feira, 25 de julho de 2012

Pontos básicos para implantar uma academia dentro de um condominio

Salas de ginástica em condomínios têm sido um espaço cada vez mais utilizado pelos moradores. Boa parte dos novos empreendimentos já oferece este benefício como diferencial. Se o seu condomínio ainda não tem, saiba que é totalmente possível implantar uma. Para isso, entretanto, são necessários alguns cuidados, principalmente, na compra dos equipamentos, na escolha do espaço onde funcionará o centro de fitness e com os cuidados em termos de segurança da utilização pelos moradores.

Considerando os grandes centros urbanos do país, levantamentos estatísticos demonstram que não mais que 10% possuem Centros de Fitness adequadamente equipados para uma prática segura e de resultados. Se pensarmos que esse espaço pode atrair moradores e valorizar o condomínio, já que se trata de um diferencial, vale a pena avaliar a implantação de um. Em relação ao número de moradores que utilizam estes espaços, calcula-se que 20%, em média, tornam-se usuários efetivos desse serviço em função da baixa adesão das pessoas à prática de exercícios físicos. Mas este quadro pode modificar-se, e muito dessa mudança no estilo de vida pode estar associada à praticidade de ter no próprio local de moradia um espaço para cuidar da saúde da família. Isso porque, um Centro de Fitness no condomínio, quando bem equipado, é um incentivo para quem quer praticar algum esporte, mas tem preguiça de ir até uma academia convencional, e um conforto para quem tem pouco tempo para treinar.

Um ponto absolutamente importante e que hoje se constitui em exigência legal, mas que nem sempre é lembrado, é a presença de um Profissional de Educação Física, que torna a prática esportiva mais segura, saudável e capaz de proporcionar um monitoramento da saúde dos praticantes. O custo desse profissional não é alto, pode e deve ser partilhado entre os moradores e pode ainda ser feito por intermédio da contratação de empresas especializadas, evitando assim contratação direta dos profissionais pelo Condomínio.

IMPLANTANDO O CENTRO DE FITNESS

Fazer um projeto é fundamental para que tudo que é desejado pelos moradores transforme-se em realidade. Existem profissionais e/ou empresas no mercado que desenvolvem todo o projeto, desde a adaptação do espaço físico aos equipamentos. A seguir apresentamos 7 ações essenciais para a implantação segura de um Centro de Fitness.

1. Escolha do local: Depende da disponibilidade do condomínio (com 16m² já é possível ter um Centro de Fitness), o ideal é que o espaço seja claro e arejado;

2. Elaboração do projeto: Nele devem constar o número de unidades, a estimativa % de uso, o layout do espaço com os equipamentos considerando seu uso e não apenas o espaço que ele ocupa, acessórios, decoração, espelhos, som e vídeo, piso adequado e bebedouro;

3. Pesquisa de Demanda: Além de saber se há interesse real por este tipo de serviço, é importante conhecer o perfil dos futuros usuários, ajudando assim na escolha dos equipamentos;

4. Compra dos Equipamentos: É importante optar sempre por equipamentos de linha profissional, usados em Academias. Os aparelhos da linha home-fitness (para uso doméstico) apesar de mais baratos, se deterioram rapidamente, pois são dimensionados para uso de poucas pessoas e por pouco tempo. Além disso, é importante considerar a necessidade dos acessórios, como halteres, caneleiras e colchonetes;

5. Escolha do Piso: O piso da sala deve ser preferencialmente emborrachado, pois assim além de evitar acidentes, como escorregões, oferece maior aderência aos equipamentos, como as esteiras, que costumam se movimentar durante a prática esportiva quando o piso é liso;

6. Layout adequado: Além do espaço entre os equipamentos, necessário á utilização segura e circulação das pessoas (a distância entre equipamentos varia entre 40 cm a 1 m, dependendo do aparelho), é importante observar a disposição desses equipamentos durante o seu efetivo uso. Posições de execução dos exercícios não devem criar situações constrangedoras e muito menos condição para acidentes;

7. Instalação do Centro de Fitness: Deve ser aprovada em assembléia, já que haverá investimento e alterações no patrimônio de todos. Para isso é importante que seja apresentado com o maior número possível de detalhes os custos de implantação e manutenção, evitando com isso que se instale um problema, e não uma solução coletiva.

AJUSTANDO O FUNCIONAMENTO: AS REGRAS DO JOGO

Estabelecer regras para o uso do espaço é extremamente importante. Com elas, é possível exercer o controle de quem freqüenta e da utilização em si mesma, evitando problemas tanto de mau uso quanto de uso inseguro. No caso do Condomínio não ter um Regulamento Interno que contemple regras para uso deste espaço, é necessário que os condôminos assinem um Termo de Responsabilidade para poder usufruir o Centro de Fitness. Recomendamos que seja consultado um advogado do segmento imobiliário ou a própria Administradora do Condomínio para que tal registro seja feito, resguardando assim o Condomínio de possíveis problemas relacionados ao uso do espaço e as condições de saúde dos usuários. É importante que nas regras de funcionamento do Centro de Fitness estejam presentes informações do tipo: dias e horários para utilização, responsabilidade do usuário de repor qualquer peça ou equipamento no caso de danos gerados pelo mau uso. Além disso, é fundamental que haja no Condomínio um Termo de Responsabilidade, a ser preenchido e assinado pelo condômino, onde ele declara estar praticando atividades físicas espontaneamente e que se responsabiliza por eventuais riscos e danos à sua saúde. No caso de haver um Profissional de Educação Física no local devem ser utilizados protocolos específicos para verificação das condições físicas e orgânicas de cada usuário, além da exigência de um atestado médico liberando o mesmo para a prática de exercícios físicos. Além disso, é importante que haja no local um controle do acesso dos moradores, como um livro de presença ou algum sistema informatizado, registrando cada usuário toda vez que este freqüentar a sala.

É importante também que a utilização do espaço seja restrita aos Condôminos, pois abrir o uso para visitantes além de perigoso pode criar problemas quanto à segurança do ambiente, de natureza estritamente familiar.

MANUTENÇÃO DOS EQUIPAMENTOS

Para garantir mais durabilidade aos equipamentos e bem-estar aos usuários do Centro de Fitness, é fundamental que se estabeleça um plano de manutenção periódica, que inclui lubrificação e limpeza adequada dos aparelhos. Na aquisição dos mesmos, sempre que for possível, é interessante que se adquira os planos de garantia estendida, aumentando a vida útil deles e reduzindo os gastos com conserto, normalmente caros. É importante ainda que na aquisição dos equipamentos escolha-se fabricantes que dão garantia quanto ao uso e à manutenção do dia-a-dia dos equipamentos.

IMPORTÂNCIA DA PRESENÇA DO PROFISSIONAL DE EDUCAÇÃO FÍSICA

Embora infelizmente ainda não é prática comum, ter um profissional habilitado e devidamente registrado para acompanhar a prática dos usuários do Centro de Fitness deveria ser uma prática freqüente. Estima-se que somente 1% dos condomínios com Centro de Fitness tenham um profissional contratado. A falta dele para orientar os usuários pode gerar problemas para o condomínio, chegando até a uma reclamação judicial. Exercícios mal executados, cargas mal dimensionadas ou séries com falhas na sua estruturação, podem causar lesões ou mesmo acidentes com conseqüências graves. O Conselho Regional de Educação Física (CREF) exige, por força de lei, a presença de um profissional devidamente registrado em Centros de Fitness com o propósito de orientar os praticantes, elaborar os programas de treinamento, corrigir a execução dos exercícios, além de avaliar a evolução dos resultados pretendidos como forma de redimensionar os treinamentos, sempre respeitando a individualidade biológica de seus clientes.

A contratação desse profissional deve ocorrer de acordo com a demanda do condomínio. Uma idéia que tem dado certo é a contratação de uma empresa (pessoa jurídica) especializada neste ramo, o que evita vínculo trabalhista direto entre o profissional e o condomínio. Os dias e horários de funcionamento do Centro de Fitness deverão ser função das preferências de horários para a realização das atividades físicas, ajudando assim na definição do horário de trabalho do profissional e otimizando os custos da contratação. Finalmente, além das aulas tradicionais, o profissional pode implementar a prática de outras atividades, aproveitando as áreas livres do condomínio como: escolinha de esportes, torneios internos e ginástica ao ar livre, dentre outras. Na piscina, quando existente e adequada pode oferecer aulas de natação e hidroginástica para diferentes faixas etárias. Além disso, o professor pode contribuir com campanhas de incentivo à prática do exercício físico, estimulando os moradores a utilizarem o Centro de Fitness e as demais dependências do condomínio como uma forma de melhoria da qualidade de vida e do aumento da interação social, por intermédio de eventos temáticos realizados no âmbito do próprio condomínio.

Fonte
Espero que você tenha gostado desse texto.

Conheça os Manuais para Professor de Educação Física
Tenha Exercícios em Vídeos para Aulas de Educação Física
Trabalhe com Educação Física
Segue no Instagram!
Receba nossos links no Telegram e no Whatsapp .

Férias de julho: o que fazer com as crianças?


Neste período de férias escolares, muitos pais precisam encontrar alternativas para entreter os pequenos.

As aguardadas férias de julho chegaram. É uma oportunidade para os alunos descansarem e se prepararem para o segundo semestre. Porém, para muitos pais, estas semanas representam um desafio, pois eles precisam encontrar formas de entreter as crianças durante este período de descanso.

A assessora pedagógica do Sinepe/PR (Sindicato das Escolas Particulares do Paraná), Fátima Chueire Hollanda, explica que, atualmente, o ritmo de vida da população e, consequentemente, das crianças está muito acelerado e as férias servem para relaxar e preparar o corpo pro segundo semestre. "A criança precisa destes dias para desacelerar e fazer as coisas com mais tranquilidade. É uma ótima oportunidade para os pais conversarem mais com os filhos, fazerem as refeições todos juntos e aproveitarem os momentos para passeios e brincadeiras, sem sobrecarregar a criança".

