quarta-feira, 29 de fevereiro de 2012

Alongamento, flexibilidade e métodos de avaliação

COMPLEMENTAÇÃO PEDAGÓGICA (R2) EM EDUCAÇÃO FÍSICA – EAD - Logos Instituto  Educacional - Barroso-MG

Flexibilidade é a habilidade para mover uma determinada articulação ou articulações onde a amplitude de movimento é livre de dor e sem restrições de movimento. A flexibilidade muscular é um fator muito importante tanto na ação preventiva, quanto na reabilitação de lesões músculo-esqueléticas (KISNER; COLBY, 1998; ALTER, 1999).

O alongamento é usado para aumentar o comprimento de tecidos moles encurtados favorecendo um ganho de amplitude de movimento. É um dos principais recursos utilizados para ganho de flexibilidade (KISNER; COLBY, 1998).

Alongamento passivo é um alongamento de curta duração e requer uma força externa aplicada por um profissional (terapeuta), que controla a direção, velocidade, intensidade e duração do alongamento e ultrapassa o comprimento de repouso (KISNER; COLBY, 1998).

Enquanto técnica de avaliação da amplitude de movimento (ADM) e considerada próxima da precisão, a fotogrametria computadorizada ou biofotogrametria vem sendo bastante utilizada em pesquisas e na prática fisioterapêutica, dando ao profissional a oportunidade de avaliar variável com exatidão, confiabilidade e reprodutibilidade (RICIERI, 2008; RIBEIRO, 2009; SATO, 2003).

A técnica supradita teve sua origem da fotogrametria cartográfica. Suas técnicas foram adaptadas ao estudo dos movimentos humanos/biomecânica (BARAÚNA et al., 2006). Nela há utilização da fotografia que posteriormente é analisada em computador. Para examinar o indivíduo, são utilizados pequenos marcadores na superfície da pele, em cima dos pontos anatômicos que devem corresponder aos pontos de referência dos ângulos a serem analisados no computador através de um software (fotointerpretação) (RIBEIRO, 2009).

O objetivo do estudo foi revisar, não sistematicamente, os aspectos relacionados ao alongamento, à flexibilidade e aos métodos de avaliação desta variável.

1. Propriedades mecânicas e neurofisiológicas do tecido muscular

O músculo é composto de tecido contrátil e não-contrátil. Nos músculos existem as fibras musculares dispostas em paralelo. Cada fibra muscular tem uma grande quantidade de miofibrilas, que, por sua vez, é constituída de estruturas ainda menores chamadas de sarcômeros representando a unidade funcional do músculo. Os sarcômeros são compostos de pontes transversas de actina e miosina que se sobrepõem e dão ao músculo a capacidade de se relaxar ou contrair (DELIBERATO, 2007; KISNER; COLBY, 1998).

Existem dois órgãos sensoriais no músculo: o fuso muscular e o órgão tendinoso de golgi (OTG). O primeiro se situa no ventre muscular e é o principal órgão sensitivo do músculo, sendo composto por fibras intrafusais paralelas às fibras extrafusais. O fuso muscular é responsável por detectar alterações do comprimento do músculo e percebe alterações bruscas de velocidade do alongamento. Em situações específicas, como no alongamento balístico, onde são aplicadas velocidades bruscas de alongamento, corre-se o risco de lesão por alongamento excessivo. Com a contração das fibras extrafusais, também há a situação de se originar um estiramento no músculo, conhecido como reflexo de estiramento ou reflexo miotático (DELIBERATO, 2007).

As fibras aferentes primárias (tipo Ia) e secundárias (tipo II) originam-se nos fusos musculares. Elas fazem sinapse com motoneurônios alfa ou gama e facilitam a contração das fibras extrafusais e intrafusais. A influência do fuso neuromuscular sobre os neurônios motores gama possibilita a inibição dos músculos antagonistas aos que estão sendo alongados, enquanto a influência sobre os neurônios motores alfa pode, em condições especiais, gerar uma contração das fibras extrafusais dificultando a aplicação de um alongamento em determinada musculatura (BANDY; SANDER, 2003; DELIBERATO, 2007; HALL; BRODY, 2007; KISNER; COLBY, 1998).

O OTG é uma estrutura localizada próximo a junção musculotendínea do músculo e é fixada em série às fibras extrafusais. Ele é sensível à tensão no tendão ocasionada por alongamento passivo e também por contração muscular. Sua função é proteger o músculo de contrações e alongamentos excessivos e impedir a atividade excessiva das fibras nervosas que inervam o músculo extrafusal (neurônios motores alfa), ou seja, quando houver um alongamento prolongado, o OTG inibe a tensão, se sobrepõem ao fuso muscular e facilita o alongamento através de fibras nervosas tipo Ib relaxando o músculo. O OTG é um mecanismo aferente inibitório (gera relaxamento), enquanto o fuso neuromuscular é um sistema aferente excitatório (gera contração) (DELIBERATO, 2007).

2. Alongamento

As técnicas de alongamento podem ser enquadradas em três tipos: alongamento estático, balístico e por facilitação neuromuscular proprioceptiva (FNP) (BANDY; SANDER, 2003; HALL; BRODY, 2007). Segundo Kisner e Colby (1998), os métodos para alongar tecidos moles podem ser divididos em: alongamento passivo, inibição ativa e auto-alongamento.

No alongamento estático, músculos e tecidos conjuntivos são mantidos em posição estacionária no maior comprimento possível por um tempo determinado. Não é aplicada força por parte do paciente, diminuindo a chance da ocorrência de microtraumas. No alongamento balístico são utilizados movimentos rápidos que modificam o comprimento do músculo e tecido conjuntivo. Porém, as chances de ocorrer microtraumas após um alongamento excessivo do músculo são maiores que no alongamento estático (HALL; BRODY, 2007). O alongamento passivo é de curta duração e requer uma força externa aplicada pelo terapeuta, o qual controla a direção, velocidade, intensidade e duração da ação e ultrapassa o comprimento de repouso (KISNER; COLBY, 1998).

A inibição ativa ou manter-relaxar (FNP) baseia-se no processo de contração isométrica do músculo que, após a contração, irá se relaxar como resultado da inibição autogênica, permitido pelo OTG, inibindo a tensão muscular e tornando o alongamento mais efetivo (HALL; BRODY, 2007; KISNER; COLBY, 1998).

No auto-alongamento o próprio paciente realiza o alongamento. A orientação do paciente para realizar com segurança procedimentos de auto-alongamento em casa é importante para a prevenção de novas lesões ou futuras disfunções. Os princípios de intensidade e duração de alongamento que se aplicam ao auto-alongamento são os mesmos do alongamento passivo (KISNER; COLBY, 1998).

As estruturas que estão envolvidas no processo de alongamento podem ser divididas em dois grupos: macroscópicas e microscópicas. As estruturas macroscópicas são: ossos, cartilagens, sinóvia, disco e menisco, cápsulas articulares, ligamentos, músculos, tendões e fáscias. As microscópicas são: elementos contráteis do músculo, as propriedades neurofisiológicas do tecido contrátil e os tecidos moles não contráteis (DELIBERATO, 2007).

Os elementos contráteis do músculo são as fibras musculares, as miofibrilas, os sarcômeros, a actina e a miosina. As propriedades neurofisiológicas do tecido contrátil são caracterizadas pela presença do fuso neuromuscular e o OTG. Os tecidos moles não contráteis, fornecem suporte estrutural mecânico ao corpo e são compostos por fibras colágenas, fibras de elastina, reticulina, proteoglicanos e glicosaminoglicanos (ALTER, 1999; DELIBERATO, 2007; HALL; BRODY, 2007; KISNER; COLBY, 1998).

3. Flexibilidade

A flexibilidade torna possível uma alteração da estrutura muscular, podendo relaxar e ser alongada através de uma ADM normal, sem estresse excessivo para a unidade músculo-tendínea (ALTER, 1999; KISNER; COLBY, 1998).

Há três tipos de flexibilidade: estática, balística e dinâmica. A estática refere-se a uma amplitude de movimento ao redor de uma articulação sem nenhuma ênfase na velocidade. A balística refere-se a movimentos rítmicos e é associada ao ato de pular e balançar. A flexibilidade dinâmica utiliza uma velocidade rápida ou normal para realizar um movimento articular em uma amplitude de movimento (ALTER, 1999).

Às vezes, usa-se o termo flexibilidade como sinônimo de alongamento (DELIBERATO, 2007) ou mesmo de mobilidade (ACHOUR JUNIOR, 2007). Sendo assim, podem-se relacionar alguns termos relacionados diretamente à flexibilidade e alongamento: distensibilidade, elasticidade, mobilidade, plasticidade, hipomobilidade, retração e contratura (DELIBERATO, 2007; KISNER; COLBY, 1998).

Distensibilidade é a capacidade do tecido de modificar sua posição de repouso e ceder à ação de uma força. Elasticidade é a capacidade do tecido de retornar a sua posição de repouso após ter cessado a ação de uma força que modificou seu estado original. Mobilidade é a capacidade de algumas estruturas corporais de se movimentarem, gerando um arco de movimento que tende a cumprir uma determinada função; é um termo geral que melhor se identifica com o movimento articular. Plasticidade é a capacidade do tecido em adquirir uma nova posição após ter sido submetido à ação de forças que modificaram seu comprimento original (ALTER, 1999; DELIBERATO, 2007; KISNER; COLBY, 1998).

Hipomobilidade significa mobilidade diminuída, restrita ou ilimitada. Retração é uma limitação leve da ADM, na qual somente os extremos do arco de movimento encontram-se ausentes. A retração não tem prejuízo funcional. Contratura é um encurtamento adaptativo do músculo e de outros tecidos moles que cruzam ou cercam uma articulação, gerando algum prejuízo funcional ao sujeito (DELIBERATO, 2007).

A flexibilidade pode ser limitada por alguns fatores anatomofisiológicos. São eles: estrutura da articulação; tônus e força muscular; capacidade de estiramento muscular; capacidade de estiramento dos tendões, ligamentos, cápsulas articulares e pele; nervos; idade e sexo; condicionamento físico; fadiga (ALTER, 1999; DELIBERATO, 2007).

4. Técnicas de avaliação da flexibilidade


4.1. Goniometria

Goniometria refere-se à medida, através de um instrumento chamado goniômetro, de ângulo criado nas articulações humanas pelos ossos do corpo (NORKIN; WHITE, 1997).

O goniômetro, que pode ser metálico ou plástico, também apresente diversidade de tamanhos e modelos. Alguns possuem corpos de meio círculo e outros de círculo total no centro do instrumento. O goniômetro se divide em braço estacionário ou fixo, braço móvel e o corpo de círculo. O braço móvel é ligado ao corpo e ao braço fixo através de um parafuso. O braço móvel se movimenta de acordo com o movimento da articulação enquanto o braço fixo encontra-se estacionário, sem acompanhar o movimento (NORKIN; WHITE, 1997).

É um método de avaliação importante na averiguação das condições músculo-esqueléticas, especificamente nas medidas de amplitude de movimento dos tecidos moles e articulações (NORKIN; WHITE, 1997).

