terça-feira, 31 de janeiro de 2012
Mini-aula de Jump
Conheça os Manuais para Professor de Educação Física
Tenha Exercícios em Vídeos para Aulas de Educação Física
Trabalhe com Educação Física
Segue no Instagram!
Receba nossos links no Telegram e no Whatsapp .
sexta-feira, 27 de janeiro de 2012
Exercício melhora condição física e memória de idosos
Muita gente corre a vida inteira e pensa que, quando a velhice chegar, será o momento de ficar sentado no sofá. Mas estudos indicam um outro caminho a seguir. O exercício físico para pessoas com mais de 60 anos, além de fazer bem para o corpo, ajuda a mente, melhorando a memória e o raciocínio.
Pacientes com mal de Alzheimer e Parkinson podem retardar o avanço da doença. Estudo realizado na Unifesp com 65 idosos - submetidos durante seis meses a um programa de musculação - apontou melhora sensível nas funções cognitivas, como memória, raciocínio, percepção e coordenação motora. "Alguns iam com lista ao supermercado e dispensaram o papel. Tamanha confiança de que iam lembrar", conta Ricardo Cassilhas, profissional de educação física que comandou a pesquisa. O humor dos voluntários também melhorou.
Só por sair de casa e conhecer pessoas, houve diminuição da depressão e ansiedade. Com o fim do estudo, a maioria tem intenção de continuar se exercitando. "Eles não queriam perder o que tinham ganhado." Antes de começar uma atividade física, muitas pessoas ficam reticentes. "Uns acham que não fizeram nada a vida toda e não vão começar depois de velhos. Outros se sentem excluídos de ambientes como academias", afirma Cassilhas. Não há restrição ao fato de ter sido sedentário, desde que tenha acompanhamento médico. "É animador. Se a gente conseguir modificar determinados hábitos, diminui o risco de doenças e melhora a qualidade de vida do idoso e da família", afirma Cássio Bottino, coordenador do Projeto Terceira Idade do Instituto de Psiquiatria do HC. Às vezes, os parentes acreditam que mantê-lo dentro de casa é o melhor. "Superproteção é algo que a gente combate. O familiar não deve fazer nada que o paciente é capaz." Pesquisas comprovam que a atividade física também é recomendada para quem tem Alzheimer ou Parkinson. "Se é um momento em que a memória está começando a declinar e a gente pode usar alguma coisa que a faça melhorar ou estabilizar, é um ganho", diz Cybelle Maria Costa Diniz, geriatra e diretora científica da Abraz (Associação Brasileira de Alzheimer). "Para o paciente com doença de Parkinson, o primeiro tratamento, às vezes até antes do remédio, é exercício físico." A atividade física representa um novo mundo para o idoso, no qual ele não precisa estar só. "Trabalho com a afetividade. A gente tenta se tornar um amigo dessa pessoa, não só um terapeuta que vai lá realizar movimentos", diz o professor de educação física Carlos Eduardo de Carvalho Afonso.
Por: Constança Tatsch
Espero que você tenha gostado desse texto.Conheça os Manuais para Professor de Educação Física
Tenha Exercícios em Vídeos para Aulas de Educação Física
Trabalhe com Educação Física
Segue no Instagram!
Receba nossos links no Telegram e no Whatsapp .
Asma e os benefícios da atividade física
Embora a asma seja doença conhecida há muitos anos, ainda não há uma definição universalmente aceita. Uma tentativa é a do Consenso Internacional de asma de 1995:
A asma é uma doença inflamatória crônica das vias aéreas na qual muitas células e elementos celulares desempenham um papel, em particular mastócitos, eosinófilos, linfócitos T, macrófagos, neutrófilos e células epiteliais. Em pessoa susceptíveis, esta inflamação causa episódios recorrentes de sibilos, falta de ar, aperto no peito e tosse, particularmente à noite ou de manhã cedo. Estes episódios são associados, normalmente, a obstrução difusa, porém variável ao fluxo aéreo, que freqüentemente é reversível quer espontaneamente ou com tratamento. A inflamação também causa aumento associado da resposta brônquica a uma variedade de estímulos (SAFRAN 2002).
Para SAFRAN (2002), a asma é uma doença crônica e de caráter recorrente que acomete as vias aéreas tornando-as hiperirritáveis e hipersensíveis. Mais do que uma simples doença, a asma é uma reação das vias aéreas à lesão causada por diversos agentes. A mucosa respiratória, uma vez agredida por um agente (poluição, cigarro, alérgenos, etc.) envia um sinal para medula óssea para que esta produza células especiais de defesa. A medula óssea interpreta este sinal como se o aparelho respiratório estivesse sendo invadido por parasitas e manda células especiais que provocarão um processo inflamatório nas vias aéreas (brônquios). Este processo inflamatório é o responsável pelos sintomas da asma. Ele ocasiona edema (inchaço) da parede interna dos brônquios e diminuição de luz dificultando a passagem do ar. Os músculos que circundam os brônquios ficam hipersensíveis contraindo-se a qualquer estímulo. A contração destes músculos (broncoespasmo) pode acentuar ainda mais a obstrução dos brônquios.
Damos o nome de aparelho respiratório ao conjunto de estruturas que permitem a captação de oxigênio e eliminação de dióxido de carbono produzido na respiração interna. No homem, o processo respiratório tem com órgão central os pulmões, vísceras situadas no tórax, de ambos os lados do coração. Para chegar a eles, o sangue venoso e o ar atmosférico seguem trajetos diferentes: aquele provém das artérias pulmonares e este de um longo canal que inclui as cavidades nasais, a faringe, a laringe, a traquéia e os brônquios. A principal função dos pulmões é prover uma superfície ampla para que o oxigênio do ar possa difundir-se para o sangue e ser levado às outras partes do corpo. Ao mesmo tempo, o gás carbônico produzido pelas células do corpo é trazido pelo sangue venoso e expelido para fora durante a expiração. O ar entra pelo nariz onde é umidificado, aquecido e filtrado para não danificar as vias aéreas inferiores (brônquios e bronquíolos). É posteriormente conduzido até a traquéia e brônquios. Estes vão se ramificando em tubos cada vez mais estreitos, curtos e numerosos até chegarem aos alvéolos, onde ocorrem as trocas gasosas. O pulmão é semelhante a uma esponja e é constituído por milhões de sacos aéreos chamados alvéolos. Estes são formados por uma membrana de células delicada e fina que separa o ar do saco aéreo de uma rede de vasos sangüíneos. Além desta superfície de trocas gasosas, existe um sistema de tubos (traquéia, brônquios e bronquíolos) que leva o ar do meio ambiente para os alvéolos e vice-versa. A maior parte das vias aéreas é circundada por uma faixa de músculo, que tem uma função protetora, de maneira que, se um gás potencialmente tóxico é inalado, esta musculatura se contrai para impedir sua entrada nos pulmões. Todos nós experimentamos certa dificuldade em respirar e às vezes, tossimos frente a um ar muito poluído, fumaça ou ar muito frio. As crianças asmáticas diferem das normais por terem esta tendência exacerbada apresentando chiado ou tosse frente a condições inócuas para o indivíduo normal (RATTO,1981).
Sabemos que a asma e outras doenças alérgicas como eczema e rinite são mais freqüentes em crianças com pais ou parentes próximos alérgicos (portanto, herdada por fatores genéticos). Uma criança com história familiar positiva para asma tem maior probabilidade de desenvolver a doença. Por outro lado, muitas crianças asmáticas não têm antecedentes familiares.
Como nas outras doenças alérgicas, na asma, há fatores hereditários predisponentes para a doença, sendo comum achar vários familiares com problemas respiratórios semelhantes ou ainda, rinite alérgica, dermatite atópica e reações alérgicas a medicamentos.
A doença, que afeta principalmente as crianças, caracteriza-se por: falta de ar, chiados, tosse e sensação de "aperto no peito". Às vezes, a pessoa que sofre da doença pode apresentar somente tosse. Os sintomas, em alguns casos, aparecem exclusivamente quando o indivíduo faz algum exercício físico ou até mesmo quando ri muito (RATTO, 1981).
Para TEIXEIRA (1990) os sintomas da asma podem aparecem a qualquer horário do dia, mas parecem preferir a noite, a madrugada ou o início da manhã. Conforme a situação, os asmáticos podem levar uma vida absolutamente normal a maior parte do tempo, só apresentando sintomas em crises agudas nos meses mais frios do ano ou quando têm alguma infecção respiratória (resfriados ou gripes).
É por esse motivo que é recomendado o uso de vacinas contra gripe para os pacientes com asma. Uma vez evitada a infecção respiratória, podemos fazer o paciente escapar de algumas das crises de asma.
Em algumas pessoas os sintomas podem ser contínuos, com grande limitação de suas atividades até mesmo para esforços mínimos. Em outros casos, as crises ocorrem somente após a exposição a uma determinada substância ou fator desencadeante. A gravidade da doença, portanto, não é a mesma em todos os pacientes e as crises também têm graduações diferentes.
É importante lembrar que a ausência de sintomas não significa que o asmático esteja sem a presença de obstrução ou inflamação em seus brônquios. A presença de infecção respiratória (resfriado, gripe, sinusite ou pneumonia), mesmo em um asmático bem tratado, pode aumentar a inflamação dos brônquios e provocar o reaparecimento dos sintomas (SAFRAN 2002).
O asmático deve ser lembrado que seus brônquios não estão, mas são inflamados, por melhor que ele esteja se sentindo.
Na crise de asma as vias aéreas ficam parcialmente obstruídas dificultando a livre passagem do ar. Para conseguir movimentar o ar pelos brônquios estreitados, a criança precisa fazer um grande esforço respiratório, que leva a um quadro de canseira e falta de ar. Esta obstrução é causada por três fatores (SAFRAN 2002).
-
O músculo que circunda a parede do brônquio se contrai;
-
A parede do brônquio inflama e incha;
-
Uma quantidade excessiva de muco espesso é produzida.