A diretora da Escola Atuação, Esther Cristina Pereira, afirma que "todos os pais deveriam tirar um tempo com os filhos, visitar um espaço alternativo e sair da rotina". Nos casos em que isso não é possível, a diretora aponta que o sábado e o domingo podem se transformar em dois dias de férias que, se aproveitados com qualidade, deixarão as crianças satisfeitas. "Quando conversamos com os pais, destacamos sempre a importância de realizar atividades simples, como andar de patins ou bicicleta, soltar pipa, passear nos parques, fazer trabalhos com material reciclado, contar histórias, preparar um bolo ao lado das crianças, etc.", explica Esther.

Para os pais que trabalham e não têm condições de ficar com o filho durante o dia, Fátima alerta que não é indicado deixar a criança sozinha em casa. "Por questão de segurança, recomendo encontrar alternativas, pois os pais não sabem o que ela estará fazendo em casa sem ninguém. Uma dica é combinar com outros pais e reunir as crianças em um mesmo local, pois esta convivência com colegas da mesma idade é muito importante e enriquecedora".

Outra dica da assessora pedagógica é mandá-la para a casa dos avós ou outros parentes. "Dividir momentos com a família é fundamental na formação da criança e rende recordações para a vida inteira. Além disso, em alguns casos, existe a possibilidade de visitar outra cidade, conhecendo novos lugares e vivendo experiências diferentes", aponta Fátima.

Uma opção aos pais são as colônias de férias. A Escola Atuação oferece este serviço para todos os alunos há 25 anos e atende crianças entre 18 meses e 12 anos. Durante a colônia, o colégio desenvolve diversas atividades, como jogos, pescarias, teatro, dia do circo, visitas externas, etc.

"O legal da colônia é justamente as coisas diferentes, por isso fazemos maratonas, gincanas, passeios ao teatro, ao Passeio Público, à Biblioteca Pública e a museus. Dentro da estrutura do colégio, temos piscina e uma Estação Ecológica, o que permite diversas brincadeiras e o contato com a natureza", conta Esther.
Espero que você tenha gostado desse texto.

Conheça os Manuais para Professor de Educação Física
Tenha Exercícios em Vídeos para Aulas de Educação Física
Trabalhe com Educação Física
Segue no Instagram!
Receba nossos links no Telegram e no Whatsapp .

terça-feira, 24 de julho de 2012

Idosos podem e devem praticar exercícios físicos


Idosos podem e devem praticar exercícios físicos

Já é muito bem estabelecido que atividade física traz muitos benefícios  para a saúde física e mental, e isso não poderia ser diferente na terceira idade: todo idoso pode e deve praticar algum tipo de atividade física. Qualquer atividade física é melhor que nenhuma, ou seja, não é necessário realizar uma atividade 5 vezes por semana para começar a colher os frutos. Se um idoso começar caminhando 1 vez por semana, depois de algum tempo já notará os resultados.

Entretanto é fundamental que os idosos tomem alguns cuidados  antes de iniciar uma atividade física. Primeiramente é necessário consultar um médico geriatra para que seja realizada uma avaliação clínica de seu estado de saúde e de sua capacidade física. Depois de liberado para iniciar uma atividade física por seu médico, o idoso deve procurar as orientações de um educador físico para diminuir os riscos de lesões, para adequar um programa que respeite as limitações de cada praticante, além de auxiliar a encontrar uma modalidade que mais se encaixe nas preferências e no perfil de cada um. Não existe uma idade limite para se iniciar a prática de atividade física, ou seja, nunca é tarde para começar.

Os benefícios são muitos: o ganho de força, a melhora do equilíbrio e o aumento da amplitude dos movimentos, levando à melhora da funcionalidade, o que facilita a realização das atividades do dia a dia; a prevenção de quedas; a prevenção de declínio cognitivo; a melhora do funcionamento intestinal; o aumento da autoestima; o aumento da capacidade cardiopulmonar e o auxílio no combate de sintomas de doenças como depressão, doença pulmonar obstrutiva crônica, mal de Alzheimer, entre outras.

As modalidades mais recomendadas são aquelas que tragam prazer e que estimulem o idoso a uma prática regular. Quando for optar por uma modalidade específica, o idoso deve levar em conta a preferência pessoal, facilidade de acesso, se há exigência de uma instalação específica para sua prática (ex.: piscina, academia, etc.), custo financeiro e se a modalidade escolhida é compatível com sua condição física. Por exemplo: um idoso com artrose severa de joelhos terá mais facilidade de exercitar-se na piscina.

A prática de atividade física não é isenta de riscos em nenhuma faixa etária. Os idosos devem respeitar seus limites individuais e sempre seguir as orientações de seu médico e educador físico. Sempre que apresentar alguma dor ou desconforto, deverá reportá-lo e valorizá-lo para que essa prática não cause lesões nem torne-se prejudicial a sua saúde.

Não há uma restrição generalizada por modalidade, mas algumas vão exigir uma preparação mais específica e supervisionada e alguns pacientes podem apresentar restrições individuais que podem impedi-los de exercer alguma modalidade específica. Por exemplo, um paciente com sequela de um acidente vascular encefálico que não movimente uma de suas pernas não poderá praticar ciclismo, mas conseguirá praticar a natação.

Mas atenção: sempre que for iniciar uma atividade física, o idoso deve antes consultar seu médico.
Espero que você tenha gostado desse texto.

Conheça os Manuais para Professor de Educação Física
Tenha Exercícios em Vídeos para Aulas de Educação Física
Trabalhe com Educação Física
Segue no Instagram!
Receba nossos links no Telegram e no Whatsapp .

domingo, 22 de julho de 2012

Férias podem ser período para sair do sedentarismo e perder peso


As férias de julho costumam ser um momento de descanso e relaxamento com o corpo para muita gente. Mas este período pode ser aproveitado na direção contrária, com o início de uma atividade física regular e atenção extra em relação aos alimentos, que no inverno acabam se tornando mais gordurosos e calóricos, na tentativa do organismo em estabilizar a temperatura.

Para manter-se saudável sem trabalho ou aula, nas horas passadas em casa ou viajando, os especialistas recomendam dar pelo menos dez mil passos por dia, o equivalente a 8 km, considerando que um passo médio tenha 80 cm. No caso dos sedentários, a dica é ir devagar, aumentando dois mil passos por semana.

"A pessoa pode comprar um aparelho chamado podômetro, para medir os passos, o que custa entre R$ 50 e R$ 100. Quem não quiser ou não puder gastar tem a opção de fazer caminhadas e avaliar a intensidade pela capacidade da fala enquanto anda. Se não conseguir executar as duas coisas ao mesmo tempo, é porque o ritmo está bem acelerado", aponta o educador físico Mauro Guiselini.

A velocidade de uma caminhada leve, o que dá para visualizar melhor em uma esteira do que ao ar livre – embora esta opção seja mais prazerosa –, gira em torno de 3 km/h a 4 km/h. Uma atividade moderada fica entre 5 km/h e 6 km/h, enquanto uma intensa ultrapassa os 7 km/h.

No dia a dia, Guiselini e a endocrinologista Cintia Cercato sugerem que as pessoas andem mais a pé, usem escadas normais em vez das rolantes ou dos elevadores, desçam do ônibus um ponto antes do destino e dancem mais, uma atividade que ajuda a relaxar e também tem um alto gasto energético.

É importante também planejar as refeições nas férias, criar horários para comer e evitar se alimentar na frente do computador ou da televisão, para não perder o foco"
Cintia Cercato,
endocrinologista

"É importante também planejar as refeições nas férias, criar horários para comer e evitar se alimentar na frente do computador ou da televisão, para não perder o foco. Além disso, é preciso cuidar com os excessos: se você comer um fondue ou outra coisa gordurosa, compense com algo mais light depois", indica Cintia.

A médica destaca que um indivíduo médio que precisa de 1.800 kcal por dia e passa a ingerir 2.500 kcal nesse período de folga é capaz de ganhar até 3 kg de gordura corporal em um mês, caso não se movimente o necessário. Isso porque, para cada quilo acumulado, são armazenadas cerca de 7 mil kcal extras.

E os especialistas destacam que avaliar apenas o peso não resolve, pois pessoas com muita massa muscular podem parecer gordas ao subirem na balança. Por isso, a dica é ter sempre à mão uma fita métrica: mulheres com cintura acima de 80 cm e homens com circunferência da barriga superior a 94 cm já devem acionar o sinal de alerta. Vale lembrar que o peso também tem "memória", o que pode levar até cinco anos para se estabilizar.

Questionário de prontidão para atividade física
1 - Seu médico já disse que você tem algum problema cardíaco e recomendou atividade física apenas sob supervisão médica?
2 - Você sente dor no peito causada pela prática de exercícios?
3 - Você sentiu dor no peito no último mês?
4 - Você já perdeu a consciência ou o equilíbrio por causa de tontura?
5 - Você tem algum problema ósseo ou articular que poderia ser agravado com a prática de atividade física?
6 - Seu médico já lhe prescreveu medicamentos para pressão arterial ou coração?
7 - Você tem conhecimento, pela própria experiência ou aconselhamento médico, de alguma outra razão física que o impeça de praticar atividade sem supervisão profissional?

Teste para iniciantes
Quem sempre foi sedentário ou está parado há algum tempo deve ir com calma. Uma indicação de Guiselini é responder a um conjunto de sete perguntas formulado por autoridades canadenses e chamado Par-Q, sigla em inglês para "Questionário de prontidão para atividade física" (veja ao lado).

Se você responder "sim" a uma única pergunta, é sinal de que precisa passar por uma avaliação médica antes de começar um programa de exercícios. Exames clínicos, de sangue e um teste de esforço podem identificar eventuais restrições. Indivíduos com hipertensão, colesterol e/ou triglicérides altos, diabetes, obesidade, doenças cardiovasculares ou idade acima dos 35 anos devem redobrar a atenção.

No caso da pressão, o efeito agudo da atividade, ou seja, aquele provocado no pico do movimento, é aumentar os níveis dos batimentos cardíacos e causar uma pequena destruição nos tecidos, mas o impacto crônico – obtido ao longo do tempo – é exatamente o oposto: pressão mais baixa e músculos desenvolvidos, de acordo com Guiselini.