O examinador, utilizando a técnica da goniometria, precisa ter conhecimentos e habilidades sobre:


Posições recomendadas ao teste;


Posicionamento alternativo;


Estabilização necessária;


Estrutura e função articulares;


Sensação final normal;


Limites ósseos anatômicos;


Alinhamento do instrumento.

Além disso, o avaliador deve ter a capacidade de executar, em cada articulação e movimento, o seguinte:


Posicionar e estabilizar corretamente;


Movimentar uma parte do corpo de acordo com a amplitude adequada do movimento;


Determinar o fim da amplitude de movimento (sensação final);


Palpar os pontos anatômicos adequados;


Alinhar o instrumento de medida com esses pontos;


Ler o instrumento de medida;


Registrar corretamente as medidas.

A posição inicial é um fator importante na avaliação goniométrica. A posição influencia a quantidade de tensão que os tecidos moles ao redor da articulação estão recebendo. É necessária a mesma posição durante as medidas sucessivas de goniometria (NORKIN; WHITE, 1997).

As posições recomendadas de teste são:


Colocar a articulação em posição inicial de zero grau;


Permitir uma amplitude de movimento completa;


Proporcionar a estabilização do segmento articular proximal.

A estabilização dos segmentos articulares proximais é muito importante para isolar o movimento da articulação que está sendo examinada (NORKIN; WHITE, 1997).

O alinhamento do goniômetro refere-se ao alinhamento dos braços do goniômetro com os segmentos proximais e distais da articulação que está sendo avaliada. O instrumento deve ser posicionado de acordo com os pontos anatômicos referentes a pontos das articulações avaliadas, para uma precisão na visualização dos segmentos articulares (NORKIN; WHITE, 1997).

Antes de iniciar uma avaliação goniométrica, o examinador deve:


Determinar as articulações e os movimentos que devem ser testados;


Organizar as seqüências de testes por posição corporal;


Reunir o equipamento necessário, como goniômetros, rolos de toalha e formulários de registros;


Preparar uma explicação do procedimento para o sujeito.

A explicação para o sujeito pode seguir os seguintes passos:


Introdução e explicação do objetivo;


Explicação e apresentação do goniômetro;


Explicação e demonstração dos pontos anatômicos;


Explicação e demonstração das posições recomendadas de teste;


Explicação e demonstração dos papéis dos examinadores e do sujeito;


Confirmação da compreensão pelo sujeito.

4.2. Fotogrametria computadorizada

Com o surgimento de novas tecnologias, os meios de avaliação, diagnósticos e investigação científica também avançaram. No campo da Fisioterapia surgiu a fotogrametria, que pode auxiliar e facilitar os métodos avaliativos dos padrões de movimentos humanos (BARAÚNA et al., 2006; IUNES et al., 2005; RICIERI, 2008).

A fotogrametria computadorizada ou biofotogrametria é uma análise através de fotos onde o objeto de estudo é o movimento do corpo humano (RICIERI, 2008).

Conforme Ricieri (2008), a fotogra­metria computadorizada é pode ser considerada a arte, ciência e tecnologia de infor­mação confiável sobre objetos físicos e o meio ambiente através de processos de gravação, medição e interpretação de imagens fotográficas.

Essa técnica é um instrumento de avaliação muito utilizado por quantificar as alterações posturais por meio da aplicação dos princípios fotogramétricos às imagens fotográficas obtidas em movimentos corporais, complementando a avaliação para o diagnóstico fisioterapêutico em diferentes áreas (BARAÚNA et al., 2006; IUNES et al., 2005; RICIERI, 2008).

De acordo com Ricieri (2008) e Sato (2003), esse recurso vem sendo bastante difundido entre a prática fisioterapêutica como uma ferramenta de análise clínica considerada próxima da precisão, dando ao profissional a oportunidade de avaliar com exatidão, confiabilidade e reprodutibilidade.

Ricieri (2008) reporta que é necessário serem seguidas algumas regras para que todo o processo de análise angular ocorra de forma precisa. A primeira regra seria que o eixo óptico da câmera devesse ficar alinhado ao eixo de movimento ou perpendicular ao plano de movimento analisado. A segunda regra seria referente ao enquadramento do objeto para a construção da imagem, que devendo ser feito sempre pela variação da distância focal da câmera e nunca pelo ajuste das lentes ou zoom. A terceira regra trata do objeto analisado, qual deve estar posicionado na região central da imagem para evitar o efeito de distorção periférica causado pela diferença de diâmetros entre o centro e a periferia da lente da câmera. A quarta e última regra diz respeito ao posicionamento e reposicionamento dos marcadores de superfície, pois são determinantes no sucesso ou insucesso da análise angular, assim o treinamento e conhecimento de anatomia palpatória por parte do profissional que deseja realizar esse tipo de análise.

5. Considerações finais

O manuscrito contribui para mostrar as percepções e definições de diferentes autores sobre os temas alongamento e flexibilidade. Como são assuntos do cotidiano profissional do fisioterapeuta, este deve constantemente se atualizar quanto às novas perspectivas e tendências da área, de modo a inovar e melhorar sua atuação. Nesse sentido, destaca-se a fotogrametria computadorizada como técnica de integração e quantificação de informações, importante no diagnóstico clínico e também na elaboração de projetos, por exemplo, na área da ergonomia.

Referências

ACHOUR JUNIOR, A. Alongamento e flexibilidade: definições e contraposições. Revista Brasileira de Atividade Física & Saúde, v.12, n.1, p. 54-58, 2007.


ALTER, M. J. Ciência da flexibilidade. 2. ed. Porto Alegre: Artmed, 1999.


BANDY, W. D.; SANDER, B. Exercício terapêutico: técnicas para intervenção. 1. ed. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2003.


BARAÚNA, M. A.; DUARTE, F.; SANCHEZ, H. M.; CANTO, R. S. T.; MALUSÁ, S.; CAMPELO-SILVA, C. D.; VENTURA-SILVA, R. A. Avaliação do equilíbrio estático em indivíduos amputados de membros inferiores através da biofotogrametria computadorizada. Revista Brasileira de Fisioterapia, v.10, n.1, p. 83-90, 2006.


DELIBERATO, P. C. P. Exercícios terapêuticos: guia teórico para estudantes e profissionais. 1. ed. São Paulo: Manole, 2007.


HALL, C. M.; BRODY, L. T. Exercício terapêutico: na busca da função. 2. ed. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2007.


IUNES, D. H. CASTRO, F. A.; SALGADO, H. S.; MOURA, I. C.; OLIVEIRA, A. S.; BEVILAQUA-GROSSI, D. Confiabilidade intra e interexaminadores e repetibilidade da avaliação postural pela fotogrametria. Revista Brasileira de Fisioterapia, v.9, n.3, p. 249-255, 2005.


KISNER, C.; COLBY, L. A. Exercícios terapêuticos: fundamentos e técnicas. 3. ed. São Paulo, 1998.


NORKIN, C. C.; WHITE, D. C. Medida do movimento articular: manual de goniometria. 2. ed. Porto Alegre: Artmed, 1997.


RIBEIRO, E. P. Análise postural verificada através da biofotogametria após uso do seatball em cirurgiões dentistas do Cais Nova Era. 2009. 77 f. Monografia (Graduação em Fisioterapia). Universidade Estadual de Goiás, Goiânia.


RICIERI, D. V. Princípios processuais da biofotogrametria e sua adaptação para medidas em estudos sobre movimentos respiratórios toracoabdominais. 2008. 184 f. Tese (Doutorado em Saúde da Criança e Adolescente). Universidade Federal do Paraná. Curitiba.


SATO, T. O.; VIEIRA, E. R.; GIL; COURY, H. J. C. Análise da confiabilidade de técnicas fotométricas para medir a flexão anterior do tronco. Revista Brasileira de Fisioterapia, v.7, n.1, p. 53-59, 2003.
Espero que você tenha gostado desse texto.

Conheça os Manuais para Professor de Educação Física
Tenha Exercícios em Vídeos para Aulas de Educação Física
Trabalhe com Educação Física
Segue no Instagram!
Receba nossos links no Telegram e no Whatsapp .

Personal trainer e o Marketing


    A carreira no treinamento individualizado requer uma busca constante na atualização e especialização do profissional envolvido. Os profissionais que se destacam neste meio, como na maioria das profissões, são os que têm o perfil formado com extremo esforço e que sabe tirar proveito das exigências da profissão. Contudo, este esforço normalmente é limitado ao fator conhecimento científico. Apesar de tanto esforço acadêmico focado na parte da ciência da saúde, poucos consegue discernir a importância da promoção pessoal, organização e da gestão de negócios. Em geral, quando o assunto é administração e marketing, nossos profissionais da atividade fisica sentem-se completamente despreparados com o termo, pois é um tópico que foi pouco explorado, desprezado ou não apresentado quando de sua formação universitária. Sendo o marketing um grande diferencial perante a concorrência e responsável pela divulgação da qualidade dos serviços prestados. É este segmento pouco explorado no campo do treinamento individualizado que este capítulo terá a intenção de discutir com o objetivo de promover um profissional mais completo.

    Após anos de estudos acadêmicos voltados à formação científica, muitos dos profissionais da área da educação física encanam as suas energias ao mercado de trabalho. Um campo atraente que vem se destacando é o de personal training. A busca do público pelo treinamento personalizado cresceu vertiginosamente, em conseqüência, promoveu um crescimento proporcional ao número de personal trainers no Brasil. Este aumento de interesse do público estimulou o próprio interesse evolutivo dos responsáveis e criou uma nova categoria aos professores de educação física em termos de equipamentos, instrumentos e tecnologia. Além disso, deu uma nova chance a alguns profissionais encaixados à sua rotina de buscarem aprimoramento para então atenderem aos seus clientes, com competência e qualidade na prestação de serviços.

    A grande questão aos dias atuais na relação à venda de serviços, está ligada a preparação dos profissionais da área em saber usar a sua imagem de especializados e bem preparados a atuarem no mercado. Ainda mais difícil é saber vender esta mesma imagem de competência ao público-alvo. Devemos sempre lembrar que mais do que um produto final, o consumidor deve ser considerado o ponto inicial de qualquer negócio.

    O objetivo maior deste estudo é promover uma nova visão entre os profissionais da área de personal training sobre a importância da promoção pessoal e da venda de serviços. Buscar estratégias que possam auxiliar a este profissional na oferta de seus serviços e focar em novas tendências e modalidades de marketing. Apresentar conceitos e idéias de caráter administrativo que podem ser de grande utilidade na condução do negócio personal training.

    Pretende também, dar ferramentas para conscientizar ao personal trainer a importância de que a sua imagem é bem ou mau construida, levando-se em conta de como as outras pessoas vêem este indivíduo, sendo que a imagem que este profissional transmite pode ser parte integrante de seu desempenho. A combinação entre saber cultivar uma imagem boa e saber vendê-la, mostrando a verdadeira personalidade, ajudará a obter os maiores benefícios.

    A busca pela qualidade nos serviços, comum a esta classe profissional tem a ver com a capacidade criativa e adaptativa, muito presente aos profissionais da educação física e do esporte e, por que não dizer, características comuns do povo brasileiro. Na inserção e adaptação a esta nova modalidade de serviço, o acadêmico, o professor, ou o treinador teve que buscar uma postura epistemológica na preparação científica necessária ao mercado emergente e extremamente teórico.