Em crianças de até três anos de idade, as infecções virais de vias aéreas superiores (resfriados, gripes e infecções de garganta) são fatores desencadeantes mais freqüentes. E não há como impedir que a criança contraia gripes. Antibióticos não oferecem proteção e não há vacina eficaz frente ao grande número de vírus que a criança pode entrar em contato. Nestes casos, a inflamação que acompanha a infecção é responsável pelo quadro de chiado (TEIXEIRA 1990).
A alergia tem um papel importante na criança maior. Entre alérgenos mais comuns podemos citar: o pó doméstico (ácaros), fungos (bolor), penas, pelos e descamações de animais de estimação, piretro (substância contida em inseticidas e ceras), lã, paina, capim e pólen de plantas.
As substâncias irritantes de vias aéreas também são nocivas: poluição, fumaça desinfetantes, perfumes, produtos de limpeza e em especial a fumaça de cigarro.
Fatores emocionais podem agir como desencadeadores ou agravantes dos sintomas. É comum os pais referirem que seus filhos pioram em épocas de provas, situações de estresse problemas familiares.
Certos alimentos principalmente os industrializados que contêm corantes e conservantes, medicamentos também podem ocasionar sintomas.
A mudança brusca de temperatura são freqüentemente relacionados no início de uma crise.
Em resumo, podemos dizer que são muitos os agentes desencadeadores de crise asmática e que a criança pode ser sensível à vários agentes ao mesmo tempo, tanto agora como no futuro . Portanto, ela não deve ser exposta a substâncias potencialmente alergênicas desnecessariamente. É interessante lembrar que fatores não alérgicos também desencadeiam crise em crianças portadoras de "asma alérgica". Muitos pais, ansiosos em prevenir uma crise em seu filho, procuram um fator desencadeante único ou uma alergia específica, de modo que, afastado tal agente resolveriam o problema de seu filho. No entanto, isto raramente é verdadeiro (RATTO,1981).
Algumas alterações torácicas e posturais são causadas pela asma, pois mecânica de funcionamento do tórax (mecânica respiratória) é importante e as alterações respiratórias, segundo sua origem, podem modificar essa mecânica e/ou funcionamento fisiológico do pulmão. Por sua vez, as alterações torácicas podem ser causadas pelas alterações nessa mecânica, dependendo da gravidade, podem significar uma diminuição nas possibilidades respiratórias.
Assim, problema de ordem respiratória predispõe o organismo a doenças e deformidades. As alterações respiratórias podem refletir diretamente na forma do tórax. Podem provocar deformidades em decorrência, por exemplo, da ausência de ar em determinadas áreas pulmonares causadas por obstrução das vias aéreas, o que leva a retração das costelas. Devido a sua forma e elasticidade, necessárias para sua função, o tórax é facilmente deformável. Isto explica porque as deformidades torácicas são mais freqüentes. As doenças pulmonares obstrutivas provocam hiperinsuflação pulmonar, aguda nas crises, mas que pode se tornar crônica. A repetividade das crises com o aumento de volume residual vai dando ao tórax a característica do padrão respiratório assumido (RATTO, 1981).
As alterações do tronco também são as causas de alterações na mecânica respiratória. Essas alterações, segundo sua origem, podem modificar a mecânica respiratória e/ou funcionamento fisiológico do pulmão.
A ventilação pulmonar depende da elasticidade pulmonar e amplitude dos movimentos torácicos. O aumento do volume da caixa torácica se deve, em grande parte, ao movimento do diafragma que promove expansão do tórax em todos os sentidos. Essa expansibilidade é proporcional à amplitude do movimento de elevação das costelas e esta amplitude, por sua vez, depende da posição da coluna vertebral. A melhor expansão se obtém quando a costela atinge o mesmo plano da vértebra na qual está articulada, o que não acontece nas alterações posturais como escoliose e cifose. Assim, a mecânica de funcionamento do tórax é importante por depender em grande parte desse ato mecânico. Neste sentido, as atividades físicas devem ser orientadas para prevenir ou evitar o agravamento dos desvios posturais já instalados (TEIXEIRA, 1991).
Um fator limitante para as atividades físicas do asmático é a rigidez torácica. Neste sentido, são recomendados exercícios de desbloqueio torácico com o objetivo de aumentar a mobilidade costovertebral. O desbloqueio torácico é anterior ao trabalho de ginástica respiratória, devido à importância dos movimentos articulares durante a respiração (TEIXEIRA, 1991).
Por sua vez, os exercícios respiratórios têm por objetivo melhorar as funções ventilatória e respiratória e evitar o aumento do volume residual.
São também apontados para promover suporte psicológico e diminuição da ansiedade. Para alcançar esta meta é necessária a conscientização dos movimentos musculares durante a inspiração e a expiração, ou seja, reeducação respiratória, com ênfase no trabalho abdomino-diafragmático (TEIXEIRA, 1991).
Considerando que as alterações posturais interferem e modificam a mecânica respiratória e que por outro lado às alterações respiratórias interferem e modificam a postura temos na asma um ciclo vicioso com sobreposição de efeitos danosos. Assim, torna-se evidente e necessário um trabalho com exercícios posturais. Este trabalho é baseado na tomada de consciência sobre o controle, manutenção e mudança das posturas corporais. Paralelamente, é preciso dar condições à musculatura para assumir atitudes provavelmente novas. Atingir estes objetivos depende de exercícios de percepção corporal (proprioceptivos), alongamentos, fortalecimento de grupos musculares responsáveis pela manutenção da postura (paravertebrais, abdominais e glúteos) e relaxamentos.
A asma brônquica é uma doença extremamente variável e seu tratamento deve ser adaptado às necessidades individuais de cada paciente. A finalidade principal do tratamento do paciente asmático é permitir que possa ter uma rotina de vida mais próximo do normal, com total ou quase total integração às atividades desenvolvidas para sua faixa etária.
Para que se obtenha sucesso no tratamento da criança asmática, é importante a troca de informações sobre a doença com o paciente ou seus responsáveis, propondo-se abordagem global da criança. Uma proposta terapêutica adequada da asma requer compreensão da doença, como ela se apresenta e como afeta física e psicologicamente o crescimento e o desenvolvimento do paciente (CARNEIRO-SAMPAIO, 1992).
Em resumo, os objetivos do tratamento são: a) manter a função pulmonar tão próxima do normal quanto possível sem produzir efeitos colaterais importantes das drogas; b) facilitar o ajuste social da criança com a família, escola e comunidade, incluindo sua participação normal em atividades recreacionais e esportivas. Deve-se começar por etapas, incluindo o diagnóstico precoce e o tratamento adequado das crises asmáticas. São desnecessárias as proibições e as restrições na vida da família e da criança. Finalmente, o sucesso terapêutico depende do empenho de todos, principalmente do médico, cuja experiência será requisitada sobretudo nos casos mais graves (TEIXEIRA, 1991).
No tratamento medidas farmacológicas e não farmacológicas são recomendadas.
Os medicamentos disponíveis para o tratamento da asma podem ser divididos em duas categorias :
-
aqueles utilizados para aliviar os sintomas , quando ocorrem, e
-
aqueles utilizados para preveni-los e necessitam ser usados regularmente.
A aminofilina e os corticoesteróides podem ser utilizados nas duas situações.
As estratégias não farmacológicas, que poderíamos chamar de preventivas, incluem atividades físicas de aquecimento de 10 a 15 minutos (a 50% do VO2 máx previsto para a idade), não realizar atividades em ambientes agressivos (poluição, presença de alérgenos, umidade, temperatura), evitar atividades mais asmagênicas (corrida por exemplo) e restrição alimentar (tipo do alimento e tempo de ingestão antes do exercício) (TEIXEIRA, 1991).
As atividades físicas (motoras) são importantes para a saúde física e mental, tanto da criança e adolescente como do adulto. São essenciais para as crianças, pois proporcionam as experiências básicas de movimento, importantes no seu desenvolvimento. Proporcionam oportunidades de relacionamentos pois é através das atividades físicas que as crianças relacionam-se entre si, seja no brincar ou no engajamento em atividades esportivas, fato que vai prevenir o isolamento psicológico/social e melhorar a autoimagem e autoconfiança (TEIXEIRA, 1990).
Na adolescência, onde geralmente as atividades esportivas são mais intensas e competitivas, o asmático muitas vezes sente-se preferido e menos capaz.
Esse comportamento acaba por leva-lo a evitar atividades físicas/esportivas e assim torna-se realmente menos apto, por falta de prática e não por incapacidade física.
Na idade adulta as atividades viram manter as capacidades físicas (força, elasticidade, mobilidade), a função cárdio-pulmonar, a mobilidade torácica e consequentemente uma adequada mecânica respiratória. A melhoria da capacidade aeróbia, diminuição dos depósitos de gorduras e proteção contra o estresse também são importantes ganhos.
Algumas pesquisas relatam que os exercícios físicos são provocadores de bronco espasmos em 80% a 90% dos asmáticos. Porém, nem todas as atividades físicas geram este tipo de reação. Diferentes exercícios, em diferentes intensidades provocam diferentes magnitudes de crises (TEIXEIRA, 1990).
Os exercícios podem ser classificados em mais asmagênicos (mais provocadores de crises), como a corrida, e menos asmagênicos como a natação, por exemplo.
O bronco espasmo induzido pelo exercício é caracterizado por uma queda de 10% a 15% no fluxo expiratório máximo. Ocorre com a duração do exercício entre seis a oito minutos e intensidade de trabalho de aproximadamente dois terços do consumo máximo de oxigênio (freqüência cardíaca de 170 a 180/min para crianças). A resposta ao exercício aparece alguns minutos após cessado o esforço e se reverte após aproximadamente, 60 minutos. Na maioria dos indivíduos, este bronco espasmo consiste em uma única crise de rápido início e recuperação. Alguns podem desenvolver uma reação tardia (quatro a dez horas após o exercício).