Na hora de pôr tudo isso em prática, o educador físico e a endocrinologista lembram que é fundamental usar roupas e sapatos adequados, estar bem hidratado (tomar água e sucos inclusive durante a atividade), não praticar nada em jejum e preferir os carboidratos integrais, que aumentam a saciedade.

Alimento Quantidade Valor energético (em kcal)
Fondue de chocolate preto 100 g 430
Fondue de chocolate branco 100 g 360
Fondue de queijo com pão 100 g 380
Fondue de carne 100 g 233
Fondue de queijo com vegetais 100 g 220
Fondue de morango light 100 g 152
Fondue de vegetais 100 g 70
Sopa de feijão com macarrão 250 ml 345
Sopa de lentilha 250 ml 280
Creme de palmito 250 ml 255
Sopa de tomate 250 ml 150
Caldo verde 250 ml 135
Sopa de legumes com folhas 250 ml 88
Torta de maçã 1 fatia 237
Torta de frango 1 fatia 198
Maçã assada com canela 1 unidade 147
Chocolate quente submarino (com barra de chocolate ao leite de 50 g) 100 ml 345
Chocolate quente 100 ml 265
Chocolate quente light 100 ml 45
Capuccino 100 ml 230
Café expresso com açúcar 50 ml 26
Café expresso com adoçante 50 ml 3
Chá sem açúcar 1 xícara 0
Vinho 1 taça 108
Conhaque 1 dose 125

Comidas de inverno
Além de se mexer durante as férias e o inverno, uma alternativa para não engordar nesta época é se alimentar melhor. A nutricionista do esporte Erica Tatiana Alves ressalta que, no frio, o corpo aumenta o gasto energético em 10% a 20%, o que pode significar entre 200 kcal e 400 kcal a mais, se considerarmos um valor calórico de 2 mil kcal por dia. Resultado: a fome aumenta, principalmente por comidas quentes e gordurosas.

"Cafeína, gengibre, pimenta e canela são alimentos termogênicos, que favorecem o gasto energético. Mas quem é hipertenso, tem insônia ou problema no estômago deve tomar cuidado",  cita a nutricionista.

Segundo ela, as fibras (como aveia, linhaça e gérmen de trigo) também ajudam a aumentar um pouco a perda calórica, além de contribuirem para o funcionamento intestinal e manter os níveis de colesterol.

Mas como fugir de comidas tão atrativas e "aconchegantes", que têm a cara do inverno? São dezenas de opções: fondues, sopas, cremes, chocolate quente, capuccino, vinho, caramelos, brownies, biscoitos amanteigados. Erica destaca que, dependendo dos ingredientes e dos acompanhamentos, um simples capuccino pode se transformar em uma refeição completa.

"Dê preferência para alimentos com menos gordura. Por exemplo, no fondue de queijo, troque o amarelo pelo branco, requeijão ou cream cheese; o leite integral pelo desnatado; o pão branco pelo integral; e o óleo da fritura por caldo temperado com legumes", enumera.

Para uma versão ainda mais light, é possível trocar o pão por vegetais cozidos no vapor, como cenoura, brócolis, couve-flor, abobrinha e berinjela, temperados a gosto. Caso o fondue seja de chocolate, opte por uma versão com 75% de cacau ou meio-amarga, além de um creme de leite light.

Quem gosta de sopa, as feitas à base de legumes e verduras são menos calóricas. Evite ingredientes com muita gordura ou carboidrato, como creme de leite, molho branco, amido de milho, massas, arroz e batata. O creme de leite e o leite ainda podem ser light ou substituídos por iogurte desnatado, igualmente saboroso e mais rico em nutrientes.

"Para os fãs de doces, vale trocar os cremes e chantili por frutas, o açúcar por adoçante e o achocolatado por cacau em pó. Também não esqueça de fracionar as refeições ao longo do dia: não fique mais de 3 horas sem se alimentar e aposte nas pequenas porções intermediárias. Além disso, coma sem pressa", diz Erica.

Espero que você tenha gostado desse texto.

Conheça os Manuais para Professor de Educação Física
Tenha Exercícios em Vídeos para Aulas de Educação Física
Trabalhe com Educação Física
Segue no Instagram!
Receba nossos links no Telegram e no Whatsapp .

Veja fotos de uma "sala" de musculação, uma academia, de madeira


Academia caseira (Foto: Ilya Naymushin/Reuters)

Academia caseira 2 (Foto: Ilya Naymushin/Reuters)


Academia caseira 3 (Foto: Ilya Naymushin/Reuters)


Apicultor e psicólogo russo Valery Titov, de 63 anos, cria academia caseira com 20 aparelhos feitos de madeira como cedro e pinho. As peças não levam nenhum tipo de metal. Ele
vive em fazenda a cerca de 120 km da cidade siberiana de Krasnoyarsk. Invenção tem 20 equipamentos de ginástica, pode ser usada para musculação e fisioterapia e já foi patenteada, mas ainda não atraiu atenção de investidores.

Homem que construiu academia de madeira vive na vila de Novopyatnitskoye e é formado em psicologia pela Leningrad State University, onde atualmente fica São Petersburgo, na Rússia  (Foto: Ilya Naymushin/Reuters)
Espero que você tenha gostado desse texto.

Conheça os Manuais para Professor de Educação Física
Tenha Exercícios em Vídeos para Aulas de Educação Física
Trabalhe com Educação Física
Segue no Instagram!
Receba nossos links no Telegram e no Whatsapp .

sexta-feira, 20 de julho de 2012

7 benefícios da capoeira infantil

Foi no século 16 que a Capoeira surgiu pela primeira vez em terras brasileiras. Mistura de forma de luta e culto religioso, ela veio junto dos negros que, originários da África, foram trazidos aos milhares para o trabalho escravo. Naturalmente, eles não tinham liberdade alguma de praticar suas tradições, por isso, a Capoeira era então apresentada de modo disfarçado, como se fosse uma dança com canto e mais nada. Aos poucos, porém, ela acabou por vingar em todo o Nordeste do País, ganhando diversidade de estilos - um dos mais populares (e antigos) é chamado de Capoeira Angola, caracterizado por golpes baixos, rentes ao chão, e animado pela música de ritmo lento.

A criança que pratica Capoeira aprende não apenas a jogar como também a cantar (o que tem sido transmitido oralmente há séculos, cantos africanos especialmente criados para esse tipo de atividade) e a tocar (entre os instrumentos mais tradicionais, destaque para o berimbau, o pandeiro e o caxixi, um chocalho feito de sementes). O jogo de Capoeira também aprimora o controle emocional, estimulando a observação e a defesa, quando necessária, ao contrário de incentivar a agressividade e a violência. "No caso do estilo Angola de Capoeira, ele consegue traduzir com ritmo e movimento corporal as ideias da educação humanista", reforça Ana Cristina Marotto, orientadora educacional e pedagógica do Colégio Equipe, em São Paulo. "É ótima ferramenta para a formação moral, física e cognitiva."

Recomendado para alunos de 3 a 11 anos, o jogo de Capoeira ajuda de inúmeras maneiras o desenvolvimento tanto de meninos quanto de meninas. Veja os benefícios a seguir.

Para ler, clique nos itens abaixo:

1. Difunde o valor da defesa - e não do ataque
A Capoeira é um jogo que faz clara distinção entre defesa e ataque - diferenciação essa que pode influenciar um estilo de comportamento e um modo de pensar por toda a vida. Quem pratica Capoeira não é, portanto, estimulado a sair atacando para depois ver no que vai dar, mas sim olhar, refletir e, se for realmente necessário, saber agir de modo a cuidar da própria defesa. Quanto mais cedo a criança souber fazer essa distinção, mais rápido será o seu entendimento de como a violência não vale a pena.

2. Ajuda na formação moral
A aula de Capoeira normalmente começa com uma roda de conversa, onde são discutidas as regras de convívio e de participação de cada um etc. É uma atividade que desenvolve o respeito, a tolerância. Porque as crianças estão sempre interagindo entre si para realizar o mais simples gesto - cada uma delas precisa, por exemplo, ter cuidado com o movimento que pretende fazer para não machucar o outro, assim como conviver com o jeito de ser de cada colega, entendendo que o jogo acontece entre todos, independentemente do talento ou da ausência dele. Todos são iguais - e, em lugar de apontar os melhores (e os piores) jogadores, o que se incentiva é a parceria, ensinar o que já sabe de modo a que o colega possa evoluir também.

3. Desenvolve e amplia a cognição
Quem pratica Capoeira recebe informação sobre a cultura popular, a origem do jogo em si, as tradições celebradas em músicas e canções, os instrumentos que animam a atividade e por aí afora. É um conhecimento transmitido a cada roda de conversa, no início da aula, aumentando o repertório dos alunos sobre a formação do povo brasileiro, enfim, a história do próprio País. Não se trata de um tipo de informação feito para decorar, mas sim atiçar o interesse da criança pela nossa identidade cultural.

4. Desperta a curiosidade infantil
Quem pratica Capoeira tem sua percepção sonora estimulada pelo uso de instrumentos musicais, assim como a consciência do próprio corpo é alimentada por movimentos pouco usuais. Trata-se de uma atividade que abre um leque de oportunidades - meninas e meninos podem descobrir, ao jogar Capoeira, o gosto por danças populares, outros, por canto, todos eles indo atrás de cursos específicos. Em suma: um despertar de aptidões, fonte valiosa de conhecimento e amor próprio.
5. Promove o desenvolvimento físico
O jogo de Capoeira explora dois caminhos antagônicos, o equilíbrio e o desequilíbrio - como é que se leva um tombo e depois se recupera o prumo -, situações essas de valor semelhante, afinal, o desequilíbrio também pode afetar e desestruturar emocionalmente, daí ser preciso assumir estratégias para recuperar o equilíbrio e seguir no jogo. Tudo isso diz respeito aos golpes típicos da Capoeira - entre eles, a ginga, o rabo de arraia, a meia lua e a estrela. Movimentos que exigem equilíbrio e tônus muscular, trabalhando com as pernas, os braços, o tronco, a cintura etc. O aluno precisa ganhar elasticidade, equilíbrio e autoconfiança para se lançar no espaço sem medo de se esborrachar no chão. É desse modo que as crianças aprendem a reconhecer os limites do corpo, adquirindo segurança sobre o próprio desempenho.