    A qualidade de conhecimento necessária ao profissional da educação física para encontrar soluções está diretamente ligada ao que Marx chamou de capital acadêmico. Segundo ele, onde um trabalhador comum dispõe para ofertar e trocar na produção capitalista é a sua força de trabalho, no caso do capital acadêmico esta força é amplificada quando se apropria do conhecimento, experiência e da competência para colocar-se no mercado. Esta teoria poderá ser estendida aos profissionais da educação física, onde a teoria e prática são contundentes. Sendo assim, o seu capital maior é a sua qualidade acadêmica e o sucesso profissional poderá ser contemplado àqueles com a maior força de trabalho aliado ao melhor capital acadêmico.

    O personal training é uma área de prestação de serviços. Serviço é definido como um valor econômico, acrescido de valor pessoal. A qualidade do serviço destingue e compara os profissionais e gera a confiança pelo aluno. Então poderiamos dizer que para buscar novos alunos e manter os atuais, devemos oferecer um serviço de qualidade, onde irá gerar a confiança do aluno, assim como, proporcionar a divulgação destas qualidades para o público-alvo.

    Além dos conhecimentos técnico relevante no que diz respeito à avaliação e prescrição de exercícios, planejamento de sessões, periodização do treinamento, orientação e acompanhamento personalizados que a função exige, o personal trainer deve ter ciência da importância da estratégia de divulgação de seus conhecimentos, o potencial de suas habilidades e que tipo de público ele/ela tem competência para atender. Estas técnicas de promoção pessoais e de "propaganda" de qualidades individuais devem ser entendidas como Marketing Pessoal.

    O marketing pessoal está para o personal trainer da mesma maneira que a propaganda está para as academias. Sua importância está no mesmo nível que deve estar a preocupação com a tecnologia, a reciclagem de conhecimentos ou na busca da qualidade de serviços e que merece maior atenção, pois formam os pilares de sustentação de qualquer negócio voltado à saúde e qualidade de vida.

    Uma condição diferenciada ao personal trainer é a de se comportar como administrador de seu próprio negócio. Mesmo que em escala menor, ou até sem que se dê conta disso, um personal trainer estará lidando com teorias e princípios de gerenciamento, administração, contabilidade e marketing, entre outros. Essencialmente o marketing possui um caráter fundamental na vida do personal trainer, pois é o tipo de serviço onde a imagem é o próprio marketing.

2.     Afinal o que é marketing?

    Segundo o Novo Dicionário Aurélio (2004), Marketing é o conjunto de estratégias e ações que provêem o desenvolvimento, o lançamento e a sustentação de um produto ou serviço no mercado consumidor. Este serviço deve ser bastante bem detalhado e atraente para que possa vender com maior facilidade e benefícios ao consumidor.

    O conceito contemporâneo de Marketing que a enciclopédia eletrônica Wikipédia define é bem mais humano e tem relacionamento com a função do personal training, pois engloba a construção de um satisfatório relacionamento em longo prazo do tipo ganha-ganha no qual indivíduos e grupos obtêm aquilo que desejam. O marketing se originou para atender as necessidades de mercado, mas não está limitado aos bens de consumo. É também amplamente usado para "vender" idéias e programas sociais. Personal training é uma prestação de serviço oferecido a clientes individuais assim como a administração do relacionamento com eles. Este serviço deve ter retorno ou benefícios específicos não só ao cliente, como também ao profissional.

    Objetivos do marketing sempre estarão relacionados ao mercado e ao produto ou serviços. Em linguagem comercial, produto significa algum bem palpável (um bem de consumo), e serviços algo definido como um bem intangível, mensurável, mas não palpável. No caso do personal trainer, mercado são os alunos/clientes e produto é o próprio trabalho oferecido a este mercado específico. Este trabalho oferecio é constituído, mas não limitado a elaboração do planejamento das atividades físicas, acompanhamento na execução dos mesmos e a avaliação programada. Os objetivos dos alunos de buscar estética, saúde e qualidade de vida são produtos de consumo, sonhos de desejo e movimentam milhões de dólares em todo o mundo.

    Outro conceito que ajuda no conhecimento na definição do trabalho de personal training, aliado com o marketing, na promoção de seus serviços é como Kotler e Keller (2006), definiram marketing sendo um processo social por meio do qual pessoas e grupos de pessoas obtêm aquilo de que necessitam e o que desejam com a criação, oferta e livre negociação de produtos e serviços de valor com outros. Esta definição tem uma semelhança enorme em relação ao trabalho como personal trainer pois é um ramo que promove o "processo social" quando do relacionamento mútuo na busca de resultados, promove a "livre negociação" em comparação com a flexibilidade de horários e valores cobrados, além da liberdade de criação que o treinador tem em seu benefício na elaboração de planos de treinamento.

2.1.     O que é marketing pessoal?

    Em tempos atuais muitos artistas, músicos, políticos, atletas e outros pop-stars sobrevivem não só por suas qualidades, assim como por sua imagem. Esta imagem pode ser relacionada a critérios saudáveis ou não. Algumas críticas surgem onde o pop-star atual sobrevive apenas pelo marketing e não mais pelas suas qualidades. Antigamente o talento era o mais importante. Depois o marketing se aliou ao talento auxiliando e promovendo pessoas. Hoje em dia, em muitos casos, parece que o talento foi esquecido e somente o marketing se manteve.

    A imagem está associada à pessoa e as definições desta pessoa estão relacionadas ao cargo, ao talento... assim como aos escândalos... que possui ou promove. O marketing elaborado tem o poder de fazer pessoas com talento limitado ter mais destaque do que uma outra pessoa mais talentosa. O uso correto desta ferramenta amplifica o perfil da pessoa, assim como o uso inadequado tende a prejudicar a sua imagem. Muitos exemplos desta situação podem ser tirados em relação ao comportamento, postura e imagem de atletas, artistas e políticos.

    Kotler e Stoller (1999) trabalham o conceito de marketing pessoal como uma indústria de celebridade. Esta é uma indústria cujos produtos são identificados pelo "talento", "carisma", "mágica", "energia", "presença", "qualidades pessoais" e na qual os produtos têm o "momento certo", "sorte" e "intuição". O marketing pessoal é o tipo de marketing voltado para a pessoa, a fim de que sua imagem seja consolidada e se torne um patrimônio. Entende-se como marketing pessoal à promoção de uma pessoa, porém é necessário levar em conta que pessoas demonstram variabilidade e inconsistência de desejos e necessidades que podem complicar qualquer esforço de transforma-las e construir suas imagens (SANTOS, 2002). Não obstante, muitos políticos, médicos, advogados e personal trainers podem comportar-se de maneira catastrófica, destruindo uma imagem construída com cuidado através dos anos.

    Os indivíduos de sucesso são marketeiros naturais. Esses indivíduos, respeitados pela sociedade, dominam a técnica de servir de maneira eficiente e visível o público-alvo. O marketing pessoal eficiente é feito com classe e honestidade, baseados no respeito genuíno e no bem-estar dos outros (DAVIDSON, 2000). Algo muito típico da profissão de personal trainer onde o potencial do produto é a própria pessoa. Este potencial deve ser otimizado através de uma valorização das habilidades naturais ou adquiridas, do talento, conhecimento, carisma, inteligência, liderança e imagem com a finalidade de garantir sucesso do "produto" no mercado (SANTOS, 2002). O segredo é desenvolver as habilidades que farão de você um profissional de classe e então divulgar tais habilidades para conquistar o respeito e o sucesso merecido (DAVIDSON, 2000, p. 22).

    Personal trainer é antes de tudo um ser social onde seu carisma estará sendo colocado à prova, diariamente. Sua "entrega" aos clientes estará sendo avaliada constantemente. A conquista de clientes e a manutenção deles podem ser entendidas como ações de marketing de relacionamento. Dar a oportunidade de um cliente conhecer o seu trabalho, poderá criar uma relação duradoura. Essa relação pretenderá atender os anseios dos clientes, fazendo com que em longo prazo este relacionamento seja partilhado em uma espécie de fidelidade profissional.

    O cliente, então satisfeito com o serviço, irá fazer recomendações aos seus amigos, familiares e colegas. Este grande canal de comunicação chamado de boca-a-boca é extremamente importante e se confunde com o próprio marketing, em termos de comunicação e divulgação. Para o caso do personal training esta forma de propaganda é muito eficiente, pois age como organizações pequenas, que trabalham com pessoas e pequena quantidade de fregueses. Esta modalidade tem a função de se fazer conhecer, aumentar a base de colaboradores e usuários e amplia o foco de trabalho (MANZIONE, 2006).

    O ato de se fazer conhecer é um processo difícil, demorado e vital para o avanço de uma carreira. A continuação do sucesso será transmitida a novos clientes se o "produto" verdadeiramente satisfaça as expectativas criadas por meio de sua imagem. De acordo com Santos (2002), o marketing pessoal só é bom quando o fabricante da imagem consegue fazê-la funcionar e o marketing deve contribuir para minimizar características fracas do serviço e valorizar a imagem no mercado, fortalecendo as características consideradas fortes para o mercado que o profissional está voltado.

    No marketing pessoal, o profissional precisa considerar os seus pontos fortes e fracos. Os pontos fracos devem ter importância na avaliação de sua condição profissional e dependem muito da humildade de cada ser humano. Pontos fracos devem ser corrigidos de maneira íntima. Logicamente que os pontos fracos não devem ser divulgados como propaganda contrária. Contudo, os pontos fortes devem ser explorados de maneira comercial e vender o "produto". O personal training deve saber explorar estes pontos e então amplificar a sua relevância. Fatores como, tempo de serviço, formação especializada, horários flexíveis, preço e procedimentos, devem influenciar na escolha do cliente.

2.2.     Os 4 P's e o personal training

    4 P's é um conceito tradicional ao marketing de mercado, desenvolvido pelo americano Jerome McCarthy para simplificar todas as variáveis necessárias a comercialização de um produto. De acordo com Saba (2006), uma empresa prestadora de serviços que planeje aumentar a lucratividade tem que estar atenta aos quatro pilares, diretamente condicionados pelas intenções dos clientes. Neste resumo abaixo, este conceito está relacionado às características da atividade do personal training (Baseado em SANTOS, 2002):

Produto

    O que será oferecido ao mercado. No caso do produto-pessoa, a análise é bastante complexa, pois exige uma humilde e profunda análise de competências e deficiências do profissional. Que tipo de produto será importante ou necessário oferecer a um determinado público-alvo e se isto está ao alcance dê suas competências, disponibilidades, concorrência, entre outros.

Promoção

    Promoção consiste em colocar o produto "você" em evidência. A divulgação pessoal permite o surgimento de várias relações que conseqüentemente divulgam o seu trabalho para outras pessoas e mercados, aumentando as chances do surgimento de clientes em potencial.

Ponto de Venda

    O ponto de venda está relacionado ao local onde se vende o produto, no caso do personal esta característica é única, pois o produto/serviço é vendido em vários locais distintos, oportunizando a condição de negociar estes serviços. Quem conseguir estabelecer corretamente os meios de aplicação destes serviços, em relação aos meios disponíveis, evitam o desgaste da imagem e otimizam as ações.