Para (TEIXEIRA, 1991), a melhora da condição física do asmático permite-lhe suportar com mais tranqüilidade os agravos da saúde, pois aumenta sua resistência fornecendo-lhe reservas para enfrentar as crises obstrutivas. A participação regular em programas de atividades físicas, pode aumentar a tolerância ao exercício e a capacidade de trabalho, com menor desconforto e redução de bronco espasmo. A orientação adequada trás ainda uma série de benefícios, entre eles melhora da mecânica respiratória, prevenção e correção alterações posturais, melhora da condição física geral e prevenção de outras complicações pulmonares. Para isso são necessárias orientações quanto ao tipo e intensidade das atividades físicas para se evitar o bronco espasmo induzido pelo exercício (BIE). O BIE é um fenômeno que atinge a maioria dos asmáticos e é um fator limitante nas atividades físicas e sociais. Se durante a aula um aluno asmático entrar em BIE, algumas atitudes podem ajudar a tranqüilizar o quadro:
-
diminuir o ritmo da atividade do aluno.
-
estimular a respiração diafragmática com freno labial (inspiração nasal com expiração oral, e lábios semicerrados).
-
manter a criança sentada e reclinada para frente ou recostada para trás.
-
utilizar a medicação broncodilatadora.
-
se necessário, utilizar a respiração auxiliada (técnica de auxílio na expiração com o objetivo de mantê-la ventilada). Não substitui a administração do broncodilatador ou socorro médico.
A escala de desconforto respiratório, também auxilia o professor durante a aula, facilitando na percepção de "falta de ar" do aluno durante e após uma atividade. Através da escala, é possível identificar o nível de desconforto respiratório.
As atividades físicas adaptadas por si só, não constituem no tratamento da asma. Não dispensa a medicação, os cuidados com o ambiente e a orientação psicoterápica, pelo contrário, uma criança cuja a doença está mal controlada não é capaz de acompanhar e se beneficiar de um programa de exercícios físicos.
A melhora na condição física do asmático é conseqüência do aumento da sua resistência cárdio-respiratória, o que lhe permite suportar melhor os agravos da saúde, ou seja, fornece-lhe reservas para enfrentar as crises obstrutivas.
A participação regular em programas de atividades físicas, pode aumentar a tolerância ao exercício e a capacidade de trabalho com menor desconforto e broncoespasmo. Aumento de apetite, melhora do sono, diminuição do uso de drogas e sensação de bem estar também são fatores associados à melhora da condição física.
Objetivos
Realizar um trabalho com exercícios aquáticos aplicados à asma, a serem realizados por indivíduos acometidos por esta patologia, tendo como finalidade amenizar suas complicações.
Metas de tratamento:
-
Diminuir o bronco espasmo;
-
Minimizar os ataques de falta de ar e obter controle respiratório;
-
Mobilizar e remover secreções após uma crise de falta de ar;
-
Corrigir a postura para diminuir o encurvamento dos ombros e protração da cabeça;
-
Aumentar gradualmente a tolerância aos exercícios e resistência a fadiga nas atividades funcionais;
-
Aumentar a mobilidade torácica;
-
Melhorar a mecânica respiratória;
-
Reduzir o gasto energético da respiração;
-
Prevenir as alterações posturais e torácicas;
-
Melhorar a condição física geral;
-
Favorecer o desenvolvimento normal.
Conheça os Manuais para Professor de Educação Física
Tenha Exercícios em Vídeos para Aulas de Educação Física
Trabalhe com Educação Física
Segue no Instagram!
Receba nossos links no Telegram e no Whatsapp .
quinta-feira, 26 de janeiro de 2012
Plano de aula: Beisebol e taco na escola
Objetivos
Conteúdos
Anos
Tempo estimado
Material necessário
Desenvolvimento
Apresente o objetivo do projeto.Pergunte se os alunos já praticaram taco e beisebol e se ouviram falar deles. Explique sobre regras, espaço, materiais e habilidades que eles desenvolvem como arremesso, rebatida e corrida.
Relembre as características e as regrasdo beisebol e aponte as semelhançascom o taco como a rebatida, quedeve lançar a bola para longe a fimde conquistar mais pontos. Peça ajudapara adaptar o jogo à quadra da escola.
Produto final
Reserve uma aula para a organização de um campeonato. Divida a turma em comissões de premiação, montagem de tabelas, arbitragem e divulgação do evento na escola e na comunidade. Os jogos devem ser realizados em outras três aulas.
Avaliação
Conheça os Manuais para Professor de Educação Física
Tenha Exercícios em Vídeos para Aulas de Educação Física
Trabalhe com Educação Física
Segue no Instagram!
Receba nossos links no Telegram e no Whatsapp .
quarta-feira, 25 de janeiro de 2012
Importância da avaliação postural
Cada indivíduo apresenta características individuais de postura que podem vir a ser influenciada por vários fatores: anomalias congênitas e/ou adquiridas, má postura, obesidade, alimentação inadequada, atividades físicas sem orientação e/ou inadequadas, distúrbios respiratórios, desequilíbrios musculares, frouxidão ligamentar e doenças psicossomáticas.
A boa postura é aquela que melhor ajusta nosso sistema musculoesquelético, equilibrando e distribuindo todo o esforço de nossas atividades diárias, favorecendo a menor sobrecarga em cada uma de suas partes.
A avaliação postural se faz importante para que possamos mensurar os desequilíbrios e adequarmos a melhor postura a cada indivíduo, possibilitando a reestruturação completa de nossas cadeias musculares e seus pocisionamentos no movimento e/ou na estática. A partir deste procedimento, estaremos com certeza promovendo a prevenção de muitos males causados inicialmente pela má postura, fruto de ausência de controle e informação.
Para a avaliação postural podemos utilizar alguns materiais para melhor avaliar os alunos/clientes submetidos ao programa de atividades reeducativas:
a) Objetivos:- uso de radiografia (solicitada pelo médico que acompanha o programa), fotografia.
b) Subjetivos:- uso do tato e da visão, observando o aluno de costas, perfil direito, perfil esquerdo, frente e antero-flexão, à frente do simetrógrafo. O aluno deverá estar em traje de banho, de maneira a favorecer a visão do observador para uma melhor visualização das alterações posturais.
Devemos observar nosso aluno globalmente como um todo, pois um desequilíbrio postural jamais se apresenta de forma isolada, portanto, devemos estabelecer critérios de adaptação morfológica e funcional quanto ao equilíbrio e a coordenação dos movimentos do corpo. Não importando o plano que estaremos analisando, devemos estar associando sempre a linha de gravidade. Os segmentos que não estiverem compatíveis com o eixo perpendicular ao solo estarão em desequilíbrios.
No plano sagital, devemos considerar o corpo como duas metades simétricas anterior e posteriormente em relação à linha da gravidade, esta deve passar anterior ao ouvido externo, face anterior da coluna cervical, anterior a coluna dorsal, cruzar a coluna vertebral em L1, L2 e L3, porção média do osso sacro, posteriormente a articulação coxofemoral, posterior ao longo do eixo femural, nível médio da articulação do joelho, cruze a tíbia em quase toda a extensão, anterior a articulação do tornozelo, pela articulação de Chopart (calcâneo-cubóide e talonavicular) e finalmente atinja o solo.
Neste plano, estaremos observando se há acentuação das curvaturas fisiológicas, joelhos em hiperextensão ou em semiflexão, projeção dos ombros à frente, projeção da cabeça à frente, proeminência abdominal, se ocorre anteversão ou retroversão da pelve e se o corpo apresenta alguma rotação para a direita ou para a esquerda .
Posteriormente, deveremos observar o nível da cintura escapular e pélvica para verificar se há basculamento lateral. Um ombro mais baixo que o outro e proeminências ósseas na escápula, acusam um desnivelamento escapular. Pregas glúteas e triângulo de Tales em desigualdade, acusam um desnivelamento da cintura pélvica. Observar se há inclinação lateral da cabeça, existência de pregas lombares, se tendão calcâneo estará valgo ou varo, aproximação medial do joelho ou afastamento lateral dos joelhos.
No plano frontal, se há assimetria torácica, assimetria facial e conferir as observações feitas posteriormente.
As verificações, citadas acima, são feitas de forma estática, porém, devemos realizar um exame dinâmico, para observar a marcha e como o corpo se comporta no momento de sua realização. É muito importante que seu aluno não saiba que você estará observando-o na marcha, pois isto poderá estar interferindo em uma marcha mais natural e seu aluno acabar escondendo, mesmo que inconsciente algum problema que possa estar iniciando.
Todas estas alterações posturais correspondem ao desequilíbrio do sistema dinâmico e estático, muitas vezes acarretando desconforto, algias e incapacidades funcionais
O padrão respiratório deverá ser avaliado no plano sagital, classificando em apical ou diafragmático durante a respiração normal e verificar se há hipertonicidade ou hipotonicidade através da palpação muscular.
Atenção especial devemos dar ao ambiente escolar onde encontramos crianças e adolescentes, desenvolvendo hábitos posturais incorretos e praticando atividades físicas não compatíveis com o seu desenvolvimento, quando na verdade deveriam estar num programa de exercícios específicos individualizado. Neste caso, se faz muito importante a avaliação postural para estarmos detectando os desequilíbrios posturais e estar encaminhando nossos alunos para as atividades de maior benefício a cada um sem oferecer riscos. Sem a avaliação podemos estar acentuando os desequilíbrios na aplicação de atividades sem orientação.
É com base nesses fatos que vemos a escola como local ideal para atuação do profissional de Educação Física não só, para jogos, esportes, dança e recreação. Mas também, atuando na educação postural dos alunos prevenindo e orientando os desequilíbrios posturais. Afinal, é na escola que encontramos o maior número de crianças reunidas, e onde podendo aplicar os recursos disponíveis em nossa formação, informando pais e alunos da importância de melhores posicionamentos da postura, prevenir desequilíbrios, diagnosticar precocemente, e orientar com eficiência, a fim de combater o aparecimento e desenvolvimento de alterações posturais.
Como sugestão, na avaliação física dispor de uma ficha de avaliação individual, fita métrica e simetrógrafo. Esta ficha pode conter um formulário de Anamnese contendo informações do histórico da criança, e um quadro para anotar as observações realizadas na visão anterior, posterior e sagital. Pode-se verificar a critério, a flexibilidade, condição muscular e o equilíbrio.