6. Estimula o controle emocional
Mexer com o corpo significa lidar com algumas das nossas emoções mais primitivas - a agressividade, por exemplo. É verdade que o jogo da Capoeira expõe cada aluno perante o grupo, mas ele também consegue reforçar o controle sobre situações delicadas, caso de ficar envergonhado por não fazer direito uma estrela, não ter ritmo para gingar etc. Como? Aulas de Capoeira valorizam o potencial de cada um, o que já conquistou e sabe fazer bem - afinal, todas as crianças têm competências garantidas e outras, a serem desenvolvidas. Ou ainda: todas têm capacidades para aprender e desenvolver, cada um em seu tempo de aprendizado que deve ser respeitado.

7. Combate as inibições
Na aula de Capoeira, a criança é insistentemente estimulada a dançar, jogar, tocar e cantar. Não há, portanto, espaço para timidez - e ela entende que terá de se expor ao grupo com todas as suas imperfeições. Aos poucos, o medo ou qualquer outro tipo de insegurança perde a força, até porque essa criança se sente cada vez mais à vontade no universo dominado pelo respeito, como é o da Capoeira.
Espero que você tenha gostado desse texto.

Conheça os Manuais para Professor de Educação Física
Tenha Exercícios em Vídeos para Aulas de Educação Física
Trabalhe com Educação Física
Segue no Instagram!
Receba nossos links no Telegram e no Whatsapp .

quinta-feira, 19 de julho de 2012

Sedentarismo mata cerca de 5 milhões de pessoas por ano no mundo


Um terço da população mundial adulta é fisicamente inativa e o sedentarismo mata cerca de cinco milhões de pessoas anualmente, segundo estudo de especialistas publicado nesta quarta-feira na revista de medicina britânica The Lancet.

De acordo com o trabalho, três a cada 10 indivíduos com mais de 15 anos - o que representa 1 bilhão e meio de pessoas no mundo - não seguem as recomendações de atividade física. O problema foi descrito pelos cientistas como uma "pandemia".

O quadro para os adolescentes é ainda mais preocupante. Quatro em cada cinco adolescentes com idades entre 13 e 15 anos não se exercitam o suficiente.

A inatividade física é descrita no estudo como a falta de exercícios moderados por uma duração de 30 minutos, cinco vezes por semana, e práticas mais rigorosas durante 20 minutos, três vezes por semana, ou até mesmo a combinação das duas coisas.

Os pesquisadores também comprovaram que o sedentarismo aumenta com a idade, é maior entre as mulheres e predomina em países ricos.

Um segundo estudo, comparando atividades físicas com estatísticas de incidência de doenças como diabetes, problemas cardíacos e câncer, mostrou que a falta de exercício é responsável por mais de 5,3 milhões das 57 milhões de mortes ocorridas em todo o mundo, em 2008.

O documento diz ainda que inatividade é um fator de risco comparável ao fumo e à obesidade.

De acordo com o estudo, a falta de exercício causa cerca de 6% das doenças coronarianas, 7% dos casos de diabetes tipo 2, que é a forma mais comum, e ainda 10% dos cânceres de cólon e mama.

Reduzir o sedentarismo em 10% pode eliminar mais de meio milhão de mortes a cada ano, segundo os especialistas, que acrescentam ainda que as estimativas são conservadoras.

O corpo humano precisa de exercícios para manter ossos, músculos, coração e outros órgãos com o funcionamento ideal. Mas as pessoas estão andando, correndo e pedalando cada vez menos e passando mais tempo em carros e na frente do computador.

Ao generalizar a atividade física, a expectativa de vida da população mundial poderia aumentar em 0,68 ano, quase como se todos os americanos obesos voltassem ao peso normal, acrescenta o estudo. Também estima-se que o tabaco mate 5 milhões de pessoas por ano.

De acordo com outro estudo realizado em 122 países e liderado pelo Dr. Pedro C. Hallal (Universidade de Pelotas, Brasil), um terço dos adultos e quatro adolescentes a cada cinco no mundo não praticam atividade física suficiente, o que aumenta de 20 a 30% o risco de ter doenças cardiovasculares, diabetes e alguns cânceres.

A maioria dos adultos inativos é encontrada em Malta (71%), Sérvia (68%), Reino Unido (63%), enquanto a Grécia e a Estônia estão em as nações que mais se movimentam, com apenas 16 e 17% respectivamente de pessoas inativas.

"Na maioria dos países, a inatividade aumenta com a idade e é maior entre mulheres do que entre os homens (34% contra 28%). A inatividade também aumenta em países de alta renda", acrescenta Dr. Hallal.

Sobre a questão de como convencer as pessoas a se movimentarem, nenhum estudo tem uma receita miraculosa. De acordo com Gregory Heath (University of Tennessee), que estudou diferentes tentativas entre 2001 e 2011, as medidas mais eficazes são as campanhas dos meios de comunicação e pequenas mensagens, como "subir de escada ao invés de elevador". Ele também cita o exemplo de clubes de caminhada, a criação de ciclovias ou a proibição pontual da circulação de carros nos centros das cidades.

Os esforços são particularmente necessários em países com renda baixa e média, onde as mudanças econômicas e sociais podem reduzir rapidamente a atividade física, até então relacionada com o trabalho e transporte, acrescenta Heath.

Fonte

Espero que você tenha gostado desse texto.

Conheça os Manuais para Professor de Educação Física
Tenha Exercícios em Vídeos para Aulas de Educação Física
Trabalhe com Educação Física
Segue no Instagram!
Receba nossos links no Telegram e no Whatsapp .

quarta-feira, 18 de julho de 2012

Modalidades mais procuradas por homens e mulheres nas academias

Selecionamos aqui as modalidades que mais estão fazendo sucesso nas academias e explicamos o que cada uma delas faz pela sua saúde, bem estar e auto-estima. Confira.

Mulheres
A mulherada é que mais corre para as academias quando as temperaturas começam a se elevar. Os exercícios mais buscados por elas são os aeróbicos.

Os campeões das academias:

Power jump – A modalidade proporciona condicionamento físico, alto gasto calórico e melhora da postura utilizando um mini-trampolim. Cerca de 60 minutos de diversão gastam em torno de 700 calorias, além de tonificar os membros inferiores e melhorar a contração abdominal, as habilidades motoras e a condição cardiovascular.  As músicas são explosivas e as coreografias simples de serem desenvolvidas.

RPM – Também chamada de bike in door, a modalidade mistura música e trajetos imaginários em cima de uma bicicleta ergométrica. O professor motiva o grupo e conduz os alunos a subidas lentas, pequenos tiros e giros de recuperação. O exercício gasta em torno de 700 calorias em 45 minutos. Porém, o emagrecimento não é a única vantagem deste exercício, a pedalada também rende maior disposição física, ganho considerável na força e é um ótimo exercício cardiovascular.

Boxe feminino – Nesta aula só entram mulheres. Os professores preocupam-se muito mais em ensinar a técnica e colocar a mulherada em forma, do que com o contato físico – que muitas vezes pode machucar. As mulheres estão aderindo ao boxe graças à grande perda de calorias que a luta proporciona. Só no aquecimento - que envolve pular corda, corrida, abdominais e flexões, a perda de calorias é gigantesca. Uma hora de treino queima cerca de 500 calorias, além de tonificar músculos e ajudar na flexibilidade e nos reflexos.

Homens
Homens não costumam entrar nas modinhas e nem variar muito as modalidades na academia. Eles quase sempre têm preferência pela musculação. Eles também frequentam aulas de lutas, onde os homens predominam.

Os campeões das academias:

Boxe – Diferente da aula das mulheres, os homens preferem aprender a lutar de verdade. Mas os benefícios são os mesmos do boxe feminino. O aquecimento também é o momento mais puxado da aula, o que ajuda a fazer sumir as indesejáveis gordurinhas. É bom lembrar que a luta não é sinônimo de violência, um bom professor vai saber ensinar a técnina e conduzir a aula sem que ninguém se mechuque com gravidade.

Taekwondo – A arte marcial é de origem coreana, mas já ganhou adeptos pelo mundo inteiro. Em coreano, o significado do nome da luta quer dizer: caminho dos pés e das mãos através da mente. Como em outras artes marciais, o treinamento não é apenas físico, mas também mental. O taekwondo, além de desenvolver a concentração e disciplina, é um grande aliado da força, velocidade, equilíbrio, flexibilidade e resistência. O que a difere de outras lutas são, principalmente, os chutes.

Muay Thai – Também conhecido como Boxe Tailandês, a luta ajuda na auto defesa, flexibilidade, agilidade e auto-confiança. A arte utiliza socos, chutes, cotoveladas e joelhadas e é considerada a luta mais completa do mundo. 

Terceira idade
As pessoas mais velhas não buscam tanto a perfeição da aparência física, mas sim qualidade de vida. Os idosos, muitas vezes, não podem fazer esforços excessivos, mas ficar parado é ainda pior. O ideal, segundo Nilo, é que a terceira idade exercite-se para não deixar de fazer suas tarefas diárias com facilidade. "Depois de uma certa idade até levantar da cama fica difícil", exemplifica. Por isso a atividade física é tão importante para que os idosos continuem ativos e de bem com a vida.

Os campeões das academias:

Pilates - O método Pilates foi desenvolvido pelo alemão Jopeph Pilates, no início da década de 1920, e tem como base o controle consciente de todos os movimentos musculares do corpo. O foco da modalidade é a promoção da saúde como um todo, com exercícios que trazem melhora da postura e, inclusive, alívio de dores na coluna pelo fortalecimento abdominal, com consideráveis ganhos na qualidade de vida do praticante. Além disso, quem pratica fortalece os músculos fracos, alonga os que estão encurtados e aumenta a mobilidade das articulações.

Ritmos – São aulas de dança que envolvem pouca técnica, ninguém vai sair dançarino de uma aula de ritmos. A finalidade do exercício é se movimentar e divertir com passos de dança que podem ser acompanhados por todos na aula. Geralmente, o professor faz a coreografia e os alunos imitam.