Preço

    Deve-se valorizar atributos, agregar valores e qualidades para alcançar competitividade. Na formação do valor cobrado se devem levar em consideração os métodos de cálculo, descontos em caso diferenciados de quantidades de aulas. horários ou grupos, condição de pagamentos.

3.     Plano de marketing

    Antes de desenvolver um plano de marketing, devemos definir o seu significado e sua importância. Segundo o SEBRAE (2005), o Plano de Marketing é uma ferramenta de gestão que deve ser regularmente utilizada e atualizada, pois permite analisar o mercado, adaptando-se as suas constantes mudanças e identificando tendências. Por meio dele você pode definir resultados a serem alcançados e formular ações para atingir competitividade.

    Por trás de cada história de sucesso há uma estratégia bem definida e bem nítida para o profissional. A seguir, um exemplo de plano de marketing adaptado a prestação de serviços de personal training.

3.1.     Desenvolvendo o seu plano de marketing

Estabelecer seus objetivos para atingir o sucesso

Identificar o público-alvo

Desenvolver um critério de acompanhamento

Selecionar as ferramentas de divulgação

Analisar e rever os resultados

Estabelecer seus objetivos para atingir o sucesso

Controlar o seu tempo

Horários das aulas e preparação delas

Controlar o seu investimento

Clientes Novos

Clientes Antigos

Equipamentos / Materiais

Aprimoramento Técnico

Número Ideal de Alunos

Criar uma expectativa alta em torno do progresso dos alunos.

Identificar o público-alvo. Considerar:

Fatores Geográficos

Tamanho do mercado, número de habitantes

Fatores Demográficos

Faixa etária, sexo, renda e profissão

Fatores Psicográficos

Atitudes e estilo de vida

Fatores Comportamentais

Hábitos de lazer e consumo

Clientes em potencial

Pequenos grupos

Grupos específicos (Obesos, Idosos, Gestantes, etc)

Locais de Interesse (Condomínios, Hotéis, Clubes, Associações, etc).

Desenvolver um critério de acompanhamento

Prepare um fichário ou um arquivo para cada cliente em potencial, com informações básicas

Além dos formulários e planilhas de anamnese e avaliações, elabore também um arquivo com o acompanhamento dos alunos regulares, com objetivos, características da personalidade e cronograma de vencimentos

Obtenha o feedback de seus alunos, potencializando o seu atendimento.

Selecionar as ferramentas de divulgação

Critérios a serem trabalhados:

Imagem profissional

Personalize o seu trabalho de acordo com as exigências do público-alvo

Personalização do atendimento

Chame a atenção sobre suas qualidades

Esteja sempre disponível

Esforce-se de maneira consistente e não se desgaste em vão.

Ferramentas Básicas

Cartão de apresentação, com foto, telefones para ser localizado facilmente. Fichas de controle. Carteira do CREF

Convênios com profissionais da área das saúde

Parcerias com empresas ou condomínios

Endereços de e-mail para enviar comunicações ou informativos

Carta de apresentação com um resumo de sua experiência e destacando suas qualidades

Lista de telefones para anúncios breves

Estimular com uma freqüência controlada, aos clientes cadastrados e que não são seus alunos, para que iniciem um programa de treinamento

Incentivar aos seus clientes para que divulgue o seu trabalho na busca de novos alunos

Criar uma "assinatura" para os seus serviços ou até um logotipo (Características que associem os seus serviços)

Portfólio de apresentação, com certificados, históricos, fotos, números de alunos, etc

Site pessoal e profissional

Elabore um contrato de serviço, por escrito, onde conste o prazo de duração, critérios da prestação do serviço (horários, localização, deslocamento, atrasos, materiais e instalações a serem utilizados) e valores a serem cobrados

Analisar e rever os resultados

O segredo é manter um contato pessoal consistente;

Filtre informações que sejam relevantes;

Cada contato, ou aula, deve ser positivo e servir de referência para os próximos;

Acompanhe o progresso dos alunos quatro vezes ao ano e faça uma análise de seu progresso como profissional, em termos de rendimento em aula e o crescimento ou não do número de alunos;

Não ajuste o seu plano devido ao resultado momentâneo, use o critério de análise dos últimos 12 meses;

Seja paciente, pois os melhores resultados demoram a aparecer;

Faça os seus contatos com simpatia e mostre interesse pelas pessoas, não fale somente de você.

Seja positivo, alegre e confiante em suas qualidades, sem ser arrogante, isso irá contribuir no sucesso de seu negócio.

Reveja os resultados a cada três meses, com graus de comparação e gráficos demonstrativos, para serem discutidos e melhor entendidos pelos alunos.

Faça os ajustes necessários de sua metodologia, baseado nas atividades que mais trouxeram resultados ou que não obtiveram êxito nos últimos 12 meses. Esta revisão também deve ser feita no caso de estratégias de marketing.

4.     Aquisição e manutenção de alunos

    Alunos buscam o treinamento personalizado de acordo com necessidades ou prioridades individuais. De acordo com Saba (2006), os motivos que levam as pessoas a iniciarem a prática de atividades físicas podem ser resumidos em três: saúde, estética e fatores sócio-afetivos. Comumente, uma delas se sobrepõem ante as demais. No caso específico do personal training, a maioria dos novos alunos surge por indicação dos alunos antigos. Contudo, nas modalidades de atividade física, essencialmente ligada ao ramo de academias, cerca de 50% dos alunos desistem da atividade após seis meses a um ano (SABA, 2006). È fundamental ao prestador dos serviços estar ciente dos fatores que levaram a pessoa a optar pela atividade individualizada, mantendo um íntimo contato na busca por este objetivo, além de criar opções na manutenção deste indivíduo como parceiro comercial.

    Resultados estéticos e de promoção da saúde deve estar aliados ao prazer de um bom relacionamento entre o prestador de serviço e o beneficiado por ele. Dada a condição científica da avaliação física e de desempenho humano, fatores como as buscas pela saúde e estética podem ser mensuradas pelo profissional de educação física. Os fatores sócio-afetivos, por sua vez, dificilmente são mensuráveis e raramente são valorizados pelo profissional. Os fatores sócio-afetivos comumente mantêm as pessoas realizando tarefas ou funções que lhes dão maior alegria.

    Guardada as devidas proporções, enquanto que a academia precisa de um grande volume de alunos, para se manter competitiva, o personal precisa primar pela "qualidade" no atendimento, antes da "quantidade". O número grande de alunos pode trazer benefícios financeiros ao personal, mas poderá afetar a qualidade no atendimento. Sendo que muitos clientes buscam os serviços individualizados devido ao grau de exigência contido neste tipo de atendimento. Além do que, é humanamente impossível adequar os horários de treinamento para muitos alunos. A maioria das academias perde cerca de 30% do seu público em meses subseqüentes. Este número no caso do personal training, seria uma catástrofe financeira.

    Para manter o aluno estimulado e disposto a seguir com um programa de treinamento e condicionamento físico, o bom atendimento deve ser um predicado essencial. Diferentemente das academias, o personal trainer tem no seu relacionamento interpessoal o maior instrumento para manter os seus clientes fiéis e constantemente motivados. Nas academias os alunos se relacionam entre si e com o professor. No personal training o professor deve fazer esta dupla função e de maneira ainda mais marcante, estando disposto a encontrar possibilidades de interagir socialmente e culturalmente dentro da perspectiva de interesse de cada aluno na busca de um relacionamento saudável e profundo. O aluno vem em primeiro plano e o professor deve ter humildade de perceber esta condição.

    Para sustentar o nível de desempenho esperado, com classe internacional, o personal trainer precisa se destacar ante a concorrência. Além de ser inovador, deve conhecer o seu cliente e as exigências do mercado. Precisa tratar os seus clientes em alto nível de respeito, como eles deves estar acostumados em outras situações de atendimento. A tecnologia deve ser um fator na quebra deste paradigma, pois atraem o cliente e aumenta a distância da concorrência. Por outro lado, a aplicação das habilidades necessárias em inovar o treinamento, agregada ao bom relacionamento, irão manter a fidelidade do cliente.

    Muitos alunos que buscam os serviços de personal training são pessoas que já estiveram em academias e algumas delas não se sentem atraídos pelo "agito" que se costuma ver nestes ambientes. No treinamento personalizado, o relacionamento social está limitado a duas pessoas, mas alguns eventos podem e devem ser organizados pelo treinador. Ele/Ela pode convidar todos os seus alunos para uma confraternização, fazendo a vez de promotor social. Não raramente, o aluno convida o "seu" treinador para eventos onde ele está participando/organizando, ou vice-e-versa. Este relacionamento é fundamental na manutenção de uma afetividade franca e duradoura. Afinal, o relacionamento entre o personal trainer e seu aluno, raramente termina após a aula. Isto exige tempo, entrega e atenção pessoal. A maioria dos alunos não estão interessados somente em se manter em forma, mas cultivar o seu grupo social. Conclue-se então que o personal trainer não pode ignorar as interações humanas.

5.     Conclusão

    As definições e importância do marketing ainda não estão claras para os personal trainers em nosso país. Este estudo apresentou alternativas para que os profissionais possam potencializar a sua imagem na busca de novos alunos, na manutenção dos atuais e na melhoria do atendimento prestado à eles, aproveitando os benefícios inegáveis do marketing nesta área de relacionamento humano.

    A sugestão de promover a venda do serviços de personal training deve ser entendida como um marketing direto e também de relacionamento. Onde a venda do capital acadêmico do profissional, interage com a sua personalidade na busca de uma oferta de serviço de acordo com a necessidade de uma segunda pessoa. Adequar estes fatores, dará uma grande vantagem ao personal trainer em relação ao sucesso de seus serviços e vantagens ante os concorrentes.

    A importância do aspecto de aquisição da confiança como principal vantagem competitiva dos prestadores de serviço é um aspecto que deve favorecer ao personal trainer, por ser ele próprio a "pequena empresa", então mais fácil de controlar e promover a qualidade na busca da confiança. Foi abordado neste estudo que além da importância do serviço prestado, o profissional deve focar as suas energias também no marketing de relacionamento. Conhecer e antecipar as necessidades de seus clientes, demonstrarão o interesse verdadeiro e poderão promover o êxito ainda maior na atividade proposta.

    A interação entre aluno e treinador, em primeiro plano, deve proporcionar uma escolha intrapessoal através da conexão entre a identidade cultural do aluno com a compreensão pelo treinador de sua função de motivador, colaborador, prestador de serviço e principalmente de socializador. Além dos benefícios fisiológicos, a atividade física deve proporcionar também benefícios sociais, cooperando para uma integração cognitiva.

    A intenção de promover o marketing pessoal não deve diminuir e não tem a expectativa de desistimular a atitude própria dos colegas treinadores, mas sim dar ferramentas onde o carisma e a atitude devem continuar a serem fatores que irão distinguir um treinador do outro.

    A sociologia demonstra que o esporte é um componente importante de nossa ordem social. A sociologia do esporte explica como as pessoas interagem entre elas e como os aspectos de convívio, treinamento, motivação, entre outros, podem interferir no processo de socialização e desenvolvimento dentro de uma sociedade específica (FREEMAN, 1992). Estando ciente desta importância, os profissionais das áreas de personal training devem estabelecer critérios que busquem desenvolver a atividade de maneira mais benéfica, no âmbito fisiológico, e que busque atender também princípios sociais, promovendo o crescimento de pessoas mais completas e úteis na sociedade atual.

