A disciplina de Prática de Ensino tem gerado várias inquietações para acadêmicos que procuram esclarecer como o professor constrói sua prática docente desde a sua formação inicial.
No entanto, esses processos educativos são muito complexos e não se definem por uma única variável, pois o âmbito educacional se faz repleto de condicionantes. Neste sentido, a prática pedagógica se configura na interação de todos os elementos que nela intervêm (ZABALA, 1998).
Tendo em vista que o professor inserido no processo educacional é um elemento importantíssimo nas relações educativas e em tudo que acontece no ambiente escolar, este pode transformar a realidade escolar e proporcionar meios para promover a aprendizagem dos alunos, distanciando-se desta forma, do modelo tradicional que assombra as instituições de ensino. Nesse sentido, Freire (1996) destaca que ensinar não é transferir conhecimento, mas criar as possibilidades para a sua produção ou a sua construção, e nas condições de verdadeira aprendizagem os educandos vão se transformando em reais sujeitos na construção e reconstrução do saber ensinado, ao lado do educador, igualmente sujeito deste processo.
Diante disso, a prática docente do professor passa, portanto, a ser construída e reconstruída concomitantemente com as necessidades que se fazem presentes nos processos de ensino-aprendizagem, pois, como salienta Zabala (1998), educar quer dizer formar cidadãos e cidadãs, que não estão parcelados em compartimentos estanques, em capacidades isoladas. O aluno nesta visão de Educação é integrante do processo de ensino, o que possibilita a formação integral do mesmo, de maneira que este deixe de ser um espectador e passe a modificar e transformar o conhecimento que lhe é transmitido pelo professor, ocorrendo assim uma troca mútua de informações entre professor e aluno.
Assim, a prática pedagógica do professor deve estar sempre em contínua transformação, e este deve entender que antes de ser professor é um educador, e, portanto a prática pedagógica não se dá apenas no curso de graduação, mas como afirma Carreiro da Costa (1994), é um continuum que começa antes da formação inicial e se prolonga por toda a vida.
Nessa linha de pensamento, Pimenta; Lima (2004) destacam que a vivência escolar dos acadêmicos na disciplina de Prática de Ensino passa a ser um retrato vivo de sua atuação profissional. Ainda que, professores e alunos terão muito a dizer, a ensinar, a expressar a sua realidade e a de seus colegas de profissão, de seus alunos, que nesse mesmo tempo histórico vivenciam os mesmos desafios e as mesmas crises na escola e em outros contextos.
Em meio a tudo isso é que surgem as mais variadas inquietudes na prática pedagógica do acadêmico, pois aqui ocorre o confronto direto entre a teoria e a prática. Para ultrapassar essas dificuldades, Krug (2001) salienta a importância do professor "refletir na" e "sobre a sua ação", porque desta forma estará supervalorizando o "saber", o "fazer" e o "porquê fazer", que são fontes do processo de produção de conhecimento.
Além disso, como entende Nunes (2001) o professor de Educação Física deve participar das atividades que envolvem o trabalho de Educação escolar, principalmente nas reuniões pedagógicas, pois são nessas reuniões que são traçados planejamentos que darão o direcionamento que os professores devem seguir. Porém, como relata o autor, empiricamente a participação destes nessas reuniões não é uma prática comum nas escolas. Bem como coloca as autoras Betti; Mizukami (1997), ao dizerem que a maioria dos professores de Educação Física não costuma, infelizmente, participar das reuniões de pais e mestres.
No entanto, o fato de os professores de Educação Física não participarem efetivamente dessas reuniões, até mesmo em conselhos de classe, e em outros segmentos da escola, tem um significado valorativo. Uma vez que, no âmbito geral do ensino as matérias mais valorizadas são o Português e a Matemática, deixando as demais disciplinas em segundo ou até terceiro plano, como no caso da Educação Física e da Educação Artística.
Sendo assim surge a questão problemática norteadora deste estudo como sendo: Como é a interação dos acadêmicos da Licenciatura em Educação Física do CEFD/UFSM em situação de estágio (Prática de Ensino) com ambiente escolar?
A partir desta indagação estruturou-se o objetivo geral do estudo como sendo analisar a interação dos acadêmicos da Licenciatura em Educação Física do CEFD/UFSM em situação de estágio (Prática de Ensino) com o ambiente escolar.
Leia o restante do estudo! Espero que você tenha gostado desse texto.
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