Treinamento funcional – Este exercício representa uma volta à utilização dos padrões fundamentais do movimento humano (como empurrar, puxar, agachar, girar, lançar, dentre outros) e é ideal para os idosos que estão sentindo dificuldades de locomoção no cotidiano.

Espero que você tenha gostado desse texto.

Conheça os Manuais para Professor de Educação Física
Tenha Exercícios em Vídeos para Aulas de Educação Física
Trabalhe com Educação Física
Segue no Instagram!
Receba nossos links no Telegram e no Whatsapp .

Sedentarismo mata tanto quanto cigarro, diz estudo


Um estudo divulgado a poucos dias do início das Olimpíadas diz que a falta de exercícios tem causado tantas mortes quanto o tabagismo.

A pesquisa, publicada na revista médica Lancet, estima que um terço dos adultos não têm praticado atividades físicas suficientes, o que tem causado 5,3 milhões de mortes por ano em todo o mundo.

A inatividade física é responsável por uma em cada dez mortes por doenças como problemas cardíacos, diabetes e câncer de mama e do cólon, diz o estudo.

Os pesquisadores dizem que o problema é tão grave que deve ser tratado como uma pandemia.

Eles afirmam que a solução para o sedentarismo está em uma mudança generalizada de mentalidade, e sugerem a criação de campanhas para alertar o público dos riscos da inatividade, em vez de lembrá-lo somente dos benefícios da prática de esportes.

Segundo a equipe de 33 pesquisadores vindos de centros de vários países diferentes, os governos deveriam desenvolver formas de tornar a atividade física mais conveniente, acessível e segura.

Um dos coordenadores da pesquisa é Pedro Hallal da Universidade Federal de Pelotas. "Com as Olimpíadas 2012, esporte e atividade física vão atrair uma tremenda atenção mundial, mas apesar do mundo assistir a competição de atletas de elite de muitos países, a maioria dos espectadores será de sedentários," diz ele.

"O desafio global é claro: tornar a prática de atividades físicas como uma prioridade em todo o mundo para aumentar o nível de saúde e reduzir o risco de doenças".

No entanto, a comparação com o cigarro é contestada por alguns especialistas.

Se o tabagismo e a inatividade matam o mesmo número de pessoas, o número de fumantes é bem menor do que o de sedentários, tornando o tabaco muito mais perigoso.

Para Claire Knight, do Instituto de Pesquisa de Câncer da Grã-Bretanha, "quando se trata de prevenção de câncer, parar de fumar é de longe a coisa mais importante que você pode fazer".

América Latina

Na América Latina e no Caribe, o estudo mostra que o estilo de vida sedentário é responsável por 11,4% de todas as mortes por doenças como problemas cardíacos, diabetes e câncer de mama e do cólon. No Brasil, esse número sobe para 13,2%.

Os países com as populações mais sedentárias da região são Argentina, Brasil e República Dominicana. O com a população menos sedentária é a Guatemala.

A inatividade física na América Latina seria a causa de 7,1% dos casos de doenças cardíacas, 8,7% dos casos de diabetes tipo 2, 12,5% dos casos de câncer de mama e 12,6% dos casos de câncer de cólon.

No Brasil, ela é a causa de 8,2% dos casos de doenças cardíacas, 10,1% dos casos de diabetes tipo 2, 13,4% dos casos de câncer de mama e 14,6% dos casos de câncer de cólon.

A doutora I-Min Lee, do Hospital Brigham e da Escola Médica da Universidade de Harvard, que dirigiu o estudo, assinalou que todos esses casos poderiam ter sido prevenidos se a população de cada país e cada região fosse mais fisicamente ativa.

Ela diz que na região das Américas poderiam ser evitadas cerca de 60 mil mortes por doenças coronárias e 14 mil mortes por câncer de cólon.

Desafio global

É recomendado que adultos façam 150 minutos de exercícios moderados, como caminhadas, ciclismo e jardinagem, toda a semana.

O estudo indica que as pessoas que vivem em países com alta renda per capita são as menos ativas. Entre os piores casos está a Grã-Bretanha, onde dois terços da população não se exercitam regularmente.

A presidente da Faculty of Public Health, órgão que formula políticas e normas de saúde pública da Grã-Bretanha, professora Lindsey Davies, diz que "precisamos fazer o possível para que as pessoas cuidem da sua saúde e façam atividade física como parte da vida cotidiana".

"O ambiente em que vivemos tem um papel importante. Por exemplo, pessoas que se sintam inseguras no parque mais próximo vão evitar de usá-lo."
Espero que você tenha gostado desse texto.

Conheça os Manuais para Professor de Educação Física
Tenha Exercícios em Vídeos para Aulas de Educação Física
Trabalhe com Educação Física
Segue no Instagram!
Receba nossos links no Telegram e no Whatsapp .

terça-feira, 17 de julho de 2012

Video: a Psicomotricidade como contribuição na aprendizagem




A Psicomotricidade contribui de maneira expressiva para a formação e estruturação do esquema corporal e tem como objetivo principal incentivar a prática do movimento em todas as etapas da vida de uma criança. Por meio das atividades, as crianças, além de se divertirem, criam, interpretam e se relacionam com o mundo em que vivem. Por isso, cada vez mais os educadores recomendam que os jogos e as brincadeiras ocupem um lugar de destaque no programa escolar desde a Educação Infantil.

A Psicomotricidade nada mais é que se relacionar através da ação, como um meio de tomada de consciência que une o ser corpo, o ser mente, o ser espírito, o ser natureza e o ser sociedade. A Psicomotricidade está associada à afetividade e à personalidade, porque o indivíduo utiliza seu corpo para demonstrar o que sente.

Vitor da Fonseca (1988) comenta que a "PSICOMOTRICIDADE" é atualmente concebida como a integração superior da motricidade, produto de uma relação inteligível entre a criança e o meio.

Na Educação Infantil, a criança busca experiências em seu próprio corpo, formando conceitos e organizando o esquema corporal. A abordagem da Psicomotricidade irá permitir a compreensão da forma como a criança toma consciência do seu corpo e das possibilidades de se expressar por meio desse corpo, localizando-se no tempo e no espaço. O movimento humano é construído em função de um objetivo. A partir de uma intenção como expressividade íntima, o movimento transforma-se em comportamento significante. É necessário que toda criança passe por todas as etapas em seu desenvolvimento.

O trabalho da educação psicomotora com as crianças deve prever a formação de base indispensável em seu desenvolvimento motor, afetivo e psicológico, dando oportunidade para que por meio de jogos, de atividades lúdicas, se conscientize sobre seu corpo. Através da recreação a criança desenvolve suas aptidões perceptivas como meio de ajustamento do comportamento psicomotor.Para que a criança desenvolva o controle mental de sua expressão motora, a recreação deve realizar atividades considerando seus níveis de maturação biológica. A recreação dirigida proporciona a aprendizagem das crianças em várias atividades esportivas que ajudam na conservação da saúde física, mental e no equilíbrio sócio-afetivo.

Segundo Barreto (2000), “O desenvolvimento psicomotor é de suma importância na prevenção de problemas da aprendizagem e na reeducação do tônus, da postura, da direcional idade, da lateralidade e do ritmo”. A educação da criança deve evidenciar a relação através do movimento de seu próprio corpo, levando em consideração sua idade, a cultura corporal e os seus interesses. A educação psicomotora para ser trabalhada necessita que sejam utilizadas as funções motoras, perceptivas, afetivas e sócio-motoras, pois assim a criança explora o ambiente, passa por experiências concretas, indispensáveis ao seu desenvolvimento intelectual, e é capaz de tomar consciência de si mesma e do mundo que a cerca.

Bons exemplos de atividades físicas são aquelas de caráter recreativo, que favorecem a consolidação de hábitos, o desenvolvimento corporal e mental, a melhoria da aptidão física, a socialização, a criatividade; tudo isso visando à formação da sua personalidade.
Espero que você tenha gostado desse texto.

Conheça os Manuais para Professor de Educação Física
Tenha Exercícios em Vídeos para Aulas de Educação Física
Trabalhe com Educação Física
Segue no Instagram!
Receba nossos links no Telegram e no Whatsapp .

Arritmia Cardíaca: principal causa de morte súbita em atletas


Arritmia cardíaca é uma das principais causas de morte súbida em atletas

Há um tempo atrás, Renato Abreu, jogador do Flamengo, teve um problema de arritmia cardíaca e teve que se afatsar dos gramados para se tratar. Renato junta-se à lista de desportistas com cardiopatias. Entre os nomes estão o ex-atacante Washington, que jogou por Fluminense e São Paulo, e Fabrício Carvalho,atualmente no Ferroviária de Araraquara. Morreram enquanto atuavam o zagueiro Serginho, ex-São Caetano, o lateral-esquerdo Antonio Puerta, então no Sevilla, o jogador da seleção de Camarões Marc-Vivíen Foe, entre outros. 

Pesquisa lançada em 2005 pela Sociedade Europeia de Cardiologia (SEC) indicou que foram registrados 62 casos de ataques do coração em um universo de 2.604 atletas acompanhados entre 1974 e 2004. Destes, 345 faziam parte da elite mundial. Outro estudo, realizado pelo Centro de Medicina Esportiva da Pádua, na Itália, apontou que entre os 34 mil indivíduos analisados, 621 foram proibidos de praticar suas respectivas modalidades.

Renato Abreu ficará longe dos gramados por tempo indeterminado. De acordo com o cardiologista Daniel Kopiler, presidente da Sociedade de Medicina do Esporte do Rio de Janeiro, o índice não pode ser considerado alarmante, mas mostra a necessidade de avaliações regulares para prevenir eventuais problemas de saúde que possam levar jogadores de futebol à morte.

"As arritmias cardíacas complexas, como a taquicardia ventricular e a fibrilação ventricular, são as principais causas de morte súbita entre atletas com menos de 35 anos. E o caso do Renato evidencia a importância do acompanhamento médico. Uma vez detectado qualquer distúrbio na frequência cardíaca, busca-se verificar as características do problema. O ponto-chave é identificar se há alguma má-formação na anatomia do coração. Nestes casos, a prática esportiva será proibida", esclarece. 