Referências

FERREIRA, Aurélio Buarque de Holanda. Novo dicionário Aurélio. 3. ed. Curitiba: Positivo, 2004.

FREEMAN, Willian. Physical education and sport in a changing society. New York: Macmillan Publishing Company, 1992.

KOTLER, Philip e KELLER, Kevin. Administração de Marketing – 12. ed. São Paulo: Prentice Hall, 2006. 776 p.

KOTLER, Philip; STOLLER, Martin. Marketing de Alta Visibilidade. 1. ed. São Paulo: Makron Books, 1999.

MANZIONE, Sydney. Marketing para o terceiro setor. São Paulo: Novatec, 2006. 160 p.

SABA, Fabio. Liderança e gestão para academias e clubes esportivos. São Paulo: Phorte Editora, 2006. p.181.

SANTOS, Lígida. Marketing pessoal e sucesso profissional. Campo Grande: UCDB, 2002.

SEBRAE. Como elaborar um plano de marketing. Disponível em http://www.sebraemg.com.br/arquivos/parasuaempresa/planodemarketing/marketing.pdf Acesso em 22 de Maio de 2007.


Espero que você tenha gostado desse texto.

Conheça os Manuais para Professor de Educação Física
Tenha Exercícios em Vídeos para Aulas de Educação Física
Trabalhe com Educação Física
Segue no Instagram!
Receba nossos links no Telegram e no Whatsapp .

terça-feira, 28 de fevereiro de 2012

Atividade Física na Menopausa

.

Atividade Física na Menopausa

A prática de atividade física feita pela mulher quando esta chega ao período da menopausa está relacionada com a melhora de sua saúde e qualidade de vida. Muitos estudos vêm comprovando e mostrando a importância da atividade física no período pré, pós, e durante a menopausa (ou climatério).

Qual a diferença entre menopausa e climatério?

O climatério representa a transição da vida reprodutiva para a vida não-reprodutiva da mulher.

Dentro desse período ocorre a menopausa que corresponde à última menstruação. Nesse período, o ovário perde a sua função, deixa de produzir óvulos, sofrendo alterações morfológicas e endócrinas.

São considerados estágios do climatério:

• o período pré-menopausa,

• o momento da menopausa e

• o período pós-menopausa.

Climatério, chamado normalmente apenas de menopausa não quer dizer terceira idade, envelhecimento; mas sim o término da fase reprodutiva da mulher.  Pode ser uma época da vida cheia de ganhos se vier associada à hábitos de vida saudáveis (dieta equilibrada, alegria de viver, etc) e atividade física regular.

Apesar de ser reconhecida há séculos, a menopausa é considerada um fenômeno da mulher moderna. Atualmente, mais mulheres estão chegando ao climatério e vivendo cerca de um terço da sua vida neste período. Isto devido à melhora dos cuidados médicos que vem proporcionando o aumento da longevidade.

Corpo de mulher na menopausa e os exercícios físicos

O corpo da mulher passa por diversas modificações com a diminuição na produção de estrogênio que ocorre durante a menopausa. Um programa de exercícios físicos traz para o corpo da mulher benefícios universalmente conhecidos assim como benefícios específicos relacionados com os sintomas característicos.

Menopausa


Espero que você tenha gostado desse texto.

Conheça os Manuais para Professor de Educação Física
Tenha Exercícios em Vídeos para Aulas de Educação Física
Trabalhe com Educação Física
Segue no Instagram!
Receba nossos links no Telegram e no Whatsapp .

Personal trainer de quatro patas


Personal trainer de quatro patas

Ruas congestionadas, motoristas a beira de um "ataque de nervos". Mesmo com toda essa situação caótica especialmente no início e final de um dia de trabalho, continuamos a utilizar o carro como um meio vital de transporte. Pegamos o carro para ir até a padaria na esquina, o elevador para subir um ou dois andares ou até enviamos um e-mail para o colega de trabalho em vez de andarmos até o fim do corredor.

Uma das consequências diretas desse comportamento cômodo e indolente é o sedentarismo. Aliás, você se acha sedentário?

Se a resposta foi sim, você precisa de um cachorro, um dos meios mais simples de alcançar a boa forma.

Causas do sedentarismo

 Sedentarismo

Quantas vezes as pessoas ou você mesma já tentou vencer a síndrome do sofá, ou seja, começar a fazer algum exercício, desde uma caminhada num parque até entrar numa academia?

As taxas de desistência são altas: por exemplo, um estudo norte-americano avaliou por um ano mulheres que iniciaram um programa de atividade física. Ele identificou que 50% das mulheres que se propuseram a realizar exercícios vigorosos abandonaram o programa de exercícios em três meses. E todo mundo conhece o caso daquela bicicleta ergométrica que virou um cabide caro.

Um dado interessante é que a chamada auto-eficácia, isto é, a confiança de que você possui aptidão física para começar e o comprometimento emocional para continuar um programa de exercício, tem o seu nível mais baixo no dia seguinte ao início da atividade física.

Esse desânimo se deve principalmente à impossibilidade de sentir de imediato os efeitos agradáveis de mexer o corpo. O incentivo da família, de amigos ou de um parceiro de exercício é fundamental para que a pessoa continue a se exercitar em longo prazo.

Cão: amigo do homem e da boa forma

 Cachorro atleta

E quem pode assumir esse papel de incentivador fiel e devotado? Um personal trainer de quatro patas!

Um dos grandes poderes dos cachorros é combater diretamente o sedentarismo com alegria, diversão e descontração, ao contrário de uma massacrante disciplina de séries de exercícios em ambientes fechados.

Um estudo sobre atividade física concluiu que os donos de cães têm maior probabilidade de realizar três ou mais vezes exercícios vigorosos por semana. Caminhadas de 15 minutos no início da manhã e no final da tarde com o cachorro é o tipo de exercício moderado que corresponde ao indicado pela maioria dos cardiologistas.

E é fato que as pessoas que têm um cão passam mais tempo caminhando do que quem não tem cão. Basta ir a uma praça ou a um parque para confirmar que raramente os donos de cães são gordinhos.

Horácio, um labrador de coloração "chocolate", sabe identificar cada palavra-chave para o ato de passear, cada mudança de tom da voz do seu dono, conhece as dicas corporais do seu líder ou seus passos do outro lado da casa. Ele manifesta com muita personalidade sua vontade de dar uma voltinha e não aceita um não como resposta.

O exemplo de Horácio ilustra que mais do que o assédio canino para obrigar o seu dono a levá-lo para passear, o convívio com animais de estimação aumenta a possibilidade de se ter, prazerosamente, um programa de exercícios.

No livro O Poder Curativo dos Bichos, o doutor Marty Becker fala que caminhar ao lado de um cachorro ou jogar bolinha ou um galhinho para ele significa movimentar o corpo em compasso com o de um animal que somente quer se divertir e fazer o seu dono feliz.

"Ele nos suplica para romper o ciclo de isolamento e inatividade para nos levar a conhecer o mundo novo, passear e conversar com os vizinhos e se sentir mais confiante e contente com o nosso eu físico e animal", explica Becker.

Por Cibele Fabichak
Espero que você tenha gostado desse texto.

Conheça os Manuais para Professor de Educação Física
Tenha Exercícios em Vídeos para Aulas de Educação Física
Trabalhe com Educação Física
Segue no Instagram!
Receba nossos links no Telegram e no Whatsapp .

Psicomotricidade na infância


O estudo da psicomotricidade é recente. Ainda no início deste século, abordava-se o assunto apenas de forma excepcional. Numa primeira fase, a pesquisa fixou-se, sobretudo no desenvolvimento motor da criança. Depois estudou a relação entre o atraso no desenvolvimento motor e o atraso intelectual. Seguiram-se estudos sobre o desenvolvimento da habilidade manual e aptidões motoras em função da idade.

Mais recentemente, as pesquisas direcionando-se para a ligação com a lateralidade, a estruturação espacial, a orientação temporal e as dificuldades escolares, enfatizando a necessidade de que se tome consciência das relações existentes entre o gesto e a afetividade como, por exemplo, a diferença entre o caminhar de uma criança segura de si mesma e o de uma criança tímida.

Estudiosos e resultados

Os estudiosos defendem que o tônus e a motricidade - a força que dá movimento - trazem com seu desenvolvimento os primeiros delineamentos de reações emocionais e afetivas, o que contribui para a organização progressiva do conhecimento.

O componente tônico tem papel fundamental na organização da personalidade, pois as modificações do tônus e das atitudes têm relação com as modificações da sensibilidade afetiva. Entre as duas, existe reciprocidade de ação imediata.

Piaget considera esta reciprocidade válida para o aspecto figurativo do pensamento. Ele acredita que em toda ação, o motor e o energético são de natureza afetiva (necessidade e satisfação), ao passo que a estrutura é de natureza cognitiva (os esquemas enquanto organização sensorial-motora). Assimilar um objeto a um esquema representa atender a uma satisfação de uma necessidade e concender uma estruturação cognitiva à ação. As vivências (ações) modelam a sociabilidade e a personalidade do ser humano, na medida em que esta última é fruto da troca de experiências.

Educação e psicomotricidade

A educação psicomotora tem o papel de promover uma formação de base indispensável a toda criança que responde a uma dupla finalidade: assegurar o desenvolvimento funcional, tendo em conta as possibilidades da criança e ajudar sua afetividade a se expandir e equilibrar-se, por meio do intercâmbio com o ambiente humano.

É possível, por uma ação educativa a partir dos movimentos espontâneos da criança e das atitudes corporais, favorecer o início da formação de sua imagem corporal, o núcleo da personalidade. Além do mais, é um meio prático de ajudar a criança a dispor de uma imagem do "corpo operatório", a partir da qual poderá exercer sua autonomia. Esta conquista passa por vários estágios de equilíbrio que correspondem aos estágios da evolução psicomotora.

Dessa forma, se define psicomotricidade como sendo uma ciência que tem por objeto de estudo o homem, de seu corpo em movimento e nas relações com seu mundo interno e externo. A educação pelo movimento com atuação sobre o intelecto acontece na relação entre pensamento e ação, englobando funções neurofisiológicas e psíquicas. Como o comportamento físico de uma criança expressa suas dificuldades intelectuais e emocionais, pode-se dizer que a psicomotricidade é a ciência do corpo e da mente. Ao ver o corpo da criança em movimento, percebe-se a ação dos braços, pernas e músculos iniciada pela mente e motivada pela vontade de atingir algo e pelo desejo de se expressar, tornando consciente os movimentos do corpo. A psicomotricidade integra várias técnicas com as quais se podem trabalhar todas as partes do corpo, relacionando-o com a afetividade, o pensamento e o nível de inteligência, enfocando a unidade da educação dos movimentos, ao mesmo tempo em que coloca em jogo as funções intelectuais.

Conclusões e diretrizes

Concluindo, as crianças sempre nos surpreendem por sua espontaneidade, seja correndo, desenhando, brincando ou conversando. Observar uma criança se movimentando é presenciar o aflorar de emoções e de interesses. Seu corpo é um espelho e com a observação, os olhos bem treinados detectam aptidões.