Estudos realizados em uma escola pública do Estado de São Paulo - em crianças de 9 a 12 anos, no ano de 1996, pudemos mensurar estes resultados: de 100 crianças avaliadas, 80% apresentaram alterações posturais. A escoliose foi encontrada em 30% dos resultados (2% escoliose estrutural - desse resultado, 52% convexa à direita, 22% convexa à esquerda e 26% escoliose mista), 19% apresentavam hiperlordose associada a escoliose, 22% hipercifose associada a escoliose. A hiperlordose encontramos em 16%, a hipercifose em 10% e, representando 18% encontramos desequilíbrios na assimetria de ombros, cintura pélvica, joelhos e pés.
Quando realizamos a avaliação de acordo com o sexo, observamos que os meninos apresentaram 4% de incidência nos desequilíbrios a mais que as meninas.
Podemos perceber após este relato que, as alterações posturais são ocorrências significativamente presentes entre as crianças de 9 a 12 anos, daí a necessidade de estar avaliando. Outro fato importante, é a presença significativa da escoliose idiopática não estrutural.
Diante destas informações, podemos concluir a necessidade da implantação de um setor de avaliação e acompanhamento do desenvolvimento motor da criança dentro das escolas, onde os professores possam desenvolver programas de orientação e intervenção imediata em atividades físicas corretivas para os desequilíbrios posturais, avaliações periódicas, orientação para a importância de bons hábitos posturais nas atividades diárias, possibilitando uma boa biomecânica. Utilizar-se da ergonomia ao sentar à frente do computador, nas carteiras de sala de aula, no transporte do material escolar, na realização das tarefas de casa, enfim, em todas as atividades diárias.
No entanto, após realizada a avaliação postural, se faz necessário que os pais tomem conhecimento dos resultados e que se necessário, seja orientado a procurar um ortopedista, para um melhor acompanhamento da criança.
O objetivo principal da avaliação postural na escola é identificar os desequilíbrios mais evidentes a fim de evitar prescrição de exercícios que possam vir a acentuar esses desequilíbrios. Acredito que, mais do que executar, nossa função é orientar. Espero que você tenha gostado desse texto.
Conheça os Manuais para Professor de Educação Física
Tenha Exercícios em Vídeos para Aulas de Educação Física
Trabalhe com Educação Física
Segue no Instagram!
Receba nossos links no Telegram e no Whatsapp .
Fatores que caracterizam programa de condicionamento físico
O que devemos saber para que possamos fazer um programa de condicionamento físico decente? Pensando nisso, separei algumas caracteristicas que nortearam esse trabalho:
* Tipo de atividade - que envolvam grandes massas musculares e que possam ser exercitadas de forma contínua e cíclica .
* Duração do esforço - deve ser inversamente proporcional à sua intensidade.
* Iintensidade do esforço - deve ser prescrita de forma a possibilitar uma sustenção do exercício em condiçòes de "steady-state ".
* Frequência do treinamento - preconiza uma frequência semanal variando de três a cinco vezes.
Apenas para lembrar, a grande maioria de pessoas que procuram a atividade física, que querem um trabalho personalizado, são sedentários e de vida ativa, portanto eles procuram: prazer, bem-estar, qualidade de vida , lazer, prevenção e estética .
Neste caso precisa-semontar um programa de exercicios que desenvolvam sua aptidão física, que são:
*Aptidão Cardiorrespiratória - capacidade dos sistemas circulatórios e repiratório de se ajustar e de se recuperar dos efeitos das atividades.
*Aptidão Corporal - quantidade relativas de gordura corpórea e massa corporal magra.
*Aptidão Músculo-Esquelética - flexibilidade , força muscular ( força máxima) e resistência muscular ( força submáxima repetidamente).
Esses três sistemas: pulmões, coração e músculos se comunicam entre si pelas vias químicas e nervosas para assegurar uma coordenação precisa e exigente de todas as atividades. Dessa maneira, quanto mais esses sistemas forem utilizados , mais fácil e prazeiroso serão os exercícios físicos propostos, ou seja, os pulmões, coração e músculos se desenvolvem enquanto as articulaçòes são mantidas flexivéis e a gordura corporal é mantida num nível saudável.
Espero que você tenha gostado desse texto.Conheça os Manuais para Professor de Educação Física
Tenha Exercícios em Vídeos para Aulas de Educação Física
Trabalhe com Educação Física
Segue no Instagram!
Receba nossos links no Telegram e no Whatsapp .
Faça exercícios logo pela manhã
No mundo de hoje, muitas vezes é difícil encontrar tempo para exercícios. Pode ser ainda mais difícil arrumar tempo logo de manhã antes de trabalhar e das crianças saírem. Siga algumas das etapas a seguir e você vai ficar disposto ao exercício matinal.
- Prepare-se na noite anterior. Deixe sua roupa de ginástica, tênis e música prontos. De manhã você vai querer pensar o mínimo possível, então qualquer coisa que possa ser feita na noite anterior fará com que o processo seja mais suave. Se você estiver usando um treino gravado, coloque no leitor de VCR ou DVD na noite anterior e certifique-se de estar pronto para rodar. Se você planejar sair para caminhar ou correr, deixe seus tênis e fones prontos. Tenha também um plano reserva no caso de um mau tempo.
- Vá para a cama mais cedo. Se você for levantar mais cedo, precisará ir para a cama mais cedo. Evite ficar acordado até tarde da noite para ver o Letterman ou seriados na TV a cabo. Quando seus olhos começarem a fechar ou você começar a ficar cansado, é hora de ir para a cama.
- Tenha uma rotina noturna. Ter uma rotina para ir para a cama torna o sono mais fácil. Se você dormir bem, enfrentar a manhã é muito mais fácil.
- Acerte o alarme. Se correr fizer parte da sua rotina normal, você vai necessitar de mais tempo para fazer exercício. A forma mais fácil de fazer isso é se levantar pelo menos 30 minutos antes. Se começar com meia hora é mais que você consegue, tente acertar o alarme 15 minutos mais cedo nas primeiras semanas.
- Levante-se com o alarme. Não cochile. O botão da soneca é seu inimigo, por isso não o use.
- Primeiro de tudo, se vista. Tente se vestir e calçar os sapatos antes de você ficar alerta. Você não quer tempo para desistir de seu treino.
- Se você precisar comer primeiro, coma. Algumas pessoas não conseguem fazer um bom treino com o estômago vazio. Outras ficam enjoadas só de pensar em comer primeiro. Saiba como você é, e se precisar comer antes do treino, tente uma barra de cereal ou um copo de leite. Se você não gostar de comer pela manhã, comece o dia com um copo de água gelada. O líquido frio irá fazer seu metabolismo começar a funcionar.
- Coloque um sorriso no rosto. Pode ser difícil, mas sorrir pode alterar seu humor num instante. Não importa como você se sinta – amado, debilitado ou irritável – sorria para alterar a sua atitude. Mesmo que o sorriso se pareça com uma careta nos primeiros dias, você estará pronto para mudar o humor uma vez que incorporar o hábito do exercício pela manhã.
Espero que você tenha gostado desse texto.
Conheça os Manuais para Professor de Educação Física
Tenha Exercícios em Vídeos para Aulas de Educação Física
Trabalhe com Educação Física
Segue no Instagram!
Receba nossos links no Telegram e no Whatsapp .
terça-feira, 24 de janeiro de 2012
Educação Física: três sugestões para a garotada aprender e se divertir
Oba, Educação Física! Essa é com certeza a aula mais esperada pela garotada, mas, muitas vezes, acaba virando só um grande corre-corre no pátio. Isso pode mudar: o programa da disciplina para turmas de 1ª a 4ª série tem tudo para ser tão divertido quanto um recreio livre - e produtivo também. Claro, você não é especialista, mas pode assumir essa tarefa e propor diversas atividades. Nos primeiros anos do Ensino Fundamental, o currículo da matéria sugere ensinar a cooperação entre os colegas e a criação de regras para brincadeiras em equipe. "Durante qualquer jogo coletivo, os alunos aprendem esses conceitos, que serão aplicados em diferentes situações da vida", afirma João Batista Freire, professor de Educação Física da Universidade do Estado de Santa Catarina. De acordo com os Parâmetros Curriculares Nacionais, a disciplina pode ajudar os pequenos a entender também, entre outras questões, as diferenças culturais e individuais. Isso inclui perceber, por exemplo, que meninos e meninas têm potenciais distintos, mas que todos são capazes.
Na hora de fazer seu planejamento é importante ficar atento à faixa etária dos estudantes. Com as turmas de 1ª e 2ª séries, o trabalho com brincadeiras tradicionais é perfeito. O objetivo, nesse caso, é valorizar a cultura popular e dar autonomia aos pequenos na construção de regras. Para 3ª e 4ª séries, o enfoque se volta para os jogos pré-desportivos, que exigem a compreensão de normas mais complexas. A seguir, você confere três sugestões de atividades.
1. Pinobol: atividade aeróbica para trabalhar em equipe
O Pinobol é indicado pela professora Priscilla Voss, da Fundação Gol de Letra, do Rio de Janeiro, para 3ª e 4ª séries. É um jogo que desenvolve a capacidade cardiorrespiratória das crianças e a cooperação. Para começar, a professora providencia alguns cones de plástico, daqueles de trânsito - de sete a 15 -, que são espalhados aleatoriamente pelo pátio. Se não houver esses cones, a dica é usar baldes ou banquinhos e cadeiras pequenas de plástico. "Quanto maior o número de cones, mais difícil fica o jogo. Por isso, o melhor é ir aumentando a quantidade de forma gradual", explica Priscilla.