O que provoca a arritmia cardíaca

As arritmias cardíacas são provocadas por distúrbios nos estímulos elétricos que determinam o ritmo dos batimentos do coração. Isto faz com que o órgão bata excessivamente rápido (taquicardia), muito devagar (braquicardia), ou de forma irregular. "O coração funciona como uma espécie de bomba. Nestes episódios, pode não conseguir enviar sangue para os órgãos vitais, como o cérebro, o que leva o paciente à morte", explica Kopiler.

A arritmia cardíaca pode ser causada por doenças nas artérias coronárias, miocardites (inflamação no miocárdio), patologias infecciosas, valvulares e má-formação congênita. Em boa parte dos casos, não apresenta sintomas. Quando surgem, os mais frequentes são palpitações, sensação de que o coração deixou de dar uma batida, desmaios, falta de ar e dores no peito. Idosos, fumantes, alcoólatras, usuários de drogas, e indivíduos que se submetam a exercícios físicos intensos estão mais suscetíveis a apresentar a doença. 

Uma vez que o médico suspeite que o paciente tenha arritmia cardíaca, poderá solicitar um eletrocardiograma, um ecocardiograma,  um estudo eletrofisiológico ou Holter de 24 horas para confirmar o diagnóstico. O tratamento depende do tipo e da gravidade do caso. Entre as opções estão o uso de medicamentos, o implante de marcapassos e cardiodesfibriladores, além da ablação por cateter (cauterização das células responsáveis pela anomalia).

Com ajuda do Jornal do Brasil

Espero que você tenha gostado desse texto.

Conheça os Manuais para Professor de Educação Física
Tenha Exercícios em Vídeos para Aulas de Educação Física
Trabalhe com Educação Física
Segue no Instagram!
Receba nossos links no Telegram e no Whatsapp .

segunda-feira, 16 de julho de 2012

Artigo: A 'Iniciação Esportiva', a quem compete?

  Tendo como referência a minha experiência profissional - atuando com iniciação e como auxiliar Técnica em Natação, por cinco anos; com iniciação e como Técnica em Basquetebol, durante os últimos 12 anos e, como professora de Educação Física também na mesma média dos últimos anos - e a minha formação em Educação Física, na Licenciatura (1986), observei que é comum a compreensão de que o indivíduo que trabalha com a "iniciação esportiva" tem um perfil profissional diferente daquele que trabalha com o "treinamento esportivo".

    Porém, fazendo um paralelo entre a minha formação, atuação no campo esportivo e escolar e a atual legislação, da "Regulamentação Profissional em Educação Física" no Brasil, pude comprovar que o conteúdo do curso que fiz foi suficiente para trabalhar com a "iniciação esportiva". Na época em que estudei, sob a égide da Resolução CFE 69/69 - currículo mínimo, os cursos ofereciam conteúdos específicos relacionados às modalidades esportivas mais difundidas, bem como os procedimentos necessários para o desenvolvimento do processo ensino-aprendizagem deste conteúdo, entre outros aspectos e fundamentos.

    Da mesma forma, nestes últimos 16 anos, após a criação do Bacharelado, convivi com outros licenciados da região leste, região central e do Vale do Paraíba, interior de São Paulo, que atuam com "iniciação" de natação, handebol e basquetebol, podendo-se colocar que eram profissionais conceituados dentro de seus campos.

    A presença da "iniciação esportiva", no campo escolar, tem sido referendada por diferentes documentos que fazem menção ao "esporte" como conteúdo da Educação Física escolar, podendo-se assinalar que:

    A Portaria MEC 148/67 considera que "Artigo 1º - O programa de Educação Física constituir-se-á em um conjunto de ginástica, jogos, desportos, danças e recreação (...)". (SÃO PAULO, 1985: 158).

    Para o Decreto-Lei 69450/71 - "Artigo 2º - A educação física, desportiva e recreativa integrará, como atividade escolar regular, o currículo dos cursos de todos os graus de qualquer sistema de ensino" e Artigo 3º, ao colocar no tomo III, parágrafo 2º que a "partir da quinta série de escolarização, deverá ser incluída na programação de atividades, a iniciação desportiva" (p. 118).

    A "Educação Física no Ciclo Básico" (SÃO PAULO, 1989) - da Coordenadoria de Ensino e Normas Pedagógicas da Secretaria Estadual de São Paulo, subsídio curricular que privilegiou as primeiras séries do ensino fundamental (denominado neste período de ensino de 1º grau), propôs "fundamentos esportivos" a partir da 5ª série, incluindo os desportos individuais os desportos coletivos, suas regras e arbitragem como conteúdo para o 3º Ciclo (6ª, 7ª e 8ª séries).

    Na "Proposta Curricular de Educação Física para o 1º grau" também há a indicação para se trabalhar com a "iniciação esportiva" a partir da 5ª série (SÃO PAULO, 1991).

    Para a Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional 9394/96 - item 2, do parágrafo único, do Art. 1º, o "esporte" aparece como conteúdo obrigatório no ensino fundamental e médio, pois "2) As práticas desportivas formais e não formais, direito de cada um e dever do Estado, serão ofertados no ensino fundamental, no ensino médio e em todos os cursos superiores" (BRASIL Apud CASTELLANI FILHO, 1998: 11-12).

    Nos Parâmetros Curriculares Nacionais para Educação Física (BRASIL, 2000), Ensino Fundamental, consta que este deverá contemplar três blocos de conteúdo, sendo um deles "Esportes, jogos, lutas e ginásticas", considerando-se "esporte as práticas em que são adotadas regras de caráter oficial e competitivo, organizadas em federações regionais, nacionais e internacionais que regulamentam a atuação amadora e a profissional" (p.48). No âmbito desse encaminhamento observou-se que "os jogos pré-desportivos e os esportes coletivos e individuais" (p.72) do primeiro ciclo deverão ser desdobradas e aperfeiçoadas, no segundo ciclo.

    Sobre a questão do esporte Korsakas (2002) observou, com base no Decreto nº 2574/98, que este vem sendo utilizado, nos tempos atuais, de duas formas: como alto rendimento e como "esporte-educação". Com relação ao último, Paes (2002) considerou o esporte na escola

    "importante por várias razões: ser um dos conteúdos de educação física, de ser a escola uma agência de promoção e difusão da cultura e até mesmo por questão de justiça social, uma vez que em outras agências o acesso ao esporte será restrito a um número reduzido de crianças e de jovens associados de clubes esportivos ou clientes de academias e/ou de escolas de esportes".(p.95).

    Entretanto, no âmbito da formação como fica a questão do conteúdo "esporte, modalidade esportiva ou fundamentos esportivos", bem como do profissional que vai trabalhar com estes conhecimentos/saberes?

    Em 1987, uma nova legislação foi apresentada, no contexto das políticas públicas, com o Parecer CFE 215 e a Resolução CFE 03, provocando uma profunda mudança no âmbito da formação no campo da Educação Física. Foi criado o curso de Bacharelado e houve revisão da proposta da Licenciatura com o objetivo de melhorar a preparação profissional e delimitar os diferentes espaços da intervenção profissional.

    A criação do Bacharelado provocou, além da proposta de se ter um corpo de conhecimento organizado para a Educação Física, a retomada do projeto de regulamentação profissional na área, tendo-se em vista os diferentes campos de intervenção. Embora a profissão docente já fosse regulamentada e referendada pela LDBEN 9394/96, em seu Artigo - 67, o que estava em pauta era uma nova orientação para o campo de atuação profissional - intervenção profissional.

    Esta questão provocou um intenso debate na comunidade acadêmica, assumindo-se posições a favor e contra, pessoal ou coletiva (associações, conselho, entidade científica etc), acadêmica ou "senso comum".

    Em 1998, no dia 1 de setembro, a "profissão" Educação Física foi regulamentada, com a promulgação da Lei 9696, significando que a médio e longo prazo deveria ocorrer um "divisor de águas", uma nova demarcação territorial. Para normatizar esta idéia, na proposta da Resolução CONFEF nº 046/2002, "Intervenção do Profissional de Educação Física", foi colocado que esta deverá ocorrer nas seguintes especificidades:

  • Regência/Docência em Educação Física;

  • Treinamento Desportivo;

  • Preparação Física;

  • Avaliação Física;

  • Recreação em Atividade Física;

  • Orientação de Atividades Físicas e;

  • Gestão em Educação Física e Desporto.

    Em termos práticos o que se propõe é que o licenciado terá como campo de atuação "exclusivo" a educação formal, enquanto que ao bacharel (ou graduado) caberá os demais espaços. Porém, em se tratando de "iniciação esportiva" a quem competirá?

    Neste contexto surgiram algumas questões de estudo, como por exemplo:

    Nos currículos de formação do bacharel e do licenciado, qual preenche mais os indicativos da "iniciação esportiva" no que diz respeito a conteúdo, metodologia, prática pedagógica?

    A "iniciação esportiva" seria uma exclusividade do bacharelado?

    Para os dirigentes esportivos, qual o perfil profissional que julgam mais adequado para se trabalhar com esta faixa etária?

    O que os profissionais (bacharelados e licenciados) pensam sobre este assunto?

    Enfim, na opinião dos formadores desses profissionais, qual o perfil que estaria mais adequado, com base na proposta curricular desses cursos, a trabalhar com esta faixa etária?

    Considerando as questões levantadas este estudo tem como objetivos:

  1. averiguar, junto aos dirigentes esportivos, o perfil do profissional desejado para atuar no campo da iniciação esportiva e;

  2. identificar na proposta curricular dos cursos de Bacharelado e Licenciatura, os conteúdos relativos à iniciação esportiva e perfil profissional proposto.

    No âmbito deste segundo objetivo buscar-se-ia também verificar, junto aos egressos dos cursos de Bacharelado e Licenciatura, que trabalham com os fundamentos esportivos, como analisam a sua atuação na área da "iniciação esportiva", bem como, com os professores universitários desses cursos, as disciplinas do currículo que contribuem com a "iniciação esportiva".


As políticas públicas e o esporte na sociedade brasileira

    O Esporte chega ao século XXI, impulsionado pela mídia, com a supervalorização do alto rendimento, como sendo este o único modelo de prática esportiva (KORSAKAS, 2002).