Acredita-se que as pessoas são o seu próprio corpo. O corpo e a mente não são separados; pensar, sentir, agir, imaginar são manifestações do corpo e constituem um processo vital. A psicomotricidade estuda e trabalha os diferentes problemas e habilidades do indivíduo pelos gestos, postura corporal e atitudes. Seu principal objetivo é desenvolver na criança uma melhor organização espacial e temporal, promovendo melhorias no equilíbrio, coordenação e motricidade, bem como integração e conhecimento do próprio corpo, além de trabalhar situações afetivas e emocionais que dizem respeito ao contexto da criança.

Um bom trabalho psicomotor busca dinamizar um caminho onde o "fazer" e o "pensar" sejam considerados possibilidades existenciais e igualmente importantes para a formação do SER, corrigindo distúrbios, ampliando capacidades e buscando mais qualidade de vida. Leia mais sobre psicomotricidade.
Espero que você tenha gostado desse texto.

Conheça os Manuais para Professor de Educação Física
Tenha Exercícios em Vídeos para Aulas de Educação Física
Trabalhe com Educação Física
Segue no Instagram!
Receba nossos links no Telegram e no Whatsapp .

8 exemplos de jogos cooperativos

Jogos cooperativos e competitivos são jogos feitos para unir pessoas, a preocupação não é de ganhar e sim se divertir e de se contrair.

Existem muitos de jogos cooperativos  como, por exemplo, amigos de jô, basquete, vôlei, estamos todos no mesmo saco, futebol e outros jogos.

Esses tipos de jogos são utilizados para incrementar a paz no dia-a-dia do participante.

Jogos cooperativos não são apenas jogos que exigem força física, muito pelo contrário, pois  jogo da memória, quebra-cabeça e jogos deste gênero também são considerados jogos coorporativos.

Exemplos

1. Passando o Bambolê

Material: vários bambolês
Fazendo a atividade: formação de um grande círculo com os alunos de mãos dadas com o bambolê entre os braços de dois alunos que terão de passar o bambolê sobre o corpo sem soltar as mãos.
O professor para dificultar ainda mais, deverá ir colocando aos poucos mais bambolês no espaço livre para que os alunos passem os bambolês sem deixar o outro bambolê que vem atrás acumular.
VARIAÇÂO: dividir os alunos em dois ou três grupos com o bambolê nos braços de dois alunos. Os alunos deverão passar o bambolê, sem soltar as mãos até chegar no lugar que ele estava. Vence a equipe que conseguir dar 5 voltas primeiro.

2. Cabo de Guera

O professor divide as equipes sendo que cada duas equipes ficarão com uma corda. O professor marca o meio da corda com um lenço e risca o chão para que ambas as equipes mantenham a mesma distância do centro da corda. Ao sinal do professor as equipes deverão puxar a corda para seu lado. Marca um ponto quem conseguir fazer o lenço da corda chegar no espaço riscado no chão do seu lado. Ganha quem marcar três pontos primeiro. Obs: trocar as equipes nas cordas sendo que todas as equipes joguem umas com as outras.
VARIAÇÃO: Fazer cabo de guerra sem corda, com os primeiros alunos da fila (conforme a foto) segurando as mãos e os demais segurando na cintura.

3. Carangueijobol

O professor divide os alunos em duas equipes. Os alunos são colocados em seus repectivos campos e dentro da área de gol e só poderão se movimentar em 4 apoios. A bola é colocada no centro da quadra e ao sinal do professor, ambas as equipes saem na posição de quatro apoios em direção a bola que está no centro da quadra. O objetivo é marcar gol no time adversário. Não podendo colocar a mão na bola(somente o goleiro pode).
As regras são as mesmas do futsal. Essa atividade exige muitos dos musculos inferiores e posteriores, portanto é necessário um alongamento mais amplo.

4.Nó Humano

Formação: alunos divididos em grupos de no máximo 9 alunos.
O professor pede para que os alunos do grupo fiquem em círculo e todos os alunos devem dar as mãos um aos outros entrelaçando as mãos. Nenhum aluno pode dar as mãos ao aluno do lado e também não pode segurar nas mãos da mesma pessoa. Termina a atividade quando os alunos do grupo, sem soltar as mãos formarem um círculo.
Essa atividade é ideal para o início do ano e serve para o professor conhecer quem é o líder do grupo, aquele que lidera as ações, conhecer o aluno mais acomodado, aquele que não toma nenhuma iniciativa e conhecer aquele aluno 'malandrinho', aquele que quando o professor não está olhando, ele solta as mãos ou da um jeitinho de levar vantagem.

5. Vaqeiro Laçador

Formação inicial: Alunos espalhados pela quadra, o professor coloca no fundo da quadra, diversos bambolês. Escolhe um aluno que será o Vaqueiro que colocará um bombolê na cintura(simbolizando o cavalo) e o outro bambolê na mão (simbolizando uma corda). Ao sinal do professor, o aluno(vaqueiro) sai em perseguição aos demais alunos (conforme a foto). Assim que algum aluno for laçado, este deve pegar dois bambolês que estão no fundo da quadra e se torna vaqueiro, ajudando o primeiro na captura dos demais. Termina a atividade, quando todos forem capturados.

6. Zigue-Zague

Alunos divididos em dois grupos, com número igual de alunos e em fileira. Os alunos deverão ficar com os pés afastados um do outro e encostado no pé do aluno ao lado (conforme a foto). Dado o sinal do professor, o primeiro aluno de cada equipe tem que se abaixar, e em 4 apoios deve passar por baixo das pernas do companheiro fazendo o zigue-zague. Somente quando o primeiro aluno chegar no último aluno da fileira e ficar na posição dos demais é que o próximo da fila continua a atividade.

7. Bola por Cima, Bola por Baixo

Alunos dispostos em duas colunas, sendo o primeiro aluno de cada equipe com uma bola nas mãos.
1)Ao sinal do professor o primeiro aluno de cada fileira deve passar a bola por cima da cabeça com as duas mãos até chegar ao último da fileira que deverá pegar a bola e correr até a frente e dar seqüência a atividade. 2)Assim que todos os alunos completarem a tarefa, o professor deve pedir para que todos fiquem de pernas afastadas e devem passar a bola por baixo de mão em mão, até que todos completem a tarefa. 3) na terceira etapa, o primeiro aluno da fileira deve passar a bola por cima da cabeça, o segundo aluno deve pegar a bola em cima e passar por baixo, o terceiro deve pegar embaixo e passar por cima e assim sucessivamente até que todos completem a prova.

8. Escravos de Jó

Jogavam caxangá
Tira, bota
Deixa ficar
Guerreiros com guerreiros
Fazem zigue, zigue, zá
Guerreiros com guerreiros
Fazem zigue, zigue, zá

Formada a roda, as crianças permanecem paradas, podendo inclusive ficar sentadas, com um objeto igual para todos (pedrinhas, copo, caneca, etc), na mão direita. Ao ritmo da música, marcando os tempos fortes, iniciam a brincadeira de passar o objeto que têm na mão direita para o vizinho da direita, e receber com a mão esquerda o objeto do vizinho da esquerda (se estiver de pé), trocando-o rapidamente de mão. Quando o jogo é feito sentado (geralmente em torno de uma mesa), pode-se usar somente a mão direita, largando-se o objeto sempre à frente do vizinho da direita.
Faz-se movimentos conforme a letra:
Escravos de Jó jogavam caxangá (vai passando para o colega ao lado o objeto que foi posto à sua frente ); Tira (levanta o objeto), bota(põe na sua frente na mesa), deixa ficar (aponta para o objeto na frente); Guerreiros com guerreiros fazem zigue (passa seu objeto para o colega ao lado), zigue (volta o objeto para sua frente), zá (passa seu objeto para o colega).
Observação: Vão saindo da roda aqueles que se perderem no ritmo, ou passarem mal o objeto. Para super cobras no jogo, pode ser tentada uma rodada especial invertendo o sentido da brincadeira (para a esquerda).

Espero que você tenha gostado desse texto.

Conheça os Manuais para Professor de Educação Física
Tenha Exercícios em Vídeos para Aulas de Educação Física
Trabalhe com Educação Física
Segue no Instagram!
Receba nossos links no Telegram e no Whatsapp .

segunda-feira, 27 de fevereiro de 2012

11 benefícios da caminhada para o corpo e a mente


Você conhece algum exercício mais fácil de praticar do que a caminhada? Ela não exige habilidade, é barata, pode ser feito praticamente a qualquer hora do dia, não tem restrição de idade e ainda pode ser feita dentro de casa se a pessoa tiver uma esteira. "Para uma pessoa que não pratica nenhum tipo de esporte, uma caminhada de 10 minutos por dia já provoca efeitos perceptíveis ao corpo, depois de apenas uma semana, explica o fisiologista do esporte Paulo Correia, da Unifesp. Além da melhora do condicionamento físico, as vantagens de caminhar para a saúde do corpo e da mente são muitas, e comprovadas pela ciência. Confira aqui e movimente-se: 

1.Melhora a circulação

Um estudo feito pela USP, de Ribeirão Preto, provou que caminhar durante aproximadamente 40 minutos é capaz de reduzir a pressão arterial durante 24 horas após o término do exercício. Isso acontece porque durante a prática do exercício, o fluxo de sangue aumenta, levando os vasos sanguíneos a se expandirem, diminuindo a pressão.  

Dicas para começar a fazer caminhada e corrida

Além disso, a caminhada faz com que a as válvulas do coração trabalhem mais, melhorando a circulação de hemoglobina a e oxigenação do corpo. "Com o maior bombeamento de sangue para o pulmão, o sangue fica mais rico em oxigênio. Somado a isso, a caminhada também faz as artérias, veias e vasos capilares se dilatarem, tornando o transporte de oxigênio mais eficiente às partes periféricas do organismo, como braços e pernas", explica o fisiologista Paulo Correia. 

2.Deixa o pulmão mais eficiente

O pulmão também é bastante beneficiado quando caminhamos. De acordo com Paulo Correia, as trocas gasosas que ocorrem nesse órgão passam a ser mais poderosas quando caminhamos com frequência. Isso faz com que uma quantidade maior de impurezas saia do pulmão, deixando-o mais livre de catarros e poeiras.

"A prática da caminhada, se aconselhada por um médico, pode ajudar também a dilatar os brônquios e prevenir algumas inflamações nas vias aéreas, como bronquite. Em alguns casos mais simples, ela tem o mesmo efeito de um xarope bronco dilatador", explica. 

3. Combate a osteoporose

O impacto dos pés com o chão tem efeito benéfico aos ossos. A compressão dos ossos da perna, e a movimentação de todo o esqueleto durante uma caminhada faz com que haja uma maior quantidade estímulos elétricos em nossos ossos, chamados de piezelétrico. Esse estímulo facilita a absorção de cálcio, deixando os ossos mais resistentes e menos propensos a sofrerem com a osteoporose. 

Esteira

 "Na fase inicial da perda de massa óssea, a caminhada é uma boa maneira de fortalecer os ossos. Mesmo assim, quando o quadro já é de osteoporose, andar frequentemente pode diminuir o avanço da doença", diz o fisiologista da Unifesp.