Ela divide os estudantes em duas equipes, que ficam em fila indiana, uma ao lado da outra. Apenas dois alunos - um de cada equipe - competem de cada vez. O jogador da equipe A precisa "queimar" o adversário com uma bola. O jogador da B tem como objetivo derrubar os cones - o mais rápido possível e com qualquer parte do corpo. Priscilla dá a partida e cronometra cada etapa. Quando o aluno da B é atingido, ele é substituído pelo próximo da fila. O mesmo acontece com o jogador da equipe A assim que arremessa a bola. Quando a fila termina, os papéis se invertem. Ganha a equipe que derrubar todos os cones em menor tempo.
2. Brincadeiras de rua adaptadas para a escola
Valorizar as brincadeiras de rua é um dos objetivos da professora Cindy Siqueira em suas aulas de Educação Física na Escola Anézio Cabral, em Osasco (SP). Para começar o trabalho com a turma da 1ª série, ela lançou a questão: do que vocês brincam com os amigos quando estão fora da escola? "De Balança Caixão", um dos alunos respondeu, explicando como era a brincadeira. Os colegas começaram, então, a discutir os detalhes das regras que seriam seguidas por eles quando fossem brincar no pátio.
O Balança Caixão começa quando uma criança é balançada por dois amigos que a seguram pelas mãos e pernas. Enquanto isso, os demais cantam: "Balança caixão, balança você. Dá um tapa nas costas e vai se esconder!" Terminada a música, a criança que estava suspensa é deixada no chão com cuidado (providencie um colchonete para evitar impacto das costas do aluno com o solo) e espera por alguns instantes até que todos - inclusive os colegas que a seguraram - se escondam. Na hora da brincadeira, contudo, os alunos de Cindy tiveram que adaptar as regras. "Perguntei às crianças o que fazer, já que não havia esconderijo suficiente para todos no pátio", conta. A garotada resolveu o problema dividindo a classe em dois grupos que se alternariam: o de pegadores e o de fujões.
Numa etapa seguinte, a professora pediu aos estudantes para perguntar aos pais e vizinhos se conheciam o Balança Caixão e quais eram as regras no tempo em que eram crianças. A idéia era fazer a garotada descobrir em que pontos a brincadeira coincidia ou se diferenciava em relação à atual. Para enriquecer mais ainda a atividade, Cindy levou para a classe uma reprodução do quadro Jogos Infantis, do pintor Pieter Bruegel. A pintura apresenta 84 atividades lúdicas do século 16. "Os alunos ficaram maravilhados ao descobrir que as crianças daquela época conheciam uma brincadeira semelhante ao Balança Caixão", conta Cindy.
3. Bola na Torre: um jogo para seguir e criar regras
Parece basquete, mas não é. No Bola na Torre, outra atividade proposta pela professora Priscilla, da Fundação Gol de Letra, a meninada precisa encestar a bola. Mas não é tão simples assim, porque a tabela se move! O jogo, indicado para estudantes de 3ª e 4ª séries, desenvolve habilidades corporais (como a pontaria) e sociais (como o trabalho em grupo). Na hora de formar as equipes, meninos e meninas se alternam. Assim, há um equilíbrio de forças e a garotada percebe as diferenças individuais.
As regras básicas são as seguintes: um aluno de cada equipe segura a cesta para seu time. Cada um dos cesteiros sobe em um dos bancos suecos colocados em extremos opostos do pátio e segura o balde na mão, tentando fazer com que a bola entre nele. Como o banco tem apenas 20 centímetros de altura, não há perigo de a criança se machucar caso caia. Todos se revezam na função de tentar fazer a bola entrar no balde. "Nessa posição, a criança desenvolve o equilíbrio e a coordenação motora", explica Priscilla. A garotada pode criar outras regras: é permitido andar com a bola na mão? Quantas vezes a bola pode quicar antes de ser arremessada?
Se a classe for numerosa, logo os estudantes vão perceber que não dá para todos jogarem ao mesmo tempo. Eles mesmos vão pedir para dividir os times. Depois, é só prestar atenção para que ninguém se esqueça do regulamento.
Conheça os Manuais para Professor de Educação Física
Tenha Exercícios em Vídeos para Aulas de Educação Física
Trabalhe com Educação Física
Segue no Instagram!
Receba nossos links no Telegram e no Whatsapp .
Vídeo: Veja vários exercícios de Ginástica Laboral
Conheça os Manuais para Professor de Educação Física
Tenha Exercícios em Vídeos para Aulas de Educação Física
Trabalhe com Educação Física
Segue no Instagram!
Receba nossos links no Telegram e no Whatsapp .
Monografia: Efeito do treinamento resistido na hipotensão pós-exercício em idosos hipertensos
Um dos grandes desafios da Educação Física hoje é atuar preventivamente na comunidade, combatendo o sedentarismo e melhorando a saúde da população, que neste estudo é especificamente a população idosa.
Segundo Safons (2007), o idoso faz parte de uma população que, historicamente, nasceu na metade do século XX e que vivenciou o inicio da industrialização brasileira. Ele representa 8,5% da população total do Brasil, gerando uma demanda para os Sistemas de Saúde, previdenciário e também para toda a sociedade (FERREIRA, 2002).
Chaimowicz (1997), explica que:
Há uma correlação direta entre os processos de transição demográfica e epidemiológica. De um modo geral a queda inicial da mortalidade concentra-se seletivamente entre as doenças infecciosas e tende a beneficiar os grupos mais jovens da população. Estes "sobreviventes" passam a conviver com fatores de risco para doenças crônico-degenerativas e, na medida em que cresce o número de idosos e aumenta a expectativa de vida, tornam-se mais frequentes as complicações daquelas moléstias. Modifica-se o perfil de saúde da população; ao invés de processos agudos que "se resolvem" rapidamente através da cura ou do óbito, tornam-se predominantes as doenças crônicas e suas complicações, que implicam em décadas de utilização dos serviços de saúde. (p. 189)
Quando se fala de perdas, este assunto abrange tanto o lado social e cognitivo, quanto para o lado fisiológico. O envelhecimento está associado a uma série de outras perdas nos níveis antropométricos, neuromotor e metabólico, capazes de comprometer seriamente a qualidade de vida do idoso (MAZZEO et al., 1998).
A população brasileira vem envelhecendo de forma rápida desde o início da década de 60, quando a queda das taxas de fecundidade começou a alterar sua estrutura etária, estreitando progressivamente a base da pirâmide populacional. A sociedade já se depara com um tipo de demanda por serviços médicos e sociais antes restritas aos países industrializados. O Estado, ainda às voltas com os desafios do controle da mortalidade infantil e doenças transmissíveis, não foi capaz de aplicar estratégias para a efetiva prevenção e tratamento das doenças crônico-degenerativas e suas complicações. Em um contexto de importantes desigualdades regionais e sociais, idosos não encontram amparo adequado no sistema público de saúde e previdência, acumulam sequelas de doenças, desenvolvem incapacidades e perdem autonomia e qualidade de vida. (CHAIMOWICZ, 1997)
Em indivíduos maiores de 60 anos a predominância de óbitos relacionados às doenças crônico-degenerativas (neste caso a Hipertensão Arterial Sistêmica) é evidente. Como Liberman (2007) explica, a hipertensão arterial (HA) é uma doença altamente prevalente em indivíduos idosos, tornando-se fator determinante na elevada morbidade e mortalidade dessa população. A HA é reconhecida como um fator de risco maior para acidente vascular cerebral, doença arterial coronária, insuficiência cardíaca e insuficiência renal. Sua prevalência aumenta de forma progressiva com o envelhecimento, sendo maior nos pacientes com 75 anos ou mais de idade, ultrapassando os 70%. Nos idosos, a presença de doença subclínica aumenta de maneira significativa o risco de doença coronária nos pacientes com HA.
Nos últimos anos a hipertensão se tornou um dos principais problemas de saúde pública, constituindo um fator de risco para doenças cardiovasculares. Segundo os dados do Sistema Único de Saúde, no Brasil, em 2003, 28% dos óbitos ocorreram devido às doenças do aparelho circulatório e a incidência de hipertensão arterial encontra-se na faixa de 15-20% das pessoas adultas e 50% da população idosa. Como se não bastasse, a hipertensão ainda é responsável por 40% dos casos de aposentadoria precoce e ausência no trabalho, gerando um forte impacto social e econômico, com um custo de 475 milhões de reais por ano (ZAITUNE, 2006).
No Brasil as taxas de mortalidade vêm sofrendo um decréscimo de forma lenta e persistente, porém é alta quando comparada a outros países. Tal decréscimo gira em torno de 1,2% para homens e 1,3% para as mulheres por ano, isso devido aos programas de parcerias da união com estados, municípios e a Sociedade Brasileira de Cardiologia, com intuito de melhorar a rede de saúde e aumentar a atenção aos portadores dessa patologia. A hipertensão é responsável pelos principais fatores de risco de morbidade e mortalidade cardiovascular, segundo dados do III Consenso Brasileiro de Hipertensão Arterial (KOHLMANN, 1999).
A V Diretriz Brasileira sobre Hipertensão Arterial (REVISTA DA SOCIEDADE BRASILEIRA DE HIPERTENSÃO, 2006) especifica que, hipertensão ou pressão alta, é caracterizada por um valor de Pressão Arterial (PA) em repouso acima do nível ótimo ou desejado. Tal elevação de pressão pode ocorrer na Pressão Arterial Sistólica (PAS), na Pressão Arterial Diastólica (PAD) ou em ambas.
Atualmente, os exercícios com pesos são recomendados pelas principais entidades formuladoras de diretrizes nacionais e internacionais para compor um programa de treinamento físico para indivíduos hipertensos (REVISTA DA SOCIEDADE BRASILEIRA DE HIPERTENSÃO, 2006; CHOBANIAN, 2003; PESCATELLO, 2004), principalmente por proporcionar aumentos na força e resistência muscular, influenciando no aumento da capacidade de realizar atividades da vida diária, na atenuação das modificações relacionadas com o envelhecimento e das respostas cardiovasculares ao esforço físico (UMPIERRE, 2007).