    O ressurgimento dos Jogos Olímpicos foi de fundamental importância para a universalização da instituição esportiva, passando a ter não só um significativo valor esportivo, mas também político e econômico. Definiu-se num "modelo esportivo", padrões de funcionamento, regras e normas de conduta. Os Jogos Olímpicos transformaram-se num "(...) palco de confronto entre as grandes potências esportivas (e econômicas) mundiais." (BETTI, 1991, p.49), promovendo a elaboração de políticas esportivas.

    Betti (1991) relata que o início da esportivização, no Brasil, ocorreu por volta dos anos 50 e 60 com a substituição de exercícios militares pelo jogo de competição, visando tornar as aulas mais prazerosas e alcançar os objetivos da Educação Física como saúde, desenvolvimento intelectual, desenvolvimento moral. Neste período as publicações de cunho político-ideológico foram substituídas por artigos de investigação científica. Portanto, é nesse momento que se enraíza o modelo esportivista ao se acreditar que através do jogo o aluno se desenvolve e se manifesta plenamente; o jogo propicia o senso de responsabilidade e de coletividade, preparando-o para a vida que nada mais é do que jogo e competição.

    Este processo se perpetuou até meados dos anos 80, com diversas políticas públicas sendo desenvolvidas e objetivando a esportivização em massa; dando oportunidade a "todos", independente de classe social e condição econômica; transformando a escola em um celeiro de talentos. Um desses exemplos é a já citada Lei nº 6251/75, onde ao Poder Público caberia facilitar ações e recursos para a prática do desporto e a expansão do potencial existente.

    No Estado de São Paulo esta proposta foi disseminada, particularmente, nas Resoluções SE nº 14, de 18 de fevereiro de 1971 e SE nº 11, de 18 de novembro de 1980 quando trataram da criação e regulamentação das "turmas de treinamento" na Educação Física das escolas públicas estaduais de ensino fundamental e médio, visando a participação dos alunos em campeonatos oficiais, olimpíadas estudantis, intercâmbios esportivos e outras formas de competição na rede escolar.

    Esta idéia ganhou força com a reformulação do Desporto Nacional (Decreto 91452/85, regulamentado pela Portaria Ministerial 598/85), pois se considerou o Esporte como um dos fenômenos mais importantes do final do século XX, devendo constituir-se em DIREITO DE TODOS. Conceituou-se o Esporte no Brasil como uma "atividade predominantemente física, que enfatize o caráter formativo-educacional, seja obedecendo à regras pré-estabelecidas ou respeitando normas, respectivamente em condições formais ou não formais;", abrangendo três manifestações "esporte-educação, esporte-participação e esporte-performance". Considerando que o esporte-educação é aquele que abrange toda a população, indica que ele deva ser "um meio de descoberta e desenvolvimento de futuros participante do esporte-performance, propiciando todas as condições favoráveis para que suas capacidades psicomotoras sejam contempladas com programas efetivos e vivências desportivas de acordo com as indicações de suas faixas etárias". (BRASIL, 1985).

    Porém, este processo suscitou questionamentos em sua "ideologia", ao considerar...

  • A concepção técnico-esportiva "(...) busca contribuir com o sistema esportivo no sentido mais geral, ou seja, na descoberta e fomento do talento esportivo, através da introdução e adaptação de todos à cultura esportiva. O interesse dos profissionais em desenvolver esta concepção, é claramente orientado no rendimento esportivo nos padrões do esporte de alto rendimento." (KUNZ, 1994, p.100);

  • "(...), podemos dizer que a socialização através do esporte escolar pode ser considerada, em nossa sociedade, como uma forma de controle social, pela adaptação do praticante aos valores e normas dominantes". (BRACHT, 1986, p.62);

  • "O fato é que em geral há a crença de que o esporte é apenas para quem tem talento, ainda que estes sejam minoria. Por conta disso, quantas crianças têm sido submetidas a um tipo de pedagogia que não respeita as diferenças, que elege os resultados em curto prazo como objetivo e apenas a competição como referencial de avaliação do aprendizado?" "(...), penso que uma pedagogia comprometida apenas em revelar talentos e formar campeões tende a não se comprometer com os fenômenos humanos, (...)" (SANTANA, 2002, p.176-180)

    Por outro lado, o esporte também foi visto em outros dimensionamentos, buscando apresentar o seu significado enquanto uma prática social, uma "pedagogia social", pois...

  • "(...), nega-se a possibilidade de se olhar a competição como elemento passível de ser construído em outros patamares que não o existente, retirando-se, a priori, a possibilidade de tratá-la pedagogicamente. Tratamento pedagógico esse que venha nela particularizar o princípio do competir com, no lugar de competir contra; que contemple as diferenças sem camuflá-las, respeitando e valorizando-as igualmente. Dessa maneira, a competição esportiva presente no espaço escolar tende a distinguir-se daquela realizada em outros campos pois, diferentemente daquela, deve estar comprometida com os objetivos da instituição escolar e não com os da instituição esportiva, (...)" (CASTELLANI FILHO, 1998, p.55-56);

  • Para Paes (1997), preocupado com a competição precoce, a iniciação não é a especialização em uma determinada modalidade, "na iniciação não deve haver competição, pois neste primeiro momento a massificação deve estar presente, e não tem sentido o afunilamento existente" (p.54). Na faixa etária dos 07 aos 12 anos, dois seriam os momentos da iniciação: primeiramente, objetivando o desenvolvimento motor da criança e em um segundo momento, dar ao aluno a oportunidade de conhecer o maior número de modalidades, para em seguida, iniciá-lo na que ele escolher. Somente depois destes dois momentos é que se daria a preparação para a competição de uma modalidade específica.

  • Para Caparroz (2001, p. 35), com base em seus estudos, a "(...) reflexão sobre a constituição desta prática social (esporte) como forma cultural construída pelos homens que foi sendo assimilada e valorizada pela sociedade, tornando-se um elemento fundamental da cultura (corporal) e que, por isso, passa a ser apropriada, incorporada pela escola como um conhecimento a ser transmitido".

    Para este autor há muitos mal-entendidos e equívocos provocados pelas críticas e interpretações exacerbadas sobre o esporte, pois o uso ou a absorção "radical" e/ou "simplista" podem ter provocado esses problemas, inclusive, como por exemplo "esporte bom e esporte mau".

    Sobre o assunto, Tani el alli (1988) observou que a compreensão de como os fenômenos sociais agem sobre o ser humano e como este responde, detecta como a "competição pode ser percebida através dos tempos. (...) Esta competição pode ser pura, relativa, impessoal, criativa e direta."(p.131) e que ela pode apresentar um esforço do ser humano num sentido construtivo, ao mesmo tempo que pode ser também um processo destrutivo.

    Nesta mesma perspectiva, Betti (1988) assinalará que as virtudes e os vícios da competição já estão presentes em sua origem, no desejo de fazer o melhor, para si mesmo e para testemunhas, tendo como referência padrões, objetivos ou o confronto com um adversário. Entretanto, citando Belbenoit (1976), lembrará "que há duas formas inadequadas de responder à questão: ver apenas os defeitos da competição de alto nível, sem considerar o que ela traz de bom ao atleta, ou atribuir todos os desvios a corrupções vindas de fora - a sociedade de consumo, o chauvinismo, etc" (p.50). Numa outra passagem buscará resposta para este problema ao colocar que...

    "Parlebas (citado por Belbenoit, 1976), esclarece o caráter dialético do esporte:

    O desporto não possui nenhuma virtude mágica. Ele não é em si nem socializante nem anti-socializante. É conforme: ele é aquilo que se fizer dele. A prática do judô ou do râguebi pode formar tanto patifes como homens perfeitos preocupados com o 'fair play'... (p.114)" (p.51)

    Portanto, fazer da prática esportiva, ou do esporte, o "algoz" da sociedade ocidental sem uma reflexão mais pontual, significa ignorar o esporte enquanto um fenômeno social. Concorda-se com Parlebas e Betti, pois o "esporte" é aquilo que se faz dele nos projetos ou programas escolares.

    No cenário nacional, políticas públicas, em 1985 as próprias entidades governamentais reconheceram, Decreto nº 91452/85 e Portaria Ministerial nº 598/85, que, historicamente, o esporte era entendido com uma visão limitada, numa perspectiva apenas do esporte de alta competição (BRASIL, 1985). Talvez seja este o grande equívoco, reduzir a "iniciação esportiva" apenas ao ensino especializado de uma modalidade esportiva.

    Desta forma, não se pode negar a presença da "iniciação esportiva" ou do "esporte" como conteúdo escolar e não-escolar, afinal as modalidades esportivas constam, como já foi citado anteriormente, nas Legislações, Regimentos, Regulamentos, PCNs etc. que orientam e regulamentam as práticas esportivas dentro e fora da escola, bem como estão presentes na formação do próprio profissional que irá atuar nestes dois segmentos.


Material e método

    Na busca de respostas escolheu-se, como caminho para a coleta desses dados, o construtivismo social, partindo de uma análise compreensivista ou interpretativa, significando que esta investigação parte do pressuposto de que as pessoas agem em função de suas crenças, percepções, sentimentos e valores, preconizando a entrada no universo conceitual dos participantes. Escolheu-se como técnica para a coleta de dados a entrevista, visando colher informações relevantes sobre o objeto de estudo.

    Porém, visando verificar as potencialidades do tema de investigação procurou-se, realizar um estudo exploratório com dirigentes esportivos, três (participantes: 1 - clube esportivo; 2 - diretor de esportes de uma prefeitura; 3 - diretor de uma ONG), que, em suas instituições e/ou organizações, trabalhassem com crianças em programas de atividades físicas voltadas para a iniciação esportiva, procurando saber:

  • Que tipo de Profissional você contrataria para trabalhar com a Iniciação Esportiva?

  • Qual o perfil profissional que você exigiria para trabalhar com a Iniciação Esportiva, Aperfeiçoamento e Treinamento?

  • Que tipo de formação estes profissionais deveriam ter?

  • Qual é o perfil profissional de quem vai atuar com as crianças?

  • Para atuar com crianças há necessidade de se ter conhecimentos pedagógicos?