4. Afasta a depressão

Durante a caminhada, nosso corpo libera uma quantidade maior de endorfina, hormônio produzido pela hipófise, responsável pela sensação de alegria e relaxamento. Quando uma pessoa começa a praticar exercícios, ela automaticamente produz endorfina.

Depois de um tempo, é preciso praticar ainda mais exercícios para sentir o efeito benéfico do hormônio. "Começar a caminhar é o inicio de um círculo vicioso. Quando mais você caminha, mais endorfina seu organismo produz, o que te dá mais ânimo. Esse relaxamento também faz com que você esteja preparado para passar cada vez mais tempo caminhando", explica Paulo Correia. 

5. Aumenta a sensação de bem-estar

Uma breve caminhada em áreas verdes, como parques e jardins, pode melhorar significativamente a saúde mental, trazendo benefícios para o humor e a autoestima, de acordo com um estudo feito pela Universidade de Essex, no Reino Unido.

Comparando dados de 1,2 mil pessoas de diferentes idades, gêneros e status de saúde mental, os pesquisadores descobriram que aqueles que se envolviam em caminhadas ao ar livre e também, ciclismo, jardinagem, pesca, canoagem, equitação e agricultura, apresentavam efeitos positivos em relação ao humor e à autoestima, mesmo que essas atividades fossem praticadas por apenas alguns minutos diários.  

"Caminhar diariamente é um ótimo exercício para deixar o corpo em forma, melhorar a saúde e retardar o envelhecimento."

6. Deixa o cérebro mais saudável

Caminhar diariamente é um ótimo exercício para deixar o corpo em forma, melhorar a saúde e retardar o envelhecimento. Entretanto, um novo estudo da Universidade de Illinois, nos Estados Unidos, mostra que esse efeito antienvelhecimento do exercício pode ser possível também em relação ao cérebro, ao aumentar seus circuitos e reduzir os riscos de problemas de memória e de atenção. "Os estímulos que recebemos quando caminhamos aumento a nossa coordenação e fazem com que nosso cérebro seja capaz de responder a cada vez mais estímulos, sejam eles visuais, táteis, sonoros e olfativos", comenta Paulo Correia. 

O que comer antes dos exercícios físicos?

Outro estudo feito pela Universidade de Pittsburgh, afirma que as pessoas que caminham em média 10 quilômetros por semana apresentam metade dos riscos de ter uma diminuição no volume cerebral. Isso pode ser um fator decisivo na prevenção de vários tipos de demência, inclusive a doença de Alzheimer, que mata lentamente as células cerebrais. 

7. Diminui a sonolência

A caminhada durante o dia faz com que o nosso corpo tenha um pico na produção de substâncias estimulantes, como a adrenalina. Essa substância deixa o corpo mais disposto durante as horas subsequentes ao exercício. Somado a isso, a caminhada melhora a qualidade do sono de noite.

"Como o corpo inteiro passa a gastar energia durante uma caminhada, o nosso organismo adormece mais rapidamente no final do dia. Por isso, poucas pessoas que caminham frequentemente têm insônia e, consequentemente, não tem sonolência no dia seguinte", completa o especialista da Unifesp. 

8. Mantém o peso em equilíbrio e emagrece

Esse talvez seja o benefício mais famoso da caminhada. "É claro que caminhar emagrece. Se você está acostumado a gastar uma determinada quantidade de energia e começa a caminhar, o seu corpo passa a ter uma maior demanda calórica que causa uma queima de gorduras localizadas", afirma Paulo Correia. 

E o papel da caminhada na perda de peso não para por aí. Pesquisadores da Universidade de Yale, nos Estados Unidos, mostrou que, mesmo horas depois do exercício, a pessoa continua a emagrecer devido à aceleração do metabolismo causada pelo aumento na circulação, respiração e atividade muscular. 

Esteira

A conclusão foi de que os músculos dos atletas convertem constantemente mais energia em calor do que os de indivíduos sedentários. Isso ocorre porque quem faz um treinamento intensivo de resistência, como é o caso da caminhada, tem um metabolismo mais acelerado. 

9. Controla a vontade de comer

Um estudo recente feito por pesquisadores da Universidade de Exeter, na Inglaterra, sugere que fazer caminhadas pode conter o vício pelo chocolate. Durante o estudo, foram avaliadas 25 pessoas que consumiam uma quantidade de pelo menos 100 gramas por dia de chocolate. Os chocólatras tiveram que renunciar ao consumo do doce e foram divididos em dois grupos, sendo que um deles faria uma caminhada diária. 

Os pesquisadores perceberam que não comer o chocolate, juntamente com o estresse provocado pelo dia a dia, aumentava a vontade de consumir o doce. Mas, uma caminhada de 15 minutos em uma esteira proporciona uma redução significativa da vontade pela guloseima.

"Além de ocupar o tempo com outra coisa que não seja a comida, a caminhada libera hormônios, como a endorfina, que relaxam e combatem o estresse, efeito que muitas pessoas buscam compulsivamente na comida", afirma Paulo Correia.  

10. Protege contra derrames e infartos

Quem anda mantém a saúde protegida das doenças cardiovasculares. Por ajudar a controlar a pressão sanguínea, caminhar é um fator de proteção contra derrames e infarto. "Os vasos ficam mais elásticos e mais propícios a se dilatarem quando há alguma obstrução. Isso impede que as artérias parem de transportar sangue ou entupam", diz Paulo.

A caminhada também regula os níveis de colesterol no corpo. Ela age tanto na diminuição na produção de gorduras ruins ao organismo, que têm mais facilidade de se acumular nas paredes dos vasos sanguíneos e por isso causar derrames e infartos, como no aumento na produção de HDL, mais conhecido como colesterol bom. 

11. Diabetes

A insulina, substância que é responsável pela absorção de glicose pelas células do corpo, é produzida em maior quantidade durante a prática da caminhada, já que a atividade do pâncreas e do fígado são estimuladas durante a caminhada devido à maior circulação de sangue em todos os órgãos.

Outro ponto importante é que o treinamento aeróbico intenso produzido pela caminhada é capaz de reverter a resistência à insulina, um fator importante para o desenvolvimento de diabetes. Assim fica comprovado que os exercícios têm ainda mais benefícios contra o mal do que se pensava anteriormente.

"Quanto maior a quantidade de insulina no sangue, maior a capacidade das células absorverem a glicose. Quando esse açúcar está circulando livremente no sangue, pode causar diabetes", explica o fisiologista da Unifesp.

Espero que você tenha gostado desse texto.

Conheça os Manuais para Professor de Educação Física
Tenha Exercícios em Vídeos para Aulas de Educação Física
Trabalhe com Educação Física
Segue no Instagram!
Receba nossos links no Telegram e no Whatsapp .

Como surge o esporão de calcanhar?



A cada ano, cerca de um milhão de brasileiros e 2,5 milhões de americanos procuram os consultórios de ortopedistas queixando-se de dores no calcanhar.

A maior parte desses pacientes apresenta um problema chamado fasceíte plantar, ou fascite plantar, uma inflamação no tecido que recobre os músculos da sola do pé, comumente chamada de esporão.

Para entender a origem do esporão de calcanhar é importante lembrar que a planta do pé é composta por estruturas elásticas (músculo) e rígidas (fáscia), que potencializam a força dos músculos flexores curtos dos dedos e funcionam como um braço de alavanca.

Na prática, essas estruturas aumentam a eficiência do impulso, que é acionado quando o calcanhar se distancia do solo.

"As pessoas mais suscetíveis ao problema são mulheres com idade entre 40 e 50 anos, praticantes de esportes como caminhada, corridas e maratonas".

Um estresse excessivo nesta região provoca um estiramento da fáscia, originando fissuras e inflamação. Entre as principais causas estão a retração do tendão calcâneo conhecido popularmente como tendão de Aquiles e pés com a curvatura acentuada, rígidos, pouco flexíveis ou pronados.

As pessoas mais suscetíveis ao problema são mulheres com idade entre 40 e 50 anos, praticantes de esportes como caminhada, corridas e maratonas.

Há, ainda, incidência significativa de casos entre as que trabalham em pé por longos períodos ou que sofrem com sobrepeso. O tratamento é principalmente clínico, realizado por meio de exercícios de alongamento do tendão de Aquiles e da fascia plantar.

Estudos revelam que 80% dos portadores de esporão de calcanhar melhoram após seis a oito semanas de tratamento.

Além da fisioterapia, medicamentos para amenizar as dores e conter a inflamação podem ser benéficos.

Ao persistir a doença, especialistas recomendam a terapia de ondas de choque extracopórea. Os tratamentos cirúrgicos costumam ser raros, cabendo a casos muito específicos.
Espero que você tenha gostado desse texto.

Conheça os Manuais para Professor de Educação Física
Tenha Exercícios em Vídeos para Aulas de Educação Física
Trabalhe com Educação Física
Segue no Instagram!
Receba nossos links no Telegram e no Whatsapp .

Importância das brincadeiras na Educação Infantil

Muito embora só recentemente é que a Educação Infantil tenha se tornado direito das crianças, o atendimento a essa faixa etária em instituições variadas, como: pré-escola, jardim de infância, creches e outros, já existe no Brasil há um século. Durante muito tempo, tem se discutido sobre como as crianças aprendem, como se dá à compreensão do processo que leva a criança a construir conhecimentos, e o que elas são capazes de aprender, brincar e cuidar. Percebe-se que os educadores da atualidade precisam utilizar-se do lúdico na educação infantil, ao diferenciar o trabalho da brincadeira a humanidade observou a importância da criança que brinca. Começando a ser investigados pelos pesquisadores que consideram a ação lúdica como metacomunicação, a possibilidade da criança compreender o pensamento e linguagem do outro. Tornando-se questões centrais para os profissionais da área com a introdução da brincadeira no contexto infantil, mas para que se faça a abordagem no desenvolvimento da criança, é importante explicar, a priori, como se dá o desenvolvimento na proposta “froebeliana” que influencia a educação infantil de todos os países. Esta influencia resume o modo pelo qual cada país interpreta sua realidade cultural. Embora Froebel definisse o brincar como ação livre e espontânea da criança, um suporte para o ensino, permitindo a variação do brincar ora como atividade livre ora orientada. Entende que é destino da criança "viver de acordo com sua natureza, tratada corretamente, e deixada livre, para que use todo seu poder. (...) A criança precisa aprender cedo como encontrar por si mesmo o centro de todos os seus poderes e membros, para agarrar e pegar com suas próprias mãos, andar com seus próprios pés, encontrar e observar com seus próprios olhos" (Froebel, 1912c, p.21). É preciso relembrar as funções da escola, entre elas está a proposta da preparação da criança para o convívio do grupo e em sociedade. Despontando-se inteligentes, curiosas, ativas, solidárias, criativas, integrada no meio em que vive, que dialoga e participa da construção de seu caminho, ao mesmo tempo, ávida por afeto, brincar, correr, sorrir, chorar, viver e por sonhar. Para as crianças, o brincar e o jogar são modos de aprender e se desenvolver. Não importa que não saibam disso, ao fazer essas atividades, elas vivem experiências fundamentais. Dai porque se interessam em repeti-las e representá-las até criarem ou aceitarem regras que possibilitem compartilhar com colegas e brincar e jogar em espaços e tempos combinados. Por fim, brincar é uma necessidade do ser humano, quando brinca ele pode aprender de uma maneira mais profunda, podendo relacionar pensamentos, criar e recriar seu tempo e espaço adaptando-se melhor as modificações na vida real. No momento da brincadeira a criança pode pensar livremente, pode ousar imaginar, não tendo medo de errar, fazendo de um pedaço de madeira o que quiser. Temos muito que aprender sobre a condução dos trabalhos com os pequeninos.
Espero que você tenha gostado desse texto.