Os estudos referentes aos efeitos hipotensores pós-exercício desse tipo de exercício ainda são escassos, especialmente em se tratando de idosos hipertensos (POLITO, 2006; FORJAZ, 2003). Por estar sendo considerada uma epidemia (REVISTA DA SOCIEDADE BRASILEIRA DE HIPERTENSÃO, 2006), há a necessidade de investigações que colaborem para um melhor entendimento dessa resposta fisiológica, uma vez que podem contribuir para a elaboração de uma conduta prática para o controle da hipertensão arterial.
A importância desta pesquisa sobre o treinamento resistido para o idoso é pelo fato de que não existem muitas pesquisas que discutem a prática de atividade física como um fator não medicamentoso. Quando utilizado corretamente, resulta na hipotensão pós-exercício (HPE), de acordo com a duração e magnitude desse efeito, melhorando a qualidade de vida deste grupo em questão.
Com base nisto, este estudo se apresenta, de acordo com uma pesquisa bibliográfica realizada em bases de dados como Scielo e PUBMED, com estudos datados a partir de 1998 focando idosos hipertensos de ambos os gêneros, com suas características específicas e em seus contextos sócio comportamentais, mostrando a HPE na utilização de métodos do treinamento resistido. Estas pesquisas apontam para a extensão dos estudos nesta área. Com esta monografia, pretende-se acrescentar conhecimento sobre o assunto e colaborar com o aumento do espaço dedicado para o mesmo nas diversas áreas interessadas.
Contudo a proposta deste estudo é investigar os efeitos do treinamento resistido na queda da PA de repouso, analisando sua consequência no aparelho cardiovascular, averiguando sua importância em idosos hipertensos e analisando dados que mostrem uma resposta hipotensora pós-exercício.
Continue lendo a monografia clicando aqui
Autor:
David Haluli Sobrinho
Coordenador Técnico - SportingFITT - Soluções em Qualidade de Vida e Bem-Estar - Recife/PE
Tel.: (81)9700-9735
E-mail Comercial: sportingfitt.contatos@gmail.com
Site: http://sportingfitt.blogspot.com
E-mail / MSN: dhalulis@hotmail.com Espero que você tenha gostado desse texto.
Conheça os Manuais para Professor de Educação Física
Tenha Exercícios em Vídeos para Aulas de Educação Física
Trabalhe com Educação Física
Segue no Instagram!
Receba nossos links no Telegram e no Whatsapp .
segunda-feira, 23 de janeiro de 2012
As dificuldades do uso das brincadeiras infantis e brinquedos cantados na Educação Física
Quando falamos em brinquedos cantados, é díficil uma pessoa não dar vários exemplos deles. Eles fizeram parte da nossa infância, farão parte da infância dos nossos filhos e netos. E o reconhecimento da importância das brincadeiras e brinquedos cantados para a saúde mental e evolução da espécie humana propulsiona a criação de oportunidades de vivências antecipadas, estratégias para superação de dificuldades inerentes e desenvolvimento das faculdades mentais superiores. Na escola, tudo isso não ocorre sem dificuldades, exigindo do professor de Educação Física competências e habilidades para planejar estratégias de superação dos obstáculos pedagógicos, culturais e econômicos. O uso dessas brincadeiras infantis e brinquedos cantados é um maravilho instrumento de trabalho.
Uma das dificuldades correntes no trabalho, de natureza socioeconômica, faz com que as crianças atendidas construam um imaginário de superação mágica das dificuldades financeiras da família, através da escolha de um esporte que lhes garanta ascensão: o futebol. A falta de condições para o exercício desse esporte faz com que haja um deslocamento da opção esportiva para a modalidade futsal.
Na dança e na música, maior dificuldade se refere à concentração ou fixação pelo forró e suingueira, que impede conhecimento divergente. Essa opção tem interferência cultural com deslocamento ao fator econômico, já que socialmente são mais valorizadas as danças sensuais.
Nas brincadeiras em geral, sobressaem-se dificuldade interacionais. Nos jogos grupais alunos apresentam atitudes individualistas que antes de ser característica filogenética ou aspectos críticos das fases do desenvolvimento, tem nuances de aprendizagens nos comportamentos adultos. Nos brinquedos cantados, as dificuldades de interação se avultam em atitudes simples como pegar na mão do colega para caracterização de um círculo, compartilhar um objeto de uso coletivo, ou paridade em passo de dança, caracterizando-se aspecto pedagógico.
As dificuldades ora apontadas e outras que não desmerecem cuidados mostram a necessidade de investimento na adoção de estratégicas para a afirmação de relações equilibradas entre educandos, baseadas na reverência às características físicas e do desempenho de si próprio e dos outros; respeito mútuo, dignidade, solidariedade e repúdio à violência nas práticas de cultura do movimento; percepção do educador sobre manifestações culturais mas também na necessidade de ampliação do conhecimento diverso, além do compromisso em reivindicar condições adequadas para o exercício pleno desta área de conhecimento que exige igualdade de importância no currículo escolar.
As dificuldades encontradas no exercício da docência não se sobrepõem aos avanços conseguidos nos aspectos cognitivos do aluno relativos ao corpo e movimento, pelo uso da interdisciplinaridade mediadora da inclusão dos temas transversais nas práticas pedagógicas da área denominada Cultura Corporal, ampliando as interações sociais e relação homem-meio. O resultado tem sido uma projeção da formação cidadã, através da construção, internalização e socialização de valores sociais morais, éticos e estéticos, favorecendo uma melhoria da aprendizagem nas diversas disciplinas. A investigação desses avanços, formas, estratégias utilizadas e outras especificidades deverão ser objeto de estudos posteriores.
Conheça os Manuais para Professor de Educação Física
Tenha Exercícios em Vídeos para Aulas de Educação Física
Trabalhe com Educação Física
Segue no Instagram!
Receba nossos links no Telegram e no Whatsapp .
sexta-feira, 20 de janeiro de 2012
Faça alongamentos antes da aula de Step
Faça alongamentos antes de praticar aulas de step
Se você é um candidato a esta atividade, cuidado com a postura. Veja abaixo, algumas dicas:
Mantenha a cabeça no prolongamento da coluna, olhando para frente;
Apóie todo o pé no Step, incluindo o calcanhar;
Não estenda totalmente os joelhos. Mantenha-os semiflexionados;
Mantenha-se perto do Step;
Tenha firmeza nos pés e onde pisa;
Cuidado para evitar entorses;
Cuidado com viradas bruscas;
Use um tênis com sistema de amortecimento;
Controle a freqüência cardíaca que deve estar entre 60% e 75% da F.C. máxima (220 - idade). Espero que você tenha gostado desse texto.
Conheça os Manuais para Professor de Educação Física
Tenha Exercícios em Vídeos para Aulas de Educação Física
Trabalhe com Educação Física
Segue no Instagram!
Receba nossos links no Telegram e no Whatsapp .
A importância de panturrilhas fortes
A panturrilha, musculatura posterior da perna formada por dois músculos, o gastrocnêmio e o sóleo, é muito importante não só para a manutenção das funções do deslocamento como também para o coração.
Ela massageia as veias e facilita o retorno do sangue para o coração, o que é fundamental para a saúde circulatória, que funciona como um coração periférico.
Uma vez bem desenvolvida, a panturrilha ajuda a evitar os desconfortos das varizes como inchaço, dor, queimação, sensação de cansaço e até cãimbras.Por causa do hormônio feminino estrogênio, as mulheres são as principais vítimas das varizes.
Sendo assim, elas devem ter sua atenção voltada para o desenvolvimento desse músculo.
A panturrilha pode ser trabalhada com exercícios que têm maior número de séries com menos repetições, de dez a 12 repetições, em três séries.O ideal é fazer os exercícios em dias alternados para evitar o cansaço da musculação.
Segundo os profissionais do esporte, de nada adianta desenvolver os músculos do quadril (glúteos) e do joelho (quadríceps e anteriores de coxa) se a panturrilha não for fortalecida. Ela é responsável também por transferir toda a potência gerada pelos outros grupos musculares ao pé.
Conheça os Manuais para Professor de Educação Física
Tenha Exercícios em Vídeos para Aulas de Educação Física
Trabalhe com Educação Física
Segue no Instagram!
Receba nossos links no Telegram e no Whatsapp .
quinta-feira, 19 de janeiro de 2012
Treino de força reduz pressão arterial em hipertensos
Portadores de hipertensão que realizaram treinamento de força (musculação) conseguiram reduzir a pressão arterial a níveis semelhantes aos obtidos por meio de medicamentos, revela pesquisa com a participação da Escola de Artes, Ciências e Humanidades (EACH) da US
O estudo comprova que o treino de força é segurpara os hipertensos, desde que com acompanhamento médico e de profissionais de atividade física. O trabalho também mostrou que a redução da pressão permanece por até quatro semanas após a interrupção do treinamento.
A pesquisa com hipertensos faz parte da pesquisa de Doutorado em Biofísica de Newton Rocha Moraes, realizado na Universidade Federal de São Paulo (Unifesp), orientada pelo professor Ronaldo Carvalho e co-orientada por Reury Bacurau, professor do curso de Ciências da Atividade Física da EACH.
"Na literatura científica há vários estudos que mostram o efeito positivo do exercício aeróbio, como corridas e natação, no controle da pressão", diz Bacurau, "mas o benefício da musculação era pouco conhecido".
Participaram do estudo 15 homens com hipertensão moderada, que utilizavam medicação, com média de idade em torno de 46 anos. Durante seis semanas antes do início do treinamento, com supervisão médica, os medicamentos foram gradativamente retirados.
"Os pacientes eram examinados periodicamente e não tinham nenhuma outra doença crônica, como diabetes", aponta o professor da EACH.
Os exercícios foram realizados durante 12 semanas, trabalhando sete grupos musculares (abdômen, pernas, parte interna e externa das coxas, ombros, biceps e tríceps) três vezes por semana, em dias não consecutivos.
"Apesar do treino ser o mesmo que é voltado para iniciantes, os participantes realizavam musculação convencional, ou seja, três séries em cada aparelho com carga moderada, e não em circuito, mudando de aparelho a cada série, com carga baixa", ressalta Bacurau.