  • Assim, o que se procura, no bojo das questões de investigação, é saber se esta questão de estudo tem fundamento? É um problema real? Quais são os seus pressupostos?


Resultados e discussão

    Os resultados obtidos da coleta de dados apresentaram respostas pontuais com relação às questões que foram formuladas.

    Na primeira pergunta encontrou-se a seguinte descrição:

Quadro I. Perfil do Profissional para Trabalhar com Iniciação Esportiva

    Predominou entre os participantes, entrevistados, o perfil de "Educador"; embora um dos sujeitos tenha preferido o perfil do "Profissional da Educação Física", não considerando que este deverá ser formado na área, mas não negando a imagem do educador, pois não se pode negar que a carga cultural do Profissional da Educação Física está ligada à escola e ao processo da educação, como observou-se na colocação de KORSAKAS (2002), sobre o esporte nos tempos atuais.

    Na segunda, qual o perfil profissional que você exigiria para trabalhar com Iniciação Esportiva, Aperfeiçoamento e Treinamento?

Quadro II. Perfil Profissional para Trabalhar com Iniciação Esportiva, Aperfeiçoamento e Treinamento

    Nesta questão ficou mais claro para os participantes entrevistados o perfil de quem vai atuar com iniciação esportiva e o daquele que vai vincular-se com o treinamento ou o aperfeiçoamento. O perfil do "educador" para a iniciação, confirma o posicionamento de PAES (1997) de que na iniciação o principal objetivo não é a competição. Porém, para um dos participantes há a necessidade de que o "técnico" seja também educador para atuar tanto no aperfeiçoamento quanto no treinamento.

    Esta questão aparece contemplada no Decreto 91452/85 em virtude de considerar como uma das dimensões do "esporte" o seu caráter formativo-educacional.

    Com relação à terceira pergunta: que tipo de formação estes Profissionais devem ter?

Quadro III. Formação Desejada para Trabalhar com Iniciação Esportiva

    Pode-se inferir que, junto à comunidade institucionalizada, a "Profissão" Educação Física tem seu reconhecimento, bem como, o perfil "Educador/Professor" se enraíza na opinião dos participantes consultados.

    Na quarta questão: Qual é o perfil profissional de quem vai atuar com crianças?

Quadro IV. Perfil Profissional para Trabalhar com Crianças

    Se considerar que, na Legislação que referenda a Educação Física na Escola, a proposta é para se trabalhar com os fundamentos esportivos a partir da 5ª série do ensino fundamental, antigo 1º grau, em relação à quarta pergunta formulada, observa-se que há uma coincidência na faixa etária em questão.

    E com a última pergunta procurou-se saber se para atuar com crianças há necessidade de se ter conhecimentos pedagógicos? A tendência das respostas foi em apontar para esta perspectiva de saber, sendo que uma das descrições chamou a atenção para o conjunto de conhecimentos pedagógicos, didáticos e de relacionamento humano. Desse modo, ao finalizar sinteticamente este estudo exploratório percebe-se que as respostas, no plano do discurso, referendam a figura do "educador/professor" na questão "iniciação esportiva".

    Como pode ser observado, nas categorizações das respostas dos sujeitos, foi unânime a compreensão de que quem trabalha com a "iniciação esportiva" tem um perfil profissional diferente daquele que trabalha com o "treinamento esportivo". No que tange a "iniciação esportiva", o estudo exploratório trouxe como novidade, infere-se, que o perfil pedagógico-profissional do licenciado estaria mais adequado para se trabalhar com as crianças do que o do bacharelado, colocando em questão os limites da intervenção profissional.

    Nas respostas dadas a esta questão, pelos participantes desse estudo, a ênfase no perfil do educador assinalou, em seu conjunto, que este reunia as maiores condições para se trabalhar com as crianças. Porém, é imprescindível lembrar que o educador não é necessariamente professor e este, por sua vez não é também, necessariamente, educador, sendo que todo professor pode ser educador, mas o inverso não é verdadeiro. Entretanto, nesta caso em questão a figura que emerge é a do professor como educador.

    Outro dado importante, assinalado pelos dirigentes entrevistados, foi o reconhecimento de que todo profissional que irá atuar no campo esportivo deveria ter a sua formação em Educação Física com as seguintes especificações: ao "iniciador" não caberia dar ênfase à especialização esportiva, mas, sim, objetivar a educação, a formação do cidadão, motivar e promover o gosto e o hábito pela prática esportiva; enquanto que ao "técnico" caberia aprimorar a técnica e a tática, visando a "performance" em uma determinada modalidade esportiva, exigindo-se para tanto uma formação especializada. Portanto, para estes dirigentes há diferenças no perfil profissional de quem trabalha com a "iniciação esportiva" e no perfil de quem trabalha com o "treinamento esportivo". De modo que o "esporte", enquanto conteúdo da Educação Física apresenta uma interface tanto para quem vai trabalhar na escola quanto para quem vai para o clube ou entidades afins.


Conclusões

  1. Na reflexão realizada encontrou-se alguns aspectos que evidenciaram o perfil do licenciado (educador) como o mais indicado para atuar com a iniciação esportiva. Este dimensionamento ganhou destaque quando a própria legislação se referiu ao esporte como uma atividade que deve enfatizar o caráter formativo-educacional, instituindo-se a "iniciação esportiva" no âmbito dos fundamentos esportivos relacionados ao conteúdo escolar, clubes e "escolinhas". Dessa forma, considera-se existir uma interface no campo de atuação do licenciado e do bacharel (graduado) com relação a "iniciação esportiva".

  2. Enquanto estudo preliminar ou exploratório permitiu compreender que este assunto tem relevância no âmbito da formação profissional e do campo de atuação da Educação Física, merecendo uma investigação mais ampla e aprofundada.

  3. Há necessidade de se aprofundar o referencial teórico sobre o assunto, podendo-se optar pela Teoria de Campo de Pierre Bourdieu, bem como considerar aspectos relevantes da Sociologia das Profissionais.


Referências bibliográficas

  • BETTI, M. A educação física na escola brasileira de 1º e 2º graus, no período de 1930-1986: uma abordagem sociológica. Dissertação de Mestrado em Educação Física, Unesp/Rio Claro, 1988.

  • ________ Educação física e sociedade. São Paulo: Editora Movimento, 1991.

  • BRACHT, V. A criança que pratica esporte respeita as regras do jogo ... capitalista. Revista Brasileira de Ciências do Esporte, n.7, v.2, p. 62-68, 1986.

  • BRASIL. Conselho Federal de Educação. Resolução nº 69 de 02 de dezembro de 1969.

  • ________Decreto-Lei nº 80228 de 1977.

  • ________ Lei nº 6251 de 08 de outubro de 1975.

  • ________ Decreto nº 91452 de 19 de julho de 1985.

  • ________ Portaria Ministerial nº 598 de 01 de agosto de 1985.

  • ________ Congresso Nacional. Lei nº 9394 de 17 de dezembro de 1996.

  • ________ Congresso Nacional. Lei nº 9696 de 01 de setembro de 1998.

  • ________ Conselho Federal de Educação. Decreto-Lei nº 69450, de 1 de novembro de 1971.

  • ________ Conselho Federal de Educação. Parecer nº 215 de 11 de março de 1987.

  • ________ Conselho Federal de Educação. Resolução nº 03 de 16 de junho de 1987.

  • ________ Ministério da Educação. Parâmetros curriculares nacionais: educação física / Secretaria de Educação Fundamental. -2ª ed. - Rio de Janeiro: DP&A, 2000.

  • __________ Conselho Federal de Educação Física. Resolução CONFEF nº 046, de 18 de Fevereiro de 2002.

  • CAPARROZ, F.E. O Esporte como conteúdo da educação física: uma "jogada desconcertante" que não "entorta" só nossas "colunas", mas também nossos discursos. Perspectivas em Educação Física Escolar, Niterói, v. 2, n. 1 (suplemento), 2001.

  • CASTELLANI FILHO, L. Política educacional e educação física. Campinas, SP: Ed. Autores Associados, 1998.

  • KORSAKAS, P. O esporte infantil: as possibilidades de uma prática educativa. In: DE ROSE JR. D. (org.) Esporte e atividade física na infância e na adolescência: uma abordagem multidisciplinar. Porto Alegre: Artmed Editora, 2002.

  • KUNZ, E. Transformação didático-pedagógica do esporte. Ijuí: Unijuí, 1994.

  • PAES, R. R. Aprendizagem e competição precoce: o Caso do Basquetebol. - 3 ed. - Campinas, SP: Editora da Unicamp, 1997.

  • _________ A pedagogia do esporte e os jogos coletivos. In: DE ROSE JR. D. (org.) Esporte e atividade física na infância e na adolescência: uma abordagem multidisciplinar. Porto Alegre: Artmed Editora, 2002.

  • SANTANA, W. C. Iniciação esportiva e algumas evidências de complexidade. In: Simpósio de Educação Física e Desportos do Sul do Brasil, XIV, 2002, Ponta Grossa. Anais ... Ponta Grossa: Universidade Estadual de Ponta Grossa, 2002, 176-180.

  • SÃO PAULO, Resolução SE nº 14 de 14 de fevereiro de 1971.

  • _________ Resolução SE nº 11 de 18 de novembro de 1980.

  • _________Secretaria da Educação. Coordenadoria de Estudos e Normas Pedagógicas. São Paulo: SE/CENP. 1985.

  • _________ Secretaria da Educação. Coordenadoria de Estudos e Normas Pedagógicas. São Paulo: SE/CENP. 1989

  • _________Secretaria da Educação. Coordenadoria de Estudos e Normas Pedagógicas. Proposta Curricular de educação física - 1º grau. 4ª ed. São Paulo: SE/CENP. 1991.

  • TANI, G. et al. Educação física escolar: fundamentos de uma abordagem desenvolvimentista. São Paulo: EPU/EDUSP, 1988.

Fonte

Espero que você tenha gostado desse texto.

Conheça os Manuais para Professor de Educação Física
Tenha Exercícios em Vídeos para Aulas de Educação Física
Trabalhe com Educação Física
Segue no Instagram!
Receba nossos links no Telegram e no Whatsapp .