Conheça os Manuais para Professor de Educação Física
Tenha Exercícios em Vídeos para Aulas de Educação Física
Trabalhe com Educação Física
Segue no Instagram!
Receba nossos links no Telegram e no Whatsapp .

quinta-feira, 23 de fevereiro de 2012

O porque da avaliação postural


Para que se tenha saúde ,um bom desempenho músculo-articular e ainda uma melhor eficiência nos exercícios, é necessário que o indivíduo tenha um bom equilíbrio postural. Mas o que seria uma postura correta? É aquela em que um indivíduo, em posição ortostática, exige pequeno esforço da musculatura e dos ligamentos para se manter nessa posição. Encontrando , assim, o melhor equilíbrio estático.

É através da avaliação postural, é que se pode determinar e registrar, se possível, através de fotografias, os desvios posturais ou atitudes posturais erradas dos indivíduos. Em seguida, tais erros de postura podem ser tratados pelo fisioterapeuta ou orientados pelo mesmo, junto aos Profs. de Educação Física em sala de musculação ou piscina.

Para que o corpo se mantenha em perfeito equilíbrio, foi imaginada uma linha de gravidade, que atravessa o centro do corpo e que, projetada lateral e posteriormente, passa por vários pontos anatômicos :

Vista Lateral

Parte do trago , por diante dos côndilos occipitais;

Tangência a coluna cervical pela frente;

Passa pelo acrômio;

Passa pela frente da região dorsal;

Cruza a coluna lombar na altura de L2;

Passa por detraz das últimas vértebras lombares;

Passa por detraz da cavidade cotilóide;

Acompanha o eixo do fêmur;

Passa pela frente do joelho;

Passa pela frente da tíbia;

Passa pela frente da articulação Tíbio- Társica;

Cái no cubóide.

 

 

 

 

 

 

 

Vista Posterior

Esta linha parte da base occipital, segue a linha espondiléa, onde todos os processos espinhosos das vértebras pertencem a ela, passa pela linha interglútea e termina no intervalo dos calcâneos.
fonte: Musculação na Academia - Carlos E.C.Rodrigues
Espero que você tenha gostado desse texto.

Conheça os Manuais para Professor de Educação Física
Tenha Exercícios em Vídeos para Aulas de Educação Física
Trabalhe com Educação Física
Segue no Instagram!
Receba nossos links no Telegram e no Whatsapp .

quarta-feira, 22 de fevereiro de 2012

Educação Física, Saúde e Qualidade de Vida: Uma busca por novos caminhos

A educação física é uma disciplina de caráter teórico-prático que trata de assuntos relativos a cultura do movimento humano. No seu corpo de conteúdos podem ser abordados assuntos relacionados à saúde, valores éticos, sociais e políticos do corpo, da atividade física e do esporte, bem como a própria prática dos esportes, das danças, das lutas e dos jogos.

A educação física deve proporcionar informações e estimular os estudantes à adoção de comportamentos favoráveis para a manutenção ou aprimoramento de componentes do estilo de vida relacionados à saúde. Para isso, se utiliza do processo de ensino-aprendizagem através de vivências sistematizadas de diversas dimensões da cultura do movimento humano.

A educação física está estruturada em componentes que contribuem para a saúde e qualidade de vida, no entanto diversas investigações têm questionado as suas intervenções "educacionais" no que se refere à garantia de um contexto que promova não só o desenvolvimento de habilidades físicas, mas também de habilidades cognitivas, afetivas, e sociais que por fim reflitam em comportamentos mais conscientes e positivos em relação à saúde e qualidade de vida.

A educação física em nosso sistema de ensino, geralmente é caracterizada pela prática de exercícios físicos ou práticas esportivas desprovidas de um planejamento educacional com objetivos claramente estruturados, uma metodologia bem fundamentada e uma avaliação criteriosa. Isso contribui para construção de uma concepção técnico-esportiva que permanece hegemônica na educação física, reproduzindo e reforçando através do esporte, um modelo de homem e sociedade excludente, alienante e pouco significativo em termos de valores para a qualidade de vida.

Na educação física percebe-se, em determinados momentos e práticas, uma aversão ao teórico e a reflexão crítica e com isso ela perde o seu sentido mais amplo para vincular-se quase que exclusivamente ao modelo de esporte de rendimento.

De fato, a educação física praticada na maioria das instituições tem priorizado e enfatizado os conteúdos técnicos e fisiológicos das ciências do movimento humano, criando um esteriótipo tecnicista e pouco significativo as suas intervenções. Entretanto, as diversas crises sofridas por essa área profissional, fizeram com que várias questões advindas da conscientização sobre a complexidade das ações humanas, fossem trazidas para essa área tão ampla do conhecimento humano.

Questões como saúde, ecologia, tecnologia e qualidade de vida passam a formar em alguns profissionais da educação física, uma visão mais ampla e sistêmica da complexa realidade presente nas relações e comportamentos humanos.

Essa nova visão de educação física requer multi e interdisciplinariedade, na tentativa de juntar os pedaços de um homem fragmentado, buscando a superação de uma concepção de ser humano essencialmente biológico para ser concebido segundo uma visão mais holística, onde se considera os processos históricos de ordem social, cultural, política, econômica e tecnológica. Nesse contexto, saúde e qualidade de vida não podem ser tratadas como constructos exclusivamente biológicos ou psicológicos.
Espero que você tenha gostado desse texto.

Conheça os Manuais para Professor de Educação Física
Tenha Exercícios em Vídeos para Aulas de Educação Física
Trabalhe com Educação Física
Segue no Instagram!
Receba nossos links no Telegram e no Whatsapp .

quinta-feira, 16 de fevereiro de 2012

Exemplos de atividades aquáticas para gestantes


Por que a atividade física durante a gravidez?


Atualmente a prática de atividade física moderada é recomendado durante a gravidez, deixando o perigo de aparecer em épocas anteriores. Em um estado onde há um aumento da atividade hormonal é essencial, a prática de atividade física, reduzindo a atividade, um melhor equilíbrio com este emocional, físico e psico. Isso vai nos permitir uma melhoria tanto nós e nosso bebê.


Melhorias que proporcionam atividade física em mulheres grávidas:


· Ajuda a ganhar o controle de peso causado por nosso estado

· Nós preparamos nossos corpos e nossos músculos para o momento da entrega

· Aumentar a capacidade de coordenação da nossa respiração.

· Diminuição da frequência respiratória

· Melhora o tônus ​​muscular e volume, atrasando alterações.

· Melhora a postura

· Melhora a resistência à dor durante o parto



Dentro ou fora da água?


A proposta apresentada neste artigo tem como objetivo tornar a atividade física na água. Isso não quer dizer que a prática de atividade física para mulheres grávidas é sempre nesse meio, ou que é mais desejável do que qualquer outro. É apenas uma proposta. Para fazer isso, oferecemos uma série de melhorias que são interessantes e por isso você deve trabalhar sobre a água:


· Impacto reduzido sobre as articulações

· Estabilidade significa o feto. (É em um fluido)

· Temperatura da água 7-9 graus abaixo da temperatura do ser humano

· Usando vários materiais que irá diminuir o seu peso graças aos esforços de água

· Maior amplitude de movimento das articulações

· Aumento do nível de prática de lazer


Progressão e exercícios físicos propostos na gravidez


Primeiro, e como em qualquer prática esportiva nos aquecer para ativar nosso corpo, causando com isso aumentar nossa temperatura corporal, o que nos permite neutralizar a temperatura tem pouca água. Este aquecimento vai durar aproximadamente 15 minutos em que para executar uma parte da mobilidade articular. Dentro da água viajará andando na piscina rasa. Dentro do corpo principal desenvolver exercícios de tonificação, resistência, jogos ... dependendo do que já dissemos anteriormente. Podemos também aumentar a variedade de exercícios, dependendo da área onde o trabalho é, se trabalharmos em uma água rasa podem representar uma série de exercícios ou atividades e se estamos profundamente plantadas em um completamente diferente exercícios outras.

Finalmente, fazemos uma pequena e fria para baixo, para diminuir a freqüência cardíaca de novo por um jogo de relaxamento e alguns exercícios de alongamento.


Proposta de exercícios práticos para a parte principal de uma sessão com grávidas


Conteúdo: a resistência cardiovascular e postura 


Área: Shallow


Exercícios

1. Mudanças em círculos com as mãos nos quadris (mantendo a tabela de cabeça), nós levantamos os joelhos, calcanhares, movimentos laterais ...

2. Feita individualmente pernada de peito na posição dorsal, com a ajuda de um churro, e os movimentos do braço alternativo. Tentar levantar os joelhos para a postura correta

3. Nós rastejamos chute lateral com um movimento exagerado das pernas, a mudança a cada 6-8 chuta o braço que nós avançamos

4. Em pares, um executa pernada de peito na posição dorsal e um pull-boy colocado no pescoço, enquanto o outro vai ajudar

5. Em pares, ambos suportados pela parte de trás e com a ajuda de um rolo, até a água atinge as agarrasse pelo pescoço, abrindo seus joelhos. A cada 6 repetições são colocados em posição flutuante

Relaxamento jogo: "CLOCK" . O grupo está em um círculo. Um membro da deslocadas na posição dorsal para o resto dos colegas, um por um, até chegar ao seu ponto de partida.

arazadas01.gif


Conteúdo: Equilíbrio e Flexibilidade 


Zona: Shallow

1. Exercício individual, de pé, levantando uma perna elevando o joelho até o peito por dez segundos, perna direita e esquerda e depois dois. Lado alternativo e traseira.

2. Em pares, ficar frente a frente, levar as mãos com os pés juntos e puxar para trás dez segundos. Alternativa: Side

3. Em pares, frente a frente para trás outro, esticando os braços para trás por 10 segundos

4. Com um rolo, coloque-o no pé e levante a perna para alongar isquiotibiais durante dez segundos. Alternativa: Side com a ajuda de um parceiro

5. Sentado à mesa, usando rolo, esticar diferentes músculos dos braços por 10 segundos

Jogo: Relaxamento em um grupo com rolo e gire usando o monitor

mbarazadas02.gif


Bibliografia

· Buchholz, S. (1992). aptidão para mulheres grávidas . Barcelona. Paidotribo.

· Katz, J. (2000). Exercícios na água para todos . Madrid. Tutor.

· Lloret, M. Leon C. Benet, I. Querol, E. (2000). natação e saúde. Guia de exercício e sessões . Madrid: Gymnos.

Espero que você tenha gostado desse texto.

Conheça os Manuais para Professor de Educação Física
Tenha Exercícios em Vídeos para Aulas de Educação Física
Trabalhe com Educação Física
Segue no Instagram!
Receba nossos links no Telegram e no Whatsapp .