Com o treinamento, a média de pressão dos pacientes, que era de 153 milímetros (sistólica, associada ao bombeamento de sangue pelo coração) e 96 milímetros (diastólica), caiu para 137 milímetros (sistólica) e 84 milímetos (diastólica).
"A redução está no mesmo patamar que é obtido com a medicação", destaca o professor.
Redução
De acordo com Bacurau, esperava-se uma redução média da pressão em torno de 5 milímetros, o que já seria considerado um resultado satisfatório. "No entanto, esse indice foi de aproximadamente 13 milímetros, o que comprova o efeito positivo do treinamento de força", observa.
Siga o iG Saúde no Twitter
Depois do final do período de treino, os pacientes foram acompanhados durante quatro semanas.
"Verificou-se que eles mantinham o mesmo efeito de queda da pressão registrado durante o tempo de realização dos exercícios", afima o professor da EACH.
"Este resultado é imporante, porque serve como estímulo ao hipertenso a continuar com a musculação, ajustando o treinamento às suas necessidades de vida".
A pesquisa também mostrou que os participantes tiveram aumento da força física e da flexibilidade.
"Há uma tendência de que a pressão aumente conforme a idade, numa fase em que as pessoas tem mais dificuldade para se movimentar e menos força para executar até tarefas simples", afirma Bacurau.
"Antes se acreditava que a musculação poderia ser perigosa para os hipertensos pelo risco de problemas cardíacos, mas hoje as pesquisas mostram seu potencial na redução de problemas cardiovasculares".
O professor recomenda que as pessoas interessadas em fazer treinamento de força procurem orientação de médicos e profissionais de atividade física.
"O ideal é fazer mais de um tipo de exercício, realizando também atividades aeróbias, que já tem efeito comprovado no controle da pressão arterial, além de outros benefícios", conclui. Espero que você tenha gostado desse texto.
Conheça os Manuais para Professor de Educação Física
Tenha Exercícios em Vídeos para Aulas de Educação Física
Trabalhe com Educação Física
Segue no Instagram!
Receba nossos links no Telegram e no Whatsapp .
Atividade física para quem tem problema respiratório
Paulo Zogaib é fisiologista da Universidade Federal de São Paulo (Unifesp):
Entre as doenças respiratórias mais comuns estão a asma alérgica, a bronquite crônica e o enfisema pulmonar. Em todas as situações, os exercícios que têm como objetivo melhorar a capacidade cardiorrespiratória (como caminhada, bicicleta, natação, etc.) são muito recomendados, pois o paciente fica mais resistente e as crises se tornam mais raras.
É interessante também que o aluno faça exercícios localizados, como aqueles que trabalham a parte superior do corpo, para fortalecer a musculatura respiratória. Vale frisar que as atividades devem ser realizadas com o acompanhamento de um profissional especializado, que orientará o praticante de acordo com seu condicionamento físico.
Para se ter uma ideia, o paciente com bronquite crônica tem uma limitação ventilatória decorrente de uma inflamação crônica dos brônquios. Por isso, é preciso respeitar os limites desse indivíduo ao prescrever uma atividade física.
Já aqueles que têm asma alérgica devem ficar atentos à presença de agentes como fungos, poeira, e umidade, pois eles podem dar início às crises – caracterizadas pelo fechamento dos brônquios e dificuldade de passagem do ar.
No caso de enfisema pulmonar, são os alvéolos pulmonares, e não os brônquios, que ficam comprometidos. Por isso, o paciente com a doença apresenta uma grande limitação ventilatória e, durante os exercícios, muitas vezes não consegue colocar o oxigênio no sangue com eficiência. É preciso, portanto, ficar muito atento a isso durante uma atividade, interrompendo-a caso o aluno precise melhorar a oxigenação.
Aliás, a recomendação geral para pessoas com problemas respiratórios é justamente parar imediatamente o exercício caso sinta falta de ar, tontura ou qualquer outro incômodo. Também é bom evitar treinos em ambientes com temperatura muito baixa e ar seco, pois essa situação pode irritar os brônquios, levando a uma crise.
Para quem se exercita ao ar livre, o ideal é optar por lugares e horários com menores taxas de poluição. Isso porque ela piora todos os quadros descritos acima.
Espero que você tenha gostado desse texto.Conheça os Manuais para Professor de Educação Física
Tenha Exercícios em Vídeos para Aulas de Educação Física
Trabalhe com Educação Física
Segue no Instagram!
Receba nossos links no Telegram e no Whatsapp .
quarta-feira, 18 de janeiro de 2012
Exercícios ajudam adolescentes a abandonar o cigarro
Um estudo da Universidade West Virginia, nos Estados Unidos, descobriu que a prática de exercícios é a melhor solução para ajudar os adolescentes fumantes a abandonarem o vício.
Os estudiosos chegaram a essa conclusão quando começaram a reparar que aqueles adolescentes que fumavam eram justamente os sedentários.
Já os que praticavam esportes não tinham o hábito do fumo.
Os cientistas passaram seis meses analisando 233 estudantes da West Virginia com idades entre 16 e 19 anos.
A maioria começou a fumar aos 11 anos de idade. O grupo foi dividido em três. O primeiro foi submetido a uma sessão acompanhada por um psicólogo especializado em livrar os fumantes do cigarro. O segundo grupo passou a frequentar uma associação especializada no combate ao fumo e o terceiro foi submetido a um programa de atividades físicas combinado com um programa de dez semanas de aconselhamento para parar de fumar.
Eles tiveram todo o seu progresso físico acompanhado. Depois de três meses, 14% dos adolescentes que praticaram esportes abandonaram o cigarro. Dos que apenas frequentaram o grupo de ajuda, menos de 5% largaram o vício.
Os cientistas chegaram a conclusão que foram os benefícios proporcionados pelo esporte que ajudaram os adolescentes a trocarem o cigarro pela atividade física. Devido ao sucesso do estudo, ele será aplicado no combate ao vício do cigarro não somente a adolescentes, mas também será estendido a adultos.
Fonte:
Conheça os Manuais para Professor de Educação Física
Tenha Exercícios em Vídeos para Aulas de Educação Física
Trabalhe com Educação Física
Segue no Instagram!
Receba nossos links no Telegram e no Whatsapp .
O que é Imagem Corporal?
O termo Imagem Corporal vem sendo usado freqüentemente de maneira permutável com a terminologia Esquema do Corpo, em estudos neurológicos e psicológicos, onde ocorrem também resistências a determinadas definições e muitas confusões metodológicas e conceituais (PAILLARD, 2001).
O esquema corporal é tido como a "experiência imediata de uma unidade do corpo, (....) percebida, porém é mais do que uma percepção, (...) chamamos de esquema de nosso corpo", ou mesmo, segundo Head apud Schilder (1999), que o denomina como modelo postural do corpo. O aludido é a imagem tridimensional que todo sujeito tem do seu próprio corpo, não abordando sob a ótica de uma mera sensação ou imaginação, mas da apercepção corporal, mesmo que a informação tenha chegado através dos sentido.
A imagem que pode ser visual, motora, auditiva, tátil, entre outras, não pode ser analisada separadamente os itens ou adotar para casa estrutura um padrão único para a avaliação de alteração em todas as estruturas.
Toda mudança reconhecível entra na consciência comparando-se com situações já vivenciadas, realizando assim uma avaliação da nova situação que gera uma mudança na Imagem Corporal.
Há uma distinção desobstruída proposta primeiramente por Head e Holmes (1912) apud Paillard (2001), entre um esquema do corpo considerado como "um padrão combinado de encontro em que todas as mudanças subseqüentes da postura estão sendo medidas (...) antes que a mudança postural incorpore o consciente."; e a imagem do corpo como "uma representação interna na experiência consciente da informação visual, tátil e motor, da origem corporal".
Segundo Cash & Pruzinsky (s/d) a imagem corporal pode ser definida como a visão do nosso corpo que produzimos em nossa mente (SCHILDER, 1935). A imagem corporal é definida como a representação mental do próprio corpo (KRUEGER,1990,p.125).
Como se processa o desenvolvimento da Imagem Corporal?
A Imagem Corporal se desenvolve desde o nascimento até a morte, dentro de uma estrutura complexa e subjetiva, sofrendo modificações que implicam na construção contínua, e reconstrução incessante, resultante do processamento de estímulos.
Durante os anos pré-escolares a criança desenvolve de forma acentuada o seu conceito a respeito da imagem corporal. Com um pensamento e uma linguagem mais abrangente, começa a reconhecer que a aparência das pessoas pode ser mais ou menos desejável e as diferenças de cor ou raça. Ela conhece o significado das palavras "bonito" e "feio" e reflete a opinião que os outros têm a respeito de sua aparência. Aos cinco anos, por exemplo, a criança já compara sua altura com a de seus pares e pode dar-se conta de ser alta ou baixa, especialmente quando as pessoas se referem a ela, chamando-a de "alta ou baixa para a idade". Apesar de seus progressos no desenvolvimento da imagem corporal, o pré-escolar ainda tem uma noção pouco definida a respeito dos limites do seu corpo, além de possuir escassos conhecimentos de sua anatomia interna. Em virtude disto, qualquer experiência invasiva o atemoriza, especialmente quando há solução de continuidade da pele, tais como pequenos cortes ou escoriações. Em seu pensamento, em conseqüência de uma pele rompida pode escapar todo o seu sangue e interiores. Por isto os curativos são tão importantes para segurar tudo dentro, e qualquer arranhão precisa de mercúrio ou esparadrapo, para que a interpretação da imagem corporal da criança seja atendida evitando distúrbios que possam surgir posteriormente (MONTARDO, 2002).
A criança percebe seu próprio corpo por meio de todos os sentidos, estando o seu corpo ocupando um espaço no ambiente em função do tempo, captando assim imagens, recebendo sons, sentindo cheiros e sabores, dor e calor, movimentando-se. O corpo é o seu centro, o seu referencial, para si mesma, para o espaço que ocupa e na relação com o outro.
A noção do corpo está no centro do sentimento de mais ou menos disponibilidade e adaptação que temos de nosso corpo e está no centro da relação entre o vivido e o universo. É nosso espelho afetivo-somático ante uma imagem de nós mesmos, do outro e dos objetos (RAMOS, 2002).
O esquema corporal, da maneira como se constrói e se elabora no decorrer da evolução da criança, não tem nada a ver com uma tomada de consciência sucessiva de elementos distintos, os quais, como num quebra-cabeça, iriam pouco a pouco se encaixar uns aos outros para compor um corpo completo a partir de um corpo desmembrado. O esquema corporal revela-se gradativamente à criança da mesma forma que uma fotografia revelada na câmara escura mostra-se pouco a pouco para o observador, tomando contorno, forma e coloração cada vez mais nítidos. A elaboração e o estabelecimento deste esquema parecem ocorrer relativamente cedo, uma vez que a evolução está praticamente terminada por volta dos quatro ou cinco anos. Isto é, ao lado da construção de um corpo 'objetivo', estruturado e representado como um objeto físico, cujos limites podem ser traçados a qualquer momento, existe uma experiência precoce, global e inconsciente do esquema corporal, que vai pesar muito no desenvolvimento ulterior da imagem e da representação de si mesmo, idem.
A imagem corporal é continua e representativa do esquema postural e acompanha o indivíduo desde o seu nascimento até o ultimo suspiro, sofrendo adaptações e transformações globais de acordo com o momento vivido.
Quanto maior forem os estímulos e as possibilidades de novas experiências do recém nascido durante toda sua trajetória de vida, mais completa será a sua formação do esquema corporal, principalmente sob o ponto de vista psicomotor. As experiências corporais que determinam a imagem corporal corroboram para a modelação de um esquema que refletirá na adolescência e na vida adulta. Sua forma poderá ser lapidada, porém terá seus elementos da construção inicial preservados, apesar das transformações ocorridas ao longo da vida.
O esquema corporal é uma aquisição lenta e paulatina. Desenvolve-se desde antes do nascimento, se incrementa em forma notável desde este até o terceiro ano de vida e, logo, continua em permanente evolução adaptativa pelo resto da existência do individuo. Se estrutura sobre a base dos componentes neurológicos em desenvolvimento e maturação onde se liga fundamentalmente, as percepções exteroceptivas, proprioceptivas e interoceptivas que permitem estabelecer, em um momento inicial a consciência sobre localização espacial total, a capacidade e o funcionamento de uma determinada parte do corpo, a consciência inicial sobre a magnitude do esforço necessário para realizar uma determinada ação, e a consciência sobre a posição do corpo e suas partes no espaço durante esta ação (BARRETO, 2002).
Estas noções que se desenvolvem prioritariamente durante os primeiros meses de vida extra-uterina, mas que se inicia durante a vida intrauterina, como já se abordou, vão ocorrendo cada vez mas fáceis e inconscientes pela repetição continua e eficaz de cada ato em questão, até chegar a automatização da resposta frente ao estímulo específico.
Liga-se sem associações ao estabelecimento dos reflexos em que as percepções sensoriais, sensitivas e proprioceptivas se conjugam para gerar a excitação neuronal que, em nível central ou em nível da medula espinal, desencadeia a motricidade requerida como resposta ao estímulo percebido ou a uma ação gerada conscientemente, Idem.
Ainda que pareça evidente, é necessário aclarar que o esquema corporal se implanta e evolui, especial e especificamente, sobre a maturação do conjunto neuromúsculo-esquelético e que se liga ao processo de ereção que leva o neonato através das etapas de rastejar, engatinhar e primeiros passos, até ao total domínio da marcha e orientação, as quais são suportadas pelo eixo axial que está localizado na coluna vertebral, Idem.
A imagem corporal do bebê amadurece aos poucos na medida em que ele experimenta o toque, a exploração do espaço, a manipulação e contato com objetos. A idéia de separação de seu corpo de outros corpos e objetos se dá gradativamente (LE BOULCH,1987). Krueger (1968) e Piaget (1945) concordam que a percepção da existência do corpo próprio, individual, se dá por volta dos 18 meses, idem. Le Boulch aponta que Lacan, após Wallon enfatizam a grande importância da "fase do espelho", quando a criança vê sua imagem projetada no espelho, olha por trás do mesmo... Até então, a imagem de seu corpo encontra-se incompleta, fragmentada. A imagem do todo acontece quando ela se vê no espelho. Ela passa então da "imagem do corpo fragmentado à compreensão da unidade de seu corpo como um todo organizado" (MATARUNA, 2002; AJURIAGUERRA, 1986, 1987; LE BOULCH, 1987, p.215). Krueger (1990) ressalva a importância da imagem corporal não ser limitada a imagens visuais, mas como fruto da absorção de experiências vividas.
A imagem corporal nunca é estática. Ela muda de ação para ação (FELDENKRAIS,1977; SCHILDER,1999). "De início, quando a imagem está sendo estabelecida, sua taxa de mudança é alta; novas formas de ação que, apenas um dia antes, estavam além da capacidade da criança, são rapidamente conseguidas "(FELDENKRAIS,1977,p.28).
A experiência da "falta" no processo de desenvolvimento da Identidade Corporal
A criança não espera nada do mundo exterior de plenitude e fusionalidade. A perda da plenitude fusional não assegura a separação do Eu e do não-EU, a qual exige uma dissociação perceptiva entre as sensações provocadas pelo exterior e as sensações internas, que se revertem em experiência (LAPIERRE, 1984, p.11).
Os objetos transicionais e os desejos do homem ocorrem para minimizar, ou seja, compensar a falta do se ou de um ser. O desejo de possuir o corpo do outro se transforma em desejo possessivo pelos objetos (idem, p.18).
A falta no corpo, oculta no inconsciente, vai emergir no consciente sob a forma simbólica de uma falta do ter. Mas o ter não pode nunca preencher esta falta e o desejo de posse pelos objetos torna-se incontrolável cumulativo e desabando como uma avalanche.
La Pierre contextualiza a experiência da "falta" no processo de desenvolvimento da Identidade Corporal na necessidade do individuo transferir ou se apoiar, e porque não dizer, consumir o outro. Este se revela desde o nascimento do bebê, quando se corta o cordão umbilical e há a separação do líquido amniótico, até a fase adulta quando ainda há a necessidade de recuperar o trauma ocorrido na quebra da fusionalidade. Para o autor a construção da identidade corporal ocorrerá espelhada no que o outro apresenta, e sobre o desejo do individuo reproduzido pelo outro.
A construção deste modelo corporal surgirá de uma maneira pela qual o sujeito tenta consumir, enquanto objeto, o corpo de um outro individuo para suprir o seu espaço fusional interior.
Na fantasmática fusional da criança, as "cavidades" são aberturas para o mundo misterioso do interior do outro, daí o desejo inconsciente de penetrar nestas cavidades (...), onde a criança com seus dedos , a mão, o olhar, e com todo o corpo explora estes orifícios na busca da interioridade alheia no seu próprio corpo, fato que no futuro vai se investir nas relações sexuais (LAPIERRE, 1984, p.32)
Para o surgimento da identidade corporal, o corpo deve estar reunido com uma imagem global que aparece por volta do oitavo mês de vida, durante o estágio do espelho, que ainda é imperfeita mas que se aprimora com o reforço. As experiências motoras corroboram para o conhecimento das dimensões corporais permitindo atingir com maior facilidade esta totalidade (Idem, p. 23).
Referências bibliográficas
AJURIAGUERRA J.; MARCELI D. La exploración del niño. Barcelona: Masson, 1987.
AJURIAGUERRA J. Psicopatología del adolescente. Barcelona: Masson, 1986.
BARRETO, J.F. Sistema estomatognático y esquema corporal. Disponível em
http://www.colombiamedica.univalle.edu.co/Vol30No4/estomato.html. Acessado em: 24 de abril de 2002.
FELDENKRAIS, M. Consciência pelo movimento. São Paulo: Summus,1977.
KRUEGER, D.W. Developmental and Psychodynamic Perspectives on Body Image change, 1990.
LAPIERRE, A. A Falta - Fusionalidade e Identidade. In: Fantasmas Corporais e Prática Psicomotora. São Paulo: Manole, 1984, p. 9-42.
LE BOULCH,J. O desenvolvimento psicomotor - do nascimento até 6 anos. Porto Alegre: Artes Médicas,1987.
MATARUNA, L. A imagem corporal sob a ótica fisiológica: analisando as obras de Paul Schilder. Trabalho Apresentado à Disciplina Imagem Corporal do Programa de Pós-Graduação (Stricto Sensu) em Educação Física da Faculdade de Educação Física da Universidade Estadual de Campinas. São Paulo: UNICAMP-FEF, 2002.
MONTARDO, J.L. Aprendendo a Vida. Disponível em:
http://planeta.terra.com.br/saude/montardo/desenvolvimento/epensamento2.htm. Acessado em 03 de maio de 2002
PAILLARD, J.; FLEURY, M.; LAMARRE, Y. Are body schema and body image functionally distinct ? Evidence from deafferented patients. Resumo publicado nos anais do evento: Bases neurologiques du codage de l'espace et de l'action. Lyon, France, Ecole Normale Supérieure, 22-24 March 2001. Acessado em http://www.lyon151.inserm.fr/symposium534/posters/43paillard .html. Disponível em 14 de maio de 2002.
RAMOS, E. Algumas áreas da psicomotricidade. Disponível em: http://members.tripod.com.br/ramoseducacaofisica/motor.htm. Acessado em 12 de maio de 2002.
SCHILDER, P. A Imagem do Corpo: As Energias Construtivas da Psique. São Paulo: Martins Fontes, 1999.
SCHILDER, P. F. The Image and the Appearance of the Human Body: Studies in Constructive Energies of the Psyche. London: Trench e Trubner, 1935. Espero que você tenha gostado desse texto.
Conheça os Manuais para Professor de Educação Física
Tenha Exercícios em Vídeos para Aulas de Educação Física
Trabalhe com Educação Física
Segue no Instagram!
Receba nossos links no Telegram e no Whatsapp .